Matéria de 02 de setembro de 1977 extraída do jornal O Imparcial
Retornou do Rio de Janeiro, onde participou da reunião da CBD que apontou os 62 (sessenta e sois) clubes que disputaram a Copa Brasil, o dr. Jose Ribamar Franco, presidente da Federação Maranhense de Desportos. Procurado pela imprensa o mandatário federacionista deu conta da sua participação naquele encontro, em poucas palavras respondeu aos que lhe perguntaram sobre o fato de o Maranhão ser o único Estado com participação de apenas um clube na competição.
Segundo o dr. Franco, mesmo não tendo procuração de outra equipe maranhense, interessada em participar do certame deste ano, ainda tentou a colocação de mais uma equipe do nosso Estado na competição. Mas, a resposta que teve sobre o assunto, é de que о Маranhão não possui um estádio em condições de garantir a participação de duas equipes de grandes torcidas. Por isso, teve que aceitar os argumentos daqueles que melhor preparados estavam a reivindicar mais uma vaga para o seu Estado, como o próprio vizinho Estado do Piauí, com seu famoso estádio Albertão. Outras praças, como o Rio Grande do Sul e Goiás, também apresentaram muito mais subsídios capazes de servirem de argumentos para inclusão de mais equipes, com garantia, inclusive das autoridades destes Estados em ampliares suas praças esportivas.
A FRUSTRAÇÃO DA TORCIDA - mesmo não estando esperando a inclusão de mais um clube maranhense na Copa Brasil antes da viagem do presidente Franco, a torcida maranhense de um modo em geral, recebeu uma frustração a noticia de que o Maranhão é o único Estado do Brasil onde haverá um representante. O assunto air.da é "prato do dia" nas rodinhas esportivas, com cada torcedor dando sua opinião sobre o episódio, uns dizendo que faltou prestigio de quem quer que seja enquanto outros acham que nosso acanhado estádio não apresenta mesmo condições para garantir a presença de dois clubes, porque, com dois clubes maranhenses, a frequência de torcedores ao contrário do que muita gente pensa, simplesmente aumentaria de partida para partida, sem lembrar que este fato de sermos o único Estado com apenas um representante nos deixa numa condição de inferioridade esportiva em comparação com as outras praças.
O PROBLEMA ESTADIO - quando no ano de 1973 o Maranhão reivindicou uma vaga no Campeonato Brasileiro de Futebol, uma das majores preocupações do então presidente da mentora, sr. José Oliveira, era o problema do estádio. De dimensão claramente reduzida nos espaços que abrigam a plateia, em decorrência de sua própria localização prensado por residências de todos os lados o Nhozinho Santos também tinha outro problema: o gramado era de péssima condição Contando com a forca política do presidente da Federação Pernambucana Rupem Moreira, e com apoio do então prefeito Haroldo Tavares na drenagem do gramado, - conseguiu-se a vaga, mesmo com certo atraso. O prefeito prometera que logo seria construi-do um grande estádio, a exemplo do que ja faziam outras capitais nordestinas. No ano seguinte, Sampaio Correa seria o nosso representante e, como possui, indiscutivelmente a maior torcida da cidade e de todo o Estado, o problema estádio voltava a preocupar os dirigentes A promessa das autoridades não havia sido cumprida, já que nem mesmo o local onde seria construído o estádio ninguém sabia com muita especulação dos desportistas e até de políticos de que seria no Bacanga, no Tirirical, na Cohama etc.
Como não havia mesmo mais nenhuma maneira de resolver o problema a CBD exigia um estádio com capacidade de 25 mil espectadores então o prefeito Harolio Tavares, resolveu ampliar um espaço por detrás das metas, construindo ali mais alguns lugares, na chamada rampa. Mas, isto simplesmente não resolveria. A prova maior ocorreu no dia da estreia do Sampaio, contra o Flamengo do Rio. Milhares de pessoas retornaram às suas casas, porque o estádio lotou com 22 mil pessoas e não sobrou mas lugares. Os que se sacrificaram e ali entraram, sabe Deus como resistiram ao desconforto provocado pelo terrível "arroucho" nas cadeiras e do pessoal que ficou em pé à frente dos alambrados, atrapalhando a visão dos que se sentavam na parte mais baixa das arquibancadas. Com a certeza de que não valia a pena fazer tanto sacrifício, as três mil pessoas, aproximadamente, que voltaram frustradas para sua residência, naquele, dia, certamente que ali só retornariam depois da Copa, tal a lição que haviam recebido.
