terça-feira, 12 de agosto de 2025

Riba, o maior artilheiro do Maranhão Atlético Clube

 Uma das formações do MAC em 1979. Em pé: Jorge Santos, Veludo, Paulo Fraga, Antônio Carlos, Mendes e Tataco. Agachados: Dejalro, Juarez, Riba, Naldo e Serginho
 
 Texto extraído do jornal O Estado do Maranhão, de 08 de maio de 2000

Em toda história do Maranhão Atlético Clube - MAC, nenhum atleta jogou tanto tempo e de forma tão brilhante quanto Riba. Um artilheiro nato que se dedicou e defendeu por 16 anos o “Demolidor de Cartazes”. Marcou, aproximadamente, 500 gols desde a partida de estréia contra o Nascimento (2 de abril de 1968), até 1984, quando parou com a bola profissionalmente, respeitado e querido porque sabia que tinha amor à camisa.

E se fosse escrever sua biografia as broncas da mãe, dona Honorata (doméstica) e os conselhos do irmão mais velho (Assunção Gomes) não iam faltar, pois Riba jamais teria se tornado o maior artilheiro do MAC sem muita disciplina. Ele fugia de casa para aproveitar suas peladas nas poucas praças do bairro do Sacavém - preferido São Luís/MA. Mas se não fosse sua habilidade, que se destacava pela facilidade nos dribles e na finalização, jamais teria chegado ao Barcelona, do Sacavém, um time conhecido na época. O Barcelona era formado por garotos do bairro, time muito bom de bola e com excelente goleiro: Verquete. Parchão, Laranjal, Dadinho, Hélio, Assis, Raimundo, dentre outros que o artilheiro hoje não lembra os nomes.

Mas os jogos ficaram registrados em sua memória. “Essa era uma rapaziada pesada! Dez Tilhões num incrível entrosamento. O bairro inteiro nos acompanhava nos jogos. Um time inesquecível!”

A excelente participação no campeonato amador fez Riba ser convocado para a seleção do bairro, que no início de 1968 enfrentaria o selecionado do Tirirical, no Estádio Nhozinho Santos, preliminar de Flamengo(RJ) 2 x 1 Moto Club(MA).

Muito ágil e com 1,65m de altura, 64 quilos de peso, ele já se destacava como centroavante, mas, modesto, não acredita que tivesse feito uma das melhores partidas.

Mesmo assim, foi visto por treinadores e diretores do time do MAC. E lá começou sua vida de atleta profissional.

Gomes, irmão de Riba, ficou tão entusiasmado que foi até a sede do clube, no bairro do Maranhão Novo, confirmar a convocação. Ele chegou a ficar mais feliz do que o próprio irmão. E tudo isso, na época, significava muito, principalmente por se tratar da profissionalização do campeonato estadual e a GARF de ficado por muitos anos nas mãos de Sampaio, Santos, Cacique, Zé Muniz Simi e outros dirigidos pelo técnico Calazans. No MAC, Riba encontrou a segurança para continuar e seguir o que o futebol mandava.

Seu grande incentivador nesse início de carreira foi o técnico Gomes. Após a saída de Gomes, Riba já estava entrosado com os demais atletas e não teve dificuldade para ser aproveitado no profissional do Maranhão Atlético Clube. Reforçou a equipe juvenil, se destacou como artilheiro e ficou esperando uma chance para jogar profissionalmente.

Ela não tardou a aparecer e no MAC foi jogar amistosamente contra o Nascimento no Anil e o nosso técnico, professor Rinaldi Maia me conheceu. O Sacavém e o Anil inteiro estavam lá, num reduzido. Fiquei no banco, o Anil temia estar em casa. Nasceu então o 2 x 1 e o “homem” não ia girar muito. A torcida era minha, para me ver e gritar meu nome, como se nossa escalação estivesse presente. Quando o MAC estava perdendo, ele me colocou e eu fiz a diferença.

Mesmo assim o “homem” não me dirigiu a palavra em nenhum momento.

No outro domingo o MAC encarou o Vitória do Mar, com Carlos Alberto como centroavante titular. E eu no banco. Carlos Alberto saiu e entrei no seu lugar. O time venceu de 3 x 0, com dois gols meus.

