A Sociedade Atlética Imperatriz, mesmo sem ter jogado na rodada do dia 05 de junho de 1988, foi a grande vencedora, conquistando o título de campeã do primeiro turno do Campeonato Maranhense, beneficiada que foi pelos empates registrados nos jogos entre Sampaio e Moto Clube, sem gols no Nhozinho Santos, e de 1 a 1 entre Americano e Vitória do Mar, no Estádio José Corrêa, em Bacabal. Agora, as esperanças dos times da capital se voltam para o segundo turno quando então irão tentar sua conquista a fim de ganhar o direito de disputar o quadrangular final em igualdade de condições com o representante imperatrizense.
Como era de se esperar, o superclássico maranhense mais uma vez foi marcado pela violência, obrigando o árbitro Renato Rodrigues a expulsar nada menos que três jogadores de campo, a fim de poder conduzir o jogo até o final.
No primeiro tempo, o jogo ficou muito amarrado no meio campo, mesmo sabendo seus jogadores que apenas a vitória interessava a ambos os lados. Nas poucas vezes que cada time foi ao ataque, seus atacantes perderam a batalha para os defensores.
O Moto teve duas boas oportunidades de abrir o marcador, mas faltou o principal a seus finalizadores, que foi exatamente uma boa pontaria. O Sampaio também levou perigo de gol ao arco de Belfort.
No tempo final, o jogo caiu para a violência iniciada no final no 1º tempo, quando foram expulsos Paulo César pelo Sampaio e Merica pelo Moto. Em alguns momentos, os jogadores se esqueceram de jogar futebol e preferiram a troca de pontapés, que resultou ainda na expulsão de Zé Roberto do Moto.
Nessa fase, o jogo foi novamente equilibrado, mesmo com o Sampaio dominando em alguns momentos o adversário, mas seus atacantes não foram felizes nas conclusões das jogadas.
No cômputo geral, Moto e Sampaio reviveram a velha rivalidade, chegando a agradar o bom público presente ao estádio.
Na Cidade de Imperatriz, tendo como local o Estádio José Corrêa, num jogo cercado de expectativa e acusações dos dirigentes do Vitória do Mar contra a pessoa do juiz Nacor Benedito Arouche, registrou-se o empate em 1 x 1 na partida entre Vitória e Americano, resultado que eliminou as duas equipes da conquista do título do 1º turno.
O Vitória iniciou a partida com pinta de um time vencedor e disposto a buscar a vitória a qualquer preço. Logo nos primeiros minutos, dominou inteiramente o adversário, a ponto de abrir a contagem aos 10 minutos do jogo com gol marcado por Osvaldo, depois de uma boa tabela com Guguta pela ponta direita.
Depois do gol, o Vitória procurou imprimir um ritmo mais forte e por pouco não chega ao segundo gol, que, na opinião do treinador Marçal, liquidaria de uma vez por todas o Americano.
O time de Bacabal depois do susto e refeito depois dos 20 minutos, procurou jogar seu futebol, incentivado pela sua torcida, procurando as jogadas de pontas.
Aos 30 minutos, a torcida bacabalense explodiu de alegria com o gol marcado por Oliveira num chute que pegou o goleiro João Batista no contra-pé.
Com o empate, o jogo subiu de pressão e os dois times procuraram se resguardar mais na defesa temendo qualquer surpresa.
No tempo final, em que pese muita luta dos atacantes, o placar não foi movimentado, graças às boas defesas dos goleiros Spíndola e João Batista.
Nacor Benedito Arouche dirigiu o jogo com bandeiras de Verandir Fontes e Diocélio Castro.
O Americano jogou com Spíndola; Zé Luís, Roberto, Domingos e Gilmar; Jarbas, Oliveira e Rogério (Binha); Osmar, Cadico e Bebeto (Cinda). O Vitória do Mar com João Batista; Geovani, Ademir, Moacir e Newton; Joaquim, Carlinhos e Reinaldo; Claudionor; Guguta (Antonio Carlos); Osvaldo e Alberto.
FICHA DO JOGO
Sampaio Corrêa 0x0 Moto Club
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 1.596.450,00
Público: 7.386 pagantes
Juiz: Renato Rodrigues
Bandeirinhas: Paulo Goulart e Edmar Milhomem
Cartão vermelho: Paulo César, Zé Roberto e Merica
Sampaio Corrêa: Alexandre; Luís Carlos, Rosclin, Ivanildo e Neto; Paulo César, Dias Pereira e Raimundinho; Beto, Fernando Lassálvia e Marco Antonio (Chiquinho). Técnico: Edmilson Gomes da Silva
Moto Club: Belfort; Pedrinho, Marreta, Santos e Zequinha; Alfredo, Deca e Jânio; Merica, Zé Roberto e Dionízio (Amaury). Técnico: Luís Carlos Tavares Franco
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