segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Sampaio Corrêa 1x1 Moto Club - Taça Cidade de São Luís 1975

PRÉ JOGO - Sampaio x Moto Club é na realidade a maior festa popular do futebol maranhense. Um jogo que desperta o interesse geral movimentando tom das as classes. O que se viu no último clássico foi uma febre contagiosa, cada um procurando os melhores lugares e desde cedo a movimentação já era intensa nos portões do Nhozinho Santos. Inicialmente, a briga por um ingresso com filas, os empurrões, cada um querendo melhor lugar não importando o preço com que se aproveitam os "cambistas".

O importante é entrar no estádio e garantir o 0 interesse de ver o tabu mantido, nestes dois anos e sete meses. Um tabu construído com poucas vitórias, mas válido para a luta, para a motivação e mantendo a alegria isto é importante. Por outro lado para o torcedor sampaino a esperança da vitória, a esperança do fim do sofrimento. A cada jogo aumenta a expectativa, principalmente quando sus equipe joga de igual para igual, tendo oportunidades de vencer desperdiçada por falta de calma muito natural em uma situação como essa.

No último jogo, quase 20 mil pessoas comprimiam-se nas acanhadas acomodações do Estádio Municipal: Uns na esperança de uma comemoração tríplice. A conquista da Taça Cidade de São Luís, de uma vitória e acima de tudo do Tabu. Infelizmente não foi possível comemorar as duas primeiras, mas o empate valeu para manter a invencibilidade frente ad Sampaio Uma torcida satisfeita essa do Moto Clube principalmente quando observa que a diretoria está trazendo elemento certo para a posição certa. Um time com siderado velho e que hoje renova sem perder o ritmo sem perder o conjunto. Para o torcedor sampaino que lotava o estádio na sua maioria, o que interessava mesmo era a vitória, independente de qualquer classificação na Taça. Infelizmente não foi possível comemorar o triunfo, nem a quebra da longa invencibilidade motense mas pelo menos a torcida sentiu que alguma coita está mudando que o time nos poucos vai entrando no ritmo e dentre em breve estará em condições de lutar pelo título de campeão da cidade. O empate teve sabor de vitória comemorado e aceito com grande entusiasmo. Desta vez não se via um sampaino triste, pois pelo que o time rendeu, acham que está muito perto mas muito perto mesmo. O fim deste sofrimento que já perdura por dois anos e seta meses. Vamos aguardar o próximo jogo na próxima semana.

INGRESSOS - majorados os preços dos ingressos para o jogo da última quinta-feira a preocupação maior seria evitar o "cambista", aquele que se aproveitando do interesse que a  partida demonstra, cobra preços muito alto por um ingresso. ED chamado "cambio negro". Para isso foi acertado que torcedor de Moto Clube e Sampaio encontrariam os ingressos desde às 8 horas da manhã, somente nas bilheterias do estádio. Até que o torcedor ficou alegre pois assim teria a oportunidade de adquirir o seu ingresso pelo preço justo.

Desde cedo as filas formavam-se em frente as bilheterias do estádio mas infelizmente foram mais uma vez enganados. Somente por volta das 10 horas é que iniciaram a venda dos ingressos, e para surpresa de multa gente os melhores lugares já estavam vendidos. Ninguém sabe como foram vendidos, já que sờ mente naquela hora é que se iniciava a venda. de alguém, que não conseguimos apurar os cambistas "operaram" muito bem e os melhores lugares eram encontrados por preços altos, em vários pontos da praça Catulo ou adjacências. É necessário que os encarregados desse serviço atentem para o problema no que se relaciona com o torcedor. Tudo pode acontecer, menos o de enganar aqueles que com muita dificuldade constrói o futebol do Maranhão. O torcedor merece respeito, pois sem ele não se pode fazer futebol Se na véspera do jogo realizaram uma reunião no estádio com a finalidade de consertar o que estava errado então não se pode admitir que continue persistindo no erro com prejuízo de todos bem e os melhores lugares eram encontrados por preços altos, em vários pontos da praça Catulo ou adjacências.

É necessário que os encarregados desse serviço atentem para o problema no que se relaciona com o torcedor. Tudo pode acontecer, menos o de enganar aqueles que com muita dificuldade constrói o futebol do Maranhão. O torcedor merece respeito, pois sem ele não se pode fazer futebol. Se na véspera do jogo realizaram uma reunião no estádio com a finalidade de consertar o que estava errado então não se pode admitir que continue persistindo no erro com prejuízo de todos.

O JOGO - dois jogadores deitaram e rolaram no joga Moto x Sampaio da última quinta-feira. Joel pelo Sampaio e Ferraz pelo Moto Club. O primeiro já nosso velho conhecido e dele não se podia esperar outra coisa. Muita categoria, garra, disposição e acima de tudo per feito no gol de empate. Um jogador que aqui chegou vindo do Tiradentes e já se tinha boas referências do seu futebol.

Por outro lado, pelo que apresentou Ferraz foi o outro grande joga. dor do espetáculo. Mostrou que sabe tudo de bola e profundo conhecedor da posição. Um jogador esperado com grande expectativa, pela demora em resolver vir para nossa capital. As referências eram apenas de informação e a torcida mostrava-se apreensiva quanto a sua produção. Ferraz mostrou ser um jogador de muita categoria e sangue frio, pois lançado em uma par tida de vida ou morte soube tirar proveito dessa situação marcando inclusive um bonito gol numa trama perfeita com o jogador Paraíba. Não está na sua melhor forma física mas o que jogou deu para garantir 'junto a torcida a condição de ídolo. Com a entrada do jogador Ferraz e do ponteiro Itamar, parece que o Moto Club completou a sua linha de frente desde o meio campo, faltando apenas que a direção técnica do Moto entenda que Serginho tem posição garantida na linha avançada, por sua inteligência seus deslocamentos sua maneira de tabelar, dando espaço para os homens que trazem a bola dominada.

