terça-feira, 7 de maio de 2024

Flamengo/RJ 8x1 Sampaio Corrêa - Campeonato Brasileiro 1976 [VÍDEO]

Combinado com as camisas do Moto Club enfrenta o Fortaleza (1947)

Texto extraído do livro "Memória Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte"

Isso mesmo: ocorreu, em Setembro de 1947, um jogo amistoso envolvendo o Fortaleza Esporte Clube e um combinado organizado com as equipes do Moto e Maranhão, vestido com a camisa do Moto Club. A idéia em selecionar os melhores atletas dos elencos rubro-negro e atleticano e vesti-los com a gloriosa camisa do Moto Club de São Luis partiu da própria diretoria motorizada. Nessa data do embate envolvendo cearenses e maranhenses, ocorreria, pelo Campeonato Maranhense daquele ano, um clássico Maremoto, que não chegou a ocorrer. A diretoria do Moto Club solicitou à Federação Maranhense de Desportos o adiamento do grande clássico e viabilizasse a data para um jogo amistoso contra o representante do Ceará, quando da sua passagem por uma excursão pelo Norte do Brasil. Pedido aceito, a FMD transferiu as partidas Moto x MAC e Tupan x Santa Isabel para, respectivamente, 01 e 05 de Outubro e deu carta-branca aos motenses para aproveitar a data como lhe conviesse.

O Fortaleza Esporte Club, uma das maiores forças do futebol da nossa região e o atual campeão do Nordeste, estava em excursão pelo Norte do Brasil. Antes de exibir-se em nossa cidade, o clube estivera atuando pelos Estados do Amazonas e do Pará. O promotor da vinda do clube alencarino à nossa capital foi o Moto Club, que ofereceu a quantia de 24 mil cruzeiros exigida pelos cearenses para uma série de três apresentações no Estádio Santa Isabel. Além, é claro, do próprio Moto Club, o Fortaleza jogaria contra as equipes do Sampaio Corrêa e do Maranhão Atlético Clube, recebendo, logo, a importância de 8 mil cruzeiros por adversário em nossa cidade. Porém, por conta da humilhante derrota em Belém para a Tuna Luso Comercial por 5x1, os dirigentes Tricolores resolveram cancelar a vinda a São Luis, o que gerou certo aflito por parte dos representantes motenses, certos de uma grande arrecadação nas três partidas em nossa capital. Os dirigentes do Moto, então, se movimentaram antes mesmo de o Fortaleza deixar a cidade de Belém. Uma nova exigência foi feita pelo chefe da embaixada do Fortaleza, o Sr. Figueiredo. Adiantou que o clube cearense não mais poderia apresentar-se em nossa cidade para três jogos, uma vez que o Campeonato Cearense estava em andamento, necessitando o Tricolor regressar à capital alencarina o mais cedo possível. Somente uma partida o clube cearense poderia realizar, desta vez mediante “luvas” de 20 mil cruzeiros. Contudo, a direção do Moto, com o apoio da FMD, aceitou a proposta e a partida entre Fortaleza e o combinado Moto Club/Maranhão, utilizando as camisas rubro-negras, foi confirmado para a tarde do dia 27 de Setembro de 1947.

Os cearenses, por conta dos compromissos com o Campeonato Cearense, chegaria à capital maranhense e realizaria o jogo no mesmo dia, sem tempo para descanso. Além disso, a delegação alencarina se concentraria, vejam só, conforme declarou o dr. Amaury Gurgel, [...] á bordo do ‘Iatapé’, devendo saltar somente por ocasião do embate. A notícia do cancelamento das  partidas contra maqueanos e bolivianos pegou de surpresa as diretorias de Maranhão e Sampaio Corrêa. Inclusive sabia-se que o Fortaleza ia terçar armas com o Moto integrado, exclusivamente com seus valores. [...] entretanto, [...] em vista do rubro-negro não poder contar com o concurso de alguns dos seus titulares, por se acharem enfermos, vários elementos do MAC foram solicitados, inclusive o ala Merci, o zagueiro Erasmo, o meia Arel, dentre outros. Esse foi o principal motivo pela qual a imprensa maranhense na época destacou a partida como um autentico combinado Moto/MAC. O árbitro escolhido para dirigir o embate foi o maranhense Ferreira Novaes, escolhido através de comum acordo entre as duas diretorias.

A delegação do Fortaleza chegou a São Luis trazendo a bordo o dr. Stênio Azevedo, do Diário do Associados, do Ceará, que acumulou as funções de secretário e tesoureiro da embaixada cearense. Como convidado especial, integrou também a delegação o cronista José Carlos, da Associação dos Cronistas Desportivos do Ceará. O elenco do Fortaleza era composto por atletas de renome na região Nordeste na época. O zagueiro Natal, por exemplo, fazia a ala do Flamengo do Rio de Janeiro, em 1939, ao lado de Domingos da Guia; Arrupiado, considerado o melhor meia do futebol cearense; Jombrega, com passagens por Corinthians e São Paulo e oito vezes convocado para a Seleção Cearense; e até mesmo uma particularidade: o zagueiro Zé Sérgio, muito seguro e disciplinado em campo, era “um dos pouquíssimos amadores que formam entre os titulares do Fortaleza, formado em odontologia.

Assim perfilaram as duas equipes no jogo realizado no campo do Santa Isabel, em uma tarde de muito sol na capital maranhense: Moto Club - Walber Penha; Erasmo e Carapuça; Merci, Frázio e Arel; Alberto, Haroldo, Cosmo, Zuza e Tico. Fortaleza: Jujú; Natal e Zé Sérgio; Jorge, Otávio e Arrupiado; Gilberto, Pipiu, Stenio, França e Piolho. Apesar de o Moto Club ser reforçado com os melhores atletas do Maranhão Atlético Clube, a equipe cearense venceu a partida pelo placar de 2x1. Foi muito mais do que uma derrota, foi uma grande decepção para o público maranhense, sobretudo pela grande rivalidade existente à época entre essas duas praças esportivas. E a decepção foi ainda maior porque vimos uma representação das forças máximas do nosso futebol cair vencida ante um adversário física e moralmente abatido, depois de uma série de exibições medíocres em Manaus e de uma malograda temporada em Belém do Pará. Até a própria imprensa cearense não acreditava em um resultado positivo do representante alencarino, visto as desastrosas partidas realizadas pelo Norte. O jornalista José Carlos, que acompanhou a delegação do Fortaleza, foi realista ao afirmar: "não se espantem se sairmos de campo vencidos no mínimo por um escore de 4x1... Nossos jogadores estai visivelmente esgotados". O próprio goleiro Jujú ainda afirmou: "Para ser franco, não queria nada com a bola ultimamente. Estamos esbagaçados e um torpor enorme invade-nos o corpo. Não fosse por determinação superior", disse o atleta, em alusão à cansativa e desgastante viagem de navio até a capital maranhense.

O Fortaleza, inferior tecnicamente durante praticamente todo o tempo, abriu o marcador logo aos 12 minutos de jogo, por intermédio do centroavante Stênio. Quando Alberto conseguiu empatar, já no segundo tempo, novamente Stênio colocou o Tricolor cearense à frente do marcador. A vergonha maranhense poderia ser menor: aos 40 minutos da etapa final, o meia Jorge cometeu pênalti a favor dos combinado local e Zuza foi o encarregado de empatar a partida, o que evitaria um vexame maior no Santa Isabel, em uma partida onde nem o mais otimista torcedor alencarino acreditava em uma vitória. O resultado da cobrança? As palavras do próprio goleiro do Fortaleza: As minhas melhores defesas eu faço pela esquerda, pois sou canhoto. Conheço Zuza e as suas artimanhas. Ao cobrar o pênalty, Zuza olhou o meu canto esquerdo duas vezes, fez menção de chutar nêle e acabou chutando mesmo. Não tive dúvidas e saltei sem vacilar.

