Com um gol de cabeça do mignon ponteiro Bimbinha, aos 36 minutos do primeiro tempo, o Sampaio derrotou o Maranhão, por 1 a 0, na tarde-noite do dia 7 de abril de 1988, no Nhozinho Santos, terminando a sua participação na primeira fase do primeiro turno como líder, invicto, absoluto, agora somando 7 pontos ganhos.
Foi uma vitória muito difícil, porque o MAC esteve muito perto de chegar ao empate, só não o fazendo devido à má pontaria do centroavante Hiltinho, que perdeu dois gols considerados feitos, um de cabeça e outro numa finalização em cima do goleiro Alexandre, ambos no segundo tempo da peleja.
O Samará foi um dos melhores, senão o melhor jogo do campeonato, tanto pela valentia do time do Sampaio, como pela vontade do Maranhão na busca desesperada do gol de empate, o que fez com que o público ficasse atento a todos os lances.
Apesar de ter feito o seu gol no primeiro tempo, o Sampaio perdeu o duelo na meia-cancha nesse período do espetáculo, pois o Maranhão, que jogava com dois volantes e com dois homens livres na armação, dominou as ações com uma boa marcação e uma saída rápida para o campo ofensivo, o que não era feito pelo time tricolor, que ficou muito preso na marcação e se apresentou lento e sem muita criatividade nos contra-ataques.
Mesmo chegando rápido e com mais constância ao setor ofensivo, o Maranhão não soube tirar proveito da velocidade dos seus atacantes e o seu melhor momento, nos primeiros quarenta e cinco minutos, foi uma cobrança de falta, da direita para a esquerda, através do ponteiro Chiquinho, com a bola vencendo ao goleiro Alexandre e indo se chocar com o travessão.
No segundo tempo, o treinador Meinha tentou consertar a deficiência no seu meio-de-campo, entrando com Dias Pereira na meia-direita e avançando o pernambucano Fernando Lassálvia para centroavante, onde este atuou bem melhor.
Entretanto, como perdia o jogo, o quadro atleticano continuou jogando no ataque e procurando o gol do empate, obrigando a equipe tricolor a fixar bem o volante Paulo César que passou a jogar muito mais de zagueiro na proteção de Rosclin e Ivanildo.
Apesar de toda vigilância dos bolivianos, o MAC esteve bem perto de marcar, aos 23 minutos, quando de um cruzamento de Neco, na medida para Chiquinho, só que o ponteiro, ao tentar pegar de primeira, jogou longe da meta.
Outra chance foi desperdiçada, aos 28 minutos, desta feita, por intermédio de Hiltinho, num cochilo da zaga tricolor, que deixou livre o centroavante e mais o zagueiro Eduardo e o ponta de lança Neco. O lance nasceu de um cruzamento de Valter para Hiltinho cabecear à esquerda de Alexandre.
No final da contenda, aos 42 minutos, a defesa se atrapalhou ao tentar sair jogando e, novamente, Hiltinho penetrou livre para chutar, dessa vez, em cima do goleiro Alexandre.
Com a pressão maqueana, o Sampaio procurou jogar nos contra-ataques e assim andou criando algumas situações de perigo com Fernando Lassálvia, Dias Pereira e Bimbinha, este sempre acionado em velocidade.
Pela garra do time, o Sampaio mereceu a vitória mostrando que está no caminho certo da conquista do pentacampeonato maranhense.
Com uma atuação segura, Renato Rodrigues dirigiu o Samará. O apitador mostrou, corretamente, cartão amarelo para Alexandre, Rosclin e Bimbinha, do Sampaio, e Eduardo e Serginho, do Maranhão.
Os bandeirinhas foram Sérgio Faray e Verandy Fontes, que estiveram bem.
A renda do Samará somou a quantia de Cz$ 769.200,00 com um total de 6.557 pagantes. É bom frisar que, em relação a Sampaio x Moto, da semana passada, o público presente no Nhozinho Santos era bastante inferior, o que deixa claro que a fiscalização, desta feita, foi mais eficiente evitando evasão de renda.
O Sampaio venceu com Alexandre, Luís Carlos, Rosclin, Ivanildo e Chiquinho; Paulo César, Fernando Lassálvia e Beato (Marco Antonio); China, Léo (Dias Pereira) e Bimbinha. O Maranhão perdeu com Juca, Elson, Uberaba, Eduardo e David; Batista, Serginho (Arnaldo) e Neco; Valter, Hiltinho e Chiquinho.
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