Todo fã de futebol que viveu intensamente os anos 90 com certeza se lembra de alguns modelos icônicos que desfilaram nos gramados brasileiros naquela época, como a camisa do Vitória, vice-campeão brasileiro em 1993. Essa camisa, e muitas, outras, traziam um design todo chamativo, que não perdiam em nada para os modelos de Umbro e Adidas europeus. Mas elas não eram criadas por uma grande marca mundial e sim por uma pequena marca paulistana chamada CCS, da qual lembramos no TBT de hoje.
Como dito acima, a CCS era uma pequena marca paulistana, sediada precisamente na rua Pinhalzinho, no bairro Belém, Zona Leste, que surgiu no início dos anos 90 como uma fornecedora para times pequenos e medianos por todo o Brasil. A história se parece um pouco com a da Dell’erba, que contamos há umas semanas por aqui, com um começo muito promissor, apostando num mercado aquecido, mas um final triste, com a marca sendo engolida pelas gigantes internacionais. E assim como sua conterrânea, a CCS iniciou sua trajetória na confecção de réplicas, mas, ao invés de “copiar” os mantos do Campeonato Italiano, a empresa copiava dos grandes clubes brasileiros e até mesmo da Seleção Brasileira, que eram muito difíceis de serem adquiridos na época, além de que, estes modelos eram bem em conta. Foi um grande acerto, pois os materiais esportivos naqueles tempos eram bem mais baratos e o lucro foi imenso, devido ao grande sucesso.
Possivelmente, a grande façanha da CCS foi fabricar o uniforme do Vitória da Bahia, vice-campeão Brasileiro de 1993. Porém, clubes tradicionais do futebol nacional e, essencialmente, nordestino, também tiveram sua trajetória marcada por esse fabricante. É o caso do Volta Redonda-RJ e, claro, do Sampaio Corrêa, ambos em 1992.
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Camisa do Sampaio Corrêa pela fornecedora CCS (1992)
Jackson, o bom filho à casa retorna
Texto atraído do livro "Salve, Salve, meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube", lançado em 2012:
Ainda na adolescência, quando batia bola no surrado campo do Estádio Renê Bayma, em Codó, Jackson jamais poderia imaginar o rumo que a sua vida tomaria. O garoto franzino, mas de um futebol de gente grande, deixaria para trás a cidade natal para brilhar nos gramados do Brasil com um futebol de muita técnica e habilidade. Antes de rodar por grandes clubes do futebol nacional, o meia ainda pensou em desistir, face às dificuldades que enfrentaria antes de se firmar. Craque consagrado, retornou após 18 anos ao Maranhão, onde chegaria à invejável marca de quatro títulos maranhenses em cinco disputados, além de anotar exatos 24 gols pelo Bode Gregório, fato este que o coloca como o 48º maior artilheiro atleticano em todos os tempos.
Filho de seu José Geraldo e dona Maria das Graças, o meia Jackson Coelho Silva nasceu no dia 23 de Julho de 1973, no Bairro de Santa Filomena, no Centro da cidade de Codó. De uma família bastante simples, o garoto dividia o seu tempo entre os estudos no Colégio Mata Roma e as peladas de final de tarde na Praça da Bandeira, aos 13 anos de idade. E foi pelo seu desempenho que o garoto despertou o interesse do seu Vimvim, que o via jogar e acabou convidando-o para formar no time amador do Grêmio, o qual era o Presidente. Jackson agradou e logo passou a atuar em uma das maiores e mais tradicionais equipes codoenses, o Fabril, em 1990, aos 16 anos.
Campeão Codoense em 1991 (sempre jogando como meia-atacante), rapidamente o craque foi convidado pelo Prefeito da cidade e dono do Fabril, José Inácio, a integrar a equipe de salão de Codó, formada pelo Fabril e Nacional, para as disputas do Campeonato Maranhense de Futebol de Salão, em 1991. Apesar do vice-campeonato, Jackson foi o grande destaque daquele ano. E foi em uma apresentação em São Luís que o meia foi descoberto pelo Diretor de Futebol atleticano, França Dias, que o convidou para jogar no MAC. Jackson chegou em Fevereiro de 1992, aos 19 anos. Morava dentro da própria sede do clube e recebia apenas o necessário para se sustentar. Aos poucos o garoto foi caindo nas graças a torcida, com seus passes precisos, dribles e uma categoria impressionante. Após o vice-campeonato logo no seu primeiro ano de clube, quando perdeu a final de 1992 para o Sampaio Corrêa, Jackson iniciaria uma fase de ouro no clube atleticano, chegando rapidamente ao tricampeonato com uma base praticamente caseira.
Após o titulo de 1993, Jackson recebeu uma proposta para jogar pelo aspirante do Mogi-Mirim. Pelas suas atuações, rapidamente o treinador Vadão o colocou no elenco principal que disputaria o Paulistão de 1994. O Mogi, contudo, não demonstrou interesse em comprar o seu passe, apesar de a usa grande intenção em continuar por algum clube do Sudeste do Brasil. Frustrado, Jackson voltou ao MAC no segundo semestre. O seu gol mais importante com a camisa atleticana veio justamente no ano do seu segundo título, em 1994: diante do Sampaio, dia 16 de Dezembro, aos 10 minutos do segundo tempo Jackson fez o gol da vitória que daria a vantagem na melhor de quatro pontos para o Maranhão e, posteriormente, o bicampeonato ao clube. Antes da sua rápida passagem pelo futebol paulista, o craque ainda recebeu uma proposta apara jogar na Bélgica. Pelo modo como foram conduzidas as negociações, preferiu ficar no Brasil e rumou para o interior paulista.
O sucesso no Nordeste despertou a atenção do Goiás, que acertou com o jogador em 1995 para um período de testes, após o Campeonato Maranhense. Novamente não ficou e retornou ao MAC, a tempo de sagra-se tricampeão. No ano seguinte, Jackson foi levado por Oliveira Júnior, empresário paulista, para o Comercial de Ribeirão Preto, que enfim comprou o seu passe. Por atraso de salários, o jogador se rebelou e acabou deixando a equipe, voltando para a cidade de Codó. Em Dezembro o Presidente do Comercial contatou-lhe, avisando sobre a sua venda ao Sport, o divisor de águas da sua vitoriosa carreira. O começo em Recife foi difícil. Como o volante Wallace havia se machucado, Jackson ganhou a posição e começou a se destacar no time comandado por Hélio dos Anjos. Aos 25 anos, o meia já havia conquistado o Bicampeonato Pernambucano (1997/98), com o craque estourando para todo o Brasil no Campeonato Brasileiro de 1998. Em um time competitivo, mas sem grandes nomes, Jackson era a principal estrela do Sport. Pela quinta colocação na competição e a consagração do meia pela Bola de Prata pela revista Placar, rapidamente Jackson chegaria à Seleção Brasileira.
