Hoje, 21 de Outubro, realizei uma palestra durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do IFMA (Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão). O tema foi "Futebol
Maranhense: conhecendo o passado e criando um novo futuro". Além do resgate histórico sobre a origem do nosso futebol e uma passagem pelos três maiores clubes do nosso Estado, a palestra objetivava a compreensão, dentro de uma perspectiva histórica, a importância do futebol dentro da nossa sociedade como um aspecto cultural da vida do maranhense, buscando despertar nos novos torcedores a atenção/paixão para com os nosso clubes. Deixo o meu agradecimento pelo convite.
Desde que o jovem Nhozinho Santos trouxe o futebol ao Maranhão, em 1905, os times locais já viveram momentos de glória, mas também de muitas dificuldades. A euforia vista no último sábado (19), no jogo do Sampaio Corrêa contra o Macaé/RJ, lembrou os tempos áureos do futebol maranhense, que pode ser resgatado se os jovens passarem a ter orgulho dos times da própria terra, assim como cultuam os de fora. A opinião é do especialista em Educação Física Escolar, Hugo José Saraiva Ribeiro, que ministrou a palestra de abertura da Semana de Educação, Ciência e Tecnologia do Campus Maracanã, nesta segunda (21).
Autor dos livros "Sampaio Corrêa, uma Paixão dos Maranhenses" e "Memória Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte", Hugo foi convidado a abrir a programação do evento, que neste ano traz como tema central “Ciência, Saúde e Esporte”. A palestra teve como base as pesquisas do professor sobre a história do futebol no estado, que iniciou após o retorno de Nhozinho Santos da Inglaterra, onde esteve para adquirir mais conhecimento acerca da indústria têxtil, negócio dos seus pais. “Junto com a tecnologia têxtil da época, Nhozinho trouxe também o futebol e seus aparatos: apitos, bola etc. Mas o futebol, nessa época, era elitizado. As classes mais baixas não tinham acesso. Ele, inclusive, era contra a popularização, pois o futebol seria um esporte para cavalheiros. Houve resistência para a chegada do futebol aos pobres”, destacou o palestrante. Em uma reunião de família, no ano de 1905, Nhozinho Santos propôs a fundação do Fabril Atlétic Club (F.A.C), primeiro clube de futebol do Maranhão. Para as partidas, foi construído um campo nos fundos da Fábrica Têxtil Santa Izabel, onde hoje está a Igreja Universal do Reino de Deus e o Colégio Governador Edson Lobão (Cegel). Com tudo pronto, em 1907, ocorreu a primeira partida de futebol em São Luís.
A popularização do esporte, entretanto, só acontece com Gentil Silva. Ele criou o Onze Maranhense Futebol Clube, que funcionava em um campo sem cercas e muros, com acesso a qualquer pessoa. “A maioria dos clubes que surgiram nesse período era restrita às elites. A mudança veio com o Sampaio Corrêa que surgiu no meio do povão”, frisou Hugo.
Os três maiores
Prof. Hugo Palestra de AberturaHugo contou, ainda, a origem dos três maiores clubes do Maranhão: Sampaio Corrêa, Maranhão Atlético Clube (MAC) e Moto Clube. O Sampaio Corrêa ganhou o mesmo nome do primeiro avião a voar dos Estados Unidos ao Brasil, em 1922. O presidente do Aeroclube, José Mathoso Sampaio Corrêa, foi o grande incentivador e patrocinador dessa empreitada aérea. A aeronave pioneira, que teve São Luís como rota, recebeu seu nome, com o qual foi batizado o time nascido no bairro São Pantaleão. Já o Maranhão Atlético Clube teve origem como um clube da elite, depois da ruptura de um grupo dissidente da Associação Syrio Brasileiro. Uns sócios que não concordavam com o uso de estrangeirismo para denominar o clube fundaram o novo time, incluindo o nome do estado em sua denominação. O Moto Clube, por sua vez, nasceu dentro do primeiro clube de ciclismo e motociclismo do Maranhão. O time de futebol era um dos esportes praticados no clube. Foi César Aboud o responsável pela profissionalização do clube, que entre as décadas de 30 e 60 viveu seus tempos mais áureos.