Gojoba, Luiz Augusto e Ferraz, um meio campo perfeito e a linha pode muito bem ser formada com. Lima Serginho e Itamar. Acertando a defesa com um central e um lateral, nada mais falta para tentar o bicampeonato.





FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x1 Moto Club
Data:
01 de maio de 1975
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: 18.695 pagantes
Juiz: Lercílio Estrela
Bandeirinhas: Wilson de Moraes Wanlume e Francisco Sousa
Gols: Ferraz aos 24 minutos do primeiro tempo; Joel (pênalti) aos 29 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Batista; Célio, Zé Alberto, Paulo Espanha e Carlito (Ipojucan); Joel, Santana e Elieser; Zé Eduardo (Itamar), Itamar (Marcos) e Acir. Técnico: Ananias Silva
Moto Club: Dé; Carlinhos, Neguinho, Zé Luís e Milton; Gojoba, Ferraz (Serginho) e Luís Augusto; Lima, Paraíba e Itamar (Coelho). Técnico: Aníbal Saraiva

Projeto "Nota na Mão" de volta (para o Brasileiro e Copa Conmebol), em 1998

Matéria de 15 de agosto de 1998, no jornal O Estado do Maranhão

O projeto Nota na Mão está de volta. Por ocasião do jogo Sampaio x MAC, iniciando a decisão do Campeonato Maranhense, quase trinta mil torcedores puderam assistir o empate em 2x 2 num jogão que os dois times proporcionaram.

contrato anterior da Federação Maranhense de Futebol coma Secretaria de Estado da Fazenda. 0 programa vai cobrir, também, os outros jogos do play-off, dias 25 e 27 do corrente. Agora obrigatórios, devido ao resultado do primeiro jogo.

Federação, clubes e governo já acertaram a renovação do contra- to, que vai cobrir, agora os jogos da Conmebol, com o Sampaio Corrêa, e do Campeonato Brasileiro, com Sampaio, Moto e Viana, a exemplo do que foi feito em Pernambuco com um programa semelhante, que vai funcionar no Campeonato Brasileiro, com e Santa Cruz.

Sport Aqui, o projeto Nota na Mão, que transformou o Campeonato Maranhense de 98 no campeão de público no Brasil, batendo todos os recordes de presença das torcidas nos estádios, será adotado, a partir dos próximos jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa Conmebol.

Inicialmente, de acordo com o contrato, o Governo do estado comprará cerca de seiscentos mil Ingressos, só que desta feita será levado em consideração o montante que cada clube levará aos estádios.

Será liberada aos três clubes - Sampaio, Moto e Viana, uma certa quantia, a título de adiantamento. O restante do dinheiro será repassado, de acordo com o público de cada um dos clubes. Isso quer dizer que quem levar mais gente ao estádio ganhará mais, também,
pode entrar só com o bônus fiscal o que não ocorreu no Campeonato Maranhense, que foi negociado em termos de pacote.

Sampaio, Moto e Viana receberão o adiantamento nas próximas horas. O Sampaio, que está em duas competições, receberá mais do que o Moto, que está somente em uma. O Viana receberá uma quantia menor.

O projeto Nota Mão, cujo contrato está sendo renovado pelos clubes e pela FMF com o Governo do Estado, será retomado a partir dos próximos jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa Conmebol.

Volta com uma novidade: O ingresso trocado por nota fiscal valerá para todos os setores do Estádio Castelão, menos cadeira numerada.
Quem quiser assistir os jogos sentado nas cadeiras numeradas deverá pagar o preço, em dinheiro, que for estipulado pelos clubes, de acordo com o interesse dos jogos.

Essa foi uma maneira de aumentar o faturamento dos clubes, devido aos altos custos dos times para as disputas das competições que estão disputando.

O valor do ingresso de cadeira na Conmebol será maior que no Brasileiro.

Mesmo valor nos demais - setores das arquibancadas e gerais, o torcedor continuará tendo que trocar apenas R$ 50,00 em notas fiscais para trocar por bônus e consequentemente por ingressos, nas agências dos Correios. Prêmios de incentivo, como carros, motos e geladeiras serão instituídos pela comissão do projeto para que sejam distribuídos aos torcedores.

domingo, 29 de setembro de 2024

Sampaio Corrêa x São Raimundo/AM - Finais da Copa Norte 1998 [VÍDEOS]

SÃO RAIMUNDO/AM 1X0 SAMPAIO CORRÊA (JOGO DE IDA)

SAMPAIO CORRÊA 2X1  SÃO RAIMUNDO/AM (JOGO DE VOLTA)

Moto Club 1x1 Ferroviário - Torneio José Carlos Duailibe 1975

Com um gol em cada lado Moto e Ferroviário empataram na noite do dia 31 de janeiro de 1975, na abertura do Torneio quadrangular José Carlos Duailibe. O Moto marcou aos seis minutos depois de C. Alberto ter atirado violentamente contra a trave rubro-negra. Luiz A.  foi o autor do gol cobrando falta de longa distância. Marcial mal colocado não pôde voltar o tento que deu vantagem no marcador quadro do rubro-negro.

até o último minuto quando C. Alberto tabelou com Irismar e empatou aproveitando o rebote do goleiro Dé que largou nos pés do atacante tricolor. O empate traduziu o equilíbrio do bom espetáculo que as duas equipes proporcionaram. O Moto esteve mais organizado pelo melhor conjunto da equipe enquanto o Ferroviário se ressentia de alguns titulares notadamente no setor de meio campo como ataque muito fraco só melhorando no final quando Saneguinha passou a jogar em sua real posição pela direita e Irismar, substituiu a Nivaldo, novamente uma peça nula na equipe do Ferroviário.

