quarta-feira, 16 de julho de 2025

Maranhão 0x0 Bacabal - Campeonato Maranhense 1975

O Bacabal Esporte Clube cumprindo, dia 29 de junho de 1975, difícil compromisso contra o Maranhão Atlético Clube, na sua primeira partida no Estádio Municipal “Nhozinho Santos”, exibiu o mesmo futebol corrido e valente apresentado no turno inicial do campeonato, quando no Estádio José Corrêa, na cidade de Bacabal, conseguiu com todos os méritos excelentes resultados diante das mais expressivas equipes futebolísticas da capital.

O esquadrão do BEC mais uma vez correspondeu plenamente à expectativa, pois durante os noventa minutos de espetáculo, além de equilibrar as ações frente a um adversário perigoso como o MAC, teve momentos de total predomínio em campo, graças ao excelente desempenho de seus principais setores: a defesa e o meio campo, ratificando plenamente as nossas previsões.

E, é bom ressaltar, para conseguir o empate sem abertura de contagem contra o Bode Gregório, o Bacabal praticou o seu futebol franco e aguerrido sem apelar para a retranca como apregoaram antes. A luta foi leal, mas só quem presenciou pôde analisar a “violência” alegada por muitos que deixaram preciosos pontinhos no José Corrêa ou sem contar do seu lado “pressionados” os atletas adversários, como muitos tentaram insinuar, com a barulhenta torcida bacabalense, ou ainda, esconderem o “handicap” considerado...

O Leão do Vale do Mearim saiu de sua jaula para disputar a invencibilidade e conseguiu manter-se na honrosa posição de invicto lutando bravamente por cada pedaço do campo de jogo, como se estivesse em casa, em seus próprios domínios, com uma tranquilidade surpreendente para um quadro que sai pela primeira vez de sua cidade.

Todos nós sabemos que o plantel atleticano é tecnicamente superior, mas o resultado de zero a zero fez inteira justiça ao desempenho das duas equipes dentro do campo. De um lado, Severo, Roberto e Índio mandando na fonte, por falta de habilidade com a bola, quaisquer possibilidades de ataque do Maranhão, sacrificando sobremaneira o trabalho da dupla de área Riba e Cabecinha. Do outro, do lado bacabalense, a segurança de uma retaguarda onde Sansão e Lambau foram os maiores destaques, aliada à boa composição.

Embora tivesse vencido o duelo no meio campo, o Bacabal só não chegou a uma vitória domingo porque a sua ofensiva não possui dos dois extremos a altura. Joãozinho, isolado lá na frente, brigando de forma desigual contra dois zagueiros, não poderia jamais levar seu time a um melhor resultado, ainda que tivesse demonstrado muito senso de deslocação, bom toque de bola e precisão nas cabeçadas para o arco de Adelídio.

Apesar de tudo, não acreditamos que o Leão se mantenha invicto por muito tempo, pois a sua retaguarda vai terminar por não aguentar sozinha a pressão dos ataques adversários, como diz o ditado, “tanta mole e a pedra dura, tanto bate até que fura”.



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