Trecho do livro "Memória Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte":
Esse foi o placar da maior e mais humilhante goleada do Moto Clube frente ao seu segundo rival no nosso Estado, o Maranhão Atlético Clube. Rubro-negros e Maqueanos entraram a campo na tarde do dia 03 de Junho de 1962 para mais uma partida amistosa, desta vez como preparativo para o início das disputas do Campeonato Maranhense daquele ano, que se iniciariam dali a aproximadamente um mês.
Sob o comando do treinador Rinaldi Maia, um dos nomes mais conhecidos dentro do esporte maranhense, o Moto Club de São Luis despontava com um elenco interessante para um clube que almejava o título de campeão estadual - no ano anterior, 1961, o clube da Fabril chegou apenas ao vice-campeonato e viu o seu rival, o Sampaio Corrêa, evitar o tricampeonato maranhense do Papão (venceu em 1959/60). No bicampeonato, somando as campanhas nas duas participações, o Moto Clube alcançou apenas duas derrotas. Desbancar o bi-campeonato do time boliviano era questão de honra. O jogo amistoso contra o MAC seria o pontapé inicial para a preparação do time motorizado. Em seu elenco, o Moto Club contava com grandes nomes que tiveram passagem por outros grandes e pequenos clubes do nosso futebol, como o lendário goleiro Bacabal, o experiente Baezinho, Terrível, o meia Gojoba e o rápido e goleador Laxinha.
Na partida, realizada no Estádio Nhozinho Santos entre motenses e maqueanos, foi oferecida pela diretoria do Bode Gregório um prêmio de 500 cruzeiros a cada jogador em caso de vitória sobre o Moto. Contudo, nem o mais otimista torcedor e jogador maqueano poderia esperar muita coisa do limitado elenco do Maranhão, apesar da presença do sempre artilheiro Croinha, um dos grandes nomes do futebol maranhense em todos os tempo. A sua última partida amistosa, quando da derrota por 3x0 para o Sampaio Corrêa, em um sábado à noite também no Municipal, mostraria que o MAC não teria vida fácil contra o Papão. E não teve! O impressionante resultado do amistoso não se fez esperar: jogou o grêmio atleticano sem vitalidade, caindo facilmente diante do rubro-negro da Fabril pelo quilométrico escore de 8x0. A grande torcida maqueana culpou a diretoria do clube pelo humilhante resultado. Segundo relatos, os torcedores culpavam dirigentes por ter programado uma série de jogos de responsabilidade, em pouco espaço de tempo, sem contar o clube com reservas à altura. Sobre os oitos gols, é interessante assinalar: Laxinha marcou os dois primeiros tentos da contenda. Zezico elevou a contagem para 3x0 o Jouber fez o goal numero 4 do clube fabrilense. Na etapa final Nabor elevou o placard para 6x0, com 2 violentos petardos. O jovem Carrinho fez o goal numero 7 e minutos depois, cobrando um pênalti, Alípio estabeleceu a contagem final de 8x0.
Sob arbitragem de Marinho Rodrigues, assim perfilou o Moto Club de São Luis na histórica goleada frente aos atleticanos, a maior já registrada no confronto entre as duas equipes: Bacabal; Baezinho, Baé, Português e Terrível; Gojoba e Ananias; Zezico, Laxinha, Joubert e Nabor. O Maranhão Atlético Clube era assim composto na sua histórica goleada sofrida: Lunga; Milson, Negão, Pretinha e Moacir Bueno; Zuza e Ivanildo; Wilson, Alencar, Caboclo, Croinha e Barrão. O Técnico do Bode era Carlos Verry. Apesar do elástico resultado, o Moto Club encerrou a sua participação no Campeonato Maranhense apenas na quarta colocação. Ah, e o Sampaio Corrêa chegou ao bi-campeonato maranhense, com apenas uma derrota sofrida, e Croinha, do MAC, ficou na ponta da artilharia, com 16 gols.
Outro momento inusitado envolvendo rubro-negros e maqueanos ocorreu durante o Torneio José Costa de Oliveira, no dia 13 de Junho de 1968. O Papão do inesquecível goleiro Vilanova vencia o Maranhão Atlético Clube pelo placar de 6x0. Até ai nada de mais. O inusitado, contudo, ficou por conta do goleiro Ludimar, do MAC, que simplesmente se recusou a voltar a campo do segundo tempo. Palavras de Ludimar para Grito, treinador maqueano: não sou palhaço. Como o goleiro reserva Da Silva foi impossibilitado de entrar, o atacante Zé Carlos assumiu o gol maqueano na segunda etapa. O Treinador Enio Silva [...] ordenou aos craques que rolassem a bola em campo, e não procurassem chutar mais contra o arco de Zé Carlos, que diga-se de passagem foi um espetáculo. No final do jogo, o placar acusou 8x1 em favor do time motorizado.
Sob o comando do treinador Rinaldi Maia, um dos nomes mais conhecidos dentro do esporte maranhense, o Moto Club de São Luis despontava com um elenco interessante para um clube que almejava o título de campeão estadual - no ano anterior, 1961, o clube da Fabril chegou apenas ao vice-campeonato e viu o seu rival, o Sampaio Corrêa, evitar o tricampeonato maranhense do Papão (venceu em 1959/60). No bicampeonato, somando as campanhas nas duas participações, o Moto Clube alcançou apenas duas derrotas. Desbancar o bi-campeonato do time boliviano era questão de honra. O jogo amistoso contra o MAC seria o pontapé inicial para a preparação do time motorizado. Em seu elenco, o Moto Club contava com grandes nomes que tiveram passagem por outros grandes e pequenos clubes do nosso futebol, como o lendário goleiro Bacabal, o experiente Baezinho, Terrível, o meia Gojoba e o rápido e goleador Laxinha.