Os últimos quinze minutos o goleiro Dé foi bastante empenhado fazendo arrojadas defesas e praticamente garantindo sua contratação. O Moto aceitou a reação do adversário permitindo o empate quando o jogo estava (praticamente) garantido.



FICHA DO JOGO

Moto Club 1x1 Ferroviário
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: não informada
Público: não informado
Juiz: Lercílio Estrela
Bandeirinhas: José Salgado e Jamil Gedeon
Gols: Luís Augusto aos 6 minutos do primeiro tempo; Carlos Albertoaos 44 minutos do segundo tempo
Moto Club: Dé; Ivan, Neguinho, Irineu e Breno; Gojoba e Luís Augusto; Lima, Santana, Paraíba (Roberto) e Coelho (Nestor). Técnico: Marçal Tolentino Serra
Ferroviário: Marcial; Ferreira, Alzemar, Vivico e Selmo; Carrinho II (Pedro) e Gojobinha; Alcindo (Castro), Nivaldo (Irismar), Carlos Alberto e Saneguinha. Técnico: Moacir Bueno

Sampaio Corrêa 0x1 Tiradentes/PI - Amistoso 1975

Se não chegou a decepcionar o time do Sampaio que se apresentou no dia 31 de janeiro de 1975 deixou muito a desejar com uma equipe totalmente fora de ritmo, mal preparada desordenada e com vários jogadores sem as mínimas condições técnicas.

A vitória do Tiradentes que já era esperada  chegou a ser tranquila pois o Sampaio não ofereceu nenhuma resistência deixando o adversário Jogar à vontade do que se aproveitou o quadro motense para impor-se em campo jogando somente para vencer por 1 x 0. Como o adversário não exigiu praticamente nada o Tiradente cuja delegação chegou  pouco antes do jogo e faria o primeiro jogo do ano passou a atuar mais a  base do valor individual e maior categoria de jogadores que transformaram a partida num futebol em câmara lenta e de pouca vibração totalmente perdido no meio campo onde Nabor e Barnabé fizeram péssima estreia e com um ataque inofensivo o time local esteve longe de conseguir melhor resultado. O Tiradentes não chegou a corresponder porque poupou muito o time preferindo conduzir o jogo no toque de bola tentando o gol a longa distância ou esperando surgir uma oportunidade de gol como aconteceu aos 13 minutos da fase final quando Lelé. encontrou o caminho das redes numa jogada individual pela esquerda. Depois do gol sentindo que o adversário não tinha condições de reagir o time piauiense passou ainda a jogar mais lento e tocando a bola para gastar o tempo e garantir o triunfo pela contagem mínima.

No Sampaio destacaram-se apenas o goleiro Aurílio que fez pelo menos duas grandes defesas e atacante Bira que jogou o primeiro tempo mostrando boas qualidades além de Trovão lateral esquerdo do juvenil e Almir, pelo esforço. Os demais fizeram apenas números, deixando claro que Pouca coisa pode ser aproveitada do time.


FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 0x1 Tiradentes/PI
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 22.138,00
Público: não informado
Juiz: Wilson de Moraes Wanlume
Bandeirinhas: Claudionor Lopes e Francisco Sousa
Gol: Lelé aos 12 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Aurílio;  Pedro Soares, Jota Alves, Almir e Reinaldo (Trovão); Nabor e Barnabé; Zequinha (Itamar), Bira (Eliéser), Célio Costa (Antonio) e Itamar (Edmilson Leite). Técnico: Vicente Trajano
Tiradentes/PI: Nei; Ivan Lopes, Zeca, Ivan Limeira e Bitonho; Joel e Santos (Derivaldo); Robertinho, Sima, Lelé e Acir. Técnico: não informado

Maranhão 4x1 Independência/AC - Campeonato Brasileiro 1991

Finalmente, o jovem time do Maranhão conseguiu a primeira vitória goleando o Independência, do Acre, por 4 a 1, na manhã do dia 03 de março de 1991, no Nhozinho Santos.

O time atleticano não fez uma boa primeira etapa, mas ainda assim virou vencendo parcialmente de 1 a 0, gol de Cláudio Silva, aos 42 minutos, de cabeça, se aproveitando de uma indecisão da zaga acreana.

No começo da etapa final, o MAC levou um susto com o gol de empate do Independência, numa penalidade máxima, convertida por Ivo, aos 14 minutos, quando o time maranhense claramente repetia os mesmos erros da fase anterior.

O glorioso acertou o passo definitivamente, a partir dos quinze minutos, passando a jogar em alta velocidade, exatamente como sempre esperou a sua torcida, até pela juventude dos seus atletas.

Foi empregando um toque de bola objetivo que os gols foram saindo, até, de forma natural. Aos 24 minutos, Oliveira fez 2 a 1 e logo em seguida, aos 26 minutos, foi a vez de Cláudio Bizuca, que já estava no jogo em lugar de Cláudio Silva, ampliar para 3 a 1.

Surpreendendo, o time do Independência, que voltou a repetir a mesma fragilidade quando do inesperado empate com o Sampaio, na primeira rodada da competição, se tornou presa muito fácil para a garotada maqueana.

O fecho da goleada aconteceu aos 42 minutos com um belo gol feito pelo ponta Mael, que realizou a sua melhor partida com a camisa do Maranhão.

O triunfo, além de marcar a primeira vitória maqueana, tirou o time da lanterna do campeonato, no seu grupo, agora em poder do Rio Branco, do Acre.