O futebol maranhense não estava reabilitado. Uma derrota como aquelas soou mal no meio desportivo maranhense, sobretudo por se tratar de uma equipe como o rubro-negro da Fabril, com os melhores jogadores importados do Norte e Nordeste e reforçado por excelentes atletas do MAC. O Moto Club esperaria por um ano para vingar-se daquela tão humilhante derrota. Mas a espera valeria a pena, pois em Agosto de 1948 o Moto Club alcançaria talvez o maior titulo de toda a sua gloriosa trajetória dentro do futebol. E que título!

sábado, 4 de maio de 2024

Cruzeiro/MG 1x1 Sampaio Corrêa - Campeonato Brasileiro 1981 [VIDEO + FICHA]

 
FICHA DO JOGO

Cruzeiro/MG 1x1 Sampaio Corrêa
Data:
25 de janeiro de 1981
Local: Estádio Mineirão
Público: 14.120 pagantes
Renda: Cr$ 1.513.750,00
Juiz: José Pereira Sobrinho
Bandeirinhas: João Luiz de Freitas e Walter Luiz Leite de Abreu
Gols: Roberto César aos 34 minutos do primeiro tempo; Cabecinha aos 3 minutos do segundo tempo
Cruzeiro/MG: Luiz Antônio; Zé Carlos, Zezinho Figueroa, Luís Carlos Teixeira, Toninho e Luís Cosme; Carlinhos Sabiá, Alexandre (Ademir Mineiro) e Roberto César; Eduardo Amorim e Joãozinho (Jésum). Técnico: Cláudio Garcia
Sampaio Corrêa: Passarinho; Terezo, Darci Munique, Darci Ceará e Rosclin; Cabrera, Zezinho (Fernando), Magela (Maia) e Cabecinha; Zé Ivan e Bimbinha. Técnico: Otacir Viana 

A estreia do Ícaro Esporte Clube no Campeonato Maranhense (1963)

Trecho extraído do livro "Almanaque do Futebol Maranhense Antigo: Clubes Menores da Capital"

O debut do Ícaro no Estadual começou de forma desorganizada já fora dos gramados. Por encontrar-se em litígio com a F.M.D., o Ícaro iniciou a sua participação no Campeonato Maranhense de 1963 apenas no Segundo Turno, quando a federação confirmou a não participação de Vitória do Mar e Graça Aranha (ambos licenciaram-se das suas atividades profissionais e abriram mão de jogar naquele ano), dando a vaga no certamente ao clube icariano. E, na época, a decisão em incluir o representante da Base Aérea foi criticada por parte da imprensa, que acreditava prevalecer a lei de acesso, onde o campeão da Segunda Divisão (amadora) passasse a figurar entre os clubes principais do nosso futebol. Problemas a parte, a campanha do time do Tirirical na elite foi praticamente pífia, exceto pela única vitória, diante do não menos fraco Nacional, equipe da rua de São Pantaleão.

Para o comando técnico, o presidente Sergio Faray (que formou carreira como árbitro) contratou Calazans para dirigir o que chamava de time dos imprestáveis, isso porque era formado por atletas renegados pelos grandes da capital. A estreia no certamente aconteceu no dia 16 de outubro, contra o Maranhão. O grupo era formado à base de jovens atletas e com a inclusão de alguns veteranos. Joãozinho, Cabeça, Walter, Serra, Chita, Reginaldo, Sapeca, Cabeça, Urânia, Esmagado, Juraci, Buranha, Cauby, Santana, China, Lua, Cocó e Pinagé, dentre outros, toparam vestir a camisa do representante do Tirirical e iniciar a sua jornada no Estadual diante dos atleticanos. Às vésperas do encontro de abertura do returno, o Ícaro ainda realizou um treino apronto de aproximadamente 80 minutos no campo da Base Aérea, com o grupo desenvolvendo boa velocidade e atirando constantemente a gol. Com a vitória tranquila dos titulares diante dos suplentes, a empolgação era geral no treino.

A euforia pelos bons resultados nos aprontos foi por água abaixo rapidamente quando o grupo pisou no gramado do Municipal para enfrentar o atual vice-campeão estadual. O Maranhão, treinado pelo não menos experiente Walber Penha, tinha um verdadeiro timaço: Lunga, Neguinho, Vareta, Clécio e Moacir Bueno; Negão e Barrão; Valdeci, Wilson, Croinha e Alencar. Essa era a forte base maqueana que colocou o representante do Tirirical de volta à realidade com a vitória pelo placar de 2 a 1, com o gol da vitória atleticana assinalado nos minutos finais.

Após previsível derrota diante de Moto e Sampaio Corrêa, a equipe se preparou para encerrar a sua participação na fase inicial do turno diante do também limitado Nacional, o famoso clube da rua do Norte. Em treino apronto no campo da Base Aérea e sob a supervisão do novo treinador João Ribeiro Lima, o atleta Marçal, pertencente ao Santana de Macapá, foi a grande atração do apronto. E a diretoria, a pedido do treinador, contratou o craque para o restante do certamente de 1963.

Marçal era o jogador mais caro do elenco e um dos poucos destaques da equipe. Ele morou durante onze anos no Território do Amapá, onde trabalhava e jogava futebol no Amapá Clube, equipe da capital que ainda atuava amadoristicamente nessa época. Marçal ainda foi para o Santana Esporte Clube, equipe pertencente à companhia norte-americana de mineração ícome, agora como quarto-zagueiro e por onde foi tricampeão (1960/61/62) estadual, curiosamente os seus únicos títulos como atleta. Retornou a São Luis após pedir indenização na companhia amapaense. Vale lembrar que, após abandonar a carreira como atleta, Marçal simplesmente virou o treinador mais vitorioso do nosso futebol, levando o Sampaio Corrêa ao título de campeão do Brasileirinho em 1972. Sobre a partida diante do Nacional, o Ícaro acabou vencendo pelo placar mínimo, com Durval anotando o gol que deu à equipe a honrosa penúltima colocação da fase – ao Nacional sobrou a lanterna geral do campeonato até então.

Foi reportado à imprensa que alguns jogadores chegaram a São Luis para reforçar a equipe do Ícaro para o restante do Estadual. Os atletas Leal e Ubiraci, ambos pertencentes ao futebol paraense (o primeiro vindo da equipe do Júlio César; o segundo, do aspirante do Yamada de Belém) desembarcaram pela VASP e logo iniciaram os treinos no Tirirical, perfilando, assim, como base para os jogos restantes: Nerval; Da Chagas, Terto, Juscelino e Nilton; Newton e Mundé; Nélio, Clóvis, Saldemar e Adalto.

Apesar do esforço da diretoria em organizar melhor o grupo para os seus últimos compromissos na competição, o Ícaro foi o coadjuvante de uma das cenas mais emblemáticas do futebol em nosso Estado. O campeonato de 1963, vencido pelo Maranhão, apresentou uma particular briga pela artilharia entre dois craques que dispensam apresentações: Hamilton Sadias, pelo Moto Club, e Croinha, pelo Maranhão. O inusitado fato aconteceu pelo returno. Empatados até então na artilharia da competição, com cinco gols cada, atleticanos e rubro-negros jogariam contra equipes tecnicamente fracas. No dia 08 de dezembro o Maranhão goleou o Nacional pelo placar de 10 a 0, com exatos cinco tentos de Croinha, que chegou à marca de 10 gols, isolando-se na artilharia. Uma semana depois, o Papão enfrentaria o Ícaro. Hamilton, goleador por natureza, foi anotando um gol atrás do outro. Só no primeiro tempo o placar já apontava 3 a 0 para o Moto. Os gols foram saindo e a torcida pediam: "Mais um, mais um!". E o craque marcava: dois, três, quatro, cinco... seis gols! O rubro-negro aplicou um sonoro 11 a 0, com seis gols do artilheiro paraense, que passou Croinha na artilharia (11 a 10). Hamilton ainda deixou o gramado desacordado após receber acidentalmente um soco do zagueiro Cabeça. E a titulo de curiosidade, o centroavante motense fechou a competição com a liderança isolada da artilharia, com 20 gols.

