Alzimar com a camisa do Moto Club
O torcedor que teve oportunidade de vivenciar o futebol maranhense da década de 60 e 70, só não lembra do jogador Alzimar se perdeu a memória. Ao lado de Vivico, ele formou, senão a maior, uma das melhores duplas de zaga da história. Alzimar de Castro Alves foi um garoto privilegiado. Acostumado a acompanhar os treinos do pai, o zagueiro Waldemar, que atuava no Moto, frequentemente estava convivendo com feras como Walber Penha, Pepê, Galego, Santiago, Carapuça e tantos outros do Moto. Era natural que na Fabril, só procurasse bater as famosas peladas de futebol.
Quem o viu defendendo o Dínamo do capitão Bayma, mesmo descalço, dizia que o rapaz franzino de 15 anos tinha talento e prometia. Quando ele passou para o Marcílio Dias, tendo a oportunidade de enfrentar feras como Zé Carlos, Ferreira e Totó, cada vez mais se convencia da profissão que iria seguir. Mas foi no Guarani, da Vila Passos, do técnico Calazans, que Alzimar chegou ao juvenil do Moto, com apenas 17 anos, em 1962.
Nas preliminares – Os juvenis faziam a festa das preliminares no Nhozinho Santos. Os torcedores lotavam o estádio para ver quem seria uma promessa. O primeiro a descobrir Alzimar foi Antônio Bento Faria, na época diretor do Sampaio Corrêa. Em 1963, o jovem zagueiro, pelo porte físico, era colocado na lateral-direita nos amistosos do Tricolor. Outros juvenis que tiveram a mesma oportunidade foram Ivanildo, Pompeu, Antônio e Maioba. Tudo era gratificante e mais ainda pela chance de conhecer e aprender com craques como Ribeiro, Vadinho, Omena, Chico, Peu, dentre outros.
Na época, a lei do passe era complicada. Alzimar teve que voltar para o Moto, ainda amador. Continuando a disputar o juvenil, foi chamado pelo professor Rinaldi Maia para treinar junto com o profissional. O treinador colocava o inexperiente zagueiro no banco para pegar “cancha”. Um dia Rinaldi Maia resolveu botar Alzimar como lateral para enfrentar o Nacional. Por um azar do destino, ele machucou o joelho e, por falta de um tratamento adequado, ficou fora dos campos por dez meses. Uma contusão que, mesmo sendo curada, terminou fazendo parte da vida dele para sempre. Quando já se sentia em forma, Alzimar foi convocado para a Seleção maranhense Amadora em 1964. No ano seguinte era zagueiro aspirante do rubro-negro.
O Moto vivia um período conturbado. Pra afastar a crise, a diretoria contratou o técnico carioca Alfredo Pereira, que havia sido campeão pelo Sampaio no ano anterior. Foi o treinador quem subiu Alzimar, Zeca e João Pinto. Como o professor tem sempre razão, mais uma vez Alzimar foi colocado para a lateral, agora a esquerda. Sem jeito para a posição, ele jogou meio penso no empate contra o Sampaio pelo Estadual. Já contra o Maranhão Atlético Clube, teve a chance de estrear como zagueiro. Mesmo parecendo um debutante encabulado, ele agradou aos torcedores na vitória motense por 3 x 1. Na decisão do título, no entanto, deu Sampaio, bicampeão com a vitória por 1 x 0. A partir daí começava uma nova campanha no Moto. Alzimar já estava consagrado pelos torcedores. Clássico e habilidoso, ele gostava de sair jogando da defesa para o ataque. Quando precisava ser mais duro, lá estava inibindo os atacantes adversários. Mesmo assim era incapaz de cometer faltas duras. A gentileza se transformava em brabeza quando achava que o árbitro havia se equivocado na marcação. Por causa do seu atrevimento, foi expulso várias vezes.
Quem o viu defendendo o Dínamo do capitão Bayma, mesmo descalço, dizia que o rapaz franzino de 15 anos tinha talento e prometia. Quando ele passou para o Marcílio Dias, tendo a oportunidade de enfrentar feras como Zé Carlos, Ferreira e Totó, cada vez mais se convencia da profissão que iria seguir. Mas foi no Guarani, da Vila Passos, do técnico Calazans, que Alzimar chegou ao juvenil do Moto, com apenas 17 anos, em 1962.
Nas preliminares – Os juvenis faziam a festa das preliminares no Nhozinho Santos. Os torcedores lotavam o estádio para ver quem seria uma promessa. O primeiro a descobrir Alzimar foi Antônio Bento Faria, na época diretor do Sampaio Corrêa. Em 1963, o jovem zagueiro, pelo porte físico, era colocado na lateral-direita nos amistosos do Tricolor. Outros juvenis que tiveram a mesma oportunidade foram Ivanildo, Pompeu, Antônio e Maioba. Tudo era gratificante e mais ainda pela chance de conhecer e aprender com craques como Ribeiro, Vadinho, Omena, Chico, Peu, dentre outros.
Na época, a lei do passe era complicada. Alzimar teve que voltar para o Moto, ainda amador. Continuando a disputar o juvenil, foi chamado pelo professor Rinaldi Maia para treinar junto com o profissional. O treinador colocava o inexperiente zagueiro no banco para pegar “cancha”. Um dia Rinaldi Maia resolveu botar Alzimar como lateral para enfrentar o Nacional. Por um azar do destino, ele machucou o joelho e, por falta de um tratamento adequado, ficou fora dos campos por dez meses. Uma contusão que, mesmo sendo curada, terminou fazendo parte da vida dele para sempre. Quando já se sentia em forma, Alzimar foi convocado para a Seleção maranhense Amadora em 1964. No ano seguinte era zagueiro aspirante do rubro-negro.
