segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Sampaio Corrêa 1x2 Maranhão - Taça Cidade de São Luís 1970

Sagrou-se o Maranhão bicampeão da Taça Cidade de São Luís, ao derrotar domingo à noite, dia 22 de março e 1970, o quadro do Sampaio, pelo marcador ando terreno de 2 a 1, jogando sob um encharcado e que não tinha condições de um bom jogo, havendo mais foi afobação dos nossos dirigentes, que ainda precisam aprender a fazer futebol.

Face às chuvas caídas, o jogo foi adiado da tarde, sendo marcado para ontem à noite. Depois que quase todo mundo deixou Municipal, os dirigentes dos dois clubes, voltaram atrás da decisão tomada e resolveram programar a partida para o horário noturno, indo secar o grama do, e mesmo com isto, as condições eram as piores possíveis para realização de um bom jogo.

O Maranhão, mais a acostumado a jogar em terreno molhado, marcou dois gols no primeiro tempo, e teve um anulado que a nos 50 ver não houve impedimento, e sim erro de José Salgado em chamar a atenção do juiz para apontar a posição ilegal de Antônio Carlos.

A equipe atleticana. jogou muito melhor mereceu triunfo, pois enquanto o Sampaio queria o jogo miudinho e de passes medidos, o Maranhão atirava a bola em profundidade, aproveitando o estado do gramado e com isto criou situações, para os cruzamentos, nascendo daí, os dois gols que lhe garantiram a vitória.

Aos quatorze minutos, Hamilton aproveitando.se da pelota ter parado na poça d’água, bateu a Jacir que saiu da meta e com a mesma escancarada, inaugurou o marcador.

Aos quarenta e quatro minutos, Antônio Carlos da direita chutou contra a meta de Jacir. Osvaldo tentou desviar, sendo infeliz e deslocando completamente o guardião boliviano.

Na fase final, aos quarenta minutos, de- pois de uma confusão à porta do gol de Brito, a bola parou na poça d'água aproveitando se Ivanildo para anotar o único tento do Sampaio.

FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x2 Maranhão
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: não divulgado
Juiz: Lercílio Estrela
Bandeirinhas: Wilson de Moraes Wamlume e José Salgado    
Gols: Hamilton aos 14 e Antônio Carlos aos 44 minutos do primeiro tempo; Ivanildo aos 40 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Jaci; Célio Rodrigues, Serjão, Osvaldo e Valença; Adalberto e Roberto (Bosco); Zé Carlos (Ivanildo), Celio Costa, Djalma e Raimundinho. Técnico: Ivo Hoffman
Maranhão: Brito; Baezinho, Luís Carlos, Sansão e Elias; Iomar e Almir; Eusébio, Antonio Carlos, Hamilton (Riba) e Dario. Técnico: Marçal Tolentino Serra

Sampaio Corrêa 1x6 Maranhão - Campeonato Maranhense 1994

Nem o mais otimista dos torcedores maqueanos poderia esperar a goleada de 6 a 1 sobre o Sampaio Corrêa, que o MAC impôs ao time boliviano, na tarde do dia 08 de dezembro de 1994 no Estádio Castelão, acabando com a esperança dos tricolores de chegarem à decisão do título do campeonato maranhense deste ano contra o próprio "Glorioso".

Motivado pelas estreias do técnico Luciano Sabino e do zagueiro Lúcio Surubim e também pelos retornos de Marco e César, o Maranhão humilhou o Sampaio. No primeiro tempo, o Bode Gregório virou vencendo de 2 a 1, de virada. O Sampaio saiu na frente fazendo 1 a Q aos 7 minutos, através de Valdo. O Maranhão empatou aos 25 minutos por intermédio de Paulo César, contra, numa falta cobrada por Lúcio Surubim. Álvaro fez 2 a 1, aos 39 minutos.

Na fase final, o Sampaio ensaiou uma reação, mas o Maranhão deslanchou a goleada. Aos 23 minutos Chita fez 3 a 1, Magu aumentou para 4 a 1 aos 35 minutos, Reginaldo ampliou para 5 a 1 aos 39 minutos e Léo a história goleada aos 40 minutos.

O jogo entre Maranhão e Sampaio foi assistido apenas por 584 pagantes que proporcionaram uma renda de R$ 1.299,00. Foi um dos mais fracos públicos nos clássicos do desmotivado campeonato maranhense, o que deixou os dirigentes, sobretudo do Maranhão, chateados.

FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x6 Maranhão
Local:
Estádio Castelão
Renda: R$ 1.299,00
Público: 584 pagantes
Juiz: Marcelo Filho
Bandeirinhas: José Ribamar Melônio e Simas Junior
Gols: Valdo aos 8, Paulo César (contra) aos 25 e Álvaro aos 39 minutos do primeiro tempo; Chita aos 34, Magú aos 36, Reginaldo aos 38 e Léo aos 41 minutos do segundo tempo
Cartão vermelho: Raigner
Sampaio Corrêa: Ronilson; Roy, (Toninho), Raigner, Paulo César e Filho; Sílvio, Evandro e Baíca; Mael, Valdo e Piti (Garrote). Técnico: Erandir Montenegro
Maranhão: Raimundão; Marcos, Lúcio Surubim, Oliveira Lima e Reginaldo; Marlon, César e Jackson; Léo, Zé Roberto (Chita) e Álvaro (Magú). Técnico: Luciano Sabino

Fortaleza/CE 3x2 Moto Club - Campeonato Brasileiro 1994

Levando três gols de bola parada, o Moto Clube foi derrotado por 3 a 2 pelo Fortaleza, na tarde-noite do a 11 de setembro de 1994, em Fortaleza, no Estádio Presidente Vargas, resultado que lhe deixou numa situação delicada dentro do Grupo A do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão.

O representante maranhense, mesmo jogando com um meio de campo improvisado, em função da suspensão do volante Hélio, que fez muita falta, até que aguentou bem a pressão do Fortaleza no primeiro tempo, que terminou com o empate de 1 a 1.

O Moto deu um susto no Fortaleza ao sair na frente do marcador. Marcos, numa jogada de Araújo, pela direita, aos 6 minutos de jogo fez 1 a 0, quando a pressão do tricolor cearense era muito grande.

O gol fez o Moto respirar um pouco e passar a tocar melhor a bola, mas aí aconteceu uma falta, na ponta direita, que Arturzinho cobrou na marca do pênalti para Edmar, aos 10 minutos, golpear de cabeça, na frente dos três zagueiros da área do Papão e empatar o jogo.