Após a elástica goleada sofrida pelo Moto Club e o definitivo desinteresse pelo restante da competição, o próprio Campeonato Maranhense daquele ano quase teve o seu andamento prejudicado. Os atletas do Maranhão deflagraram desde às zero horas do dia 18 de dezembro uma greve contra o atraso dos seus vencimentos. Alguns jogadores não puderam fazer suas refeições por falta de dinheiro e até mesmo pelo não fornecimento de comida pelo próprio clube, segundo noticiado à época pela imprensa. O movimento por muito pouco não paralisou totalmente o futebol em nossa capital, pois a intenção dos atletas de outras equipes era de prestar solidariedade aos atleticanos. Rapidamente a direção maqueana saldou o pagamento – e, claro, multou em 60% do salário os atletas grevistas.

Outro momento curioso durante as disputas do certamente daquele ano veio justamente no momento em que o próprio Ícaro já estava em vias de fechar a sua participação no Estadual. Em matéria publicada no jornal O Imparcial, datado de 04 de dezembro de 1963, A C.B.D. enviou um cabograma à F.M.D. informado que ainda não tinha conhecimento do ingresso do Ícaro na mentora, não pertencendo, portanto, a equipe à Confederação Brasileira de Desportos. A mesma emissora informava que isso aconteceu por que a F.M.D. não tinha enviado comunicação e a papelada para a C.B.D. sobre o ingresso do clube da Base Aérea em nossa federação desportiva. O caso, felizmente, foi brevemente solucionado e o Ícaro passou a constar como clube filiado às entidades local e nacional.

Em seu último compromisso no Estadual, mais uma vez o Ícaro se envolveu em um fato, no mínimo, curioso. A partida diante do Maranhão, realizada no dia 15 de janeiro de 1964, quase não aconteceu. Pelas fortes chuvas que caíam na capital e a falta de energia na Vila Passos, bairro do Estádio Municipal Nhozinho Santos, cogitou-se o cancelamento da partida. E a notícia percorreu a cidade, prejudicando ainda mais a presença do já desmotivado público para o encontro entre as duas equipes. E a cereja do bolo foi ainda mais atípica: o caso das camisas com a mesma cor usadas pelas duas equipes. O Maranhão rapidamente mudou o seu uniforme porque a sua sede era a mais próxima do estádio e um novo conjunto de uniformes foi logo providenciado. E assim foi iniciada a partida, com o MAC vencendo o jogo, de virada, pelo placar de 3 a 1.

Após os seus (fracos) compromissos pelo Campeonato Maranhense de 1963, a diretoria do clube da Base Aérea do Tirirical planejou uma excursão pelos gramados piauienses, seguindo inicialmente pela cidade de Parnaíba, onde o Ícaro havia acertado três jogos treinos. O registro da viagem e os prováveis placares, contudo, nunca foram encontrados em arquivos públicos.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Sampaio Corrêa - Campeonato Brasileiro 1985 [VÍDEOS]

Neste post deixo alguns gols de jogos do Sampaio Corrêa pelo Campeonato Brasileiro de 1985

Sampaio Corrêa 1x1 Clube do Remo (Campeonato Brasileiro Série A 1985)

 

Sampaio Corrêa 2x0 Flamengo-PI (Campeonato Brasileiro Série A 1985) 

 

Sampaio Corrêa 1x1 Ceará (Campeonato Brasileiro Série A 1985) 

Amistoso internacional: Ferroviário x Sport Vereniging Transvaal - 1970

Em abril de 1970, o empresário Francisco Meireles trouxe ao Brasil, para uma temporada de jogos amistosos, a equipe do Sport Vereniging Transvaal, uma das mais bem sucedidas do Suriname, tendo ganho o seu primeiro campeonato em 1925 – era, inclusive, o atual pentacampeão nacional em 1970. A princípio, o clube enfrentaria em São Luis, em duas partidas, apenas o Sampaio Corrêa, promotor da vinda do clube estrangeiro pela quantia de Cr$ 20 mil. Como a equipe boliviana não tinha mais datas disponíveis (enfrentaria também o Paysandu, em jogo amistoso), abriu mão de uma partida e a concedeu ao Ferroviário, configurando-se como o primeiro jogo internacional da história da equipe da RFFSA. O Moto Club chegou a ser cogitado para o terceiro jogo, mas a ideia não vingou, apesar da cota de Cr$ 3 mil.

O futebol exibido pelos visitantes impressionava: em sua passagem por São Luis nove anos antes (1961), o Transvaal mostrou ao nosso público a famosa “sanfona europeia”, defendendo-se com nove e atacando também com nove, numa correria desenfreada. Seria uma nova oportunidade de os maranhenses reverem a inusitada tática utilizada pelos integrantes do Transvaal, que ficou hospedado no Hotel Central durante a estadia em nossa capital em 1970 e recepcionado no aeroporto pelos dirigentes bolivianos.

Logo após o seu primeiro jogo em São Luis, na derrota para o Sampaio Corrêa por 3 a 0, dia 24 de abril, a equipe de Paramaribo, enfim, mediu forças contra o Ferrim. O jogo, realizado no Estádio Municipal dois dias depois da sua estreia, terminou empatado em 1 a 1, com o Ferroviário entrando a campo assim, sob o comando do treinador Rinaldi Maia: Marcial; Ribeiro, Neguinho, Vivico e Antônio Carlos; Walter e Santana; Luís Carlos, Gimico, Cândido e Egui. O Transvaal atuou com Baron; Norton, Wong Swie Sang, Gordon e Boschman; Corte e Bundel; Vanenburg; Klisop, Gesser e Reumell. Aos 32 minutos do primeiro tempo, em uma bola cruzada da direita, Esquerdinha cabeceou à meia altura, com Baron saltando e falhando, e Gordon, na tentativa de salvar o tento, acabar por impulsionar a bola para o fundo da meta. O quadro visitante empatou aos 36 minutos da fase final, num ataque em massa, quando a bola cruzada encontrou Vanenburg, que numa virada sensacional atirou de pé direito, no ângulo direito do arqueiro Marcial, sem chances de defesa.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Gil e Mael - Moto Club no Campeonato Brasileiro da Série B em 1996

Belo registro da dupla Gil e Mael, que jogou muito pelo Moto Club no Campeonato Brasileiro da Série B em 1996. Na ocasião, o Moto ficou em oitavo lugar na competição, eliminando no mata mata o Santa Cruz dentro de Recife e caindo na última fase para o América de Natal.

Briga, expulsão e confusão no jogo Maranhão 0x2 Fluminense/RJ (1946)

Na década de 1940, o Fluminense do Rio de Janeiro esteve em uma grande excursão pelo Norte e Nordeste do Brasil, passando por algumas grandes capitais, inclusive São Luís. Em nossa cidade no mês de Fevereiro de 1946, o Tricolor carioca realizaria duas exibições, diante dos outros grandes da nossa capital - Moto e Maranhão. A equipe carioca, que retornava a São Luís após breve passagem por Belém, onde havia goleado o Clube do Remo por 4 a 0, também goleou o Sampaio Corrêa, no dia 31 de Janeiro, pelo placar de 7 a 1, em jogo no Santa Izabel.