Na partida, realizada no Estádio Nhozinho Santos entre motenses e maqueanos, foi oferecida pela diretoria do Bode Gregório um prêmio de 500 cruzeiros a cada jogador em caso de vitória sobre o Moto. Contudo, nem o mais otimista torcedor e jogador maqueano poderia esperar muita coisa do limitado elenco do Maranhão, apesar da presença do sempre artilheiro Croinha, um dos grandes nomes do futebol maranhense em todos os tempo. A sua última partida amistosa, quando da derrota por 3x0 para o Sampaio Corrêa, em um sábado à noite também no Municipal, mostraria que o MAC não teria vida fácil contra o Papão. E não teve! O impressionante resultado do amistoso não se fez esperar: jogou o grêmio atleticano sem vitalidade, caindo facilmente diante do rubro-negro da Fabril pelo quilométrico escore de 8x0. A grande torcida maqueana culpou a diretoria do clube pelo humilhante resultado. Segundo relatos, os torcedores culpavam dirigentes por ter programado uma série de jogos de responsabilidade, em pouco espaço de tempo, sem contar o clube com reservas à altura. Sobre os oitos gols, é interessante assinalar: Laxinha marcou os dois primeiros tentos da contenda. Zezico elevou a contagem para 3x0 o Jouber fez o goal numero 4 do clube fabrilense. Na etapa final Nabor elevou o placard para 6x0, com 2 violentos petardos. O jovem Carrinho fez o goal numero 7 e minutos depois, cobrando um pênalti, Alípio estabeleceu a contagem final de 8x0.
Sob arbitragem de Marinho Rodrigues, assim perfilou o Moto Club de São Luis na histórica goleada frente aos atleticanos, a maior já registrada no confronto entre as duas equipes: Bacabal; Baezinho, Baé, Português e Terrível; Gojoba e Ananias; Zezico, Laxinha, Joubert e Nabor. O Maranhão Atlético Clube era assim composto na sua histórica goleada sofrida: Lunga; Milson, Negão, Pretinha e Moacir Bueno; Zuza e Ivanildo; Wilson, Alencar, Caboclo, Croinha e Barrão. O Técnico do Bode era Carlos Verry. Apesar do elástico resultado, o Moto Club encerrou a sua participação no Campeonato Maranhense apenas na quarta colocação. Ah, e o Sampaio Corrêa chegou ao bi-campeonato maranhense, com apenas uma derrota sofrida, e Croinha, do MAC, ficou na ponta da artilharia, com 16 gols.
Outro momento inusitado envolvendo rubro-negros e maqueanos ocorreu durante o Torneio José Costa de Oliveira, no dia 13 de Junho de 1968. O Papão do inesquecível goleiro Vilanova vencia o Maranhão Atlético Clube pelo placar de 6x0. Até ai nada de mais. O inusitado, contudo, ficou por conta do goleiro Ludimar, do MAC, que simplesmente se recusou a voltar a campo do segundo tempo. Palavras de Ludimar para Grito, treinador maqueano: não sou palhaço. Como o goleiro reserva Da Silva foi impossibilitado de entrar, o atacante Zé Carlos assumiu o gol maqueano na segunda etapa. O Treinador Enio Silva [...] ordenou aos craques que rolassem a bola em campo, e não procurassem chutar mais contra o arco de Zé Carlos, que diga-se de passagem foi um espetáculo. No final do jogo, o placar acusou 8x1 em favor do time motorizado.
Gol do Moto Club
Moto Club na partida diante do MAC
Ataque do Moto Club
Maranhão Atlético Clube antes do jogo
FICHA DO JOGO
Moto Club 8x0 Maranhão Atlético Clube
Data: 03 de Junho de 1962
Local: Estádio Nhozinho Santos
Juiz: Marinho Rodrigues
Gols: Laxinha aos 7 e 28, Zezico aos 40 e Joubert aos 45 minutos do primeiro tempo; Nabor aos 8 e 37, Carrinho aos 40 e Alípio aos 46 minutos do segundo tempo
Moto Club: Bacabal (Gato Preto); Baezinho, Baé, Português e Terrível; Gojoba e Ananias (Ronaldo); Zezico (Alípio), Laxinha (Carrinho), Joubert (Carlinhos) e Nabor. Técnico: Rinaldi Maia
Maranhão Atlético Clube: Lunga (Haroldo); Milson (Coqueiro) (Setubal), Negão, Pretinha (Ronaibe) e Moacir Bueno; Zuza e Ivanildo; Wilson (Pinagé), Alencar, Caboclo, Croinha e Barrão. Técnico: Carlos Verry
Moto Club 8x0 Maranhão Atlético Clube
Data: 03 de Junho de 1962
Local: Estádio Nhozinho Santos
Juiz: Marinho Rodrigues
Gols: Laxinha aos 7 e 28, Zezico aos 40 e Joubert aos 45 minutos do primeiro tempo; Nabor aos 8 e 37, Carrinho aos 40 e Alípio aos 46 minutos do segundo tempo
Moto Club: Bacabal (Gato Preto); Baezinho, Baé, Português e Terrível; Gojoba e Ananias (Ronaldo); Zezico (Alípio), Laxinha (Carrinho), Joubert (Carlinhos) e Nabor. Técnico: Rinaldi Maia
Maranhão Atlético Clube: Lunga (Haroldo); Milson (Coqueiro) (Setubal), Negão, Pretinha (Ronaibe) e Moacir Bueno; Zuza e Ivanildo; Wilson (Pinagé), Alencar, Caboclo, Croinha e Barrão. Técnico: Carlos Verry
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