O treinador Wanderley Luxemburgo o convocou para o amistoso diante da Iugoslávia, dia 23 de Setembro de 1998, em São Luís. Apesar do clamor da torcida maranhense, Jackson vestiria a camisa amarela sobretudo pela sua excepcional fase naquele ano. Sobre a convocação, aliás, o elenco do Sport retornava de um jogo pelo Brasileirão contra o Internacional, em Porto Alegre, quando foi recepcionado por aproximadamente 20 mil torcedores no Aeroporto de Recife. Jackson não sabia, mas a convocação saiu justamente no intervalo do voo entre as capitais porto-alegrense e pernambucana. Foi uma festa merecida, inesquecível para o jogador. E no jogo em São Luís, muitos amigos e familiares (inclusive o seu primeiro filho, na época com apenas 1 ano) vieram de Codó para assistir ao seu filho mais ilustre vestir a camisa da Seleção Brasileira. Temeroso pela responsabilidade, Jackson entrou no segundo tempo, para delírio da torcida que lotou o Castelão, apesar da sua discreta atuação. Foi convocado em outras suas oportunidades (contra Equador e Rússia, ainda em 1998), mas Jackson não obteve sequência.
Cobiçado por vários clubes grandes do Brasil, o meia acabou despertando o interesse do treinador palmeirense Luiz Felipe Scolari, que pediu a sua contratação. O Verdão desembolsou cerca de R$ 3 milhões para tê-lo nas disputa da Taça Libertadores de 1999. As atuações irregulares de Alex, somada à incerteza na renovação do meio campo Zinho, condicionaram Jackson como possível titular da equipe, porém a história se mostrou diferente. O futebol veloz de chutes certeiros ficou em Pernambuco - no Palmeiras se via um jogador mais afobado. Jackson estreou no primeiro jogo do ano. O Palmeiras reserva, recheado de jovens atletas, poucos dos quais vingaram, foi goleado por 5 a 1, pelo Torneio Rio-São Paulo, e Jackson fez o de honra. Ele não rendeu muito pelo alviverde. Em virtude de uma contusão e pela categoria dos outros meias, se tornou um apenas um bom reserva, apesar de ser campeão da Taça Libertadores em 1999 e vice-artilheiro da competição, com 4 gols.
A falta de oportunidades na equipe alviverde motivou o jogador a buscar novos ares em 2000, após 66 jogos e 9 gols pelo Verdão. Jackson, então, foi defender o Cruzeiro, sagrando-se campeão da Copa de Brasil naquele ano ao lado de um bom elenco, com Sorín, Cléber e Oséas.
Após rodar por Internacional, Etti Jundiaí e Gama, Jackson defendeu o Ituano e o Coritiba, onde fez mais de 200 jogos pelo Coxa, antes de se aventurar no mundo árabe, defendendo o Emirates Club, em 2004. Aos 34 anos, voltou para defender o Vitória. Ajudou o rubro-negro baiano no retorno à elite em 2007 e no Tricampeonato Baiano (2007/08/09). Em 2010, dispensado pelo time do Barradão, acertou com o Santa Cruz, pouco tempo depois de ser anunciada a sua contratação pelo União Rondonópolis. Não conseguiu o acesso na Série D do Brasileiro e, em seguida, assinou com o ABC, onde foi Campeão Potiguar de 2011, marcando, inclusive, gol na final do campeonato. Sem espaço no time que disputou a Série B, Jackson acabou dispensado. Após passagem pelo Bahia de Feira, acertou com o modesto Santa Helena de Goiás, comandado pelo treinador e amigo Júnior Baiano, para as disputas da Segundona Estadual.
Jackson rescindiu o seu contrato com o Santa Helena em 2012 e foi descansar em Codó. Para se manter em forma para a temporada de 2013, ele disputaria a Série B do Campeonato Maranhense de 2012 pelo Expressinho, após reunião em um Shopping da capital com o presidente Carioca, do ‘Furacão da Cohab’. Por jogo, o craque receberia por R$ 1.500,00. Contudo, as negociações não andaram. Em 2013 ele quase vestiu a camisa do rival Sampaio Corrêa. O acordo, inclusive, foi fechado com o Presidente Sérgio Frota, que voltou atrás três dias antes da apresentação do elenco, alegando uma folha de salário muito alta para o Estadual.
Após dois meses de negociações, aos 39 anos Jackson, enfim, acertou o seu retorno ao Maranhão, após 18 anos. A demora no acerto foi motivado, também, por um problema pessoal, fazendo com que ele se concentrasse somente na família, ainda residente em Codó. Apresentado oficialmente no clube na tarde da sexta-feira, 08 de Fevereiro, o legítimo bom filho conquistou, de cara, mais um título, o de Campeão Maranhense de 2013, desbancando o fortíssimo Sampaio Correa. Ele não jogou a final por opção do técnico Saldanha, mas foi importante na campanha do Bode durante a competição, o seu 17 º título na vitoriosa carreira. Apesar do título e atuando como titular na equipe, o meia não teve o mesmo destaque de 12 anos atrás, quando foi tricampeão. Terminou o ano na reserva, durante as finais da Copa Cidade e eliminação precoce na Série D do Campeonato Brasileiro. O craque não renovou o seu contrato para o ano seguinte. Para a torcida, a sua apagada passagem em 2013 pouco importou. O craque já estava definitivamente consagrado na história do Maranhão.
Camisa do Americano de Bacabal - década de 1980
Belo registro de uma camisa do Americano de Bacabal, da década de 1980, segundo fonte da foto. A camisa foge do habitual das cores do clube. Não há maiores informações sobre o registro.
Sampaio Corrêa 1x0 Moto Club - Amistoso 1980
O Sampaio Corrêa fazendo uma partida muito mais aplicada e com muito maior força de vontade ganhou o amistoso frente ao Moto Club, dia 19 de junho de 1980, pelo placar de 1 tento a 0, resultado que acabou sendo considerado justo pelo empenho dos sampaínos, principalmente quando o time ficou reduzido a apenas 9 elementos face as expulsões de dois dos seus jogadores.