O Moto, no primeiro tempo, ainda teve uma grande oportunidade para passar à frente do placar, com Marcos, que errou o Chute, numa jogada parecida
com a do primeiro gol rubro-negro. O Fortaleza, por sua vez, diminuiu seu ritmo, embora tenha dominado boa parte da fase inicial.

No segundo tempo, o Moto voltou com Mauro no lugar de Ari, numa tentativa do treinador Meinha de corrigir o problema do meio de campo. A saída de bola, da defesa para o ataque melhorou, mas a marcação da zaga ficou falha, pois a tarefa do combate ficou apenas com Edgar.

Trabalhando melhor a bola, o Moto se mandou para o ataque no começo do segundo tempo. Criou várias jogadas, uma que quase redunda em gol, inclusive, com Ismael chegando tarde para completar um cruzamento de Zé Filho.

Quando o Moto, porém, estava bem melhor no jogo, o Fortaleza desempatou a partida, aos 18 minutos, novamente numa jogada de bola parada. Foi numa falta cobrada por Arturzinho, num cruzamento parecido com o do seu primeiro gol. A bola, cruzada da direita para a esquerda, encontrou Edmar livre para cabecear para o fundo do barbante do goleiro Jorge Pinheiro, que nada pode fazer.

O gol do Fortaleza desnorteou o Moto. O time maranhense sentiu o impacto do segundo gol cearense e o tricolor cresceu dentro de campo empurrado pela sua torcida.

Na base do desespero, o Moto partiu para cima e num contra- ataque Edmar escapou pela esquerda ficando no mano a mano com Edson Barros, que, ao ser driblado, foi obrigado a fazer a penalidade máxima. O Moto reclamou, mas o pênalti existiu. O encarregado da cobrança foi o veterano Mirandinha, que chutou forte e rasteiro no canto baixo direito do goleiro Jorge Pinheiro fazendo 3 a 1 para o Fortaleza.

O treinador Meinha sentindo que era preciso fazer alguma coisa promoveu a segunda alteração. Tirou Palhinha e colocou Edinho. O Moto cresceu de produção e passou a levar perigo contra o último reduto cearense.

O Papão chegou ao segundo gol aos 35 minutos, outra vez com Marcos. A jogada foi de Zé Filho, que cruzou da ponta direita, Marcos, na frente de Flávio só teve o trabalho de mandar a bola para o fundo do barbante.

O Moto ainda tentou o gol de empate, mas o Fortaleza se fechou na defesa e passou a fazer cara. O árbitro piauiense Francisco Nilton dos Santos terminou a partida faltando um minuto para acabar o tempo, o que gerou protesto dos motenses.


FICHA DO JOGO

Fortaleza/CE 3x2 Moto Club
Local:
Estádio Presidente Vargas (Fortaleza/CE)
Renda: R$ 13.793,00
Público: 4.272 pagantes
Juiz: Francisco Nilton dos Santos/PI
Bandeirinhas: Edmilson Timóteo/PI e Antônio Launde/CE
Gols: Marcos aos 6 e Edmar aos 10 minutos do primeiro tempo; Edmar aos 18, Arthurzinho aos 27 e Marcos aos 35 minutos do segundo tempo
Fortaleza/CE: Flávio; Expedito, Fernando, Cláudio e João Marcelo; Airton Fraga, Edmar e Arthurzinho; Celso Luís, Cláudio José (Ademilton) e Osmar (Sérgio). Técnico: Gil Alves
Moto Club: Jorge Pinheiro; Araújo, Edson Barros, Luís Paulo e Maguila. Ari (Mauro), Edgar, Zé Filho e Palhinha (Edinho); Ismael e Marcos. Técnico: Edmilson Gomes "Meinha"

Moto Club 2x1 Central/PE - Campeonato Brasileiro 1994

Com a vitória de 2 a 1 sobre o Central-PE, no sábado, 28 de agosto de 1994, o Moto melhorou bastante sua situação no grupo A do campeonato brasileiro da segunda divisão, voltando a ter reais chances de classificação, em que pese o Ceará ter goleado o Fortaleza por 5 a 1, em Fortaleza, e tomado a segunda posição do representante maranhense, pelo saldo de gol.

Além do triunfo sobre o Central, o resultado de 1 a 0 do América-RN sobre a Tuna Luso, em Belém, também sábado, beneficiou o Moto, pois o quadro paraense permanece com apenas três pontos, mesmo número de pontos do Fortaleza. Pelo rumo dos acontecimentos, Moto, Ceará e Central vão brigar pela segunda posição do grupo, enquanto que Fortaleza e Tuno Luso, se não melhorarem, ficarão nos dois últimos lugares.

O Moto teve dificuldades para ganhar o Central, pois o time voltou a jogar mal no primeiro tempo da partida de sábado, no Castelão. O Papão perdeu até pênalti , com Luís Carlos Peão cobrando na trave, o que fez com o rubro-negro virasse perdendo de 1 a 0 preocupando sua torcida, que vaiou os jogadores no intervalo de jogo.

Na fase final, jogando com muita raça, o Moto virou o jogo e garantiu a importante vitória. No primeiro tempo, Júnior de falta fez 1 a 0 para o Central. Araújo, de cabeça, logo aos 3 minutos empatou o jogo no segundo tempo, cabendo a Luís Carlos Peão, aos 11 minutos, fazer o gol da vitória.


FICHA DO JOGO

Moto Club 2x1 Central-PE
Local:
Estádio Castelão
Renda: R$ 2.288,00
Público: 1.039 pessoas
Juiz: Elizeu Lima da Silva/PI
Bandeirinhas: Afonso Amorim/PI e Jucelino Miranda
Gols: Júnior aos 20 minutos do primeiro tempo; Araújo aos 4 e Luís Carlos Peão aos 11 minutos do segundo tempo
Cartão vermelho: Marcos
Moto Club: Jorge Pinheiro; Ari, Luís Paulo e Edmilson (Marcos); Hélio, Edgar, Zé Filho e Palhinha (Zé Carlos Carioca); Ismael e Luís Carlos Peão. Técnico: José Dutra dos Santos
Central-PE: Felinho; Wilson, Janduir, Marcos e Afro (Éric); Júnior, Demoque e Damon; Adeildo, Jailson e Marquinhos (Shell). Técnico: Ivan Gradin

Camisa da Associação Esportiva Caxiense (década de 1980)

Foto da camisa da Caxiense. Segundo a fonte, essa uniforme foi utilizado pelo clube na década de 1980. A saber: em 1959, a Associação Esportiva Caxiense disputou pela primeira vez a edição do Campeonato Maranhense de futebol profissional, terminando em oitavo lugar naquele ano, a frente apelas do Botafogo do Anil. Em 1979, a equipe disputou novamente o Estadual, ficando mais uma vez na penúltima colocação (sétimo lugar), como Vitória do Mar na lanterna naquele ano. Pela década de 1980, a Caxiense, ainda denominada de Associação Esportiva Caxiense, disputou apenas uma edição do campeonato, em 1988, fazendo uma excelente campanha (ficou em quarto lugar, atrás apenas do Moto, campeão, do Maranhão, vice, e do Sampaio Corrêa, terceiro colocado).

