Não houve vencedor no clássico Maremoto do dia 03 de outubro de 1993, mas Moto e MAC, que empataram de 1 a 1, fizeram uma grande partida. O Papão foi melhor no primeiro tempo, quando fez 1 a 0, aos 28 minutos, através de Fuzué, mas o Maranhão empatou na fase final, aos 6 minutos, por intermédio de Jackson, de cabeça.
O jogo abriu as disputas do terceiro turno do campeonato maranhense, apresentando uma arrecadação de CR$ 369.700,00 para 1.667 pagantes. Ivanildo Expósito apitou o clássico, expulsando de campo Luís Carlos, do Maranhão, e Lauro Guerra, do Moto.
O terceiro turno do campeonato conta mais com Sampaio e Imperatriz, que se defrontarão na próxima quarta-feira, na próxima partida. Quem vencer essa fase levará um ponto de bonificação para as finais do campeonato.
Sampaio e Moto, que ainda não ganharam turno, precisam vencer o terceiro para que os dois disputem o turno extra. Se der MAC ou Imperatriz, apenas um deles irá para a final.
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Num jogão de bola, Moto e Maranhão empataram de 1 a 1, ontem, na abertura das disputas do terceiro turno do campeonato maranhense.
Em que pese o gramado de jogo do Nhozinho Santos não se encontrar bem, Moto e Maranhão fizeram uma grande exibição, com o Papão dominando a maior parte das ações, principalmente na etapa inicial, quando fez 1 a 0, através de Fuzué, e perdeu a liquidez da fatura, mas não soube aproveitar as oportunidades e o adversário criou grandes oportunidades.
O Maranhão, com muito esforço e graças às expulsões do seu artilheiro Luís Carlos e do lateral esquerdo Lauro, que fez muita falta ao rubro-negro, reagiu, empurrou o Moto no período final e chegou ao empate marcado por intermédio de Jackson, de cabeça.
Nas expulsões acontecidas aos 45 minutos, do primeiro tempo, o MAC levou vantagem. O treinador José Arnaldo Lira foi muito inteligente ao fazer uma modificação no setor para tirar proveito da ausência do lateral motense, uma vez que Cícero, do Bode, de forma, entrou muito mal na partida e, com isso, soube lançar o atacante Chita, que foi colocado no lugar de Marcos, mas para jogar de ponteiro direito.
Só deu Moto
No primeiro tempo, o Moto, empolgado pela presença do técnico novo e pela necessidade de ganhar o terceiro turno, partiu para cima e foi o senhor do jogo.
O Papão, antes de fazer o seu gol, perdeu grandes oportunidades, uma delas numa cabeçada do zagueiro Hélio Carvalho, que o goleiro Raimundão fez grande defesa. Na outra chance, Paulo César cabeceou no travessão, cara a cara com o arqueiro atleticano.
Aos 22 minutos, num lance de muita polêmica, Rildo foi lançado em profundidade e caiu dentro da área, pressionado pelo goleiro Raimundão. O juiz Ivanildo Oliveira Lima, que já havia dado a vantagem, deixou a jogada seguir. O árbitro invalidou a penalidade de forma normal, mas os motenses pediram com veemência, reclamando do lance.
Gol do Papão
O gol do Papão nasceu de um grande passe de Jackson, que meteu Hélio, o da defesa, viu a penetração de Fuzué entre os beques atleticanos e empurrou a bola na medida. Fuzué ganhou da defesa adversária e na saída do goleiro Raimundão chutou para o fundo do barbante, sem apelação, aos 28 minutos da fase inicial.
O Moto continuou dominando a partida, mas sem encontrar o gol. O Maranhão, abatido com o gol, se limitava a torcer para acabar o primeiro tempo.
As expulsões
Aos 45 minutos, do primeiro tempo, Luís Carlos, que já havia levado um cartão amarelo e estava provocando os adversários, fez uma falta violenta em cima de Lauro Guerra. Os dois jogadores caíram ao terreno e o árbitro interpretando que Lauro Guerra revidou optou por expulsar os dois jogadores, sob protestos dos motenses;
2º tempo
No segundo tempo, o MAC voltou mais disposto e com uma mexida inteligente feita pelo treinador José Arnaldo Lira, que entrou no lugar de Marcos, só que foi jogar de ponta direita, com César passando para a lateral esquerda e Filho para a direita, criando.
Com essas alterações, o Maranhão passou a explorar o lado esquerdo de defesa do Moto, onde Cícero, de forma, muito mal guiava para o atacante Chita.
O empate
O empate maqueano não demorou a acontecer. Depois de sufocar o Moto, no começo do segundo tempo, numa jogada de César pela ponta esquerda, a bola foi cruzada à meia altura para Jackson de cabeça fazer 1 a 1, aos 6 minutos.
O Maranhão melhorou muito com a entrada de Chita e o Moto só conseguiu se reencontrar, depois do gol de empate, embora sem ter sido tão brilhante como no primeiro tempo.
Grandes erros
Os grandes erros do árbitro Ivanildo Expósito, também, foram contra o Moto. Aos 10 minutos, do segundo tempo, numa bola lançada da defesa do MAC, o goleiro Raimundão teve que sair da meta para cometer o lance fora da área, evitando o segundo gol. O juiz deu apenas o cartão amarelo e o árbitro assistente não mostrou o cartão vermelho.
Outro lance aos 20 minutos, quando Ivanildo soprou o apito e deu toque de mão de um zagueiro do MAC dentro da área. O juiz não marcou o pênalti, mesmo a bola indo na cara do gol. O juiz ainda teve a coragem de marcar impedimento do Papão.
Renda fraca
Mais uma vez, a renda foi muito fraca. Somou apenas a quantia de CR$ 369.700,00 para 1.667 pagantes. A arrecadação não correspondeu ao grande jogo que os dois times proporcionaram.
O nível do futebol maranhense melhorou muito com as últimas contratações e o público, todavia, ainda, não voltou.
O Maremoto de ontem marcou as estreias de Mazinho, Rildo e Paulo César, além do técnico Djalma Linhares, pelo Papão.
Mazinho foi apenas discreto, enquanto que Rildo foi o melhor dos três. Paulo César, que depois foi substituído, se mexeu muito bem no jogo.
FICHA DO JOGO
Maranhão 1x1 Moto Club
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 369.700,00
Público: 1.667 pagantes
Juiz: Ivanildo Expósito
Bandeirinhas: Veranildo Fontes e Antônio Araújo Ribeiro
Maranhão: Raimundão; Marcos (Chita), Cláudio, Oliveira Lima e Filho; Barrote, César e Jackson; Firmino (Josemar), Mano e Luís Carlos
Moto Club: Klemer; Vanderlei, Pedro Diniz, Hélio Carioca e Lauro Guerra; Hélio, Bob e Mazinho; Fuzué (Cícero), Rildo e Paulo César (Clayton)
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