0 Moto Clube voltou a decepcionar a sua torcida e nem a estreia do centro avante Oliveira Piauí conseguiu motivar o seu time, que continuou muito apático Com os seus jogadores não entrando nas bolas divididas e até exagerando nas jogadas individuais, o que vem prejudicando o conjunto. O único gol da peleja foi marcado aos 5 minutos do Primeiro tempo, através o centro avante Cabecinha que recebeu um excelente lançamento do meia Riba nas costas de Irineu que falhou no lance. Cabecinha ainda driblou o goleiro Marcelino e bateu sem nenhum trabalho para o fundo da meta completamente desguarnecida.
O Sampaio ganhou o duelo na meia Cancha durante todos os noventa minutos, com Flávio, Riba e Marcelo brigando muito pela posse da bola do que os motenses Tião, Adeilton e Edésio principalmente do que os dois últimos.
Dos estreantes Jayme pelo Sampaio e Oliveira Piauí pelo quadro do Moto o zagueiro boliviano fez uma partida muito boa, se enquadrando perfeitamente ao esquema do time com bastante facilidade. Oliveira Piauí por seu turno foi terrivelmente marcado por Cabrera, que fez uma grande partida pela defesa do Sampaio.
O pior do jogo foi a arbitragem de Sérgio Faray que demonstrou muita fraqueza, notadamente no tocante a parte disciplinar, errando na maioria dos cartões amarelos, deixando de marcar faltas incríveis. Nas expulsões o árbitro errou quando mostrou cartão amarelo para Riba e Edésio que na hora da falta que originou o princípio de tumulto, nem estavam participando do lance. Acertou apenas na expulsão de Jayme que pisou ao ponteiro esquerdo Alberto quando este se encontrava caído e sem bola. O apitador na verdade enfeitou o espetáculo que acabou não sendo bom para o torcedor que compareceu ao Estádio Municipal. Os bandeirinhas Francisco Souza e José Salgado tiveram um trabalho regular, mas o bandeirinha suplente teve até que ser chamado a atenção pelo diretor de árbitro que desceu das cadeiras para a pista de jogo ao invés de ficar na sua, como diretor da entidade.
FICHA DO JOGO
Sampaio Corrêa 1x0 Moto Club
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 239,400,00
Público: 5.056 pagantes
Juiz: Sérgio Faray
Bandeirinhas: Francisco Sousa e José Salgado
Gols: Cabecinha aos 5 minutos do primeiro tempo
Cartão vermelho: Edésio, Riba e Jaime
Sampaio Corrêa: Alexandre; Tereso, Jaime, Cabrera e Ferreira; Flávio, Riba e Marcelo; Fernando (Rosclin), Cabecinha (Toinho) (Celso Alonso) e Bimbinha. Técnico: José Antônio Storino
Moto Club: Marcelino; Beto, Paulinho, Irineu e Luís Carlos; Tião, Adeilton (Antonio Carlos) e Edésio; Vicentinho (Gabriel), Oliveira Piauí e Alberto. Técnico: Walfredo Medeiros
Coritiba/PR 2x0 Maranhão - Campeonato Brasileiro 1980
Matérias diversas sobre a partida Coritiba/PR x Maranhão:
PRÉ-JOGO - o dia de ontem foi bastante movimentado para os jogadores do Maranhão a exemplo do que já aconteceu anteontem, pela manhã aqui em Curitiba os atleticanos foram levados ao campo do Colorado, onde foram empenhados em intervalo training seguido de uma seção de chutes a gol e bate bola:
Apenas o centro avante Tica com problemas no tornozelo direito não participou do treino matinal. O atacante todavia não se constitui problema para a peleja de hoje. A sua ausência na movimentação foi apenas a titulo de precaução.
Os demais jogadores do MAC que acompanham a comitiva todos treinaram com muita vontade.
Os goleiros Veludo e Dorival foram empenhados também em treinamentos especiais, sob a direção do auxiliar Eliezer, enquanto os demais faziam os exercícios normais.
No horário da tarde ainda tendo como local o estádio do Colorado, uma vez que o Couto Pereira não foi cedido pelo Coritiba, o Treinador José Santos comandou o coletivo apronto, aproveitando os jogadores reservas do time do Colorado com sparring.
Não houve nenhuma preocupação de placar uma vez que o objetivo do treinador, por ocasião do coletivo foi a correção das jogadas erradas notadamente nos sistemas de marcação.
Foram treinadas algumas jogadas de marcação nas bolas pelo alto porque o técnico atleticano, tomou conhecimento que o forte do Coritiba são as bolas cruzadas para o cabeceio de Escurinho um dos maiores especialistas do Brasil e Gardel que foi o
vice-artilheiro do Campeonato Paranaense com 16 gols apesar de ser zagueiro. Quanto acontecerem escanteios ou faltas para cruzamentos, Tataco e Paulo Fraga serão os encarregados de promoverem as marcações em cima de Escurinho e Gardel, ficando Jorge Santos na sobra a fim de cobrir as sobras.
No treino de ontem a tarde, o treinador utilizou todos os 17 jogadores que acompanham a delegação inclusive Tica que não participou do treino da amanhã, demonstrando assim que já estar inteiramente recuperado uma vez que nada sentiu.
O time maqueano começou o treino com a equipe que deverá começar a peleja de amanhã: Veludo Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antonio Carlos Tataco, Juarez e Naldo Djaro, Tica e Serginho. Depois entraram Dorival em lugar de Veludo. Célio no de Mendes. Soeiro no de Naldo. Alcino no posto de Serginho e João Alberto no de Tataco.
As alterações introduzidas na equipe do MAC foram apenas para movimentar os jogadores, de vez que a direção técnica desde o último sábado definiu a escalação para a peleja contra o Coritiba com a mesma onzena da última partida com: Veludo Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antonio Carlos Tataco, Juarez e Naldo Djaro, Tica e Serginho.
CORITIBA DOIS PROBLEMAS
O treinador Mário Juliato conta com dois problemas no seu time para a partida de hoje contra o Maranhão: Moreira e Vilson Tadei que voltaram lesionados do Rio de Janeiro. O Departamento Médico do Campeão Paranaense promete recuperar os dois atletas para enfrentar o MAC.
O Coritiba treinou física pela manhã e o seu coletivo ontem a tarde no Estádio Couto Pereira.