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Maranhão 1x1 River/PI - Torneio Maranhão/Piauí 1980

Mais uma medíocre apresentação do Maranhão Atlético Clube na tarde do dia 27 de abril de 1980, quando não foi além do empate de um gol frente ao time do River de Teresina, em prélio que valeu pelo Torneio Maranhão/Piauí em cumprimento de sua terceira rodada.

A esquadra maqueana mesmo apresentando a sua torcida o jogador Oliveira Piauí recentemente contratado por empréstimo não se encontrou em campo, sendo totalmente dominado durante todo o tempo de jogo pelo quadro visitante, que teve outra vez em Sima o seu ponto alto no meio de campo. No primeiro tempo de jogo, o time piauiense abriu a contagem aos dezesseis minutos numa falha clamorosa de todo o sistema defensivo atleticano, que deixou o jogador Sima de frente com o goleiro Veludo para chutar sem dar a menor chance de defesa para o arqueiro maqueano. A esta altura dos acontecimentos, o time local já estava totalmente perdido em campo, com o seu meio de campo perdendo visivelmente o duelo para o time riverino, não se encontrando de forma alguma River cresceu de produção, tendo outras oportunidades de gols que foram desperdiçadas por seus homens de frente. Enquanto que a cada minuto que se passava o MAC se perdia muito mais em campo, sem nenhuma definição técnica e tática, o que melhorava ainda mais para o time riverino.

Com o resultado favorável aos piauienses terminou a etapa inicial do encontro, com os jogadores atleticanos sendo vaiados pela própria torcida, que desconfiada preferiu não comparecer em massa ao Nhozinho Santos. No tempo final, o Maranhão que já teria entrado em campo com erros graves, o seu treinador resolveu ampliá-los e tirou de campo os jogadores de meio de campo Emerson e Ezio, fazendo entrar Tataco e Alcino, para as mesmas posições, mantendo Naldo deslocado para a ponta esquerda. O Maranhão mesmo com Tataco dando maior consistência naquele setor do campo, continuou a jogar mal, e dai pra frente preferiu partir para o desespero, o que também não resolveu nada. O atacante Oliveira Piauí continuava só na frente lutando com todo sistema defensivo do River que sempre leva a melhor.

O treinador José Santos não satisfeito com o péssimo rendimento da equipe resolveu fazer outra alteração, tirando de campo o ponta direita, lançando mais um comandante e ataque, ficando a linha de frente com quatro jogadores de uma só posição, o que dificultava ainda mais o trabalho maqueano. Enquanto isso, o time do River procurou tocar a bola e matar o MAC na base do toque leve. A superioridade do River era tamanha, que o lateral direito Carioca, além de defender, armava e ata- cava ao mesmo tempo.

Foi na base do sufoco que o Maranhão conseguiu chegar ao gol que lhe deu o pálido empate, e isto só conseguiu no finalzinho do espetáculo aos 4 minutos quando Riba, sempre Riba, ganhou dos altos zagueiros riverinos e de cabeça acertou o gol na cobrança de um escanteio através de Antônio Carlos, pelo lado esquerdo.

Depois deste gol, nada mais restava ao Maranhão, a não ser se confirmar com a superioridade do River. Também não adiantava mais nenhuma reação, uma vez que o gol surgiu exatamente no apagar das luzes. O juiz do espetáculo não tinha outra alternativa, a não ser dar por encerrado o jogo.




FICHA DO JOGO

Maranhão 1x1 River/PI
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 140.950,00
Público: 2.732 pagantes
Juiz: Artur Brás/PI
Bandeirinhas: Sérgio Faray e Francisco Sousa
Gols: Sima aos 16 minutos do primeiro tempo; Riba aos 44 minutos do segundo tempo
Maranhão: Veludo; Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antonio Carlos; Emerson (Tataco) e Ézio (Alcino); Walter (Tica), Riba, Oliveira Piauí e Naldo. Técnico: José Santos
River/PI: Duílio; Carioca, Ari, Caucaia (Paulo César) e Bitonho; Meinha e Sima; Edmar, Ubirani, Edilson e Victor. Técnico: não informado

Sampaio Corrêa 4x2 Moto Club - Campeonato Maranhense 1994

O que ninguém esperava aconteceu: o Sampaio, três dias depois de ter sido humilhado pelo Maranhão na histórica derrota de 6 a 1, conseguiu uma ampla e total reabilitação goleando o Moto por 4 a 2, conquistando, com o resultado, o titulo de campeão do segundo turno do Campeonato Maranhense.

Foi na tarde do dia 11 de dezembro de 1994, no Estádio Castelão, diante de uma plateia de apenas 634 pagantes. Ninguém, nem mesmo o mais otimista dos bolivianos, acreditava que o verdadeiro milagre fosse acontecer. O Sampaio precisava vencer com diferença de dois gols e acabou vencendo, num clássico emocionante.

O Moto, que era favorito absoluto, por ser considerado o melhor time do campeonato, voltou a decepcionar inteiramente a sua torcida num jogo decisivo. Perdeu de 4 a 2, por coincidência, o mesmo placar da derrota para o Maranhão que lhe valeu a perda do primeiro turno.

O Sampaio fez uma mudança radical, logo após a vexatória goleada de quinta-feira passada para o Maranhão, por 6 a 1. O treinador Erandy Montenegro pediu para ir embora e foi atendido, praticamente em cima do jogo decisivo contra o Moto. O supervisor Izoni assumiu o comando do time e mudou a escalação numa forma de sacudir o grupo. A escalação que entrou em campo deu certo, tanto que no primeiro tempo, o Sam- paio, ontem, fez 2 a 0, jogando uma partida superior ao seu terrível adversário.