Rinaldi Maia me colocou Riba como titular do MAC. Riba fez dois gols e com isso fui titular absoluto até pendurar as chuteiras.

No MAC atuou por mais de 16 anos e tem mais de 500 gols na vida profissional do artilheiro foi Ginese, do Ferroviário).

Quem conviveu com Riba, no MAC, costuma afirmar que era um craque em campo e exemplo fora dele. Sempre foi muito disciplinado e um atleta admirado. Dormia cedo, não bebia, não fumava.

Sempre foi líder entre os companheiros, um líder natural, pelo jeito simples de ser, de sempre, tinha - e continua tendo - uma vida muito simples. Chegou com dificuldades, sempre com dificuldades com a vida. Perdeu o pai Saturnino Gomes com pouco mais de 10 anos de idade. A superação veio com o esporte e a vontade de crescer.

Em 1979, participou de uma grande e marcante formação: Marcelino, Mendes ou Clécio com Mendes, Santos, Tataco, Paulo Fraga e Antônio Carlos; Emerenciano ou Juarez, Riba e Naldinho no banco: Alcino, Neco, Toinho e Bira.

Nesse time conquistou o campeonato maranhense de 1979. Ele participou de todos os jogos e fez quase todos os gols nas finais.

O time foi até a cidade de Erechim/RS para enfrentar o Internacional/RS e não perderam pra ninguém na primeira fase.

Riba, quando saía de um motosseio como o MAC. Depois era só alegria. “Quando chegava em casa após uma vitória sobre o Moto, jogando no Castelão, os meus filhos me aplaudiam de pé”, conta orgulhoso.

Riba se destacou em outros clubes, mas se destacou mesmo foi no MAC. “Cronista de rádio não cansa de dizer: foi o maior artilheiro da história do clube. Não dá pra contestar. É verdade.”
 

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Moto Club 4x0 Tupan - Campeonato Maranhense 1986

Embora o time ainda esteja longe do que pretende a torcida, a goleada de 4a0 em cima do Tupan, dia 02 de maio de 1986, deixou animada a galera rubro-negra, assim como devolveu o otimismo aos dirigentes e aos próprios jogadores.

A vitória deixou o Moto em condições de brigar pelo título de campeão do 2º turno, ao mesmo tempo que colocou o “Papão” mais próximo da classificação para o quadrangular decisivo do campeonato.

O meia Jânio, o ponteiro-direita Evandro e o atacante Zé Roberto, foram os mais cumprimentados. Eles tiveram excelente atuação, notadamente Jânio e Zé Roberto, que não vinham se apresentando bem.

Jânio, que reconhece não estar no melhor da sua forma e que ainda não tinha feito uma partida pelo menos razoável, estava satisfeito com o seu desempenho e principalmente com o novo esquema adotado pelo treinador, que permitiu voltar a jogar dentro das suas características, tanto que fez um gol e participou de quase todas as jogadas ofensivas durante a peleja.

O jogador disse que foi a primeira vez que teve liberdade para jogar dentro das suas características, ou seja, apenas com a tarefa de construir as jogadas sem nenhuma responsabilidade com a marcação.

Outro que também estava bastante satisfeito era o atacante Zé Roberto, que em 86, ainda não tinha feito sequer uma partida dentro das suas possibilidades. O artilheiro acha que está superando a fase negra que durava, e só faz alegria aos torcedores, pois os problemas de frustração com a não concretização da venda do seu passe ao futebol equatoriano estão superados.

Quanto a Evandro jogou o que todos esperavam dele e por isso estava, radiante. Só reclamou das pancadas que levou dos beques adversários, que passaram o jogo inteiro cometendo faltas violentas.

O treinador Nelson Gama, em que pese, a má atuação do maranhense Edson, disse ter gostado do desenvolvimento da armação do “Quadro Mágico” durante a peleja.

Comentou ter encontrado a fórmula ideal tanto para a marcação como para a armação das jogadas. “Se Edson tivesse entrado no clima do jogo, a coisa poderia ter sido bem melhor.”