O time para enfrentar o Maranhão será: Moreira Vilson, Duilio, Gardel e Dionisio Almir, Leomir e Vilson Tadei Freire, Escurinho e Freitas.
O técnico do Coritiba falou ontem nas emissoras de rádio do Paraná dizendo que a sua maior preocupação hoje é com relação a retranca que do certo será utilizada pelo time maqueano. Recomendou aos seus laterais o máximo de apoio possível nas jogadas pelas pontas, pois acredita que será a melhor maneira para vencer o bloqueio maranhense, utilizando as cabeçadas de Escurinho e Gardel.
A Crônica Esportiva do Paraná acredita que a renda deva ultrapassar a casa dos 500 mil cruzeiros. A delegação do Coritiba foi recebida com festa quando de sua volta do Rio de Janeiro.
Súmula de Coritiba x MAC
Local: Estádio Couto Pereira Início 21 horas Juiz José Carlos Bezerra (SC) Bandeirinhas Newton Martins e Almir Rodrigues (PR).
Times Coritiba com: Moreira Vilson. Dulio, Gardel e Dionisio Almir, Leomir e Vilson Tadei Freitas. Luis Freire, Escurinho e Maranhão com: Veludo: Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antonio Carlos Tataco, Juarez e Naldo Alcino - Djaro, Tica
O JOGO - O Maranhão voltou a perder ontem, dia 05 de março de 1980, em partida que realizou pela Copa Brasil, em jogo realizado em Curitiba, no Estádio Couto Pereira, diante da equipe do Coritiba, que não chegou a fazer medo ao time maranhense que jogou de igual para igual com o líder do Grupo D da Taça de Ouro.
O ataque do Maranhão uma vez mais foi o ponto negativo da equipe, e não produziu novamente o suficiente para conseguir marcar um gol sequer. O sistema defensivo se portou muito bem, diante do ataque coritibano que terminou parando na defesa maqueana.
No final do encontro registrou a vitória do Coritiba pelo marcador de 2 a 0, resultado que em nada significa uma superioridade Coxa-Branca diante do Maranhão.
O treinador Mário Juliato chegou a dar entrevista afirmando que o time do Maranhão não era nada do que The informaram e que garantiam uma verdadeira goleada em favor do seu time. O que ele viu no Maranhão foi um time muito bem armado, marcando bem e saindo rápido para o ataque, que em sua opinião não soube aproveitar as oportunidades que apareceram. Para Mário Juliato, pe- lo futebol que apresentou o MAC, o resultado foi injusto pois merecia nem que fosse um gol, pois em dados mo- mentos foi superior ao seu time.
O primeiro gol do Coritiba foi marcado aos 16 minutos do primeiro tempo, por intermédio do meiocampistas Freiras, que apanhou livre um rebote do goleiro Veludo, depois de um cruzamento pela direita. Mesmo com este placar favorável ao time coritibano, o Maranhão teve oportunidade de chegar ao empate, em lance que o juiz prejudicou o time numa entrada fulminante de Naldo pela meia esquerda.
O segundo gol do Coritiba marcado no último minuto de jogo, num presente da defensiva maqueana que falhou, dando oportunidade para que Escurinho chutasse inapelavelmente para as redes de Veludo.
Juiz José Carlos Bezerra (SC); Bandeiras: Nilton A - Martins e Almir Rodrigues Renda CS 563.240,00 ca -8.624 pagantes.
CORITIBA - Moreira; Wilson, Eduardo, Duffio, E Dionísio; Almir, Freitas e Wilson Tadei; Gilson Pau belino, Escurinho e Luis Freire (Leoni).
MARANHÃO - Veludo; Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antonio Carlos; Tataco, Juarez (Soeiro) e Naldo; Djaro (Neco), Alcino e Serginho.
Cartão amarelo para Duílio do Coritiba, por jogo violento em Naldo.
A VOLTA - a delegação do Maranhão estará desembarcando de volta a São Luis por volta de 22 horas e 300 minutos, sendo passageiro da Cruzeiro do Sul. Os atleticanos em principio queriam retornar pela VASP, mas não houve vaga e por isso a sua volta acabou tendo que ser confirmada para horário noturno, depois de passar uma semana exatamente fora de nossa capital.
O atacante Tica foi afastado do jogo da noite passada por problema, médicos. O jogador há muito tempo vinha escondendo uma confusão no tornozelo direito, que se agravou com a partida de São Paulo. Tica não tinha dito nada ainda aos homens do departamento médico, talvez pelo desejo de permanecer na equipe titular, se esquecendo todavia que agindo dessa maneira vinha prejudicando o time, com atuações que não vinham correspondendo a expectativa. O assunto será analisado pelos dirigentes quando do retorno da delegação a São Luís por que alguns entendem que a atitude do atleta não deixa de ser uma falta um pouco grava. O Maranhão tentou ainda aproveitar a folga na tabela do Campeonato Nacional para fechar uma apresentação no Paraguai, mas em virtude da cota oferecida não ter correspondido, os dirigentes acharam melhor confirmar a volta a São Luís.
O Maranhão voltará a jogar pele Copa Brasil somente quarta feira da próxima semana contra o Nacional de Manaus no estádio Municipal Nhozinho Santos, na sua segunda apresentação dentro de casa no grupo D da Competição. Pelo menos três contratações poderão ser feitas pelo Maranhão dentro dos próximos dias. Alguns jogadores estão sendo oferecido e o supervisor n Antonio Bento Farias, em conversa com o presidente Nicolau Duailibe expôs a necessidade de fazer mais algumas contratações, não somente para o restante do brasileiro mas como também principalmente visando o Campeonato regional quando o time atleticano tentará a conquista do Bi Campeonato.
Alguns jogadores do futebol de São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte estão na mira dos atleticanos, como o caso de Admar que brigou com o Atlético, do Paraná.
Seleção Maranhense 3x1 Moto Club - Amistoso 1980
A Seleção Maranhense ganhou o Moto Clube de 3 a 1 na tarde/noite do dia 05 de junho de 1980, no Estádio Municipal, realizando um excelente teste antes de enfrentar o Selecionado do Piauí.
Os motenses exigiram muito dos jogadores do nosso Escrete, notadamente na etapa inicial quando apresentaram um time muito mais organizado dentro de campo, sendo senhor das ações nos primeiros 45 minutos.