Os gols do primeiro tempo foram marcados por Baica, aos 25 minutos, e Mael, aos 40 minutos. O tricolor conseguia, assim, mostrar em campo que era difícil, mas não impossível vencer com dois gols de diferença.

Na fase complementar, o Moto voltou mudado e deu impressão de que ia arrasar o tricolor para impor, enfim, sua melhor categoria. O Papão diminuiu para 2 a 1, logo aos 2 minutos de jogo, através de Essinho, de cabeça.

O Moto retomou as rédeas da partida e chegou ao empate de 2 a 2. aos 7 minutos, novamente com Essinho fazendo um gol importante numa jogada de Zé Filho.

Mais uma vez, o supervisor Izoni Carvalho sentiu a necessidade de mexer no time. O preparador usou, tirou um zagueiro e colocou mais um atacante, ou melhor, tirou dois zagueiros e colocou dois atacantes.

Como 2 a 2 desclassificava o Sampaio, o time boliviano foi à luta e na base de muita raça, contando com a incrível passividade do Moto, chegou à marcação dos dois gols que lhe asseguraram a emocionante vitória.

O Sampaio fez 3 a 2 por intermédio de Garrote, numa falha de Luis Paulo. Jorge Pinheiro defendeu um chute de Ica e Garrote, de cabeça, sem nenhuma cobertura do quarto beque, mandou para o fundo do barbante.

O Moto caiu de produção, de novo. Faltando apenas cinco minutos para acabar o jogo, Mael fez 4 a 2, decretando a derrota e a desclassificação do Moto.




FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 4x2 Moto Club
Local:
Estádio Castelão
Renda: R$ 1.393,00
Público: 634 pagantes
Juiz: Antônio Araújo Ribeiro
Bandeirinhas: Verandy Fontes e José Ribamar Melônio
Gols: Baíca aos 25 e Mael aos 40 minutos do primeiro tempo; Essinho aos 2  10, Garrote aos 31 e Mael aos 44 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Ronilson; Roy, Paulo César, Nilson (Vado)  Magno (Piti); Evandro, Baíca e Ika; Mael, Garrote e Filho. Técnico: Izone Carvalho
Moto Club: Jorge Pinheiro; Edmilson (Marcos), Magé, Luís Paulo e Maguila; Nagib (Hélio), Hélio (Palhinha) e Zé Filho; Essinho, Marcos (Luís Carlos Peão) e Ricardinho. Técnico: Meinha

Maranhão 5x4 Santa Cruz/PE - excursão por São Luís, em março de 1947

No mês de Março de 1947, o Santa Cruz de Recife excursionou até São Luís, do Maranhão. Venceu o Sampaio Corrêa por 2 a 0, e depois acabou goleado pelo Moto Club por 4 a 2. Neste jogo, no final do primeiro tempo, o árbitro pernambucano, Manoel dos Santos, estava desagradando o time maranhense, que na concepção dos mesmos estava permitindo que os atletas do Santa Cruz apelassem para a violência tendo a complacência do juiz. Então, aos 41 minutos, o zagueiro do Moto, Carapuça agrediu o árbitro estabelecendo grande confusão. Após os ânimos serenados, ficou definido a substituição do árbitro pernambucano, Manoel dos Santos por Manoel Ferreira Novais.

No terceiro jogo, com nove gols, o Santa Cruz acabou derrotado pelo Maranhão pelo marcador de 5 a 4, no dia 02 de março. E, fechando a excursão, voltou a enfrentar o Sampaio Corrêa, mas dessa vez quem levou a melhor foi a equipe maranhense, que bateu o Santa por 3 a 2. Com isso, terminou a excursão por São Luís, com quatro partidas, sendo uma vitória e três derrotas; assinalando 10 gols e sofrendo 12.

Fonte: Sérgio Mello, do blog História do Futebol

Sampaio Corrêa 3x2 Santa Cruz/PE: excursão por São Luís, em março de 1947

Belo registro do Sampaio Corrêa, em jogo diante dos pernambucanos em passagem por São Luís, em março de 1947. No primeiro confronto amistoso, realizado no dia 23 de fevereiro daquele ano, o Sampaio perdeu pelo placar de 2 a 0. No jogo revanche, dia 04 de março, vitória maranhense pelo placar de 3 a 2 - Pepê, três vezes (Sampaio); Eloy, dois gols (Santa Cruz).

FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 3x1 Santa Cruz/PE
Local:
Estádio Santa Isabel
Juiz: Salvador Peririni
Sampaio Corrêa: Valter; Rebolo e Serejo; Reginaldo, Gegeca e Decadela; Bodinho, Duó, Pepê, Capuco e Zé Pequeno.
Santa Cruz/PE: Nico; Salvador e Pedrinho II; Guaberinha, Rubens e Palito; Toinho, Dengoso, Eloy, Pardi (Argentino) e Edgard.

Fonte: Sérgio Mello, do blog História do Futebol

Football Athletic Club – campeão maranhense de 1920

O escudo está em cinza e branco pois não sei as cores. Montagem com escudo sobre foto da revista “Para Todos (RJ)”. NOTA: na verdade, o escudo do F.A.C. não é o da imagem acima.

Fonte: Sérgio Mello, do blog História do Futebol

Fotos Raras do Sport Club Luso-Brasileiro, de 1919

Sérgio Mello, do blog História do Futebol

Foto Rara do Phenix Football Club, de 1919

Fonte: Sérgio Mello, do blog História do Futebol

Maranhão 0x0 Porto Franco - Campeonato Maranhense 1994

O Maranhão, embora tenha concentrado desde a sexta-feira, não levou muito a sério a desconhecida equipe do Porto Franco e quase perdeu o jogo da tarde do dia 27 de novembro de 1994, no Estádio Castelão, e teve que se contentar com um magro 0 a 0 na estreia de ambos no segundo turno do campeonato.

O Porto Franco, que era um mistério para os times da capital, chegou a São Luís como quem não queria nada e deu muito trabalho ao quadro atleticano, na sua primeira partida realizada em nossa cidade em toda a sua história.

O time do Porto Franco mostrou algumas qualidades, graças a experiência do meia Jailson, um ex-profissional do Goiás, que, hoje, além de atleta, também é secretário de esporte da prefeitura e presidente da liga de Porto Franco, e também do veterano artilheiro Bill, que comandam os mais novos dentro do campo, Jailson e Bill deram muito trabalho aos maqueanos.