Atualmente, os times maranhenses, em geral, passam por grandes dificuldades, que seriam causadas, segundo o Hugo Ribeiro, por cinco fatores: a falta de profissionalismo, o descrédito junto à classe empresarial, corrupção dos dirigentes da Confederação Maranhense de Futebol, pela a falta de planejamento e pela falta de patrocínio. Ele levantou esses fatores a partir de entrevistas com jornalistas e esportistas ligados ao futebol maranhense. “Precisamos reverter isso, para que os times do estado possam captar novos torcedores”, ressaltou Hugo Ribeiro, criador do blog Futebol Maranhense Antigo.
Autor dos livros "Sampaio Corrêa, uma Paixão dos Maranhenses" e "Memória Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte", Hugo foi convidado a abrir a programação do evento, que neste ano traz como tema central “Ciência, Saúde e Esporte”. A palestra teve como base as pesquisas do professor sobre a história do futebol no estado, que iniciou após o retorno de Nhozinho Santos da Inglaterra, onde esteve para adquirir mais conhecimento acerca da indústria têxtil, negócio dos seus pais. “Junto com a tecnologia têxtil da época, Nhozinho trouxe também o futebol e seus aparatos: apitos, bola etc. Mas o futebol, nessa época, era elitizado. As classes mais baixas não tinham acesso. Ele, inclusive, era contra a popularização, pois o futebol seria um esporte para cavalheiros. Houve resistência para a chegada do futebol aos pobres”, destacou o palestrante. Em uma reunião de família, no ano de 1905, Nhozinho Santos propôs a fundação do Fabril Atlétic Club (F.A.C), primeiro clube de futebol do Maranhão. Para as partidas, foi construído um campo nos fundos da Fábrica Têxtil Santa Izabel, onde hoje está a Igreja Universal do Reino de Deus e o Colégio Governador Edson Lobão (Cegel). Com tudo pronto, em 1907, ocorreu a primeira partida de futebol em São Luís.
A popularização do esporte, entretanto, só acontece com Gentil Silva. Ele criou o Onze Maranhense Futebol Clube, que funcionava em um campo sem cercas e muros, com acesso a qualquer pessoa. “A maioria dos clubes que surgiram nesse período era restrita às elites. A mudança veio com o Sampaio Corrêa que surgiu no meio do povão”, frisou Hugo.
Os três maiores
Prof. Hugo Palestra de AberturaHugo contou, ainda, a origem dos três maiores clubes do Maranhão: Sampaio Corrêa, Maranhão Atlético Clube (MAC) e Moto Clube. O Sampaio Corrêa ganhou o mesmo nome do primeiro avião a voar dos Estados Unidos ao Brasil, em 1922. O presidente do Aeroclube, José Mathoso Sampaio Corrêa, foi o grande incentivador e patrocinador dessa empreitada aérea. A aeronave pioneira, que teve São Luís como rota, recebeu seu nome, com o qual foi batizado o time nascido no bairro São Pantaleão. Já o Maranhão Atlético Clube teve origem como um clube da elite, depois da ruptura de um grupo dissidente da Associação Syrio Brasileiro. Uns sócios que não concordavam com o uso de estrangeirismo para denominar o clube fundaram o novo time, incluindo o nome do estado em sua denominação. O Moto Clube, por sua vez, nasceu dentro do primeiro clube de ciclismo e motociclismo do Maranhão. O time de futebol era um dos esportes praticados no clube. Foi César Aboud o responsável pela profissionalização do clube, que entre as décadas de 30 e 60 viveu seus tempos mais áureos.
Atualmente, os times maranhenses, em geral, passam por grandes dificuldades, que seriam causadas, segundo o Hugo Ribeiro, por cinco fatores: a falta de profissionalismo, o descrédito junto à classe empresarial, corrupção dos dirigentes da Confederação Maranhense de Futebol, pela a falta de planejamento e pela falta de patrocínio. Ele levantou esses fatores a partir de entrevistas com jornalistas e esportistas ligados ao futebol maranhense. “Precisamos reverter isso, para que os times do estado possam captar novos torcedores”, ressaltou Hugo Ribeiro, criador do blog Futebol Maranhense Antigo.
Link: http://www.ifma.edu.br/index.php/departamentos/6278-historia-do-futebol-e-destaque-na-abertura-da-semana-de-educacao-ciencia-e-tecnologia-do-maracana
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