A equipe visitante chegou a nossa capital com grande cartaz, sobretudo pelo forte elenco na ocasião e pelo treinador Gentil Cardoso. A Mercearia São Luís, por exemplo, colocou em exposição em uma das vitrines da Rianil, uma garrafa de champanhe clássico Michielon, destinada ao jogador que conseguisse vencer a meta do goleiro Batatais, estreante em jogos na capital maranhense. O Fluminense trouxe para a sua excursão o seu ex-atleta amador Hélvio Furtado como árbitro.

Após golear o Moto Club pelo placar de 6 a 4, diante de 4 mil torcedores que acompanharam a partida no campo do Santa Izabel, o Fluminense encerraria a sua estadia pela nossa capital enfrentando o MAC no dia 07 de Fevereiro. E assim perfilaram as duas equipes para a partida, apitada pelo desportista Jaime Pires Leal: o Maranhão atuou com Rui; Expedito e Cosmo; Batistão, Vicente e Merci; Galego, Inaldo, Pepe, Moura e Nezinho; o Fluminense mandou a campo Batatais; Afonsinho e Haroldo; Vicentini, Pascoal e Bigode; Pinhegas, Orlando, Geraldino, Nandinho e Murilinho. Antes da partida, a Madrinha do Maranhão Atlético Clube ofertou um lindo buquê de flores ao Presidente do Fluminense e o Comandante do 24º Batalhão de Caçadores, Major Celso Freitas, fez a entrega ao Presidente do Maranhão, Tenente Argemiro Gameiro, de uma linda flâmula do Tricolor do Rio de Janeiro.

A partida seguia normalmente até os 42 minutos da etapa inicial, com a vitória do Tricolor carioca pelo placar de 1 a 0, quando uma verdadeira sessão de pancadaria se iniciou. O pernambucano Orlando, após receber uma involuntária agressão do centroavante Vicente, passou a provocar a desordem em campo. Queria brigar com qualquer um que estivesse a sua frente. E a situação piorou quando o árbitro expulsou, por engano, o jogador Bigode. Insatisfeito com a expulsão, Orlando saiu da sua posição de atacante para desafiar o ponta-esquerda Nezinho, do MAC, e dirigir palavras agressivas aos demais atletas. Seguiu-se, então, uma verdadeira batalha campal: estava disposto a bater-se com tôda aquela multidão que se comprimia no Estádio Santa Isabel. Esse seu jeito foi satisfeito quando o jogador atleticano respondeu com um sôco em Orlando. O craque de Recife avançou com uma fúria leonina sobre Nezinho e o agrediu a ponta-pés. O jogador alagoano revidou as ‘amabilidades’, mas Vicentini atacou-o pelas costas. Ai o tempo fechou, feio e forte.

Todos os jogadores do Fluminense e do Maranhão começaram a se engalfinhar em campo. As pessoas ocupantes das cadeiras na pista entraram no gramado e começaram a brigar também. A torcida da geral começou a invadir o campo. A polícia entrou em ação, mas sem resultado. Foi pedida a cooperação da força Federal. A partida ficou paralisada durante 50 minutos e a muito custo a situação foi normalizada, graças à intervenção do Exército, Polícia, Guarda-Civil e investigadores. O placar, porém, manteve-se: 2 a 0 em favor do Fluminense.

FICHA DO JOGO

Maranhão 0x2 Fluminense/RJ
Local:
Estádio Santa Izabel
Juiz: Jaime Pires Neves
Gols: Pinhegas e Geraldinho
Maranhão: Rui; Expedito e Cosmo; Batistão, Vicente e Merci; Galego, Inaldo, Pepe, Moura e Nezinho.
Fluminense/RJ: Batatais; Afonsinho e Haroldo; Vicentini, Pascoal e Bigode; Pinhegas, Orlando, Geraldino, Nandinho e Murilinho.

domingo, 21 de abril de 2024

Sampaio Corrêa x Fluminense/RJ - HISTÓRICO DOS CONFRONTOS

Sampaio Corrêa e Fluminense se enfrentarão pela terceira fase da Copa do Brasil de 2024. Será a segunda vez que as equipes se encontrarão na competição. Veja o histórico de jogos entre os tricolores:

    SAMPAIO CORRÊA 1x7 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

31.01.1946 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1x4 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

23.12.1948 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1x3 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

19.01.1958 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1x5 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

02.07.1959 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 3X1 FLUMINENSE/RJ (CAMPEONATO BRASILEIRO)

20.03.1974 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 0X0 FLUMINENSE/RJ (CAMPEONATO BRASILEIRO)

10.09.1986 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 2X1 FLUMINENSE/RJ (COPA DO BRASIL)

06.02.2002 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1X5 FLUMINENSE/RJ (COPA DO BRASIL)

20.02.2002 (RIO DE JANEIRO/RJ)

Jogo amistoso entre Sampaio e Fluminense no Estádio Santa Izabel, em 1948

Jogo entre Sampaio e Fluminense no Estádio Nhozinho Santos em 1974, pelo Campeonato Brasileiro

Jogo entre Sampaio e Fluminense no Estádio Nhozinho Santos em 1974, pelo Campeonato Brasileiro

Jogo entre Sampaio e Fluminense no Estádio Nhozinho Santos em 1974, pelo Campeonato Brasileiro

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Moto Club x Auto Esporte/PI - Campeonato Brasileiro 1984 [VÍDEOS]

Auto Esporte-PI 4x2 Moto Club (Campeonato Brasileiro Série A 1984) 

Moto Club 0x1 Auto Esporte-PI (Campeonato Brasileiro Série A 1984)

Sampaio Corrêa 1x1 Campinense - final do Brasileirinho de 1972 - FOTO

 Dois registros raros do jogo final do Campeonato Brasileiro da Série B de 1972 entre Sampaio Corrêa e Campinense da Paraíba, no Estádio Municipal Nhozinho Santos


sábado, 13 de abril de 2024

Sampaio Corrêa x Vasco da Gama - Copa do Brasil 1993 [VÍDEOS + SÚMULAS]

SAMPAIO CORRÊA 0X3 VASCO DA GAMA/RJ - JOGO DE IDA

 

 FICHA DO JOGO
 
Sampaio Corrêa 0x3 Vasco da Gama/RJ - 09/03/1993
Loca:
Estádio Castelão
Renda: não divulgada
Público: 34.283 pagantes
Juiz: Lineu Lisboa/PI
Bandeirinhas: Valdir Lima Vieira e José Steifell Araújo/PI
Gols: Carlos Alberto Dias, Bismarck e Valdir
Sampaio Corrêa: Juca Baleia; Luís Carlos, Toninho, Nenê e Catita; Zé Carlos, Júlio César e Junior; Baroninho (Carlos Alberto), Izone e Mazzolinha. Técnico: Meinha
Vasco da Gama/RJ: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Carlos Alberto Dias (Leonardo) e Bismarck; Valdir, Leandro e William (Geovane). Técnico: Joel Santana
 
VASCO DA GAMA 2X1 SAMPAIO CORRÊA - JOGO DE VOLTA
 
 
FICHA DO JOGO

Vasco da Gama/RJ 2x1 Sampaio Corrêa - 19/03/1993
Local:
Estádio São Januário
Juiz: indisponível
Gols: Leonardo e França (Vasco) e Leonildo (Sampaio Corrêa)
Cartão amarelo: Juca Baleia, Neném, Zé Carlos e Toninho.
Expulsões: Ivanildo e Geovani
Vasco da Gama/RJ: Márcio; Alê, Alex Oliveira, Ronald, Pimentel e Bruno Lima; Vitor, Geovani e Luizinho (Bismarck); França e Leonardo. Técnico: Joel Santana
Sampaio Corrêa: Juca Baleia; Jorge Antonio, Neném, Catita, Bernardino e Ivanildo; Zé Carlos, Mazolinha (Leonildo); Júlio César, Júnior Amorim e Izone (Toninho). Técnico: Meinha