O Maranhão realizou uma partida abaixo de suas expectativas dando a impressão de que sentiu a paralisação de mais de dez dias sem jogar, desde que conquistou o título de campeão do primeiro turno.

O empate de 0 a 0 com o desconhecido Porto Franco foi um resultado negativo para o Maranhão, que com a perda de um precioso ponto, dentro de casa, pode se complicar no returno do campeonato.

O Porto Franco teve méritos no empate de 0 a 0, principalmente por não ter sido levado em consideração e pelo fato de ter jogado os últimos dez minutos com apenas dez elementos, devido a contusão do ponta Birrinha, que se contundiu gravemente, logo após ter entrado em campo, depois de ter pisado num dos muitos buracos existentes no gramado do Castelão.

O jogo foi apitado por Verandy Fontes. Os bandeirinhas foram José Ribamar Campos e Simas Júnior. A renda somou apenas R$ 505,00 para 236 pagantes. O Maranhão só empatou com Raimundo; Reginaldo, Carlinhos, Oliveira Lima e Magu; Marlon, William (Léo) e Álvaro; Chita (Zé Roberto), Dindô e Jackson. O Porto Franco empatou com China, Pedrinho (Dinack), Júlio, Gilvan e David; Josemar, Brôa e Jailson; Cabecinha (Birrinha), Bill e Edson.



Sampaio Corrêa 3x2 Caxiense - Campeonato Maranhense 1994

O Sampaio Corrêa ganhou da Caxiense, é verdade, mas, não convenceu. Os 268 torcedores que foram ao Nhozinho Santos no dia 30 de outubro de 1994 saíram irritados com o time boliviano. Foi sufoco o tempo todo. O placar de 3 a 2 retrata com perfeição a dificuldade que o Sampaio teve para vencer. A Caxiense exigiu muito e em alguns momentos do jogo até que mereceu uma melhor sorte, só que ela não veio, ficou à caminho. Os dois times deixaram a desejar e para completar, Nilson, do Sampaio e Elzo, da Caxiense ainda foram expulsos por jogo violento.

Como estava inscrito desde os primeiros movimentos, os dois times iniciaram a partida em muitas inspirações. Jogo morno e sem lances bonitos que levassem o pequenino público a vibrar. Ataque aqui, uma bola alí, um chutão para o lado e nada mais.

Foram preciso 35 minutos para que surgisse o primeiro gol. Ricardo numa jogada de alto nível abriu a contagem em favor do Sampaio. E foi só. Final de 1º tempo.

Perdendo a partida, a Caxiense voltou disposta a sufocar o Sampaio. E logo aos 5 minutos o meio-campista Mauro empatou a partida fazendo um bonito gol. O jogo começa a tomar um novo ritmo.

Com o gol do time visitante, o Sampaio Corrêa despertou em campo e aos poucos foi melhorando. O ponta Piti decidiu fazer seu real papel, indo mais à frente e procurando as jogadas pela esquerda. Aos 8 minutos o mesmo Piti desempatou, fazendo 2 a 1 para o Sampaio. A torcida vibrou friamente. Mas vibrou.

Passaram 20 minutos. E numa tarde inspirada, Mauro levou a Caxiense ao empate, fazendo um gol de bela feitura aos 28 minutos. Os meninos de Caxias co- memoraram muito.

O meia-esquerda Valdo, de quem a torcida tricolor espera muito no jogo, apareceu bem e aos 32 minutos marcou o gol salvador do Bolivão, fazendo Sampaio 3 a 2. Daí em diante nenhuma modificação.

Arbitragem Antônio Domingos Macêdo com laterais de. Marcelo Filho e Ribamar Melônio. Renda de R$ 432,00 com 268 pagantes. Nilson (Sampaio) e Elzo (Caxiense) foram expulsos. O Sampaio Corrêa atuou com Ronilson; Roy, Nilson, Paulo César e Filho; Sílvio, Ricardo e Valdo; Mael (Clayton), Garrote e Piti (Arnaldo). A Caxiense com Hélio; Marcos Ceará, João Carlos, Zezé e Djalma; Elzo, Mauro e Junior (Nenê); Marcos Piauí (Gilmar), Louro e Lamartine.


Moto Club 1x1 América/RN - Campeonato Brasileiro 1994

Mais uma vez, o time do Moto não teve forças para furar o bloqueio armado por um visitante e teve que se contentar com o terceiro empate consecutivo dentro de casa na segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série B, dia 23 de outubro de 1994. Desta feita, o empate foi de 1 a 1 contra o América/RN, que ainda saiu na frente dando um susto no rubro-negro maranhense, que foi obrigado a correr atrás do prejuízo para não sair derrotado.

O Moto começou muito bem e deu a impressão de que conseguiria se vingar do adversário, que o havia derrotado por duas vezes na primeira fase da competição. O Papão atacou forte nos primeiros quinze minutos e chegou a criar boas situações obrigando o América a reforçar seus cuidados defensivos.

Sem chegar ao gol, porém, o Moto diminuiu o ritmo e o América cresceu. Numa jogada perigosa, Magé foi obrigado a fazer a falta no atacante potiguar. Gito, que bate muito forte, cobrou rasteiro, no canto baixo esquerdo de Jorge Pinheiro, que orientou mal a barreira. Eram 30 minutos, do primeiro tempo e o gol abalou o quadro motense.

Esse gol fez o Moto tomar alguns cuidados defensivos, para evitar as jogadas de contra- ataque do time adversário, que se utilizava da experiência do atacante Josué para puxar as suas jogadas ofensivas, sempre que a zaga conseguia fazer o corte.

O gol de empate do Papão saiu aos 35 minutos. Foi numa descida pela direita. O time motense trabalhou com o avanço de Hélio, que tabelou com Ismael e rolou a bola na entrada da área para a chegada de Araújo. O lateral rubro-negro chutou de voleio encobrindo o goleiro Eugênio. A bola entrou no ângulo superior direito da meta americana, com Araújo fazendo um golaço.

Com o empate, foi a vez do América redobrar seus cuidados defensivos. O Moto continuou atacando e o primeiro tempo chegou ao seu final sem maiores emoções.

Na fase complementar, o Moto voltou com Marcos no lugar de Nagib, numa tentativa do treinador Meinha de colocar em campo um jogador mais vibrante e bastante ofensivo. Porém, Marcos, que está voltando de uma contusão, não chegou a ser o mesmo jogador de antes, embora tenha dado muito trabalho ao sistema defensivo adversário.