A Seleção no primeiro período apresentou defeitos na sua peça de ataque, que não se encontrou em momento algum e sendo por isso facilmente dominado pela retarguarda motorizada.
O Moto teve boas chances de marcar da etapa inicial, tendo o ponteiro direito Vicentinho aos 30 minutos desperdiçando grande oportunidade ao ser lançado em profundidade pelo zagueiro Irineu e pratica mente cara a cara com o goleiro Dorival chutou para fora.
No-intervalo da peleja, o técnico Storino procurou corrigir as falhas do seu ataque e a Seleção voltou para o segundo tempo com muito mais disposição do meio de campo para a frente.
O domínio do escrete no setor ofensivo aconteceu desde os primeiros movimentos da etapa final, quando aos 5 minutos o ponteiro Neco fez grande jogada, envolvendo por completo o lateral esquerdo Luís Carlos e fintando ao zagueiro central Irineu que vinha na cobertura e vencendo com categoria o goleiro Marceli no que saiu da meta, estabelecendo dessa forma 1 a 0 no placar.
O Moto ao que tudo indica arcou com a abertura do escore pela Seleção mas ainda chegou a perigar bastante a meta de Dorival, que mais uma vez demonstrou estar em excelente forma com defesas sensacionais.
Os motenses depois de levar o primeiro tento, partiram celere para o ataque e quase empatam numa jogada de Gabriel aos 12 minutos, quando mais uma, vez Dorival praticou uma defesa espetacular.
A Seleçao Maranhense passou a explorar bem o setor direito onde Neco na etapa final passou a jogar todo o seu futebol. Foi justamente Neco que ao ser lançado chutou violento depois de bater ao lateral Luis Carlos errando a cidadela de Marcelino.
Aos 19 minutos, Cabecinha carregou uma bola em contra ataque desde a linha intermediária e já na área motense perdeu para a zaga rubro negra, sendo em seguida recuperada por Neco que de calcanhar lançou ao centro avante deixando-o na cara do gol e o artilheiro só teve o trabalho de chutar para o fundo do barbante, com a pelota tocando ainda nas duas traves.
O Moto esboçou a reação, por que na verdade fazia uma boa partida, o que acabou valorizando a vitória da Seleção. O papão diminuiu o escore aos 35 minutos através de Edésio, que mostrou mais uma vez que é um jogador de grandes qualidades técnicas. O lançamento foi de Vicentino pela ponta direita e Edésio só teve o trabalho de cabecear para marcar o gol de honra dos motenses.
A Seleção Maranhense não se intimidou e na saída da bola, Riba (MAC) que havia entrado em lugar de Cabecinha, perdeu o gol mais feito da partida depois de driblar ao goleiro Marcelino, pisando na bola e permitindo a recuperação do garoto Jorge, que diga-se de passagem fez uma extraordinária partida substituindo o Tião que jogou pelo Selecionado. Aos 37 minutos na cobrança de um escanteio pela ponta direita, Bimbinha marcou um gol incrível (de cabeça), coisa inexplicável para uma defesa que tem jogadores relativamente altos como Irineu e Paulinho. 3 a 1 para Seleção não deixou de ser um resultado justo, com o Moto fazendo uma boa partida e provando que precisa urgentemente do chamado homem gol, pois caso contrario, vai ser sempre assim como ontem, jogando bem e não ganhando.
Para a Seleção Maranhense, o jogo de ontem foi considerado muito bom principalmente para as observações do técnico José Antonio Storino, antes de enfrentar amanhã ao Selecionado do Piauí.
FICHA DO JOGO
Seleção Maranhense 3x1 Moto Club
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 183.340,00
Público: 3.781 pagantes
Juiz: Roberval Castro
Bandeirinhas: Ivanildo Exposito e Alberto Pitombeira
Gols: Neco aos 5, Cabecinha aos 19 e Bimbinha (de cabeça) aos 37 para a Seleção, descontando Edésio (de cabeça) para o Moto
Cartão amarelo: Cabreira
Seleção Maranhense: Dorival; Tereso, Paulo Fraga, Everaldo e Cabreira-Tião, Zé Ivan e Naldo Neco (Riba - Sampaio), Cabecinha (Riba - MAC) e Alberto (Bimbinha).
Moto Club: Marcelino; Beto (Armando), Paulinho, Irineu e Luiz Carlos Jorge, Adeilton (Beato), Edesio, Vicentinho, Libanio (Antonio Carlos) e Gabriel.
Sampaio Corrêa 1x2 Londrina/PR - Campeonato Brasileiro 1980
O Sampaio Correa deu adeus a briga pela vaga nas semifinais da Taça de Prata ao ser derrotado n noite do dia 14 de abril de 1980 pela equipe do Londrina no Estádio Municipal pelo placar de 2 tentos a 1.
O time boliviano muito mexido e apresentando falhas em todos os seus setores, além de uma falta de preparo físico incrível, não podia alcançar mesmo outro resultado, acabando por ser justo o triunfo dos paranaenses.
Na verdade, o Sampaio rebolou, a começar do seu técnico José Storino, perdendo a humildade que vinha mantendo desde o início da competição, provando que não estava preparado para o sucesso alcançado na primeira fase.
O Londrina abafou o Sampaio o tempo todo, quando esperava-se exatamente o contrário, pela necessidade da equipe maranhense de conseguir a vitória.
Para os paranaenses até o empate já seria um grande resultado, pelo fato de jogar fora de casa e a vitória, então, foi um presente que lhe caiu do céu.
A equipe do Mais Querido demonstrou falta de preparo físico a começar dos 15 minutos da etapa final, quando todos os seus jogadores praticamente pararam dentro de campo, dando chances a que o Londrina dominasse mais ainda a peleja.
Para que todos tenham uma idéia real da falta de preparo físico do Sampaio, o jogador Emilio, que entrou na segunda etapa em lugar de Glênio, com cinco minutos de participação na partida não aguentava mais dar um passo na cancha.
O tricolor maranhense entrou em campo rebolando com uma formação bastante modificada no sistema de defesa, mas sem invenções do meio de campo para a frente.
O Londrina foi senhor das ações desde o início da partida e não fora a extraordinária atuação do jovem goleiro Alexandre, logo nos 15 minutos iniciais já era para o quadro paranaense estar vencendo de 3 a 0, pelas defesas milagrosas que o garoto praticou.