FICHA DO JOGO

Maranhão 4x1 Independência/AC
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 58.500,00
Público: 94 pagantes
Juiz: José Francisco Moraes/PI
Gols: Zé Cláudio aos 11 minutos do primeiro tempo; Ivo aos 3, Oliveira Sobrinho aos 19, Cláudio aos 36 e Mael aos 40 minutos do segundo tempo
Maranhão: Clemer; Marcos, Roberto, Oliveira Lima e Djalma; Batista, César e Elzo; Mael, Zé Cláudio (Cláudio) e Oliveira Sobrinho. Técnico: Arlindo Azevedo
Independência/AC: Klosby; Rocha, Anderson, Paulão e Ricardo; Gilmar, Rol e Papelin (Jorge Luís); Ivo, Artur e Marcelino (Marcelo Carioca). Técnico: não informado

Tuna Luso/PA 0x1 Sampaio Corrêa - Campeonato Brasileiro 1991


Com uma endiabrada partida feita pelo ponta Ismael, o Sampaio Corrêa ganhou a Tuna Luso por 1 a 0, na manhã do dia 03 de março de 1991, no acanhado estádio Francisco Vasquez, em Belém, resultado que lhe coloca na co-liderança do grupo I, ao lado do Paissandu, que goleou o Remo por 3 a 0 e também passou a somar 11 pontos positivos ao final do primeiro turno do campeonato brasileiro da segunda divisão.

A própria imprensa paraense reconheceu a superioridade do time sampaino, que consegue assim a sua segunda vitória, em Belém, no atual certame. A primeira foi no Baenão de 1 a 0 diante do Remo.

O Sampaio merecia mais no jogo. Entretanto, passou um grande susto aos 45 minutos, do segundo tempo, quando o garoto Serginho cometeu pênalti dando chance aos tunantes do gol de empate. Para a sorte boliviana o penal foi cobrado para fora pelo atacante Argeu.

O Sampaio entrou em campo com muita personalidade e foi logo partindo para cima da Tuna, sem se importar com o fato de jogar num campo sem condição e de propriedade do adversário, que tinha, além disso, a torcida a seu favor.

Jogando com os pontas bem abertos, aproveitando a excelente fase de Ismael e Lamartine, o Sampaio envolveu completamente a Tuna passando a dar muito trabalho para a sua defesa e ao goleiro Luís Sérgio.

A Tuna, enquanto isso, raramente chegava ao último reduto boliviano onde Moreira estava atento no gol e a defesa se portava bem com os dois laterais, Serginho e Catita, dando mais tranqüilidade ao setor por serem especialistas das duas posições.

O grande adversário do Sampaio era mesmo a péssima condição do gramado, mas o time se adaptou e passou a tocar melhor a bola, até que aos 39 minutos, Ismael atacou pela direita desequilibrando a defesa. Ele entrou em diagonal e passou a bola para Lamartine, na esquerda, que cruzou na medida para o cabeceio do meia Orlando, que entrou entre os beques para vencer o goleiro Luís Sérgio. Esse gol foi fatal aos paraenses, pois, foi só o Sampaio administrar a vantagem para garantir o marcador, embora tenha tido outras chances no segundo tempo, quando a Tuna passou a se desesperar e partir para o ataque desordenadamente dando chance a que o Sampaio explorasse os contra-ataques levando sempre muito perigo.

Grande susto: o grande susto vivido pelo Sampaio foi quando de um lançamento de bola para o ponteiro Ailton. O lateral Serginho, para evitar que o atacante pegasse a bola livre em condição de marcar cometeu a penalidade máxima metendo a mão na bola, aos 45 minutos.

A torcida da Tuna, que já estava saindo do estádio voltou na expectativa do go de empate, mas o atacante Argeu cobrou o pênalti para fora ao tentar mudar de canto, para fugir da defesa de Moreira que saltou justamente para o lado onde ele pretendia bater. Azar da Tuna, sorte do Sampaio, que se levasse o gol de empate seria castigado injustamente.

Boa arbitragem: o jogo foi apitado pelo cearense Luís Vieira Vila nova, que esteve bem na direção do espetáculo. Pedro Gilmar Dantas e Mauro Gilberto dos Reis, ambos do Pará, foram os bandeirinhas.

O Sampaio venceu com Moreira; Serginho, Armando, Ivanildo e Catita; Zé Carlos, Orlando e Vamberto; Ismael, Alexandre Cruz (Babacal) e Lamartine (Fuzuê). A Tuna foi derrotada em casa com Luís Sérgio, Paulinho, Levi, Luís Otávio e Joãosinho; Zé Augusto (Luis Carlos), Dema e Sauto; Miguelzinho, Paulo César (Argeu) e Ailton. A renda em Belém somou a quantia de Cr$ 961.100,00 para 1.366 pagantes.

sábado, 28 de setembro de 2024

Maranhão Atlético Clube - Campeão da Taça Cidade de São Luís 1975 [PÔSTER]


Maranhão 4x0 Moto Club - Taça Cidade de São Luís 1975

Jogando um futebol ofensivo e prático, o Maranhão marcou uma goleada surpreendente de 4 a 0 sobre o Moto resultado que garantiu à equipe atleticana o título de campeã da Taça Cidade de São Luís, no dia 11 de maio de 1975. Foi a terceira derrota do Moto em oito dias provocando a inevitável queda do técnico Anibal e uma série de providências da diretoria rubro-negra temerosa de novos fracassos no campeonato regional e no brasileiro.

Maranhão a vitória foi bastante festejada tão logo terminou o jogo, com os diretores indo ao vestuário cumprimentar os jogadores e o técnico Leonildo Vilanova que antes da partida estava ameaçado de ser dispensado A vitória de 4 a 0 e a nova padronização que a equipe adotou garantiram uma boa cotação ao treinador atleticano. O Maranhão que vinha obtendo resultados apenas razoáveis empregando um rígido sistema defensivo mudou completamente o ritmo na partida, diante do Moto passando a atuar ofensivamente apesar de ter improvisado o ponta direita Beto como meia armador, uma curiosa definição de meio campo que acabou funcionando sem que o adversário percebesse durante todo o decorrer do jogo.