O Moto continuou mandado no jogo, mas sem chegar ao gol de Eugênio, pois o centroavante Essinho, que já estava cansado, se deixava marcar com relativa facilidade. O treinador Meinha colocou Hiltinho no lugar de Essinho, aos 25 minutos, e o time ganhou mais movimentação ofensiva. Hiltinho participou de algumas jogadas abrindo mais espaços para as penetrações de Zé Filho, Ismael e Ricardinho.

Foi numa tabela puxada por Hiltinho que o Moto teve a chance de fazer o gol da vitória aos 36 minutos. A bola sobrou limpa para Zé Filho que na cara de Eugênio, não levou sorte e quando tentou deslocar o goleiro, a bola tocou na perna do guardião potiguar e foi para a escanteio.

Depois, em duas jogadas do atacante Ricardinho, um dos melhores do jogo, o Moto ainda criou duas chances, mas faltou finalização.

Sem conseguir furar o bloqueio defensivo do América, o Moto teve que amargar outro ponto perdido dentro de casa, o que complica sua situação em termos de classificação, principalmente porque o Santa Cruz perdeu em Recife para a Desportiva por 3 a 1.




FICHA DO JOGO

Moto Club 1x1 América/RN
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: R$ 12,774,00
Público: 5.312 pagantes
Juiz: Elizeu Lima/PI
Gols: Gito aos 30 e Araújo aos 35 minutos do primeiro tempo
Expulsão: Humberto
Moto Club: Jorge Pinheiro; Araújo, Magé, Luís Paulo e Jorge Batata; Hélio, Nagib (Marcos) e Zé Filho; Ismael Essinho e Ricardinho. Técnico: Edmilson Gomes da Silva "Meinha"
América/RN: Eugênio; Tiê, Ragner, Gito e Mingo; Carlos Mota, Carioca e Lico; Bebeto, Baica (Humberto) e Josué (Biro-Biro). Técnico: Vereador

Moto Club 1x1 River/PI - Campeonato Brasileiro 1980

A Copa Brasil não foi organizada para um boa participação dos Clubes do Estado do Maranhão, os três times que dela participam nada até agora fizeram para merecer a confiança dos torcedores que em vão enchem sempre o Estádio iludidos por um resultado que pelo menos pudesse dignificar suas presenças nos espetáculos de futebol.

No jogo em que o Moto Clube tinha tudo para sair de campo com uma boa vitória, dia 01 de março de 1980, diante do time do River da vizinha Teresina que vinha de um empate diante do Rio Negro em Teresina sem abertura de contagem, e o Moto simplesmente se entregou ao time visitante permitindo um empate pela contagem de 1 gol, depois de vencer a primeira etapa. No primeiro tempo o time maranhense dominou seu adversário, chegando a ter vá rias oportunidades de gols, o que não conseguiu devido a fraca participação do ataque motorizado. O gol único do Moto foi assinalado aos 23 minutos por intermédio de Adeilton marcando de cabeça, aproveitando um cruzamento do ponta esquerda Alberto que dominou bem o lateral direito Carioca.

Logo após a marcação do gol, o técnico Antoninho mexeu no time sacando da ponta direita o estreante Flexa, que nada havia produzido, substituindo-o por beato que foi deslocado para a posição de Adeilton e este para a ponta. Esta substituição aparentemente melhorou o time motense, mas que na prática deixou muito a desejar, já que Beato fugiu do pau, uma vez que o jogo caiu para o lado violento.

No tempo final o técnico Mormaço liberou o time do Ríver e mandou que o time atacasse decisivamente para conseguir o gol do empate, o que conseguiu, e envolveu totalmente o time do Moto. O jogo foi muito preso no setor de meio de campo, onde o River complicou a situação, uma vez que seus jogadores apelaram apara a violência. O gol do River foi marcado por Sima aos 35 minutos do tempo final, quando falhou todo o sistema defensivo motorizado.

O juiz do encontro foi o cearense Francisco Augusto Pereira, que teve um péssimo trabalho, no que diz respeito a parte disciplinar, pois foi envolvido pelos jogadores dos dois times, e principalmente pelo piauiense Meinha que deitou e rolou em cima da arbitragem. Seus auxiliares foram Nacor Arouche e Raimundo Lima os dois com bom trabalho, uma vez mais, o público compareceu em número de 7.399 pagantes com uma renda de Cr$ 356.690,00.

O Moto Club atuou com Marcelino; Zé Alberto, Célio, Vivico e Breno, Tião, Adeilton e Edésio; Flexa, (Beato) (Jorge), Libânio e Alberto. O River com Duílio; Carioca, Paulo César, Caucaia e Vidal; Ubirani, Meinha (Adilson) e Sima; Edimar, Nego Chico e Derivaldo (Flávio).

Cartões amarelos para Libânio (Moto), Edimar e Meinha (River).


terça-feira, 5 de novembro de 2024

Sampaio Corrêa - Campeonato Maranhense 1983 [PÔSTER]


Moto Club 0x0 Desportiva/ES - Campeonato Brasileiro 1994

Mesmo voltando a fazer uma boa partida, em que pese não ter sido brilhante, como do jogo com o Santa Cruz, o Moto esbarrou na aplicação do time da Desportiva-ES e teve que se contentar com um enjoado e preocupante 0 a 0, na tarde do dia 19 de outubro de 1994, no Estádio Nhozinho Santos, resultado que não foi considerado bom para a pretensão rubro-negra de brigar pela classificação para a terceira fase do Campeonato Brasileiro.

O Papão dominou amplamente as ações e chegou a levar perigo ao último reduto capixaba, mas o goleiro Dislei, numa jornada inspirada, fez, pelo menos, duas defesas importantes, como numa cabeçada do centroavante Essinho, no segundo tempo.

A Desportiva jogou o tempo todo preocupada em garantir o empate que às vezes chegou a praticar o chamado anti-jogo prendendo a bola em demasia no seu próprio campo de defesa e abusando da chamada cêra técnica. Em momento algum, o quadro visitante assustou o goleiro Jorge Pinheiro, pois suas finalizações foram poucas e sempre de fora da área.

Sabendo que o meia Zé Filho é quem desequilibra os jogos a favor do Moto, a Desportiva exerceu uma forte marcação em cima do meia motense, como também não deu espaços para o apoio de Araújo concentrando quatro jogadores para proteger o lado esquerdo da sua defesa.

