sexta-feira, 23 de outubro de 2015

VÍDEO - Entrevista com o presidente França Dias, do MAC

Hoje o Blog Futebol Maranhense Antigo traz a boa entrevista que o Presidente França Dias, do Glorioso Maranhão Atlético Clube, concedeu ao Esporte Guará, da TV Guará. O titular deste blog, Hugo Saraiva, aliás, é um assumido fã do trabalho dele e de muitos outros abnegados que dedicam boa parte do seu tempo a manter de pé a história e a tradição do Bode Gregório. Sobre o seu França, aliás, deixo aqui um trecho sobre a sua vida, transcrita no livro "Salve, Salve, meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube".

França Dias

França Dias, um Presidente campeão: Até a década de 1990, o Maranhão teve um grupo de bons presidentes e dirigentes, como Valério Monteiro, José de Moraes Rêgo, o dr. Olímpio Guimarães, Carlos Mendes, entre outros. Um, porém, destacou-se pela coragem e ousadia, principalmente nos momentos de maior dificuldade e descrédito do time frente a sua torcida. Francisco Carlos Pinto Dias, o França, foi o comandante do tricampeonato maqueano nos anos de 1993/94/95, ao lado de outros abnegados na época, como Raimundo Silva, Carlos Mendes, Elinaldo Baldez, Evandro Marques, Felipe Sá Neto, Amim Quemel, Robson Vasconcelos, Evandro Marques e tantos outros que faziam parte da nova geração de dirigentes do clube. 

Filho do desportista, abnegado e atleticano Napá, França chegou ao MAC em 1991, convidado pelo Presidente Olímpio Guimarães e pelos diretores Antônio Carlos e Evandro Marques, para trabalhar, inicialmente, nas divisões de base, onde foi colaborar nos times de júnior e juvenil, sagrando-se vice-campeão. No ano seguinte, 1992, com a saída de Evandro Marques, foi convidado a assumir como Diretor de Futebol do time profissional. Na época, indicou jogadores como Jackson (meia) e Clemer (goleiro), ambos com posteriores passagens pela Seleção Brasileira. Mais uma vez o vice-campeonato, agora profissional, com a contratação do treinador Rosclin Serra, ex-zagueiro do Sampaio Corrêa na década de 1980. 


Em 1993, ele foi convidado a participar como vice-presidente na chapa de Olímpio Guimarães, que, após ter sido eleito com quatro meses, renunciou. França Dias, então, assumiu o Conselho Diretor. O MAC, após 13 anos sem conquistar um título Estadual, sagrou-se Campeão Maranhense no profissional, juniores e juvenil. Em 1994, o trabalho continuou, mais uma vez com o apoio de Carlos Mendes, Robson Vasconcelos, Amin Kamel e do próprio Evandro. O esforço valeu a pena: no final, o MAC, sob o comando do treinador Arnaldo Lira, fazia a festa e ficava com o título de bicampeão profissional e de juniores, tendo à frente o ex-jogador Roberto Oliveira. 


Em 1995, França Dias permaneceu como Presidente graças à prorrogação do mandato, até o mês de Agosto e no final da temporada mais um título era conquistado, o tricampeonato, tanto nos profissionais como nos juniores. Conquistou o tri daquela temporada e, no ano seguinte, o Maranhão passou a ser comandado por uma junta que tinha como Presidente Carlos Mendes e o próprio França, este último mais uma vez convidado a assumir como Diretor de Futebol. O MAC acabou eliminado do Estadual pelo TJD da FMF, mas os juniores mais uma vez foram campeões. França Participou do Departamento de Futebol do clube entre 1997 e 1998. Afastou-se por um tempo, mas retornou e ajudou na conquista dos títulos em 1999, 2007 e 2013, sempre atuante em todos os momentos do Maranhão, principalmente nos bastidores. 


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sampaio Corrêa em 1990

Belo registro de uma das formações do Sampaio Corrêa campeão maranhense em 1990. Na foto vemos, dentre outros, o xerifão Rosclin Serra e o sempre goleador Bacabal, que fez fama no Moto Club de São Luís, mas levantou dois títulos estaduais (1990/91) pela Bolívia Querida.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Djalma: 14 anos ganhando titulos no Sampaio Corrêa




Belo registro da matéria, de 12 de Novembro de 1974, do Jornal O Estado do Maranhão, sobre a carreira do craque Djalma Campo com a camisa do Sampaio Corrêa. O texto foi adaptado e alguns dados devidamente revisados e atualizados.