Cabecinha, o artilheiro da partida com três gols ficou em primeiro lugar na artilharia da Taça somando oito gols e atribuiu, com a volta de Riba, sua melhor apresentação maior facilidade de criar as situações de gols. Hoje a diretoria vai estipular o prêmio e ser pago pela conquista do título e domingo receberá o troféu no jogo de estreia no campeonato contra o Sampaio. O técnico Leonildo Vilanova reuniu os jogadores ontem à tarde para uma palestra e marcou o reinício dos treinamentos para esta minha. Os jogadores Luís Fernando e Sabará já liberados do time deverão receber hoje a passagem de volta enquanto a diretoria anuncia a contratação de um Ponta direita e um lateral esquerdo do Bangu do Rio, como últimos reforços para a campanha no campeonato. Ontem o Dr. Antônio Bento reiniciou entendimentos com a diretoria para voltar ao Departamento de Futebol Profissional do glorioso.


FICHA DO JOGO

Maranhão 4x0 Moto Club

Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: 4.944 pagantes
Juiz: Lercílio Estrela
Bandeirinhas: Wilson de Moraes Wamlume e Francisco Sousa
Gols: Cabecinha aos 25 e 35 minutos do primeiro tempo; Beto ao 5 e Cabecinha aos 31 minutos do segundo tempo
Maranhão: Adeilton; Ivanildo, Jorge Luís, Nilo e Bite; Duca, Riba (Severo) e Roberto; Beto (Tataco), Cabecinha e Dario. Técnico: Leonildes Vila Nova
Moto Club: Dé; Carlinhos, Neguinho, Zé Luís (Irineu) e Breno; Gojoba, Ferraz (Itamar) e Luís Augusto; Lima, Serginho e Coelho. Técnico: Anibal Saraiva

Moto Club 1x0 Ferroviário - Taça Cidade de São Luís 1975

Com uma renda de CR$ 16.125.00 e com arbitragem confusa de José Salgado, o Moto venceu no dia 22 de março de 1975 o Ferroviário por 1 a 0 gol, de Paraíba aos 21 minutos do segundo tempo, conservando- se na liderança ao lado do MAC e adiando a decisão do turno da Taça Cidade de São Luís. O Ferroviário perdeu uma invencibilidade de oito jogos, perdeu um pênalti no primeiro tempo e teve um jogador expulso da fase final na metade.

A partida foi bastante movimentada com as duas defesas superando aos ataques que procuravam o gol com chutes de longa distância. No primeiro tempo Vivico perdeu um pênalti chutando contra o corpo do goleiro Dé que desviou com o pé. Logo depois o Juiz anulou um gol de Vivico marcando falta sobre o goleiro e não houve reclamação. O Moto teve uma boa chance aos 43 minutos quando Lima cruzou pelo alto e a bola quase entra no canto direito de Marcial.

Para o segundo tempo os dois times voltaram com as mesmas formações. Aos 2 minutos Vivico falhou e Serginho aproveitou, mas chutou em cima de Marcial que defendeu. Aos 8 minutos o zagueiro Zé Luiz recuou mal para Dé e Nivaldo pegou a sobra retardando para Pedro que chutou para fora. O Moto respondeu com ataque perigoso tabelando a bola até a boca do gol e Lima chutou para fora. Aos 21 Paraíba encontrou o caminho do gol numa jogada criada por Neguinho que subiu para o ataque entregou limpa para Lima que cruzou para Paraíba cabecear sem chance para Marcial. Com a abertura da contagem o Moto jogou mais à vontade e passou a prender o jogo para passar o tempo e garantir o resultado. Alzimar foi expulso aos 25 minutos por atitude desrespeitosa ao juiz. Reduzido a dez homens Moacyr Bueno tentou o empate mandando o time subir e lançou Mano e Ozimir para reforçarem o ataque mas o Moto soube segurar o jogo. Nos instantes finais Mano ainda cabe ceou uma bola perigosa que De segurou fazendo boa defesa.

José Salgado acompanhou mal os lances. Usou de dois pesos e duas medidas na parte disciplinar. Coêlho deu um soco em Selmo e levou apenas cartão amarelo. Neguinho correu atrás de Gojobinha e só foi advertido o jogador do Ferroviário. Vivico atirou uma bola para longe em atitude de desrespeito e não foi advertido e Alzimar pagou por tudo sendo expulso por falta idêntica não reprimida anteriormente. Serginho e Zé Luiz fizeram boa estrela com maior destaque para o zagueiro. Hoje a diretoria acerta as bases financeiras para contratar o técnico Aníbal enquanto no Sampaio Moacyr Bueno já tem a proposta e conversa com a diretoria de seu clube.