Como quem é craque acaba encontrando espaço para jogar, Zé Filho, mesmo duramente marcado, tanto que foi quem mais sofreu falta durante o jogo, ainda foi o responsável pela criação da melhor jogada do Moto. Foi no primeiro tempo, aos 32 minutos, quando colocou Ismael na cara do gol, só que o ponta não deu sorte e chutou a bola de encontro ao corpo do goleiro Dislei, que fechou o ângulo.

Fora a aplicação tática e sua excessiva preocupação defensiva, a Desportiva não teve nenhum destaque no jogo, embora tenha conseguido um grande resultado que foi o empate fora de casa, que lhe assegurou o terceiro ponto ganho em dois jogos na casa do rival.

FICHA DO JOGO

Moto Club 0x0 Desportiva/ES
Local: 
Estádio Nhozinho Santos
Renda: R$ 11.763,00
Público: 4.954 pagantes   
Juiz: Emílio Porto/PI
Moto Club: Jorge Pinheiro; Araujo, Magé, Luís Paulo e Jorge Batata; Hélio, Mauro (Edinho) (Palhinha) e Zé Filho; Ismael Essinho e Ricardinho. Técnico: Edmilson Gomes da Silva "Meinha"
Desportiva/ES: Dirley; João Carlos, Rocha, Arildo e Damião; Morelato, Cleyton (Beto) e Marquinhos (Ricardo); Jean, Mário e Welder. Técnico: Arnaldo Transpandin

Moto Club 2x2 Santa Cruz/PE - Campeonato Brasileiro 1994

Moto Club e Santa Cruz empataram de 2 a 2 num grande jogo, na tarde do dia 16 de outubro de 1994, no Estádio Nhozinho Santos, na estreia das duas equipes na segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série B.

Pelo que produziu os dois times, o empate foi justo, mas o Moto teve que amargar, novamente, erros de arbitragem que lhe prejudicaram sensivelmente, como vem acontecendo nos jogos da competição da CBF.

Desta feita, o Moto teve um gol anulado, no primeiro tempo, quando o placar ainda era de 1 a 1, e, na fase complementar, o juiz cearense Marco Antônio Colares Brasil deixou de assinalar um pênalti claro sofrido pelo meia Zé Filho, que foi derrubado na área por dois zagueiros pernambucanos, no momento em que o jogo já estava de 2 a 2.

Foi nítida a intenção do árbitro de prejudicar o Moto e proteger o Santa Cruz. Logo no início da partida, o treinador Meinha, do rubro-negro, foi excluído do banco de reservas por ter feito reclamação idêntica ao técnico Sérgio Cosme, do Santa Cruz, que não foi sequer advertido.

O gol anulado foi feito por Ismael numa jogada rápida que começou com Ricardinho, na esquerda. A bola foi endereçada ao centroavante Essinho, que tocou de primeira para Ismael, que vinha de trás, em amplas condições, chutar para o fundo do gol, sem apelação para o goleiro Rui. O time do Santa Cruz já tinha se conformado com o gol, pois não houve nenhuma irregularidade, mas o juiz anulou, de forma absurda.

Bom jogo Mesmo com a atuação tendenciosa de Marco Antônio Colares Brasil e dos bandeirinhas Hamilton Gomes Alves e Benomi Barbosa Júnior, também, do Ceará, o jogo foi excelente. O Moto fez um primeiro tempo, com os novatos Essinho e Ricardinho entrando muito bem no jogo.

O Papão começou atacando, mas, de novo, sua zaga vacilou e o Santa Cruz saiu na frente fazendo 1 a 0 aos 7 minutos. O gol nasceu de uma indecisão entre Jorge Batata e Luís Paulo, que deixaram Joãozinho receber a bola livre para esperar a saída do goleiro Jorge Pinheiro para fazer o primeiro gol da partida.

O quadro maranhense, entretanto, não se intimidou e partiu para cima do adversário. As boas atuações de Ricardinho, Essinho, Ismael e Zé Filho empurraram o Moto para frente e a todo instante a defesa do Santa tinha que se virar para evitar o gol.

O empate do Moto aconteceu aos 12 minutos feito através do lateral direito Araújo. A jogada foi toda de Ricardinho, que driblou seu marcador pela esquerda e cruzou para a área. Essinho tentou completar, mas passou pela linha da bola, só que Araújo, que vinha correndo pela direita, chutou violento para o fundo da meta. O zagueiro Alex ainda tentou salvar, porém, não conseguiu.

Empurrado pela grande torcida que foi ao estádio, o Moto se empolgou e passou a dominar inteiramente as ações. A virada no marcador aconteceu aos 46 minutos, do primeiro tempo. Foi por intermédio de Ismael, que recebeu a bola redondinha numa cobrança de falta ensaiada. Ismael, na saída do goleiro, bateu para botar o Papão na frente.

No segundo tempo, o Santa Cruz voltou a campo com Guilherme no lugar de Bianor. O time pernambucano cresceu, pois o Moto se confundiu na marcação em cima do ex-jogador do São Paulo, que fez sua estréia no tricolor pernambucano. Guilherme teve várias chances, como aos 3 minutos, quando tabelou com Washington e chutou forte para Jorge Pinheiro fazer uma grande defesa espalmando a bola, que se chocou de encontro ao travessão.

O susto não parou por aí. Novamente Guilherme levou perigo ao último reduto motense se aproveitando de novas falhas do meio de área e da acentuada queda de produção do volantes Nagib, que parou no segundo tempo.

O gol de empate do Santa Cruz não demorou. Com tantos vacilos da zaga, Joãozinho, numa jogada boba, se aproveitou e, de cabeça, mandou a bola para o fundo do barbante, aos 10 minutos. Nessa jogada, o maranhense Hélio, se contundiu e não teve condição de fazer a cobertura, do que tirou proveito o rápido ponteiro.

O meia Ricardinho cansou. Nagib arriou e o Moto se desequilibrou, depois do gol de empate do Santa Cruz. Por pouco não toma o terceiro gol. O goleiro Jorge Pinheiro foi forçado a fazer grandes intervenções.

O treinador Meinhar, que dirigia o Moto do lado de fora, tentou corrigir os problemas. A primeira substituição foi a entrada de Edmilson no lugar de Nagib. A alteração não deu muito certo na parte criativa, mas a marcação melhorou um pouco, com melhor combate do jovem lateral, mesmo improvisado.