Mesmo jogando mal, o Sampaio ainda saiu na frente do marcador, chegando a fazer 1 á 0 numa jogada isolada de Zé Ivan, que lançado pela ponta direita atirou cruzado e a bola batendo na não do zagueiro Gilberto desviou para o fundo da rede aos 40 minutos da primeira fase. O juiz mandou colocar na súmula como de autoria do atacante boliviano.
A torcida do Sampaio mal terminava de comemorar a abertura do placar e o zagueiro Jorge Travolta deu de graça para o centro avante Paulinho empatar a contenda. O lance era todo do zagueiro, que rebolou, quis fazer a domingada e mais uma vez entrou pelo cano, já não sendo novidade presentear os adversários com lances dessa natureza. Paulinho livre e cara a cara com Alexandre empatou aos 41 minutos.
Na etapa complementar, quando todos esperavam que o Sampaio voltasse mais disposto, aconteceu o inverso e o Londrina voltou melhor e com mais disposição ainda do que na primeira fase.
Por volta de 10 minutos, o treinador do Sampaio tirou Glênio, que se não fazia boa partida ofensivamente, pelo menos não deixava o zagueiro Claudinho avançar, colocando Flávio no seu lugar. Com a substituição, a coisa piorou sensivelmente para o quadro local e Emilio com menos de 10 minutos em campo já estava morto de cansado e só não pediu para sair porque deve ter ficado envergonhado e o lateral direito do Londrina deitou e rolou, passando a ser mais um atacante do seu time, chegando inclusive a chutar bolas perigosas contra o arco de Alexandre.
O treinador Jair Bala, do Londrina, bastante inteligente, vendo que o Sampaio não estava com nada, meteu mais dois atacantes no seu time e aí liquidou a fatura: Livio e Everton entraram e deram mais agressividade ao quadro visitante. O preparador sampaino tentou responder, colocando Fernando em lugar de Riba, que não vinha bem na ponta direita, por ter pregado, como de resto todo o time e a coisa não funcionou, porque Zé Ivan não chegava mais nem mesmo na linha intermediaria, chegando a bater até falta na sua própria linha de zaga sem condição de ir ao ataque.
Era inevitável que o gol da vitória do Londrina saisse e aconteceu aos 35 minutos, quando Claudinho fez um lançamento longo para o jogador Zé Roberto, com Rosclin todavia chegando primeiro e na tentativa de atrasar para o goleiro Alexandre deu de presente para o atacante do Paraná chutar violento antes que o arqueiro pudesse fazer alguma coisa. Assim Rosclin empatou com Jorge Travolta e o Sampaio perdeu a chance de continuar brigando pela classificação.
Por volta de 10 minutos, o treinador do Sampaio tirou Glênio, que se não fazia boa partida ofensivamente, pelo menos não deixava o zagueiro Claudinho avançar, colocando Flávio no seu lugar. Com a substituição, a coisa piorou sensivelmente para o quadro local e Emilio com menos de 10 minutos em campo já estava morto de cansado e só não pediu para sair porque deve ter ficado envergonhado e o lateral direito do Londrina deitou e rolou, passando a ser mais um atacante do seu time, chegando inclusive a chutar bolas perigosas contra o arco de Alexandre.
O treinador Jair Bala, do Londrina, bastante inteligente, vendo que o Sampaio não estava com nada, meteu mais dois atacantes no seu time e aí liquidou a fatura: Livio e Everton entraram e deram mais agressividade ao quadro visitante.
O preparador sampaino tentou responder, colocando Fernando em lugar de Riba, que não vinha bem na ponta direita, por ter pregado, como de resto todo o time e a coisa não funcionou, porque Zé Ivan não chegava mais nem mesmo na linha intermediaria, chegando a bater até falta na sua própria linha de zaga sem condição de ir ao ataque.
Era inevitável que o gol da vitória do Londrina saísse e aconteceu aos 35 minutos, quando Claudinho fez um lançamento longo para o jogador Zé Roberto, com Rosclin todavia chegando primeiro e na tentativa de atrasar para o goleiro Alexandre deu de presente para o atacante do Paraná chutar violento antes que o arqueiro pudesse fazer alguma coisa. Assim Rosclin empatou com Jorge Travolta e o Sampaio perdeu a chance de continuar brigando pela classificação.
Boa a arbitragem do paraense Manoel Francisco de Oliveira, tendo cometido apenas um erro que quase custa um gol para o Londrina, quando no primeiro tempo não marcou um impedimento clamoroso do centro avante Paulinho que vinha voltando. Os bandeirinhas foram Antonio Macedo e Dagoberto Santos, também da Federação do Pará.
A renda da peleja somou a quantia de Cr$ 380.520, para 7.303 espectadores.
O Londrina jogou e venceu com Jorge; Claudinho, Fernando, Gilberto e Zé Antonio; Wanderley, Zé Roberto e Ademar (Everton); Zé Dias, Paulinho (Livio) e Jacir.
O Sampaio perdeu com Alexandre; Tereso, Cabreira, Jorge Travolta e Ferreira; Rosclin, Zé Ivan e Marcelo; Riba (Fernando), Cabecinha e Glênio (Emilio).
Os destaques da partida, pelo time do Londrina, foram o meio campista Wanderley, pela sua experiência, arrumando toda a casa, Claudinho, excelente lateral direito e Jacir, com boa atuação. No Sampaio, o melhor do time foi o goleiro Alexandre, com uma atuação sensacional, vindo mais atrás Tereso, com outra boa partida e Zé Ivan, que enquanto tem fôlego leva o time para frente, sendo que o restante não merece citação, notadamente pelo fato de ter rebolado e facilitado o trabalho adversário.
Moto Club 2x1 Tuna Luso/PA - Campeonato Brasileiro Série B 1994
O Moto Club conseguiu uma vitória importante de 2 a 1 sobre a Tuna Luso, na tarde-noite do dia 18 de setembro de 1994, no Estádio Castelão, pulando de quinto para segundo lugar no grupo A do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão e ficando à um passo de conquistar a almejada classificação.
O jogo foi muito difícil por- que a Tuna Luso, que tinha ganho de 1 a 0 do Fortaleza, em Fortaleza, no meio de semana, veio a São Luís para buscar um outro resultado positivo utilizando a mesma retranca que lhe deu os dois pontos na capital cearense. O quadro paraense jogou retrancado com apenas um atacante, na expectativa de surpreender no contra-ataque.