Nelson adiantou que vai continuar escalando quatro homens no meio-de-campo, inclusive com dois cabeças-de-área, mas não quis falar sobre se Edson será ou não sacado.

O treinador preferiu elogiar a boa conduta de Jânio e a volta ao futebol do atacante Zé Roberto. “Esses dois se saíram muito bem e, apesar de qualquer deficiência por isso estou satisfeito.”


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Moto Club 2x0 Americano - Campeonato Maranhense 2000

“Sampaio, pode esperar que a tua hora vai chegar”. Foi assim que a torcida do Moto extravasou na tarde do dia 23 de abril de 2000, ao final da vitória do seu time por 2 a 0 sobre o Americano, um dos bichos papões do Campeonato Maranhense.

O Moto pulou da nona para a sétima colocação no primeiro turno do Campeonato, reacendendo a sua esperança de brigar para ficar entre os seis classificados, o que lhe garantiria uma vaga para as disputas do segundo turno.

Motivado pelo novo técnico José Carlos Brasília, o time motense fez a sua melhor partida na competição. Fez 1 x 0, através de Serginho, aos 33 minutos da fase inicial, que sofreu pênalti, pois fora derrubado na área pelo lateral Surubim.

No segundo tempo, Surubim falhou também no lance do segundo gol rubro-negro. Ele atrasou mal a bola para o goleiro e deu de presente para Adalberto fazer 2 x 0, aos 32 minutos.

O Americano, que tem um bom time, deu muito trabalho. Perigou várias vezes, forçando o goleiro Fábio Gomes a se desdobrar para manter invicta a sua meta, com intervenções difíceis em bolas cruzadas em direção à área motense.


 FICHA DO JOGO

Moto Club 2x0 Americano
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: R$ 2.154,00
Público: 636 pagante
Juiz: Sílvio Eduardo Silva e Silva
Bandeirinhas: Raimundo Benjamim Júnior e Geison Mendes dos Santos
Gols: Serginho, de pênalti, aos 33 minutos do primeiro tempo; Adalberto aos 32 minutos do segundo tempo
Moto Club: Fábio Gomes, Márcio Morgado, Dimas (Jorge Alagoano) (Marcinho), Gilson e Giorvani; Fernando, Eduardo, Pedrinho (Toni) e Serginho; Diego e Adalberto. Técnico: José Carlos Brasília
Americano: Jabi, Surubim, Alcélio, Germires e César (Marcelo); Júnior, Márcio Santos e Márcio Silva; Roberto, Sacolé (Silvan) e Zé Mário. Técnico: Danilo Augusto

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Bacabal 0x1 Expressinho - Campeonato Maranhense 2000

Para Bacabal e Expressinho, que se defrontam hoje, 24 de abril de 2000, às 16h, no Estádio Corrêa, na cidade de Bacabal, apenas a vitória interessa.

Os dois times não estão fazendo boa campanha no primeiro turno e precisam somar pontos para melhorar a posição.

O Bacabal, que vem de um empate em 1 x 1 com o Moto, ocupa a penúltima colocação do campeonato, com apenas seis pontos. O Expressinho, também, empatou sua partida anterior, quando não saiu do 0 x 0 com o Viana, em Vitória do Mearim. O Furacão ocupa a 10ª posição no turno, com sete pontos ganhos.

Atrás de Bacabal e Expressinho está apenas o Esporte Clube Boa Vontade, que é o lanterna do primeiro turno do Campeonato.

Embora sejam remotas as possibilidades, o vencedor do confronto de hoje em Bacabal ainda alimentará esperanças de conseguir classificação para as disputas do segundo turno, no bloco de elite.

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O JOGO - um gol de Julle, aos 14 minutos do segundo tempo, garantiu a vitória do Expressinho por 1 x 0 sobre o Bacabal, ontem à tarde no Estádio José Corrêa, em Bacabal.

Baculino fez o Expressinho saltar para a sétima colocação do primeiro turno, com 10 pontos, ao lado do Moto, com quem ainda briga por uma vaga entre os seis que disputarão o segundo turno. No jogo de ontem, o Expressinho jogou bem, mas pecou muito no ataque. No primeiro tempo poderia ter saído mais fácil, não aproveitando a melhor chance que teve durante os 90 minutos.