A mexida que consertou mesmo o time do Moto e o fez ir para frente só aconteceu aos 35 minutos. Ricardinho, que tinha feito uma grande partida, mas que já estava cansado, saiu para a a cansado, entrada de Mauro. O garoto ar- rumou a meia cancha rubro- negra e aí o time voltou a atacar com muito perigo. Foi com a entrada de Mauro que o Moto cresceu e Zé Filho, numa jogada individual, aos 38 minutos, foi derrubado na área por dois zagueiros sofrendo um pênalti claro que o juiz, mesmo em cima do lance maldosamente não assinalou.

As melhores chances de fazer o gol da vitória aconteceram aos 42 e 44 minutos. Aos 42 minutos, Essinho fez a tabela com Zé Filho e o meia, cabeceou tirando do goleiro Rui. A bola, todavia, saiu raspando o poste direito não entrando de orgulhosa, como dizem os locutores esportivos.

Aos 44 minutos foi a vez de Ismael receber de Mauro e chutar forte buscando o canto baixo direito, só que, mais uma vez, a bola caprichosamente saiu pela linha de fundo. Depois disso, o árbitro, preocupado em proteger o Santa Cruz, com o crescimento do Moto, tratou de acabar a partida sem acrescentar um minuto sequer de desconto, em que pese as substituições de quatro jogadores e as constantes paralisações para atendimento médico.

Pelo que jogaram os dois times, o resultado de 2 a 2 foi justo numa das melhores partidas do atual Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão.




FICHA DO JOGO

Moto Club 2x2 Santa Cruz/PE
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: 6.745 pagantes
Juiz: Marco Antonio Colares Brasil/CE
Gols: Joãozinho ao 7, Araújo aos 12 e Ismael aos 45 minutos do primeiro tempo; Joãozinho aos 8 minutos do segundo tempo
Moto Club: Jorge Pinheiro; Araujo, Jorge Batata, Luís Paulo e Edgar; Hélio, Nagib (Edmilson) e Zé Filho; Ismael, Essinho e Ricardinho (Mauro). Técnico: Edmilson Gomes da Silva "Meinha"
Santa Cruz/PE: Rui; Marco Antonio, Junior, Alex e Machado; Zé do Carmo, Bianor (Guilherme) e Sérgio China; Jamelli, Washington e Joãozinho (Marlon). Técnico: Sérgio Cosme

Sampaio Corrêa 1x0 Maranhão - Campeonato Maranhense 1994

Com um gol de Nilson, aos 7 minutos, do segundo tempo, escorando de cabeça um escanteio cobrado da ponta direita, o Sampaio Corrêa derrotou o Maranhão de 1x0, na tarde-noite do dia 28 de agosto de 1994, no Estádio Castelão, aumentando sua vantagem na liderança da primeira fase do campeonato maranhense, grupo A.

No primeiro tempo, que terminou de 0x0, o Sampaio perdeu o volante Ricardo, expulso aos 22 minutos, por uma entrada dura no adversário. O Maranhão se aproveitou e quase termina a primeira fase em vantagem, mas esbarrou nas boas defesas do jovem goleiro Ronilson, um dos destaques do Samará.

Na fase complementar, logo no início, o juiz, também, de forma equivocada, assim como já o fizera com Ricardo, do Sampaio, expulsou de campo o zagueiro Jean Marcelo, do Maranhão.

Os dois times ficaram igualados numericamente e o Sampaio melhorou sua produção. Chegou ao gol aos 7 minutos e, mesmo ainda faltando muito tempo para acabar o jogo, passou a administrar a vantagem, sem que o Mагаnhão tivesse competência para chegar ao empate, por falta de criatividade dos seus atacantes.

O jogo não foi dos melhores, mas valeu pela disposição dos dois times na fase de complemento. O Sampaio ainda esteve perto do segundo gol numa jogada de Valdo e Clayton, que Oliveira Lima conseguiu desviar para escanteio.

O Samará foi apitado por Antônio Araújo Ribeiro, que abusou do cartão no primeiro tempo. Expulsou erradamente Ricardo, do Sampaio, e Jean Marcelo, do Maranhão. Depois dessas expulsões, entretanto, sua atuação melhorou, porque os dois times colaboraram no segundo tempo. Nacor Arouche e Verandy Fontes foram bandeirinhas.

O presidente França Dias não gostou da fraca atuação do time do Maranhão na derrota de ontem de 1x0 para o Sampaio e prometeu fazer uma limpeza, a partir de hoje, no Parque Valério Monteiro.

O presidente disse que vai mudar muita coisa no quadro atleticano e serão dispensados de imediato os jogadores que não têm condição de vestir a camisa do campeonato maranhense.

A situação do técnico Zé Carlos, para começar é das mais melindrosas. Seu trabalho não está agradando e é quase certo que a lista de dispensa venha a começar com o nome do treinador.

O presidente não quis confirmar a dispensa de Zé Carlos, mas disse que se o Maranhão vier a mudar de treinador, o próximo técnico terá que ser contratado fora, descartando a possibilidade de convocar um nome local.

O mandatário convocou os dirigentes que estão lhe ajudando para uma reunião importante hoje à noite, a fim de analisar a situação do elenco e definir sobre as dispensas. "Tem muitos jogadores que não merecem vestir a camisa do Maranhão. Esses, com certeza, nós vamos dispensar de imediato".

Sem querer citar nomes, o dirigente frisou que alguns jogadores de fora não estão correspondendo, assim como alguns atletas considerados pratas de casa. "Quem não tiver condição de vestir a nossa camisa. não ficará".


FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x0 Maranhão
Local:
Estádio Castelão
Renda: R$ 848,00
Público: 386 pagantes
Juiz: Antônio Araújo Ribeiro
Bandeirinhas: Nacor Arouche e Verandy Fontes
Gol: de Nilson, aos 7 minutos do segundo tempo
Cartão vermelho: Ricardo e Jean Marcelo
Sampaio Corrêa: Ronilson; Júlio César (Roi), Nilson, Luis Oliveira e Paulo César (Clayton); Ricardo, Robertinho e Ica; Piti, Valdo e Filho. Técnico: Erandy Montenegro
Maranhão: Raimundão; Reginaldo, Jean Marcelo, Oliveira Lima e Magu; Marlon, William (Ronaldo) e Carioca (Palmenas); Chita, Tião e Henrique. Técnico: Zé Carlos