O Moto, por causa da forte marcação defensiva da Tuna, teve que se contentar com um empate de zero a zero, no primeiro tempo, pois suas tentativas ofensivas esbarraram sempre no grande número de jogadores que os marajoaras concentraram na sua própria área.
O Papão dominou inteiramente as ações, desde o começo da partida, mas, no primeiro tempo, insistiu muito em repetir as jogadas pelas pontas, para o que a Tuna já estava preparada, tanto que neutralizou todas as investidas motenses.
No segundo tempo, entre- tanto, o Moto voltou com duas importantes alterações: Meinha colocou em campos Marcos no lugar de Palhinha e Edinho no posto de Edgar. As mexidas deram certo, porque o time rubro-negro ficou mais leve em campo e com outras jogadas, que a Tuna não esperava. As variações ofensivas com os ataques puxados por Zé Filho, sempre em grande velocidade, surpreenderam os paraenses.
Foi graças ao crescimento de produção de Zé Filho, que passou a puxar os contra-ataques, pelo meio, partindo de trás com a bola dominada, foi que o Papão conseguiu furar o bloqueio tunante.
O primeiro gol motense foi marcado aos 12 minutos. Zé Filho puxou um rápido ataque pela ponta direita. Tabelou rápido com Ismael e recebeu na frente. Antes da bola sair pela linha de fundo Zé Filho fez o cruzamento na medida para Marcos, no primeiro pau, entrar entre os beques e cabecear para o fundo do barbante, sem apelação para o goleiro Altemir e para os zagueiros.
Ao sofrer o gol, como já era esperado, a Tuna se abriu. O time paraense, que estava todo na defesa, saiu para o ataque e aí Zé Filho deixou e rolou passando a se constituir no grande nome da partida.
Zé Filho desequilibrou e o Moto só não chegou à uma goleada porque os seus atacantes desperdiçaram chances incríveis, como numa bola que o meia serviu ao centroavante Luís Carlos Peão, que na cara do gol, chutou para fora, com a perna esquerda.
Com a Tuna buscando o ataque, o Moto chegou à marcação do segundo gol aos 37 minutos. Foi, novamente, numa jogada de Zé Filho. Edinho roubou a bola no meio-de-campo e passou a Zé Filho, que, rápido, se livrou da marcação e fez um lançamento preciso para Ismael, que se infiltrou entre os beques. Ismael driblou o goleiro e chutou com o arco vazio para o fundo do barbante levando a torcida motense ao delírio.
O jogo ficou fácil para o Papão, que, entretanto, se descuidou da defesa permitindo a Tuna chegar com perigo ao último reduto guarnecido por Jorge Pinheiro.
Foi numa dessas avançadas do Moto, já no final, aos 45 minutos, que a Tuna fez seu gol de honra. A defesa ficou o mano a mano com os atacantes. A tabela foi feita e a bola sobrou para Cassinho chutar violento, no canto baixo direito de Jorge Pinheiro, para fazer 2 a 1.
Depois disso, não houve tempo para mais nada. A partida acabou longo em seguida com a vitória importante do representante maranhense.
Enquanto o jogo estava de zero a zero, o árbitro piauiense Emílio Porto apitou o jogo sem maiores problemas. Quando o Moto fez 1 a 0, o juiz passou a distribuir cartões amarelos aos jogadores do Papão e marcar faltas nas proximidades da área time maranhense, numa impressão de que estava quer do ajudar os visitantes.
A arrecadação do jogo somou a quantia de R$ 4,901,00 para 3.945 pagantes. A renda muito prejudicada pela confusão que se formou com respeito ao local do jogo. Muita gente foi pro Nhozinho Santos, quando o jogo aconteceu no Castelão.
FICHA DO JOGO
Moto Club 2x1 Tuna Luso/PA
Local: Estádio Castelão
Renda: R$ 4,901,00
Público: 3.945 pagantes
Juiz: Emílio Porto/PI
Bandeirinhas: José Antônio da Costa/PI e Ianaque Alencar
Gols: Marcos aos 13, Ismael aos 38 e Cassinho aos 46 minutos do segundo tempo
Moto Club: Jorge Pinheiro; Araujo, Edson Barros, Luís Paulo e Maguila; Hélio, Edgar (Marcos) e Zé Filho; Ismael, Luís Carlos Peão e Palhinha (Edinho). Técnico: Edmilson Gomes "Meinha"
Tuna Luso/PA: Altemir; Paulinho, Juninho, Sérgio e Manoel; Alves, Ondino e Jobson; Amaury (Lino Marques), Cassinho e Toninho (João Lima). Técnico: Nélio Pereira
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
Sampaio Corrêa 1x2 Maranhão - Taça Cidade de São Luís 1970
Sagrou-se o Maranhão bicampeão da Taça Cidade de São Luís, ao derrotar domingo à noite, dia 22 de março e 1970, o quadro do Sampaio, pelo marcador ando terreno de 2 a 1, jogando sob um encharcado e que não tinha condições de um bom jogo, havendo mais foi afobação dos nossos dirigentes, que ainda precisam aprender a fazer futebol.
Face às chuvas caídas, o jogo foi adiado da tarde, sendo marcado para ontem à noite. Depois que quase todo mundo deixou Municipal, os dirigentes dos dois clubes, voltaram atrás da decisão tomada e resolveram programar a partida para o horário noturno, indo secar o grama do, e mesmo com isto, as condições eram as piores possíveis para realização de um bom jogo.
O Maranhão, mais a acostumado a jogar em terreno molhado, marcou dois gols no primeiro tempo, e teve um anulado que a nos 50 ver não houve impedimento, e sim erro de José Salgado em chamar a atenção do juiz para apontar a posição ilegal de Antônio Carlos.
A equipe atleticana. jogou muito melhor mereceu triunfo, pois enquanto o Sampaio queria o jogo miudinho e de passes medidos, o Maranhão atirava a bola em profundidade, aproveitando o estado do gramado e com isto criou situações, para os cruzamentos, nascendo daí, os dois gols que lhe garantiram a vitória.
Aos quatorze minutos, Hamilton aproveitando.se da pelota ter parado na poça d’água, bateu a Jacir que saiu da meta e com a mesma escancarada, inaugurou o marcador.
Aos quarenta e quatro minutos, Antônio Carlos da direita chutou contra a meta de Jacir. Osvaldo tentou desviar, sendo infeliz e deslocando completamente o guardião boliviano.