Nilton Santos, bicampeão mundial, veste a camisa do MAC (1969)

Texto extraído do livro "Salve Salve Meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube"

Ele foi chamado de "A Enciclopédia" por causa dos conhecimentos sobre o futebol e por ser completo como jogador. Foi o precursor em arriscar subidas ao ataque através da lateral do campo. Revolucionou a posição de lateral-esquerdo, utilizando-se de sua versatilidade ao defender e atacar, inclusive marcando gols, numa época do futebol em que apenas tinha a função defensiva. Nilton Santos era um jogador à frente de sua época. Ao contrário dos zagueiros contemporâneos, gostava de ir ao ataque. Na Copa do Mundo de 1958, no jogo contra a Áustria, levou uma bronca do técnico Vicente Feola por ter passado do meio de campo. Ele fez mais. Tabelou com Mazzola e, na saída do goleiro, tocou com classe para fazer o segundo gol do Brasil.

Considerado com o melhor lateral-esquerdo da história, Nilton Santos defendeu apenas três times, o Botafogo, a Seleção Carioca e a Seleção Brasileira; porém, mesmo tendo atuado somente no Fogão, o ex-lateral era adorado por todo o país. Com o clube alvinegro, disputou 718 jogos e venceu por quatro oportunidades o Campeonato Carioca, nos anos de 1948, 1957, 1961 e 1962 e por duas vezes o Torneio Rio-São Paulo, em 1962 e 1964. Defendendo a Seleção Brasileira, o craque esteve presente nas Copas de 1950, 1954, 1958 e 1962, sagrando-se bicampeão, tendo disputado ao todo 84 partidas pelo Brasil e marcado três gols.

Em Junho de 1969, novamente o torcedor maranhense viria de perto um craque campeão mundial pela Seleção Brasileira. Dois anos antes, em 05 de Novembro de 1967, o Rei Pelé, atuando ainda pelo Santos, realizou um amistoso contra a Seleção Maranhense no Municipal. Na época, Pelé, já consagrado nos gramados, foi recebido no Palácio dos Leões pelo então Governador do Maranhão, José Sarney, que chegou a afirmar: “Vim ver o Santos jogar e vi a Seleção Maranhense”. O Rei do futebol ainda recebeu da FMF um Jubileu de Ouro, troféu em homenagem aos serviços prestados ao futebol nacional. A nossa Seleção perdeu o jogo pelo placar de 1 a 0, com a seguinte formação: Manguito; Paulo (Nivaldo), Alzimar, Alvim da Guia e Corrêa; Nélio (Carlos Alberto) e Barrão (Santana); Garrinchinha, Isaac, Cândido (Américo) e Pelezinho.

A vinda de Nilton Santos a São Luís foi uma promoção do então Diretor de Futebol, dr. Antônio Bento Cantanhede Farias. Além da “Enciclopédia”, Bento confirmou ainda a vinda de Foguete, jogador do Flamengo do Rio de Janeiro e na época preterido por diversos clubes. Junto a Nilton Santos, disputaria uma partida amistosa com a camisa do Maranhão diante do Moto Club, no Municipal. O dirigente ainda tentou confirmar a vinda do atacante Vavá, bicampeão mundial para o amistoso. Porém, em virtude de uma pancada no joelho no jogo diante da Portuguesa, o “Leão da Copa” desembarcaria em nossa capital apenas um mês depois, para envergar a camisa do Sampaio Corrêa em jogo amistoso diante do MAC.

Nilton Santos e Foguete receberam um cachê de Cr$ 2 mil, livres de despesas, pela apresentação. O Moto recebeu uma cota de Cr$ 1 mil novos e o Maranhão teve participação na renda da partida. Viajando pelo CD-6 da Vasp, os dois atletas desembarcaram às 16 horas no Aeroporto do Tirirical, na véspera do jogo amistoso, e ficaram hospedados no Hotel Central. Os patrocinadores da vinda dos famosos jogadores à nossa capital programaram, à noite, um coquetel, do qual também participou parte da imprensa local.

Na tarde do dia 05 de Junho de 1969, o Estádio Nhozinho Santos recebeu um excelente público para acompanhar o lateral-esquerdo envergar a camisa do Maranhão. Sob o comando do estreante treinador Rinaldi Maia, o MAC entrou a campo com Da Silva; Baezinho, Smith, Nilton Santos e Elias; Yomar e Toca; Ribamar, Hamilton, Foguete e Dario. O Papão, comandado por Sávio Ferreira, perfilou com Renê; Paulo, Alzimar, Ziza e Corrêa; João Bala e Santana; Djalma, China, Pelezinho e Ribamar. Embora se reforçando com as duas grandes estrelas, o Maranhão não conseguiu suplantar o poderio do Moto, que venceu com relativa facilidade pelo placar de 3 a 1, de virada. Nilton Santos voltou a demonstrar a indiscutível categoria que o fez conhecido nos gramados mundo afora pela nossa seleção. 

Aproveitando os lançamentos de Foguete, o MAC iniciou a partida com superioridade, explorando a velocidade de Hamilton, que caia pela ponta-esquerda, levando perigo à defesa rubro-negra. O Maranhão abriu a contagem aos 15 minutos, por intermédio de Dario, após boa jogada de Foguete. Pelezinho, pegando o rebote após falha de Nilton Santos, empatou aos 38 do primeiro tempo e Djalma desempatou aos 44 minutos. Na fase final, o Moto fechou a contagem em 3 a 1, após subida de Pelezinho pela esquerda, que tocou para Baezinho chutar contra o gol de Da Silva, que espalmou e deixou a bola livre para China, estreante com a camisa rubro-negra, fechar o marcador. Após o jogo, Nilton confidenciou a algumas pessoas que estava admirado pelo fato de Kelé, que havia passado pelo Botafogo, ter jogado no futebol maranhense. Kelé, usuário de droga, veio tentar a sorte no Maranhão, após final de carreira.

Ainda em 1969, São Luís receberia a visita de mais dos grandes gênios da bola: Vavá e Garrincha, bicampeões mundiais pela Seleção Brasileira. No dia 06 de Julho, o “Leão da Copa” vestiu a camisa do Sampaio Corrêa no empate em jogo amistoso diante do Maranhão por 2 a 2. O “Gênio das pernas tortas”, por sua vez, desembarcou em nossa capital no dia 15 de Novembro, em partida amistosa contra o Maranhão, que acabou empatada em 1 a 1. 