Mas, a promessa de um novo estádio continuava e o prefeito da cidade, depois de preparar um projeto, mostrava aos desportistas a maquete do futuro grande estádio de São Luis, para acabar com o eterno problema. Para surpresa geral, dos prometidos 60 mil lugares já havia uma redução: apenas 40 mil, porque a cidade não comportaria um estádio para 60 mil pessoas e isto acabaria por resultar em prejuízo para a administração desse estádio que ficaria oneroso argumentavam as autoridades Também foi só. Os tempos passaram-se e cada vez em que jogavam Sam.pato e Moto ou aqui chegava um time do Ceara ou de Pernambuco, o Nhozinho Santos mostrava-se mais uma vez pequeno para abrigar a torcida que continuava e continua voltando para casa por falta de lugares.
Em 1975, o panorama nāc mudou e as promessas continuaram, agora, feitas pelo preřeito Antônio Bayına, apesar dos protestos de alguns vereadores, que dispostos a fiscalizar de perto a concorrência, sempre se mostravam contrários a determinadas medidas em favor da construção do estádio. Em 1976, depois de muita insistência da crônica esportiva, o prefeito Antônio Bayma pede realização da concorrência pública para construção do estádio.
A firma vencedora EIT e Companhia Nacional de Engenharia, pediram alto, segundo a comissão julgadora e foram simplesmente desclassificadas. A prefeitura condicionara o valor da obra em sete milhões, enquanto as duas pedidas eram de 10 milhões. 451 mil (EIT) e 11 milhões e 209 mil cruzeiros (Companhia Nacional de Engenharia). Em decorrência desses fatores, o serviço que deveria ser iniciado imediatamente (novembro 76) sofreria ligeiro retardamento, o que continua até hoje, sem que se saiba até quando São Luis ficará na condição de única cidade do país sem um grande estádio e com um único clube na Copa Brasil, a persistir o problema.
O Estado do Piauí, tem em Teresina, o estádio Alberto Silva, com capacidade atual para 40 mil pessoas, mas já se informa que uma verba de Cr$ 20 milhões foi conseguida por autoridades daquele Estado, para conclusão das obras que farão o Albertão abrigar 60 mil pessoas O Para, inaugura em outubro, o seu estádio Mangueirão, com 40 mil lugares, Inicialmente, devendo ser ampliado de acordo com as autoridades e que pode alcançar os 70 m1 lugares no ano que vem.
Retornou do Rio de Janeiro, onde participou da reunião da CBD que apontou os 62 (sessenta e sois) clubes que disputaram a Copa Brasil, o dr. Jose Ribamar Franco, presidente da Federação Maranhense de Desportos. Procurado pela imprensa o mandatário federacionista deu conta da sua participação naquele encontro, em poucas palavras respondeu aos que lhe perguntaram sobre o fato de o Maranhão ser o único Estado com participação de apenas um clube na competição.
Segundo o dr. Franco, mesmo não tendo procuração de outra equipe maranhense, interessada em participar do certame deste ano, ainda tentou a colocação de mais uma equipe do nosso Estado na competição. Mas, a resposta que teve sobre o assunto, é de que о Маranhão não possui um estádio em condições de garantir a participação de duas equipes de grandes torcidas. Por isso, teve que aceitar os argumentos daqueles que melhor preparados estavam a reivindicar mais uma vaga para o seu Estado, como o próprio vizinho Estado do Piauí, com seu famoso estádio Albertão. Outras praças, como o Rio Grande do Sul e Goiás, também apresentaram muito mais subsídios capazes de servirem de argumentos para inclusão de mais equipes, com garantia, inclusive das autoridades destes Estados em ampliares suas praças esportivas.
A FRUSTRAÇÃO DA TORCIDA - mesmo não estando esperando a inclusão de mais um clube maranhense na Copa Brasil antes da viagem do presidente Franco, a torcida maranhense de um modo em geral, recebeu uma frustração a noticia de que o Maranhão é o único Estado do Brasil onde haverá um representante. O assunto air.da é "prato do dia" nas rodinhas esportivas, com cada torcedor dando sua opinião sobre o episódio, uns dizendo que faltou prestigio de quem quer que seja enquanto outros acham que nosso acanhado estádio não apresenta mesmo condições para garantir a presença de dois clubes, porque, com dois clubes maranhenses, a frequência de torcedores ao contrário do que muita gente pensa, simplesmente aumentaria de partida para partida, sem lembrar que este fato de sermos o único Estado com apenas um representante nos deixa numa condição de inferioridade esportiva em comparação com as outras praças.