O Bacabal, mais uma vez, não acertou e se deixou envolver pelo adversário, fazendo a pior campanha no campeonato nos últimos anos.

FICHA DO JOGO

Bacabal 0x1 Expressinho
Local:
Estádio José Corrêa
Renda: não divulgada
Público: não divulgado
Juiz: José Ribamar Araújo Melônio
Bandeirinhas: Aelson Maria Campelo Gomes e José Luís Ferreira
Gol: Julle  aos 14 minutos do segundo tempo
Expressinho: Celso, Jorge (Douglas), Edinho, Jailson e Franklim; Júlio César, Nilson, Jujuba (Benné) e Pedrinho; Chita e Julle. Técnico: Marçal Tolentino Serra
Bacabal: Birigui, Nilson, Jirmar, Venilson e Luís Carlos; Aldo Heraldo, Mauro Sérgio (Ed Carlos) e Marconi; Niltinho, Cléber e Ivado. Técnico: Everaldo Bezerra

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Ferroviário 5x0 Açailândia - Campeonato Maranhense 1999

Ao golear o Açailândia por 5 a 0, o Ferroviário Esporte Clube, dia 25 de fevereiro de 1999, não apenas se reabilitou da derrota no jogo anterior por 5 a 3 para o Viana, como deu um grande passo para se classificar como primeiro colocado do grupo 4 do Campeonato Maranhense.

Os cinco gols marcados no jogo de quinta-feira passada no Castelão deixaram o Ferrim numa posição privilegiada, mesmo tendo terminado sua participação na fase inicial.

O Ferroviário voltou a ser o líder do grupo 4 agora somando 7 pontos ganhos com um invejável saldo de 6 gols.

O Viana caiu para a segunda colocação e para desbancar o Ferroviário só no caso de golear também o Açailândia, amanhã em Viana, com uma diferença de quatro gols.

O Viana tem 4 pontos ganhos e um saldo positivo de três gols. Para terminar como o classificado do grupo, terá que vencer o Açailândia com quatro gols de vantagem.

No jogo de quinta-feira, o atacante Chita voltou a marcar. Ele fez dois dos cinco gols do time e passou a se constituir como o principal artilheiro do Campeonato.

Chita atingiu a marca de cinco gols passando à frente de Irineu, do Sampaio, e Serginho, do Viana, que têm 4 gols, cada.

Os outros gols ferrins foram de Hiltinho, Santa Rita e Robertinho.

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Fortaleza/CE 2x1 Moto Club - Campeonato Brasileiro 1978

Matéria de 23 de maio de 1978:

A delegação do Moto somente viajará para Fortaleza domingo pela manhã, pela Cruzeiro do Sul. A delegação será formada ainda hoje e deverá ser chefiada por Graco Bolívar. Na capital cearense os jogadores ficarão hospedados no hotel Humuarama e não farão nenhum exercício antes da partida, haja visto o pouco espaço de tempo disponível.

A ida do Moto somente no dia do jogo deve-se a problemas de ordem econômica e tem por finalidade a dispensa de um dia no Hotel, fato que resultará na retenção de pelo menos 12 mil cruzeiros.

Isto entretanto, pode custar caro ao Moto, pois quando as derrotas ocorrem, aparecem de uma hora para outra uma série de desculpas com a alegação de fatores extra-campo, a exemplo do que atribuiu-se à derrota em Bauru, na primeira fase do Copa quando o time chegou no dia do jogo e perdeu por 2 x 0.

Ontem a equipe realizou seu coletivo apronto com vistas ao importante jogo, ficando definida com Vanée, Paulinho Gaspar, Vilvo e Bitonho, Tião, Toninho e Edmilson, Prado, Paulo César e Alberto.