Nilton Santos morreu às 15h50 do dia 27 de Novembro de 2013, aos 88 anos, na Fundação Bela Lopes, em Botafogo, Zona Sul do Rio, vítima de uma infecção pulmonar. O quadro foi agravado por uma insuficiência cardíaca grave. O ex-craque também sofria de Alzheimer. Nilton Santos deixou um legado de fãs pelo Brasil e exterior, encantados com a sua genialidade dentro dos gramados. Restava à torcida atleticana, contudo, ter a primazia de ver o craque, durante apenas 90 minutos, ostentar a camisa Quadricolor. Uma honra para poucos.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Sampaio Corrêa x Corinthians - Copa do Brasil 1989 [VÍDEOS + FICHAS]

 FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 3x2 Corinthians/SP - JOGO DE IDA
Local:
Estádio Castelão
Data: 19 de julho de 1989
Juiz: Nei Andrade Nunesmaia
Público: 11.450 pagantes
Renda: Cr$ 32.112,00
Gols: Orlando, Ademir e Edmílson (Sampaio Corrêa); Viola, Dicão (Corinthians)
Sampaio Corrêa: Tonho; Luis Carlos, Douglas, Papinha, Chiquinho, Zé Carlos (Rosclin), Orlando, Raimundinho, Ademir, Lela (Da Costa) e Edmílson. Técnico: Ivan Gradim
Corinthians/SP: Ronaldo Giovanelli; Giba, Marcelo, Dama, Denys, Márcio, Barbiéri (Rizza), Wilson Mano, Marcos Roberto (Dicão), Viola e Mauro. Técnico: Palhinha

 FICHA DO JOGO

Corinthians/SP 1x0 Sampaio Corrêa
Local
: Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu)
Data: 23 de julho de 1989
Juiz: Paulo Roberto Chaves
Público: 19.432 pagantes
Renda: Cr$ 110.240,00
Gol: Fabinho
Corinthians/SP: Ronaldo Giovanelli; Wilson Mano, Marcelo, Dama, Denys, Márcio, Eduardo, Neto (Rizza), Fabinho, Viola e Mauro (Pinella). Técnico: Palhinha
Sampaio Corrêa: Tonho; Luís Carlos, Douglas (Ivanildo), Papinha, Chiquinho, Zé Carlos, Orlando, Raimundinho, Ademir, Lela (Da Costa) e Edmílson. Técnico: Ivan Grandim

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Maranhão 1x1 Grêmio/RS - Campeonato Brasileiro Série A 1980 [FOTOS, FICHA E VÍDEO]




 FICHA DO JOGO

Maranhão 1x1 Grêmio/RS
Data:
16 de março de 1980
Local: Nhozinho Santos
Juiz: Edson Massa/SP
Renda: não divulgada
Público: 16.616 pagantes
Gols: Antonio Carlos (pênalti) aos 20 e Baltazar aos 35 minutos do segundo tempo
Maranhão: Veludo, Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antonio Carlos; Tataco, Juarez e Naldo; Dejaro (Neco), Riba e Serginho. Técnico: José Santos
Grêmio/RS: Remi, Eurico, Anchetta, Vantuir e Dirceu; Victor Hugo, Balduino e Paulo Izidoro, Tarciso, Baltazar e Jessum. Técnico: Oberdan

Créditos: Instagram "Curiando e Historiando"

sábado, 30 de março de 2024

Dona Sebastiana, um caso de amor com o Maranhão [TEXTO E VÍDEOS]

Texto extraído do livro "Salve, Salve, Meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube:

Quando o Maranhão Atlético Clube nasceu, em Setembro de 1933, poucos meses depois nascia também uma mulher que se tornaria não somente apenas mais uma dentre tantas outras na torcida pelo Glorioso, mas sim uma torcedora especial. A vida de dona Sebastiana mistura-se às vezes com a própria história do Quadricolor. Filha de uma numerosa família, aprendeu desde cedo a amar e respeitar as cores do clube a qual se mantém fiel. Faça chuva ou faça sol, lá está ela, presente em todos os jogos do clube na capital e, vez ou outra, pelo interior do Estado. Mesmo aposentada e, claro, gozando do privilégio da meia-entrada, faz questão de pagar o valor integral do bilhete. “É para ajudar o clube”, justifica-se. Essa é a história de amor que nasceu há mais de 60 anos entre Dona Sebastiana, a torcedora símbolo que virou uma referência nas arquibancadas, e o Maranhão.

Sebastiana Costa Leite Dias nasceu no dia 20 de Janeiro de 1933, na cidade de São Vicente Ferrer, a 280 quilômetros de São Luís e localizada na região conhecida como Baixada Ocidental Maranhense. E foi ainda na juventude que nasceu a sua militância pelo clube atleticano. Por influência do seu filho, Raimundo de Jesus, maqueano desde criança, dona Sebastiana passou a nutrir um sentimento de amor pelas cores atleticanas, no já distante ano de 1954. Casada e mãe de oito filhos, começou a assistir a todos os jogos e acompanhar a vida do clube no momento em que a sua família passou a residir em nossa capital. Morando há mais de 40 no mesmo local, o Bairro de Fátima, dona Sebastiana, carinhosamente conhecida como dona Sebá e respeitadíssima por bolivianos e motenses, não perde um único jogo. “Somente se eu estiver doente”, conta. E a sua militância não se resume apenas às arquibancadas. Frequentemente é vista pela sede social do clube e participa de festas e momentos especiais do clube. Em 1993, ela foi homenageada pela diretoria após o titulo Estadual, além de inúmeras outras homenagens posteriores do próprio clube.

Assumidamente fã do goleiro Raimundão, o qual o trata como um filho, dona Sebastiana já fez verdadeiras loucuras pelo Maranhão: além de acender velas pelas vitórias da equipe, deslocou-se a diversos interiores com as torcidas organizadas para acompanhar os jogos. E perdeu a conta do número de cidades que já visitou – “Cajapió, Bacabal, Imperatriz, Viana, Caxias e outras”, recorda. É em casa, porém, que a torcedora símbolo do MAC revela um verdadeiro acervo de souvenir. Coleciona camisas, bandeiras, quadros, pôsteres, álbum de fotos e até um carneirinho e um pinguim devidamente uniformizados com as cores do Maranhão. Os oito filhos lhe renderam 14 netos e 4 bisnetos. A exceção de apenas um neto, boliviano, todo o restante da sua família é maqueana.

Nas arquibancadas, a calma, o bom humor e a serenidade dão lugar a uma torcedora vibrante, firme e que constantemente profere um verdadeiro vocabulário de palavrões contra os adversários. Trata todos os atletas maqueanos como filhos e, até mesmo nas derrotas, nunca perde o bom humor. Um verdadeiro exemplo para as antigas e, principalmente, novas gerações. 

Dona Sebastiana, torcedora símbolo do Maranhão Atlético Clube (parte 01)

 Dona Sebastiana, torcedora símbolo do Maranhão Atlético Clube (parte 02)

sábado, 23 de março de 2024

Gols do Maranhão Atlético Clube no Campeonato Nacional 1979 [ÁUDIOS]

Central de Caruaru/PE 2x2 Maranhão - 14/10/1979

 

Maranhão 1x0 Uberaba/MG - 21/10/1979

 

Maranhão 3x2 Náutico/PE - 23/10/1979

  

Maranhão 1x0 River/PI - 27/10/1979

  

Maranhão 1x1 Piauí/PI - 30/10/1979

  

Tiradentes/PI 0x3 Maranhão - 03/11/1979

 

Maranhão 1x0 XV de Jaú/SP - 08/11/1979

 

Maranhão 1x0 Itabaiana/SE - 15/11/1979

Sampaio Corrêa - Campeão Maranhense 1964 [PÔSTER]


Moto Club 3x3 Clube do Remo/PA: Salomão Mattar, Diretor do Moto, tenta “Mattar” árbitro em campo (1961)

Texto extraído do Livro "Memória Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte"

Com todo o perdão do trocadilho, Moto Club x Club do Remo, válido pela Taça Brasil de 1961, proporcionaram uma das cenas mais absurdas já vistas em campo no confronto Maranhão x Pará. A histórica rivalidade existente entre os dois Estados sempre se configurou por passagens curiosas e até cômicas, a exemplo dos confrontos envolvendo clubes maranhenses contra os piauienses, sobretudo em décadas passadas. Quando o Moto Club atuava na capital piauiense, não raros eram os mementos de “gentilezas” do torcedor mafrense, com invasão a campo, agressão a atletas motenses no vestiário e até chuva de pedras. Mais cavalheiresco, impossível!

