Se o Moto tivesse jogado durante os 90 minutos, com a vibração que o time apresentou nos últimos minutos, na partida de ontem, por certo não estaria amargando a perda de um precioso ponto, no empate de 1 a 1, com o Imperatriz, na tarde-noite do dia 06 de maio de 1988, pelo hexagonal decisivo do primeiro turno do campeonato maranhense de 1988.
O Papão até que começou bem a partida, mas como não fez o seu gol nos primeiros quinze minutos, como era pretensão do seu treinador Caio, o time passou a se deixar envolver pelo toque de bola do Imperatriz, que, mais uma vez, graças ao talento do ponteiro Valdo, passou a ditar o ritmo da peleja ao ponto de sair na frente do placar com a marcação do próprio Valdo, numa falha do zagueiro Ivo, que perdeu uma bola dominada para o atacante Cláudio. Nesse lance, Santos ainda tentou salvar, mas quando chegou perto de Valdo o artilheiro já tinha chutado, com a bola resvalando no beque motense e vencendo o goleiro Denis.
No primeiro tempo, o Moto procurou resolver a parada com chutes longos, mas a pontaria dos seus atacantes não estava num grande dia, inclusive de Caio, que não acertou sequer uma cobrança de falta. O melhor momento do rubro-negro no primeiro tempo foi aos 31 minutos, quando Marreta acertou o travessão imperatrizense, com o goleiro Leite já inteiramente batido no lance.
No segundo tempo, o Moto voltou com Hélio no lugar de Ivo, que pediu para sair por não ter feito uma boa primeira fase, enquanto que o Imperatriz retornou com Edmar Pereira no posto de Djalma, na lateral esquerda, para reforçar a marcação em cima do ponteiro Merica. Com a entrada de Hélio, Marreta retornou para zagueiro central.
As duas alterações conseguiram corresponder, pois Marreta teve mais espaço para fazer lançamentos, só que Zé Roberto, mais uma vez, muito mal, não soube aproveitar as bolas que lhe foram passadas. Pelo lado do “Cavalo de Aço”, Edmar Pereira passou a encostar mais em Merica, anulando o ponta adversário, que andou perdendo grandes oportunidades, por inibição.
Tudo parecia que ia caminhar para a vitória do Imperatriz. Entretanto, o Moto despertou com a entrada de Dionísio no lugar de Marcos, que saiu batido, aos 35 minutos. Além da ofensividade com a entrada de Dionísio, o Papão ganhou mais vibração sob o comando do zagueiro Santos, que se transformou num autêntico atacante.
Foi Santos, numa tabela com Caio, aos 35 minutos, que quase sai o gol de empate. Santos finalizou forte, mas o goleiro Leite fez grande defesa.
A vibração de Santos contagiou o restante do time, que passou a dar sufoco na zaga imperatrizense, até que, aos 37 minutos, Dionísio empatou a partida, se aproveitando de uma bola largada pelo goleiro Leite, depois de um desvio de cabeça de Zé Roberto, numa cobrança de falta feita por Marreta.
Por duas vezes, depois do gol, o Moto esteve perto de fazer o gol da vitória, ambas as chances desperdiçadas por Merica. Na primeira, o atacante chutou para fora e na segunda, num lançamento de Caio, Merica furou na cara do gol, aos 46 minutos de jogo.
Mesmo cedendo o empate, o Imperatriz provou que chega no hexagonal em condições de ganhar o primeiro turno do campeonato, principalmente pelo fato de fazer os jogos com Sampaio e Maranhão dentro do seu estádio.
Josenil Souza foi o árbitro da peleja e teve muito trabalho para conter a prevenção do time do Imperatriz, que passou o tempo todo reclamando das suas marcações. O apitador foi forçado a mostrar vários cartões amarelos e a expulsar de campo o meia James, por reclamação, aos 41 minutos do segundo tempo. Edmar Milhomem e Verandy Fontes foram os bandeirinhas.
O Moto jogou e empatou com Denis; Marcos (Dionísio), Ivo (Hélio), Santos e Zequinha; Marreta, Caio e Jânio; Merica, Zé Roberto e Caíto. O Imperatriz jogou com Leite; Índio, Duílio, Bento e Djalma (Edmar Pereira); Ari (Biro-Biro), James e Fabinho; Lamartine, Cláudio e Valdo.
.............
Vem ai o livro ALMANAQUE DO FUTEBOL MARANHENSE ANTIGO: PEQUENAS HISTÓRIAS VOLUME 2,
publicação do professor Hugo José Saraiva Ribeiro, um apanhado de 94
novas passagens curiosas que aconteceram dentro e fora dos nossos
gramados. Clique AQUI para saber mais sobre o novo livro, que será lançado no segundo semestre pela Livro Rápido Editora e tem patrocínio da Max Vetor, Tempero Caseiro e Sol a Sol (Energia Renovável).
Nenhum comentário:
Postar um comentário