FICHA DO JOGO

Moto Club 1x0 Ferroviário
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 16.125,00
Público: não divulgado
Juiz: José Salgado
Bandeirinhas: Claudionor Lopes e Jamil Gedeon
Gol: Paraíba aos 20 minutos do segundo tempo
Expulsão: Alzimar
Moto Club: Dé; Antonio Carlos, Neguinho, Zé Luís e Breno; Gojoba e Luís Augusto; Lima, Paraíba (Nestor), Serginho e Coelho. Técnico: Marçal Tolentino Serra
Ferroviário: Marcial; Selmo, Alzemar, Vivico e Carrinho I; Gojobinha e Isaías; Saneguinha (Ozimir), Nivaldo (Mano), Pedro e Issinho. Técnico: Moacir Bueno

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Moto Club 1x4 Clube do Remo/PA - Amistoso 1975

Com uma equipe muito mal organizada em campo sem padronização técnica e mal dirigido. Moto foi facilmente batido em casa pelo Remo por 4 a 1 num desastroso resultado técnico e financeiro para o clube que além da goleada levou tremendo prejuízo com o jogo realizado em uma hora muito difícil e sobretudo mal programado, o Remo aproveitou a desorganização do Moto, em todos os sentidos e com certa tranquilidade chegou à goleada dando-se ao luxo de aos 30 minutos de jogo tirar de campo três dos seus titulares. Diga-se de passagem que os remistas já chegaram a São Luiz sem Caito e Alcino dois atacantes do time titular.

 0 campeão paraense venceu mais pelo bom Padrão de jogo apresentado em suas diversas linhas. Toque de bola rápido, objetivo bem coordenado e harmonioso trabalho do técnico Paulo Amaral que há cerca de 15 dias vem dirigindo o time marajoara. O Moto a rigor não teve grandes oportunidades embora Paraíba tenha perdido uma única chance de empatar quando o placar era de 1 a 0. Depois do placar totalmente decidido a favor do time visitante os montenses tentaram corrigir falhas que vinham sendo notadas desde o início do jogo e inteligentemente aproveitadas pelo adversário que jogava em função dos extremas com apoio dos laterais, aproveitando justamente que Esteves e Breno falhavam constantemente. O pior veio com a substituição de Sergio permanecendo Esteves e Breno o que acabou por complicar totalmente o quadro rubro-negro num autêntico recibo de sua desorganização tática.

Além das falhas de campo a diretoria do clube deu uma triste demonstração de desordem com a programação do jogo.  A delegação do Remo chegou ao aeroporto sem ter ninguém do Moto para receber sem hotel reservado o que causou um péssima impressão da nossa hospitalidade . A delegação percorreu vários hotéis alojando-se por fim no Hotel São Luís que cobrou a diária de três mil cruzeiros aumentando o prejuízo dos patrocinadores que pagaram caro pelos erros numa demonstração de que estão no mesmo caminho que levou o clube a uma ridícula e fracassada campanha no Nacional de 73 e que ameaça se repetir este ano. Um exemplo que se soma a tantos outros.

Além de ter abalado ainda mais o prestigio do nosso futebol com a goleada de 4 x 1 que levou do Remo, o Moto teve um prejuízo calculado em mais de dez mil cruzeiros com o jogo do último domingo cuja renda foi de apenas 26.123.00 prejudicada pela concorrência dos bailes de Carnaval e a programação mal feita do amistoso. Sem dar muita importância  ao jogo os dirigentes não se preocuparam com o que o Clube do Remo poderia trazer a São Luís e concordaram em pagar a elevada cota de 25 mil cruzeiros que acabou sendo reduzida para 15 por que a renda foi insuficiente. A programação foi tão mal feita que o Remo chegou na manhã do jogo, sem tempo de ser feita melhor divulgação e os diretores do Moto deram pouca importância ao fato tanto assim que não trataram nem de receber a delegação ou fazer reserva de hotel.

 Depois, de última hora e sem que maior parte da diretoria e jogadores soubessem foi feita a entrega das faixas alusivas à conquista do campeonato de 74, tudo na base do Improviso e muito sem graça. O Clube do Remo reduziu a cota para 15 mil o Moto que em Belém ganharia 20 mil só receberá dez mil, tendo ainda de pagar as passagens que serão de ônibus por que os dez mil não đão para pagar as passagens via aérea. O Remo pagou 13 mil de passagens e ficou com um saldo de dois mil que não dá para pagar bicho. Para livrar também seu prejuízo os azulinos terão mesmo de levar o Moto a Belém apesar do placar de 4 a 1 que marcaram aqui e que certamente abala o prestigio do Moto.

Da renda sobrou ao Moto apenas 17 mil cruzeiros líquidos dos quais 15 foram pagos ao Remo e os dois mil restantes não deram nem para o Hotel que cobrou três mil cruzeiros pela diária, para não se falar na despesa de transporte que ficou mais cara porque o Moto não tratou de conseguir um ônibus e todo transporte foi feito de táxi onerando mais os gastos.

Com ordenados e bichos em atraso contratos por renovar e sem calendário certo para os próximos dias os problemas financeiros, os dirigentes estavam ontem desanimados e praticamente sem alternativas.



 FICHA DO JOGO

Moto Club 1x4 Clube do Remo/PA
Data:
26 de janeiro de 1975
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: não divulgado
Juiz: Lercílio Estrela
Bandeirinhas: Wilson de Moraes Wanlume e José Salgado
Gols: Mesquita aos 5, Roberto aos 22, Prado aos 44 e Santana aos 45 minutos do primeiro tempo; Roberto aos 7 minutos do segundo tempo
Moto Club: Edson (Claudinei); Esteves (Ivan), Neguinho, Sérgio (Breno) e Breno (Esteves); Gojoba (Carlinhos) e Soares (Luís Augusto); Lima, Santana, Paraíba (Diomar) e Coelho. Técnico: Marçal Tolentino Serra
Clube do Remo/PA: Dico (François); Rosemiro, Dutra (China) Ruy e Cuca (Eduardo); Nena e Aderson; Prado, Mesquita (Sacramento), Roberto e Mancha (Marinho). Técnico: não informado

Registro do treino do Maranhão sob orientação do professor Rinaldi Maia (1975)

Matéria do jornal O Estado do Maranhão, de 11 de janeiro de 1975:

Quebrando uma tradição o professor Rinaldi Maia não falou praticamente nada aos jogadores, quando os reuniu para o primeiro treino. Não houve nenhuma cerimônia e tudo foi conduzido de maneira pratica e objetiva. Rinaldi Maia chegou acompanhado do Diretor Nonato Oliveira e foi logo para o centro do campo de treino do Maranhão, ajudando na colocação dos cavaletes, cordas, tamboretes, e outros objetos usa- dos para um "Circuittreine".