A título de curiosidade, pela mesma Taça Brasil, mas a edição de 1967, o Moto Club venceu o E. C. Piauí em pleno Lindolfo Monteiro por 1x0. Porém, a partida sequer chegou ao seu final, em virtude da condenável atitude do dirigente desportista piauiense ex-deputado Alfredo Nunes, que invadiu o campo para tomar satisfações com o juiz da Federação Carioca de Futebol, Sr. José Teixeira de Carvalho, que não marcou uma penalidade a favor da equipe piauiense. Na ocasião, torcedores piauienses saltaram o alambrado do estádio e agrediram o árbitro, que encerrou a partida aos 25 minutos da etapa final por falta de segurança. Após a partida, o árbitro ainda permaneceu em campo durante mais de uma hora, enquanto eram lançados foguetes, chupas de laranjas e outros objetos pelos torcedores contra a sua pessoal. Somente com a chegada de reforço policia fortemente armado foi possível ao mesmo abandonar o estádio. Mesmo assim, os torcedores postavam-se nos portões do estádio, insultando o pobre árbitro. Era a terceira vez que o mesmo Alfredo Nunes, na época o Presidente da Federação Piauiense de Futebol e Presidente do E. C. Piauí, infamava a torcida maranhense quando clubes da nossa capital jogavam no Lindolfo Monteiro. Em outra ocasião, durante o amistoso River 2x1 Moto Club, também em Teresina, o juiz piauiense Abdala Jorge Cury assinalou uma penalidade máxima em favor dos donos da casa, em partida realizada no dia 14 de Maio de 1961. Jogadores maranhenses queriam sair de campo, porém diretores da embaixada, mesmo reconhecendo o esbulho, não aprovaram a idéia dos atletas. Após o jogo, o Delegado de Polícia da cidade de Timon  agrediu o Presidente Alfredo Nunes.

Pela ocasião do embate entre maranhenses e paraenses, em Julho de 1961, os ânimos mais exaltados chegaram ao limite de levar um diretor do Papão do Norte a ameaçar de morte o próprio juiz do confronto entre Moto e Remo, manchando a história dos jogos entre as duas agremiações. Remistas e motenses estrearam na Taça Brasil daquele ano jogando em Belém, onde historicamente os clubes maranhenses sempre tiveram grande dificuldades para jogar (tanto pelo adversário como pela torcida). Os 4x0 do Clube do Remo na partida de ida mostraram bem o que significa jogar naquela cidade. Com uma vitória nas costas, a embaixada do Remo, tendo como Presidente do maranhense Vinicius Bahury (grande desportista e paredro remista havia muito tempo) desembarcou em São Luis para a partida de volta, ficando hospedado no Hotel Central, na época um dos melhores da nossa cidade. Como o Clube do Remo havia vencido a primeira partida, jogava apenas por um empate para seguir na competição. Ao time motorizado, atual bicampeão maranhense, somente a vitória importava, o que forçaria uma terceira partida (naquela época, o saldo de gols não importava, apenas o número de pontos. Ou seja, em caso de uma goleada por uma boa margem de gols, apenas uma vitória simples do adversário bastaria para a realização de um jogo extra). Para a partida de volta, desembarcou em São Luis até uma caravana de torcedores do Clube do Remo, pela “Paraense Transportes”, empresa aérea que havia muito tempo prestava serviços dentro da nossa capital.

Assim perfilou o Papão no jogo de volta, realizado no dia 23 de Julho de 1961 e sob a direção do experiente professor Rinaldi Maia: Bacabal; Baezinho, Calado, Terrível e Esmagado; Gojoba e Ananias; Garrinchinha, Nabor, Zezico e Neto. O Moto sentiu o peso da expulsão do capitão Ananias, apesar de atacar desde o início da partida. Porém, quando o rubro-negro maranhense apresentava-se melhor em campo, Estanislau inaugurou o marcador. Garrinchinha e Ananias colocaram o Moto Club à frente do marcador. Quando Valter, do Remo, empatou a partida, Ananias foi expulso por entrada maldosa em Isaias, dificultando a vida e a classificação do rubro-negro. No período final, mesmo lutando, o Moto Club nada mais pode fazer e ainda foi traído por um frango. Garrinchinha, cobrando pênalti, ainda empatou, mas já era tarde, o Moto Club dava adeus à competição. A desclassificação em pleno Nhozinho Santos passou até despercebido face ao fato vergonhoso que ocorreu após a partida...

O árbitro Orlando Pinto apitava pela segunda vez uma partida de futebol em nosso estado (nessa época, o juiz vinha junto com o time visitante, não havia ainda esse critério de um árbitro neutro). A exemplo da primeira experiência em solo maranhense, a sua arbitragem não agradou à torcida e foi vista como tendenciosa inclusive por parte da imprensa. No jogo em que o Papão foi desclassificado para o Remo no empate em 3 a 3, terminada a partida, registrou-se tremenda confusão, com o Sr. Salomão Mattar tentando atirar no juiz e a polícia distribuindo cacetadas para valer. Vale ressaltar que Salomão Mattar, com arma em punho, pulou da tribuna de honra e, na queda, ainda ficou “puxando” a perna por muitos anos depois. Com a expulsão de Ananias, a própria torcida, que já esperava a terceira partida entre motenses e azulinos, revoltou-se contra o juiz. O próprio Salomão, após a partida, entrou em campo, de revólver em punho, antes de ameaçar o árbitro. Somente não houve uma tragédia em campo devido ao Capitão Emílio Vieira, que interveio junto ao Diretor do Moto. Após o empate, alguns atletas motenses foram à casa de Salomão Mattar, receber um vale. Salomão incentivou os atletas a sequestrarem o juiz, para que a súmula fosse rasgada e não chegasse à CBD. Foi um final vergonhoso.

FICHA DO JOGO

Moto Club 3x3 Clube do Remo/PA
Data:
23 de julho de 1961
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda e público: não informados   
Juiz: Orlando Pinto/PA
Gols: Estanislau aos 10, Garrinchinha (pênalti) aos 35, Ananias aos 41 e  Walter as 44 minutos do primeiro tempo; Abel aos 26 e  Garrinchinha (pênalti) aos 39 minutos do segundo tempo
Expulsão:  Ananias aos 45 minutos do primeiro tempo
Moto Club: Bacabal; Baezinho, Calado, Terrivel e Esmagado (Português); Gojoba e Ananias; Garrinchinha, Zezico, Nabor e Neto. Técnico: Rinaldi Maia
Clube do Remo/PA: Piedade; Ribeiro, Abel, Socó e Pedro Buna; Isaias e Sessenta; Jorge de Castro, Walter, Estanislau e Chaminha

Sampaio Corrêa 0x1 Moto Club – Campeonato Maranhense 1968

Sampaio Corrêa e Moto Club de São Luís, para surpresa geral, realizaram a pior partida do Campeonato Maranhense de 1968, na tarde do domingo, 07 de julho daquele ano, no Estádio Municipal Nhozinho Santos. Faltou tudo, além de técnica e disciplina, num jogo em que o pobre torcedor arrancou de sua minguada economia Cr$ 1,50 por um ingresso de geral, quando no Rio e São Paulo o preço cobrado aqui dava para entrar três torcedores.

O que se viu foi uma verdadeira palhaçada da parte de alguns jogadores e moto e Sampaio Corrêa, isso no decorrer dos 100 minutos de jogo, já que houve descontos. A vitória pertenceu ao rubro-negro da Fabril através do marcador de 1 a 0, graças a um pênalti cometido pelo zagueiro central Djalma, do Sampaio, em Zezico. No momento em que o atacante motense preparava-se para chutar contra o arco de Marcial, foi aterrado dento da grande área pelo zagueiro central sampaíno. Neguinho foi o autor do gol, chutando de pé direito um pelotaço, tendo Marcial ainda tocado na bola, que entrou pelo lado esquerdo do arqueiro sampaíno.