A divulgação da tabela do Campeonato Brasileiro, grupo “O”, foi recebida com satisfação pelos dirigentes do Fortaleza. A equipe, a exemplo do Sampaio e Moto, também só atua duas vezes fora de casa, isto é, contra Sampaio e Noroeste. Na capital alencarina só se fala em classificação do “Tricolor do Pici” como primeiro da Chave, principalmente porque esta equipe melhorou bastante nas suas últimas apresentações e acabou chegando na mesma posição de Moto e Noroeste, de Bauru, com 11 pontos ganhos. Os dirigentes ainda chegaram a criticar a realização do jogo em Bauru, prometendo protestar junto à CBD, haja visto que na fase preliminar os alencarinos também jogaram contra o Noroeste na casa do adversário, o que não deveria ocorrer agora, no seu entender.

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O Moto realiza hoje, 21 de maio de 1978, às 17 horas, no Estádio Presidente Vargas em Fortaleza, sua primeira partida da fase Repescagem, do Campeonato Brasileiro. Jogará contra o Fortaleza, equipe que fez regular campanha na primeira fase e terminou em igualdade de pontos com o próprio Moto.

A delegação motense segue hoje pela Cruzeiro do Sul (7,30hs), chegando às 10.30hs, devendo ser chefiada por Graco Bolívar e levando os seguintes jogadores: Vander, Assis, Paulinho Gaspar, Vivico, Bitonho, Tião, Toninho, Edmilson, Caio, Paulo César, Alberto, Assis, Irineu, Roberto, Beato e Prado.

As possibilidades do Moto nesta partida são boas, embora o jogo seja no terreno do adversário.

Se repetir as atuações de Ribeirão Preto e de São Paulo, a equipe maranhense pode chegar a um empate ou mesmo uma vitória.

O técnico Murilo de Carvalho disse que seu time vai jogar de igual para igual e que lutará por uma vitória, não obstante reconheça que o Fortaleza é um time que está subindo de produção. Na primeira fase do certame, as duas equipes empataram sem abertura de contagem, num jogo disputado aqui no Nhozinho Santos.

O time alencarino está muito otimista, segundo as notícias procedentes de Fortaleza e uma vitória sobre o nosso representante é tida como certa, falando-se inclusive na possibilidade dos três pontos.

...

O Moto retornou ainda no domingo à noite de Fortaleza, com os jogadores e o treinador frustrados pelo revés sofrido diante do Fortaleza por 2x0 e reclamando bastante da arbitragem do juiz pernambucano Hélio Ferreira Campos. Todos lamentavam, principalmente, a falta de sorte de Paulo César na segunda fase, quando o jogo ainda estava em empate, (1x1) num lance em que, “à queima roupa, com o gol à sua mercê”, acabou atirando a bola na trave.
“Seria fatalmente o gol da vitória”, dizia o técnico Murilo de Carvalho que, analisando o comportamento do seu time, chegou à conclusão de que o jogo começou a ser perdido com a saída de Toninho Abaeté.

O jogo teve dois períodos distintos. O primeiro tempo foi todo nosso, com a nossa equipe jogando bem melhor que o adversário e o gol foi merecido, embora tivéssemos perdido outras boas oportunidades.

Na segunda fase, voltamos sem o Toninho, que sentiu uma fisgada na coxa e toda a nossa insistência não resistiu nos vestiários ao nervosismo de se ter que aguentar o jogo até o final com um jogador lançado, mas ainda é um jogador sem aquela experiência necessária para uma partida daquela envergadura. O nosso meio-campo não funcionou com a mesma combatividade da primeira fase. Por ali eles ganharam o jogo. A torcida do Fortaleza também teve papel importante na revirada do marcador. Gritou o tempo todo, fez zoada, realmente uma verdadeira loucura.

E o técnico do Moto desabafou contra o juiz: “É de uma velhacaria sem precedentes. Prendeu o jogo. Quando estávamos ganhando, toda a hora ele fazia advertência aos nossos jogadores, xingou alguns atletas, gesticulou, deu cartão e só acomodou quando o Fortaleza passou à frente do marcador.