O Moto vivia um período conturbado. Pra afastar a crise, a diretoria contratou o técnico carioca Alfredo Pereira, que havia sido campeão pelo Sampaio no ano anterior. Foi o treinador quem subiu Alzimar, Zeca e João Pinto. Como o professor tem sempre razão, mais uma vez Alzimar foi colocado para a lateral, agora a esquerda. Sem jeito para a posição, ele jogou meio penso no empate contra o Sampaio pelo Estadual. Já contra o Maranhão Atlético Clube, teve a chance de estrear como zagueiro. Mesmo parecendo um debutante encabulado, ele agradou aos torcedores na vitória motense por 3 x 1. Na decisão do título, no entanto, deu Sampaio, bicampeão com a vitória por 1 x 0. A partir daí começava uma nova campanha no Moto. Alzimar já estava consagrado pelos torcedores. Clássico e habilidoso, ele gostava de sair jogando da defesa para o ataque. Quando precisava ser mais duro, lá estava inibindo os atacantes adversários. Mesmo assim era incapaz de cometer faltas duras. A gentileza se transformava em brabeza quando achava que o árbitro havia se equivocado na marcação. Por causa do seu atrevimento, foi expulso várias vezes.
Moto em 1968. Em pé: Neguinho, Vila Nova, Carlos Alberto, Alzimar, Geraldo e Correia; Agachados: Baé, Djalma Campos, Pelezinho, Amauri, Santana e Zezico
Primeiros títulos – Mais contido, Alzimar levou o Moto a ser campeão maranhense em 1966. Em 67 e 68 a história se repetia. E ele estava lá, saboreando o tri estadual. O técnico era o vitorioso Marçal Tolentino Serra. Com tantas conquistas e tantos predicados, era natural que outros clubes pleiteassem o passe do zagueiro. O Ceará Sporting foi um dos que tentaram leva-lo. Ficando mesmo por São Luís, o zagueiro e o Moto levaram em 1969 o título do Meio-Norte, uma espécie de Copa do Brasil regionalizada. O time da época era formado por Vila Nova; Paulo (Neguinho), Alzimar, Alvim da Guia (Geraldo) e Correia; Santana (Ronaldo) e Carlos Alberto; Djalma Campos, Amauri, Pelezinho e Ribamar (Zezico).
Campeão Ferrim – Alzimar ficou no moto até 1970. Como seus salários estavam atrasados, terminou ganhando na justiça seu passe. Ingressou no Ferroviário e calado recebeu críticas da imprensa e dos torcedores, que apostavam na perda de seu prestígio. Sem titubear, o zagueiro mais uma vez demonstrou personalidade. Na dupla com Vivico, formou uma das mais conhecidas zagas do Estado. Muitos atacantes tremiam quando sabiam que iam ser marcados pelos dois. Em campo eles se completavam e se agigantavam. Ao lado de um grupo excelente, comandando por Marçal Tolentino Serra, Alzimar sentiu novamente o gosto de ser campeão maranhense de 71. O grupo era formado por Marcial; Ailton, Alzimar, Vivico e Antônio Carlos; Valdinar e Carlos Alberto; Edson, Mineirinho, Esquerdinha e Coelho. Em 1972 o Sampaio foi campeão estadual. O Ferrim voltava ao título em 1973, sob o comando do técnico Moacir Bueno. Jogavam Martim; Ferreira, Alzimar, Vivico e Carrinho Jorge Santos, Isaías e Carlos Alberto; Seneguinha, Nivaldo e Ozimir.
O zagueiro Alzimar ficou no Ferroviário até 1978, quando resolveu pendurar as chuteiras. Feliz por ter sido apontado desde 1966 até 1971 como o melhor do ano em sua posição, ele declara: “Na minha autocrítica, sei que fui um jogador respeitado pelos meus companheiros, pela imprensa, torcedores e dirigentes. Isso me enche de orgulho”.
Campeão Ferrim – Alzimar ficou no moto até 1970. Como seus salários estavam atrasados, terminou ganhando na justiça seu passe. Ingressou no Ferroviário e calado recebeu críticas da imprensa e dos torcedores, que apostavam na perda de seu prestígio. Sem titubear, o zagueiro mais uma vez demonstrou personalidade. Na dupla com Vivico, formou uma das mais conhecidas zagas do Estado. Muitos atacantes tremiam quando sabiam que iam ser marcados pelos dois. Em campo eles se completavam e se agigantavam. Ao lado de um grupo excelente, comandando por Marçal Tolentino Serra, Alzimar sentiu novamente o gosto de ser campeão maranhense de 71. O grupo era formado por Marcial; Ailton, Alzimar, Vivico e Antônio Carlos; Valdinar e Carlos Alberto; Edson, Mineirinho, Esquerdinha e Coelho. Em 1972 o Sampaio foi campeão estadual. O Ferrim voltava ao título em 1973, sob o comando do técnico Moacir Bueno. Jogavam Martim; Ferreira, Alzimar, Vivico e Carrinho Jorge Santos, Isaías e Carlos Alberto; Seneguinha, Nivaldo e Ozimir.
O zagueiro Alzimar ficou no Ferroviário até 1978, quando resolveu pendurar as chuteiras. Feliz por ter sido apontado desde 1966 até 1971 como o melhor do ano em sua posição, ele declara: “Na minha autocrítica, sei que fui um jogador respeitado pelos meus companheiros, pela imprensa, torcedores e dirigentes. Isso me enche de orgulho”.
Ferroviário em 1971. Em pé: Martins, Alzimar, Ailton, Vivico, Valdinar e Antônio Carlos; Agachados: Antônio, Mineirinho, Joari, Carlos Alberto e Coelho
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