Enquanto os jogadores recebiam o material de treino, Rinaldi Maia aguardava no meio de campo e com a chegada destes, foi logo explicando a sua maneira de treinar e pediu apenas a colaboração de todos para o êxito dos trabalhos, que começou com exercícios físicos, notando-se um fraco rendimento dos atletas em virtude da inatividade provocada pelas férias. O treinador fez algumas anotações sobre o rendimento de cada um jogador nos testes para posterior catalogação na ficha individual. O treino constou de aquecimento, flexão, salto de cordas, salto com barreira, exercício abdominal, mergulhos e outros.

O programa de treinamentos consta de exercícios diariamente no horário da manhã. Esta primeira semana será apenas de avaliação do condicionamento físico dos jogadores e o prof. Rinaldi Maia espera apenas a colaboração de todos pага que o "circuit" engrene já que alguns atletas não estavam acostumados com esse tipo de treinamento. No final de cada treino físico o treinador irá ministrando também exercícios com bola principalmente no que diz respeito a controle e lançamento, para em seguida iniciar a parte coletiva.

Compareceram para o primeiro treino todos os novatos contratados junto ao Vitória do Mar e São José, e todos estavam pontualmente às 8 horas na sede do Maranhão, aguardando a chegada do treinador.

Faltaram apenas os jogadores, Jorge Luis, Cabecinha, Riba e Neco que inclusive poderão justificar as faltas já que a apresentação estava prevista somente para o dia 16, uma vez que foram liberados somente dia 22 paгa as férias regulamentares. A diretoria tem interesse em fazer domingo a primeira apresentação do MAC, possivelmente contra o Moto ou Ferroviário, o que deverá fazer com que o treinador altere um pouco o seu programa de treinamento e realize um treino coletivo na sexta-feira.






Sampaio Corrêa 0x0 Vitória do Mar / Moto Club 5x0 São José - Taça Cidade de São Luís 1975

PRELIMINAR - o Sampaio não passou de um empate sem gols contra o Vitoria do Mar e o Moto sem dificuldades marcou 0 a 0 sobre o São José rodada do dia 02 de abril de 1975 pela Taça Cidade de São Luís, abrindo o returno. 0 Sampaio voltou a jogar mal apresentando falhas em todos os setores e se ressentindo de jogadores de maior condição técnica. 0 time que o Sampaio apresentou não tem mesmo condições de competir nem com a frágil equipe do Vitória e o empate de ontem bem traduz a péssima produção do time boliviano que precisa urgentemente ser renovado em mais da meta- de. Tecnicamente foi um jogo fraco com o Sampaio perdendo algumas oportunidades de gol e o goleiro Aurilio garantindo o empate com surpreendente atuação. José Salgado foi o juiz.

O Sampaio Corrêa atuou com Aurilio, Valber, Zé Alberto, Sergio Trovão Barnabé e Eliezer, Zequinha (Tião) Santana, Marcos e E. Leite.  O Vitória do Mar jogou com Reginaldo, Edmilson, Vareta; Cutrim Alex (Malicia), Rosclin e Inaldo (Ary); Eliomar, Biguá, Antonio e Serol.

PRINCIPAL - na partida principal, também de baixo nível técnico Moto sem se empenhar marcou uma goleada de 5 a 0 contra o São José que fez uma medíocre apresentação. Tentou jogar na defesa durante todo o tempo não tomando nenhuma iniciativa de atacar durante os noventa minutos.

O jogo se desenvolveu quase todo no campo azulino com o goleiro Dé sendo empenhado pouquíssimas vezes em bolas lançadas a esmo pelo ataque do São José. Com Luiz Augusto improvisado de terceiro homem do meio campo o Moto não chegou a produzir um bom futebol e tratou mesmo de poupar o time para o amistoso contra o Tiradentes. Se tivesse forçado um pouco mais o Moto poderia perfeitamente chegar a uma dezena de gols. Murilo (contra) Neguinho de pênalti, Luiz Augusto com dois e Serginho marcaram os gols. Arbitragem de Claudionor Lopes com boa atuação.

O Moto Club jogou com De; A. Carlos; Neguinho, Zé Luiz e Milton; Gojoba (Carlinhos) e Luiz Augusto (Peixinho); Linia, Nestor, Serginho e Coelho. O São José jogou com Paulo; Murilo, Ziza, Tião e Zequinha; Negão e Nonatinho (Maurício); Almir, Aurino, Airton e Moreno.



Ferroviário 3x0 Sampaio Corrêa - Torneio Dr. José Carlos 1975

O Ferroviário conquistou ontem o Torneio quadrangular que recebeu o nome do Dr. José Carlos Duailibe, o primeiro troféu colocado em jogo este ano. O tricolores levantaram o titulo invicto com duas vitórias e um empate, fazendo justiça pelo melhor desempenho de equipe durante a competição. Na rodada do dia 06 de fevereiro de 1975, o Ferroviário marcou uma tranquila vitória de 3 a 0 sobre o Sampaio Correa que acabou como lanterna (como se esperava) com três derrotas consecutivas.

0 Ferroviário mandou no jogo e o placar de três a zero ainda não chega a traduzir a superioridade dos comandados de Moacyr Bueno diante de um adversário totalmente desorganizado, mal preparado e desmotivado para o jogo. Logo aos 2 minutos Saneguinha abriu a contagem e aos 38 C. Alberto aumentou para dois a zero placar do primeiro tempo. Nesta etapa o Ferroviário ainda perdeu boas oportunidades de marcar. No segundo tempo o panorama do jogo foi o mesmo.