FICHA DO JOGO

Fortaleza/CE 2x1 Moto Club
Data:
21 de maio de 1978
Local: Estádio Presidente Vargas
Renda: Cr$ 204.420,00
Público: 11.078 pagantes
Juiz: Hélio Ferreira Campos/PE
Bandeirinhas: Aristóteles Siqueira/PE e Edson Carneiro/CE
Gols: Paulo César aos 8 minutos do primeiro tempo; P. Maurício aos 17 e Peribaldo aos 44 minutos do segundo
Fortaleza/CE: Lulinha, Pepeta, Lúcio, Celso e Roner; Joel (Geraldino), Otávio Souto e Bibi; Paulo Maurício, Peribaldo e Da Costa.
Moto Club: Vander; Paulinho, Gaspar e Bitonho; Tião, Edmilson Leitão e Bitinho (Beato); Caio, Paulo César, Toninho (Roberto) e Assis.

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River/PI 1x1 Sampaio Corrêa - Campeonato Brasileiro 1981

Matéria de 12 de março de 1981:

Iniciando a decisão da Taça Giulite Coutinho, o Sampaio Corrêa joga hoje a partir das 21 horas no estádio Alberto Silva com o River, num jogo sem muitas atrações e que não chegava até ontem a despertar a atenção dos torcedores maranhenses.

O Sampaio vem de uma campanha bastante monótona no campeonato brasileiro e mais recentemente empatou com o Mearim E. Clube, em Bacabal. Sua equipe está um tanto modificada, em consequência das dispensas que foram feitas pela diretoria. Mas a base é praticamente a mesma, com exceção do meio-campo, onde Magela ganhou a posição de titular e Rosclim passou para a reserva.

No jogo de hoje, Cabrera retornará à posição de lateral-direito, no lugar de Terezo, que está sendo negociado com o Botafogo de Ribeirão Preto. A missão é das mais espinhosas, porquanto o craque boliviano deverá fazer falta não só pelo seu espírito de liderança, como pela capacidade tática e técnica demonstradas no campo de jogo.

O técnico auxiliar Paraíba lançará um meio-campo que fez sucesso no campeonato estadual, contando com Pablito e Maia e isto vai alterar a maneira de atuar do time, que voltará a ter um toque de bola mais curto neste setor.

O River fez uma campanha razoável no campeonato nacional, apesar de ter sido incluído numa chave bastante difícil. Mas dentro de sua casa, mostrou que é valente, tendo obtido vitórias expressivas contra o Fluminense RJ e Atlético Mineiro.

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Bimbinha não viajou com a delegação - o ponteiro-esquerdo Bimbinha não acompanha a delegação do Sampaio que seguiu ontem à noite para Teresina e que hoje atua contra o Flamengo do Piauí. O jogador comunicou ontem pela manhã ao treinador Paraíba, que havia sentido problemas de tornozelo e que preferia ficar em São Luís, em tratamento de saúde com o médico Milon Miranda.

Outro jogador que sentiu-se mal e pediu para não ser incluído na delegação é o meio-campo Toninho, que também fica em São Luís, entregue ao departamento médico tricolor.

Como Pacheco e Magela estão treinando bem ganharam as posições de titulares na ponta-esquerda e no meio-campo, Paraíba não chegou a ter qualquer preocupação com a saída de Bimbinha e Toninho.

No treino de ontem pela manhã, outro jogador que não compareceu para treinar foi o zagueiro Cabrera, que alegou ter sentido problemas estomacais. Mesmo assim, sua presença está garantida no jogo desta noite.

A delegação do Sampaio seguiu chefiada por Manoel Amaral, tendo ainda levado o roupeiro Lucas, o massagista Joel e o enfermeiro Luís Carlos, além do técnico Paraíba e os seguintes atletas: Passarinho; Cabrera, Darci Munique, Ceará, Celso Silva, Magela, Pablito, Maia, Fernando, Cabecinha e Pacheco, que formam o time titular. Marcial, Joaquim, Vander, Ribinha e Rosclim, como reservas.

Segundo Paraíba, seu time se comportará de maneira simples, não havendo qualquer esquema defensivo em função do segundo jogo estar programado para São Luís.

A delegação retorna logo após o jogo e faz um treino leve no sábado pela manhã, com vistas ao amistoso de domingo no Municipal contra o Maranhão.