Ataque perigoso do Moto Club: Pestana passa por Célio e chuta forte para o arco sampaíno. Marcial cai ao solo completamente batido, aparecendo o travessão inferior para salvar a cidadela boliviana. Célio ficou parado, torcendo para que a bola não entre.

Único gol do clássico, arcado por intermédio de Neguinho
 
FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 0x1 Moto Club
Data:
07 de julho de 1968
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 6.208,00
Público: 3.111 pagantes
Juiz: Francisco Sousa
Gol: Neguinho (pênalti) aos 35 minutos do primeiro tempo
Expulsão: Zezico aos 21 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Marcial (Zé Raimundo); Osvaldo, Djalma, Evilásio e Célio; Carlos Alberto e Almir; Tutinha, Geraldo Lelis, Lobato (Formiga) e Itamar. Técnico: Alberino de Paula
Moto Club: Vila Nova; Paulo, Alzimar, Neguinho e Corrêa; Ronaldo e Santana; Pestana, Djalma Campos, Pelezinho e Zezico. Técnico: Marçal Tolentino Serra

quinta-feira, 21 de março de 2024

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Sampaio Corrêa 1x0 Moto Club - Sampaio, campeão do Troféu João Havelange (1972)

Em jogo válido pelo Campeonato Maranhense, o Moto acabou sendo derrotado pelo Sampaio através de contagem mínima, com gol marcado por Neguinho, cobrando penalidade máxima, aos 19 minutos da etapa inicial. O time motense não jogou bem. Com Marcos caindo de produção atuando no meio de campo ao lado de Faísca e com isto sacrificando o trabalho do anilense. Com a tática lançada por Paulo Sousa Arantes de dois na Área, Vinícius e Zé Branco, não agradou e o placar foi justo para o Tricolor, que esteve melhor. O Moto somente cresceu no tempo final devido o Sampaio ter se retraído e fazendo ataques na base do chuveirinho. Com a vitória, o Sampaio Corrêa ficou com o troféu João Havelange, ofertado ao vencedor da partida.


FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x0 Moto Club
Data:
30 de julho de 1972
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: 8.274 pagantes
Juiz: Wilson de Moraes Wanlume
Bandeirinhas: Lercílio Estrela e Raimundo Sena
Gols: Neguinho (pênalti) aos 19 minutos do primeiro tempo
Sampaio Corrêa: Paulo Figueiredo; Célio, Neguinho, Clécio e Valdeci; Airton, Djalma Campos (Prado) e Edmilson Leite; Lima, Vamberto e Itamar. Técnico: Marçal Tolentino Serra
Moto Club: Assis; Edair, Marins, Sérgio e Carlito; Faisca, Vinicius e Marcos (Roberto); Vanderlei, Zé Branco e Chicolé (Tuica). Técnico: Sousa Arantes

quarta-feira, 20 de março de 2024

Maranhão Atlético Clube - Campeonato Maranhense 1965 [PÔSTER]


Sampaio Corrêa inaugura a sua sede administrativa (1970)

Em solenidade que contou com a presença de destacada autoridade do esporte local, imprensa, rádio e desportistas em geral, a diretoria do Sampaio Corrêa procedeu na noite do dia 13 de novembro de 1970 à inauguração de sua sede administrativa, na Praça João Lisboa, e no novo alojamento para os jogadores, na rua de Santa Rita. O ato foi simples, mas encheu de satisfação os simpatizantes do clube e que poderão sentir o início de um trabalho dedicado e eficiente em favor do Mais Querido.

O sr. Cláudio Ferreira, um dos grandes entusiastas do Sampaio, foi quem se encarregou de receber os visitantes e mostrar à imprensa todas as dependências da “Casa do Atleta”. A organização, luxo e conforto chamou a atenção de todos ao lado do bom gosto em pequenos detalhes. Foi servido um coquetel à imprensa e o presidente Rupert Macieira falou dizendo de sua satisfação em poder entregar aos jogadores o alojamento com melhores condições, acrescentando que iniciou assim a campanha para a conquista do campeonato. Frisou ainda que tudo está custando muito dinheiro e dedicação dos dirigentes, mas está certo de que o resultado será o sucesso e conquista do campeonato.

O alojamento dos jogadores na rua Santa Rita está dotado de Departamento Médico, mesa de massagem, refrigerador, aparelho de televisão, armários individuais para os jogadores e alto conforto dos dormitórios. Heraldo, Roberto, Célio Costa e Adeildo foram os primeiros a chegar à nova sede e não escondiam a alegria pelo novo ambiente. Logo na entrada, foram advertidos para tomarem conhecimento do regulamento interno da sede, elaborado pela diretoria, e que exige o máximo de disciplina e respeito e adverte para o caso de infração até com a rescisão de contrato.

A diretoria do Sampaio demonstra inegavelmente grande disposição para procurar das ao trabalho de base em busca de melhores dias e de dar ao clube realmente o que há de melhor. A inauguração das suas sedes ontem é sem dúvida um passo certo da diretoria que assim dá solução a um antigo problema e sobretudo dá maior condições de conforto a seus jogadores para poder exigir ao máximo de cada um. A sede deve ser visitada por todos os torcedores e sócios, que só assim poderão sentir o trabalho que vem fazendo o dr. Ruperto Macieira e seus auxiliares à frente do Sampaio Corrêa.

SEDE DEFINITIVA – no dia 18 de dezembro de 1971, na residência do sr. Antônio Marque foi realizada a assinatura de transferência e posse do terreno adquirido na Praia do calhau, onde o Sampaio Corrêa construirá, numa área de 12 hectares, sua magnífica sede social. O ato foi de grande significado, pois confirma a meta do Mais Querido maranhense em proporcionar mais conforto e alegrias aos seus milhares de torcedores e simpatizantes.

Jurandir Santos, quando também assinava o documento de posse do terreno, onde será erguida a maior obra de um clube particular no Maranhão. No ato também presente: Walter Zidan, primeiro mandatário boliviano, Antônio Marques, proprietário, e os representantes da Guaiba, Luciano e José Maurício

O presidente Walter Zaidan assina o documento de posso do terreno, na presença do ex-proprietário, sr. Antônio Marques, ladeado pelos representantes da Guaíba, Luciano Silva e José Maurício, além do presidente do conselho, Jurandir Santos
 
Ladeado pelo presidente Walter Zaidan e Jurandir Azevedo, o sr. Antônio Marques Ferreira faz a transferência d terreno adquirido ao Sampaio, na Praia do Calhau, onde será construída a sede social

segunda-feira, 18 de março de 2024

Ferroviário - Campeonato Maranhense 1976 [PÔSTER]


Moto Club 1x0 América/RN - Campeonato Brasileiro Série B 1995 [VÍDEO]

 FICHA DO JOGO

Moto Club 1x0 América/RN
Data:
19 de agosto de 1995
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: não informado
Público: 3.553 pagantes
Juiz: Elizeu Lima/PI
Bandeirinhas: não informado
Gol: Paulo César aos 31 minutos do segundo tempo
Moto Club: Arilson; Araújo, Paulo César, Flávio e Paulo Sérgio; Márcio, Dindô e Quincas (Edmilson); Fuzuê (Dicão), Alencar (Alexandre) e Bigú. Técnico: Dé Aranha
América/RN: Jorge Pinheiro; Marquinhos, Tiê, Val e Mingo; Erivandro, Marcos e Lico (Elder);  Vamberto, Montanha e Naldo. Técnico: Luís Carlos Scala