O Ferrim deitou e rolou marcando mais um gol aos 12 minutos por intermédio de Irismar. A exibição do Sampaio novamente foi decepcionante, mas serviu para mostrar aos dirigentes que do atual time pouca coisa se pode aproveitar . Praticamente o Sampaio não existe e estava vivendo unicamente da tradição e boa vontade de dois ou três dirigentes que seus recursos teimam em manter a equipe em atividade.

Após o jogo o Deputado Djalma Campos confirmou que hoje dispensará vários jogadores e suspenderá as atividades da equipe até recomposição e eleição diretoria o que acontecerá após o Carnaval. A derrota não foi surpresa para o técnico Vicente Trajano que á previra esse fracasso antes de iniciar o torneio, nem para os próprios jogadores que atuaram num clima de multa tensão face as anunciadas dispensas no plantel.

FICHA DO JOGO

Ferroviário 3x0 Sampaio Corrêa
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: não divulgado
Juiz: Francisco Sousa
Bandeirinhas: Lercílio Estrela e Jamil Gedeon
Gols: Saneguinha, Carlos Alberto e Irismar
Ferroviário: Marcial; Ferreira, Alzemar, Vivico e Selmo; Gojobinha (Zequinha) e Carrinho II (Pedro); Saneguinha, Irismar (Nivaldo), Carlos Alberto e Castro (Alcindo). Técnico: Moacir Bueno
Sampaio Corrêa: Aurílio; Reinaldo, Jota Alves, Almir e Trovão; Eliéser e Barnabé (Edmilson Leite); Zequinha (Zé Pequeno), Bira (Biguá), Itamar e Bimbinha (Nabor). Técnico: Vicente Trajano

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Ferroviário 1x0 Sampaio Corrêa - Taça Cidade de São Luís 1975

O Sampaio entrou em campo no dia 19 de março de 1975 com uma nova escalação onde Santana era o centroavante Edmilson o ponta direita e três homens ao meio campo orientando para atacarem e defenderem ao mesmo tempo enquanto os atacantes se revezariam numa cópia do estilo holandês. Enquanto o time tivesse fôlego ainda andou apertando o adversário não pelo sistema tático, mas pela categoria individual de jogadores como Santana, Edmilson Leite e o próprio Marcos. Em três oportunidades os bolivianos andaram perto de marcar aproveitando o entusiasmo que dominou a equipe nos primeiros minutos quando saiu jogando um futebol agressivo. Edmilson chutou duas bolas longas e Marcial fez duas defesas milagrosas. Aos 30 minutos o último chute de perigo contra a meta tricolor. Santana cobrou falta com barreira e Marcial desviou para escanteio.

O primeiro tempo terminou com equilíbrio e o Sampaio mais perto do gol embora o Ferroviário jogasse mais organizado e sem inventar chegava com certa facilidade à área adversária só errando nos arremates finais. No segundo tempo logo nos 2 minutos Issinho pegou uma sobra de bola na esquerda após cobrança de escanteio e marcou. Foi o fim do Sampaio, já sem condições físicas com todos os jogadores notadamente os co meio campo esgotados pelo esforço da fase inicial, o time caiu assustadoramente de produção. O técnico Miruca fez uma substituição no intervalo tirando Marcos violentamente atingido por Vivico e lançando Tião voltando Edmilson para a esquerda e Itamar para a direita numa inversão que anulou completamente o ataque. O Ferroviário passou a mandar no jogo e tocar a bola com incrível facilidade. Os bolivianos mal corriam em campo numa prova evidente de esgotamento físico. A defesa ainda andou salvando algumas situações perigosas e depois dos trinta minutos o Ferroviária se deu por satisfeito com 1x0 e começou a poupar algumas peças importantes como Isaias e Saneguinha substituídos por Carrinho e Ozimir quando o jogo estava totalmente decidido. Miruca ainda tentou uma modificação. Zequinha entraria no lugar de Santana o que seria outro erro do treinador boliviano pois a melhor opção seria Nabor para o lugar de Eliezer. Santana não mostrou nenhum interesse em sair e acabou arranjando uma desculpa dando tempo à bola entrar em jogo e continuar em campo. O técnico a esta altura mandou Zequinha voltar para o banco e este confessou depois que também não queria entrar "porque ia me queimar".

Mal preparado fisicamente, com erros de escalação, mal estruturado no campo o Sampaio ainda fez muito obrigado a jogar num sistema que nem as maiores equipes brasileiras conseguirem assimilar. O Ferroviário soube vencer e mereceu até mais de 1 a 0.

Lercíllo Estrela foi o juiz expulsando de campo Itamar e Ferreira por troca de ponta pés. A renda foi de 12.243,00 e na preliminar entre juvenis empate de 1 a 1 com desastrosa atuação de Salomão Dantas.


FICHA DO JOGO

Ferroviário 1x0 Sampaio Corrêa
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 12.243,00
Público: não divulgado
Juiz: Lercílio Estrela
Bandeirinhas: Francisco Sousa e José Salgado
Gols: Issinho a 1 minuto do segundo tempo
Expulsão: Ferreira e Itamar
Ferroviário: Marcial; Ferreira, Alzemar, Vivico e Selmo; Gojobinha e Isaías (Carrinho II); Saneguinha (Ozimir), Nivaldo, Pedro e Issinho. Técnico: Moacir Bueno
Sampaio Corrêa: Aurílio; Beto, Pedro Soares, Sérgio e Trovão; Eliéser e Edmilson Leite; Marcos (Tião), Santana, Barnabé e Itamar. Técnico: Miruca