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Sima e Duilio desfalcam River no primeiro jogo - o time do River não deverá contar com dois dos seus melhores jogadores na partida de hoje contra o Sampaio Corrêa. Duilio, o goleiro, está viajando para Brasília, onde trata de assuntos da Associação Profissional dos Atletas do Piauí, será substituído pelo reserva Bartolomeu. Sima, que está sem contrato, também estará fora da partida. Ele ainda está discutindo as bases contratuais com o River, mas as duas partes não chegaram ainda a um acordo. Acredita-se que o jogador dificilmente continuará na equipe, porquanto a pedida é muito alta, segundo os dirigentes riverinos.

Apesar de reconhecerem que o jogo não oferecerá maiores atrativos, os dirigentes do River acreditam que uma renda superior a duzentos mil cruzeiros passará pelas bilheterias do “Albertão”, porque, desde a desclassificação do time na Taça de Ouro, que o piauiense não vê futebol.

O River realizou hoje pela manhã seu coletivo-apronto, com Mormaço definindo a equipe que começará jogando, com
Bartolomeu; Carioca, Paulo César, Caucaia e Bitonho; Ubirani, Nascimento e Meinha; Edmar, Reginaldo e Victor.

Na última oportunidade em que o River enfrentou o Sampaio, a partida terminou de 4×1 para o River, em jogo disputado em Teresina.

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Disputando a primeira partida da Taça Giulite Coutinho, em Teresina, o Sampaio empatou ontem à noite com o River em 1 × 1. Os gols foram anotados na etapa final (12 min) através de Bitonho para o River e aos 15 minutos por intermédio de Magela para o Sampaio. A renda somou Cr$ 49.960,00 com apenas 863 pagantes.

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segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Sampaio Corrêa - Campeonato Brasileiro 1976 [PÔSTER]

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Bimbinha: O menor jogador do Brasil é craque, ídolo, e eternamente reserva

Texto de setembro de 1976

O futebol brasileiro através dos tempos ofereceu sempre curiosidades, incoerências, surpresas agradáveis e desagradáveis. Em relação a atletas, por exemplo, grandes ídolos existiram e que foram idolatrados pelas massas e marcaram época. Heleno de Freitas, Friedenreich, Leônidas da Silva, Domingos da Guia, Batatais, Ademir Menezes e Pelé são alguns exemplos de grandes jogadores. Mas estes, independentemente do talento, possuíam boa compleição física, eram grandes no futebol e também no tamanho, o que lhes dava uma grande vantagem.

Mas como explicar o êxito dos pequenos jogadores ou jogadores anões? Este é um fenômeno que não pode ser desprezado e merece análise e um capítulo especial. Talvez caiba ao Fluminense o mérito de ter sido o clube brasileiro que deu maiores oportunidades aos jogadores “mignons”, mas o Flamengo também teve os seus e no time de cima. Quem não se recorda daquele meia extraordinário que era a maior estrela do time tricolor carioca do supercampeonato de 46 e que formava ao lado de Pedro Amorim, Ademir, Carreiro e Rodrigues? Sim, referimo-nos a Orlando, carinhosamente chamado de “Pintor de Ouro”, craque de pequena estatura, mas de um talento impressionante.

Um pouco mais tarde surgiriam, quase na mesma época, dois grandes no Flu: primeiro o “Pequeno Polegar” Tim, que chegou ao América revelando Maneco, considerado o mais brilhante atacante de um time apelidado de “Pó de Arroz no Pó de Arroz” (alusão à torcida), e no Flamengo recorda-se as presenças de Biguá, um lateral que de baixa estatura ficou famoso pela raça, e de Vevé, um ponta-esquerda baixo, mas extremamente técnico, que de baixa compleição física era o menor jogador da história da Gávea.

“Os baixinhos” da terra

Na área local, o rasgo é grande, e até mesmo com sérias dificuldades em se encontrar outra cidade onde mais “anões” jogaram e brilharam vestindo as camisas de times famosos. A história registra nomes como Mascote, Benedito e Diquinho e, segundo a trajetória com Mourãozinho, Sandoval, Jaime, Os Dudú, Celso Cantanhede, Zé Ferreira, Osvaldo “Lata de Lixo” e por aí afora.