O PROBLEMA ESTADIO - quando no ano de 1973 o Maranhão reivindicou uma vaga no Campeonato Brasileiro de Futebol, uma das majores preocupações do então presidente da mentora, sr. José Oliveira, era o problema do estádio. De dimensão claramente reduzida nos espaços que abrigam a plateia, em decorrência de sua própria localização prensado por residências de todos os lados o Nhozinho Santos também tinha outro problema: o gramado era de péssima condição Contando com a forca política do presidente da Federação Pernambucana Rupem Moreira, e com apoio do então prefeito Haroldo Tavares na drenagem do gramado, - conseguiu-se a vaga, mesmo com certo atraso. O prefeito prometera que logo seria construi-do um grande estádio, a exemplo do que ja faziam outras capitais nordestinas. No ano seguinte, Sampaio Correa seria o nosso representante e, como possui, indiscutivelmente a maior torcida da cidade e de todo o Estado, o problema estádio voltava a preocupar os dirigentes A promessa das autoridades não havia sido cumprida, já que nem mesmo o local onde seria construído o estádio ninguém sabia com muita especulação dos desportistas e até de políticos de que seria no Bacanga, no Tirirical, na Cohama etc.
Como não havia mesmo mais nenhuma maneira de resolver o problema a CBD exigia um estádio com capacidade de 25 mil espectadores então o prefeito Harolio Tavares, resolveu ampliar um espaço por detrás das metas, construindo ali mais alguns lugares, na chamada rampa. Mas, isto simplesmente não resolveria. A prova maior ocorreu no dia da estreia do Sampaio, contra o Flamengo do Rio. Milhares de pessoas retornaram às suas casas, porque o estádio lotou com 22 mil pessoas e não sobrou mas lugares. Os que se sacrificaram e ali entraram, sabe Deus como resistiram ao desconforto provocado pelo terrível "arroucho" nas cadeiras e do pessoal que ficou em pé à frente dos alambrados, atrapalhando a visão dos que se sentavam na parte mais baixa das arquibancadas. Com a certeza de que não valia a pena fazer tanto sacrifício, as três mil pessoas, aproximadamente, que voltaram frustradas para sua residência, naquele, dia, certamente que ali só retornariam depois da Copa, tal a lição que haviam recebido.
Mas, a promessa de um novo estádio continuava e o prefeito da cidade, depois de preparar um projeto, mostrava aos desportistas a maquete do futuro grande estádio de São Luis, para acabar com o eterno problema. Para surpresa geral, dos prometidos 60 mil lugares já havia uma redução: apenas 40 mil, porque a cidade não comportaria um estádio para 60 mil pessoas e isto acabaria por resultar em prejuízo para a administração desse estádio que ficaria oneroso argumentavam as autoridades Também foi só. Os tempos passaram-se e cada vez em que jogavam Sam.pato e Moto ou aqui chegava um time do Ceara ou de Pernambuco, o Nhozinho Santos mostrava-se mais uma vez pequeno para abrigar a torcida que continuava e continua voltando para casa por falta de lugares.
Em 1975, o panorama nāc mudou e as promessas continuaram, agora, feitas pelo preřeito Antônio Bayına, apesar dos protestos de alguns vereadores, que dispostos a fiscalizar de perto a concorrência, sempre se mostravam contrários a determinadas medidas em favor da construção do estádio. Em 1976, depois de muita insistência da crônica esportiva, o prefeito Antônio Bayma pede realização da concorrência pública para construção do estádio.
A firma vencedora EIT e Companhia Nacional de Engenharia, pediram alto, segundo a comissão julgadora e foram simplesmente desclassificadas. A prefeitura condicionara o valor da obra em sete milhões, enquanto as duas pedidas eram de 10 milhões. 451 mil (EIT) e 11 milhões e 209 mil cruzeiros (Companhia Nacional de Engenharia). Em decorrência desses fatores, o serviço que deveria ser iniciado imediatamente (novembro 76) sofreria ligeiro retardamento, o que continua até hoje, sem que se saiba até quando São Luis ficará na condição de única cidade do país sem um grande estádio e com um único clube na Copa Brasil, a persistir o problema.
O Estado do Piauí, tem em Teresina, o estádio Alberto Silva, com capacidade atual para 40 mil pessoas, mas já se informa que uma verba de Cr$ 20 milhões foi conseguida por autoridades daquele Estado, para conclusão das obras que farão o Albertão abrigar 60 mil pessoas O Para, inaugura em outubro, o seu estádio Mangueirão, com 40 mil lugares, Inicialmente, devendo ser ampliado de acordo com as autoridades e que pode alcançar os 70 m1 lugares no ano que vem.
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