Com uma distensão muscular que o afastou do jogo de domingo contra o Ferroviário, Djalma dos Santos Campos assistiu a partida do banco dos reservas. Calmo como sempre, não perdeu a serenidade nem mesmo quando no final do jogo viu a sua equipe sair derrotada e perdendo ali a oportunidade de continuar lutando pelo turno de classificação. Nos vestiários, teve uma palavra de conforto para os companheiros de equipe, mas não conseguia esconder sua decepção. Desde os primeiros minutos da partida, o torcedor boliviano começou a sentir sua falta. A falha do time estava justamente ali no meio-campo. Faltava o futebol simples, habilidoso e inteligente de Djalma. Faltava o líder que ele sabe ser dentro e fora de campo. A torcida começa a compreender e a aceitar sua ausência no gramado porque sabe que Djalma, fora de campo, tem também dado nos últimos anos uma colaboração muito grande ao clube e agora já se prepara para arquivar as chuteiras e passar definitivamente a dirigente.


Desde 1962, quando começou nos juvenis, o Sampaio tem feito parte da sua vida e agora que a cada ano tem sido mais difícil encontrar o dirigente certo, a torcida boliviana já se manifestou a favor de sua candidatura para Presidente em Janeiro. Eleito duas vezes Vereador mais votado da cidade pela torcida do Sampaio, agora Djalma está preiteando um cargo na Assembleia. Se chegar lá, como espera, o Sampaio vai ganhar um Presidente que gosta do clube, é grato à sua torcida com amplas condições de repetir na administração o que conseguiu nos campos ao longo destes 14 anos e 28 títulos. A história completa da carreira de Djalma resume a vida de um dos maiores craques do nosso futebol, com 282 partidas pelo Sampaio e 120 vitórias.

 Djalma em ação no Superclássico

 Jogadores do Moto parabenizam Djalma pela sua eleição a Deputado


Iniciou a sua carreira futebolística no juvenil do Sampaio Corrêa em 1962, onde permaneceu até 1967, jogando também nos aspirantes e em algumas partidas na equipe principal nesse período e levantou os seguintes títulos: campeão juvenil em 1962/63/64; bicampeão de aspirantes em 1966/67. Findo o campeonato aspirante de 1867, Djalma foi promovido definitivamente à equipe principal do Sampaio Corrêa, juntamente com alguns outros aspirantes, tais como Cadinho, Pompeu, Nivaldo, Maioba, João Bala, Cazoca, Antônio, Zé Osvaldo e outros, permanecendo na equipe principal do Sampaio até o início de 1968, quando teve seu passe de amador negociado com Guido Bettega, que presenteou ao Moto Club, que na época era dirigido por Allan Kardec.

A sua estreia no Moto Club deu-se no Campeonato de 1968, em 27 de Abril, a partida em que o placar final foi Moto Club 6x2 Renner, tendo o mesmo consignado na oportunidade dois belos gols. Permaneceu no Moto até Dezembro de 1969, onde conquistou os seguintes títulos: Taça José Oliveira, Tricampeão Maranhense e campeão da Amazônia/Norte em 1968, fazendo nesse mesmo ano o gol de empate do Moto na partida em Teresina, resultado este que deu ao Moto o direito de enfrentar o E. C. Bahia nas semifinais da Taça Brasil setor Nordeste. Foi também campeão da Taça Independência e Torneio Vicente Fialho, em 1969.

Em sua passagem pelo Moto Club, participou de 84 partida, das quais venceu 43, empatou 17 e perdeu 24. Ainda como jogador do Moto Club, foi emprestado ao Sampaio Corrêa, para disputar o final do Nordestão, onde realizou 4 partidas, empatando com o Maranhão, vencendo o River em Teresina e vencendo o Flamengo e Piauí em nossa capital. Devolvido ao mesmo, realizou sua partida de despedida jogando contra o mesmo Sampaio Corrêa em 16 de Dezembro de 1969, partida essa em que o Moto levou de vencido ao Sampaio por 1 a 0, gol de Garrinchinha.

Terminado o seu contrato com o Moto Club em Dezembro de 1969, Djalma ingressou no Sampaio, clube de sua paixão, onde permaneceu até o presente, a pedida da “Velha Guarda Maranhão”, estreou contra o Maranhão, no dia 18 de Janeiro de 1970, na partida que o Sampaio venceu pelo placar de 2 a 1. Como jogador do Sampaio, Djalma conquistou os seguintes títulos: vice-campeão do Torneio Maranhão 1970, tri-vice-campeão da Taça Cidade de São Luis 1970/71/72, Campeão do Torneio Início 1970, bi-vice-campeão maranhense 1970/71 (este último invicto), Taça José Ribamar Araújo 1970; Campeão do Torneio José Maarão 1971, Campeão do Torneio da Vitória 1971, Torneio Zoroastro Maranhão 1972, Taça Engenheiro Lourenço da Silva 1972; Taça João Havelange 1972, Campeão Nacional em 1972 e Campeão Maranhense 1972 e em 1973 levantou a Taça Cidade de São Luis e do Torneio Maranhão-Pará.