Mas em nenhuma época, aqui e lá fora e talvez só Paulinho do Fluminense tenha se aproximado, existiu um jogador tão pequeno no tamanho, apesar do grande futebol que pratica, como este admirável Bimbinha que atua pelo Sampaio Corrêa. É sem dúvidas, o menor jogador em atividade atualmente no futebol brasileiro e talvez o único ídolo que permanece na reserva, sem estar contundido e em plena forma. A própria torcida não consegue entender o jogador que mais lhe dá contentamento não aparecer nem mesmo no banco. Mas os dirigentes explicam que “ele não tem todos os documentos e não pode ser legalizado”.

Mas a torcida não quer saber disso e exige a presença do seu “menino de ouro” na ponta-esquerda, porque “se ele joga contra o Flamengo de Teresina o time ganhava o jogo”.

Quem é Bimbinha

Reginaldo Castro é produto de uma família de craques, possuindo mais precisamente um irmão que brilhou nas seleções juvenis do Maranhão, e seus pais Reinaldo (lateral no Moto) e Egui (ponta-esquerda no Ferroviário) brilharam nas peladas do Itapecuru, um lugar quase esquecido que teve o privilégio de possuir um futebolista de grande qualidade e de tamanho mignon.

Bimbinha ganhou o nome pelo seu tamanho, e teve a sua primeira oportunidade no Aliança, como um substituto de emergência, já que o titular, no caso o seu irmão Egui, não pôde jogar neste dia. Mesmo não acreditando no seu futebol, o treinador o escalou e, após fazer suas jogadas e dribles habituais que o seu tamanho gerava, ficou fácil descobrir que era um talento que se firmava.

Mesmo jogando no meio e sem se afirmar durante este período no Aliança, ele acabou se transferindo para o 11 Irmãos (time da diretoria de José Carlos Viana e seu filho Tredinho) onde ficou até ser contratado pelo MAC. Terminando a temporada, deixou o futebol para treinar no time maquiando, mas no caminho de casa, após refletir, decidiu se apresentar no Sampaio, onde passou a integrar o seu quadro de juvenis.

Nos treinos começou a despertar a atenção de todos e a sua rápida ascensão o levaria ao time de cima, onde sofreu oscilações, chegando a ser sacado da equipe, ficando na “geladeira” durante muito tempo, até que decidiram lhe dar uma chance de voltar e ganhar a confiança dos colegas e a admiração da torcida.

O carinho das massas

Não existe um torcedor, seja do Sampaio ou de outra agremiação, que não vibre com Bimbinha dentro do campo. Ele se constitui numa alegria constante para a torcida e, por isso mesmo, se torna útil. Não são apenas os seus dribles desconcertantes que animam o torcedor, mas a sua objetividade, a seriedade com que joga e o entusiasmo que o tornam jogador respeitado.

Sempre que entra em campo, Bimbinha é ovacionado. Humilde, sempre aceita o salário que lhe é oferecido, não reclama e está sempre sorridente, separando pobres e ricos na arquibancada e juntando-os pelo mesmo motivo: vê-lo jogar.

Eu tenho feito tudo o que tem sido possível fazer dentro do campo, luto, sei que a torcida gosta de mim, mas isso não me dá o direito de pensar que sou um dos grandes craques. Mas Deus me deu a oportunidade e eu vou tentar mostrar do que sou capaz.

Mesmo se quiserem fazer acusações, estou sempre pronto para aceitar sem desrespeitar o companheiro de profissão, pois sei muito bem que o futebol é um meio difícil e cumpro religiosamente o meu programa de treinamento, demonstrando uma forte personalidade.

Um dia, talvez, apareça alguém com a cabeça no lugar e lhe dê a Bimbinha o que ele merece, pois o seu valor, que hoje já é todo reconhecido, existe.
 

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sábado, 9 de agosto de 2025

Minha participação no programa "Aquecimento", da TV Acrítica de Manaus/AM (04.08.2025)

Minha participação no programa "Aquecimento", da TV Acrítica de Manaus/AM, dia 04 de agosto de 2025, comentando sobre o confronto entre maranhenses e amazonenses pela Série D do Brasileiro deste ano.
 
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