domingo, 6 de julho de 2025

Moto Club 0x1 Juventus/SP - Campeonato Brasileiro Série B

Depois de boas apresentações em Fortaleza e Alagoinhas, vencendo inclusive a equipe da Catuense na última quarta-feira por 1 a 0, o Moto Clube fez, dia 04 de novembro de 1990, no Castelão, uma de suas piores exibições dos últimos tempos, sendo derrotado diante de sua torcida pela equipe do Juventus, de São Paulo, pelo placar de 1 a 0, em partida válida pela primeira fase da segunda etapa do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão. O time paulista foi senhor em campo, dominando inteiramente o time maranhense, que em momento algum chegou a ameaçar a vitória do adversário, apesar de ter tido duas boas oportunidades durante todo o jogo. Mesmo assim, se precisasse, com certeza o Juventus chegaria a um marcador mais dilatado, tamanha foi sua superioridade.

O time motense começou a perder a partida ainda em Alagoinhas, quando perdeu os jogadores Zé Roberto, expulso, e Márcio, com o terceiro cartão amarelo. O técnico José Dutra teve que lançar mão de jogadores sem ritmo de jogo, o que complicou logo a escalação do time.

Mesmo tendo apenas três homens no meio-campo, o Juventus soube tirar proveito da tremenda confusão do setor motense, que tinha nada menos que cinco atletas, sem que ninguém tivesse uma posição definida. Foi um amontoado que só complicou a vida do time diante da torcida. O Moto foi dominado, perdendo o jogo e o duelo no meio-campo.

Numa boa jogada do ataque do Juventus, em que todos os jogadores de meio-campo participaram do lance, o time paulista abriu o placar aos 34 minutos com o centroavante Marquinhos, deixando o goleiro Alexandre totalmente batido e sem chances de defesa.

Depois do gol, o Juventus cresceu ainda mais na partida e por pouco não chegou ao segundo gol. O Moto, por sua vez, a cada minuto se perdia mais em campo, sem que o técnico soubesse como reagir, justamente por ter perdido dois jogadores fundamentais na armação.

Tentando reverter o placar, José Dutra fez alterações na equipe no segundo tempo, buscando pelo menos o empate. No entanto, as mudanças não surtiram o efeito desejado. Merica e Ronaldo, ambos sem ritmo, substituíram Zé Filho (que não jogou bem) e Marcos Piauí (um tanto acima do peso).

Zé Filho ainda teve uma boa oportunidade para empatar a partida, mas foi traído pela própria velocidade, passando da bola num cruzamento de Paulinho Pereira pela ponta-direita. Edinho tentou resolver o angustiante problema motense, saindo da zaga e subindo para o ataque, mas não teve sorte numa cabeçada forte, após cobrança de falta pela direita de Paulinho Pereira.

Enquanto o Moto se desesperava em campo, o Juventus matava as jogadas, cadenciava o ritmo e dominava o meio-campo, com seus jogadores sempre próximos dos motenses, não permitindo nenhuma armação ofensiva.

Com a vitória praticamente garantida, uma vez que o Moto não ameaçava, os jogadores do Juventus passaram a gastar o tempo a partir dos 15 minutos do segundo tempo, garantindo assim o triunfo por 1 a 0.

A arbitragem foi de Antônio Macedo, com Fernando Castro e Manoel Francisco de Oliveira como assistentes, todos da Federação Paraense. Renda de Cr$ 1.078.000,00 para 5.074 pagantes.

O Moto Club jogou com Alexandre; Paulinho Pereira, Edinho, Nenê e Pedrinho; Alfredo, Hebo e Messias; Zé Filho (Merica), Marcos Piauí (Ronaldo) e Juari. A Juventus atuou com Aley; Luizão, Alberi, Índio e Robson; Castelinho, Sérgio Soares e Sérgio Guedes; Élcio (Ricardo Vieira), Marquinhos e Ricardinho.

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