Na fase final, aos quarenta minutos, de- pois de uma confusão à porta do gol de Brito, a bola parou na poça d'água aproveitando se Ivanildo para anotar o único tento do Sampaio.
FICHA DO JOGO
Sampaio Corrêa 1x2 Maranhão
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: não divulgado
Juiz: Lercílio Estrela
Bandeirinhas: Wilson de Moraes Wamlume e José Salgado
Gols: Hamilton aos 14 e Antônio Carlos aos 44 minutos do primeiro tempo; Ivanildo aos 40 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Jaci; Célio Rodrigues, Serjão, Osvaldo e Valença; Adalberto e Roberto (Bosco); Zé Carlos (Ivanildo), Celio Costa, Djalma e Raimundinho. Técnico: Ivo Hoffman
Maranhão: Brito; Baezinho, Luís Carlos, Sansão e Elias; Iomar e Almir; Eusébio, Antonio Carlos, Hamilton (Riba) e Dario. Técnico: Marçal Tolentino Serra
Sampaio Corrêa 1x6 Maranhão - Campeonato Maranhense 1994
Nem o mais otimista dos torcedores maqueanos poderia esperar a goleada de 6 a 1 sobre o Sampaio Corrêa, que o MAC impôs ao time boliviano, na tarde do dia 08 de dezembro de 1994 no Estádio Castelão, acabando com a esperança dos tricolores de chegarem à decisão do título do campeonato maranhense deste ano contra o próprio "Glorioso".
Motivado pelas estreias do técnico Luciano Sabino e do zagueiro Lúcio Surubim e também pelos retornos de Marco e César, o Maranhão humilhou o Sampaio. No primeiro tempo, o Bode Gregório virou vencendo de 2 a 1, de virada. O Sampaio saiu na frente fazendo 1 a Q aos 7 minutos, através de Valdo. O Maranhão empatou aos 25 minutos por intermédio de Paulo César, contra, numa falta cobrada por Lúcio Surubim. Álvaro fez 2 a 1, aos 39 minutos.
Na fase final, o Sampaio ensaiou uma reação, mas o Maranhão deslanchou a goleada. Aos 23 minutos Chita fez 3 a 1, Magu aumentou para 4 a 1 aos 35 minutos, Reginaldo ampliou para 5 a 1 aos 39 minutos e Léo a história goleada aos 40 minutos.
O jogo entre Maranhão e Sampaio foi assistido apenas por 584 pagantes que proporcionaram uma renda de R$ 1.299,00. Foi um dos mais fracos públicos nos clássicos do desmotivado campeonato maranhense, o que deixou os dirigentes, sobretudo do Maranhão, chateados.
FICHA DO JOGO
Sampaio Corrêa 1x6 Maranhão
Local: Estádio Castelão
Renda: R$ 1.299,00
Público: 584 pagantes
Juiz: Marcelo Filho
Bandeirinhas: José Ribamar Melônio e Simas Junior
Gols: Valdo aos 8, Paulo César (contra) aos 25 e Álvaro aos 39 minutos do primeiro tempo; Chita aos 34, Magú aos 36, Reginaldo aos 38 e Léo aos 41 minutos do segundo tempo
Cartão vermelho: Raigner
Sampaio Corrêa: Ronilson; Roy, (Toninho), Raigner, Paulo César e Filho; Sílvio, Evandro e Baíca; Mael, Valdo e Piti (Garrote). Técnico: Erandir Montenegro
Maranhão: Raimundão; Marcos, Lúcio Surubim, Oliveira Lima e Reginaldo; Marlon, César e Jackson; Léo, Zé Roberto (Chita) e Álvaro (Magú). Técnico: Luciano Sabino
Fortaleza/CE 3x2 Moto Club - Campeonato Brasileiro 1994
Levando três gols de bola parada, o Moto Clube foi derrotado por 3 a 2 pelo Fortaleza, na tarde-noite do a 11 de setembro de 1994, em Fortaleza, no Estádio Presidente Vargas, resultado que lhe deixou numa situação delicada dentro do Grupo A do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão.
O representante maranhense, mesmo jogando com um meio de campo improvisado, em função da suspensão do volante Hélio, que fez muita falta, até que aguentou bem a pressão do Fortaleza no primeiro tempo, que terminou com o empate de 1 a 1.
O Moto deu um susto no Fortaleza ao sair na frente do marcador. Marcos, numa jogada de Araújo, pela direita, aos 6 minutos de jogo fez 1 a 0, quando a pressão do tricolor cearense era muito grande.
O gol fez o Moto respirar um pouco e passar a tocar melhor a bola, mas aí aconteceu uma falta, na ponta direita, que Arturzinho cobrou na marca do pênalti para Edmar, aos 10 minutos, golpear de cabeça, na frente dos três zagueiros da área do Papão e empatar o jogo.
O Moto, no primeiro tempo, ainda teve uma grande oportunidade para passar à frente do placar, com Marcos, que errou o Chute, numa jogada parecida
com a do primeiro gol rubro-negro. O Fortaleza, por sua vez, diminuiu seu ritmo, embora tenha dominado boa parte da fase inicial.
No segundo tempo, o Moto voltou com Mauro no lugar de Ari, numa tentativa do treinador Meinha de corrigir o problema do meio de campo. A saída de bola, da defesa para o ataque melhorou, mas a marcação da zaga ficou falha, pois a tarefa do combate ficou apenas com Edgar.
Trabalhando melhor a bola, o Moto se mandou para o ataque no começo do segundo tempo. Criou várias jogadas, uma que quase redunda em gol, inclusive, com Ismael chegando tarde para completar um cruzamento de Zé Filho.
Quando o Moto, porém, estava bem melhor no jogo, o Fortaleza desempatou a partida, aos 18 minutos, novamente numa jogada de bola parada. Foi numa falta cobrada por Arturzinho, num cruzamento parecido com o do seu primeiro gol. A bola, cruzada da direita para a esquerda, encontrou Edmar livre para cabecear para o fundo do barbante do goleiro Jorge Pinheiro, que nada pode fazer.
O gol do Fortaleza desnorteou o Moto. O time maranhense sentiu o impacto do segundo gol cearense e o tricolor cresceu dentro de campo empurrado pela sua torcida.
Na base do desespero, o Moto partiu para cima e num contra- ataque Edmar escapou pela esquerda ficando no mano a mano com Edson Barros, que, ao ser driblado, foi obrigado a fazer a penalidade máxima. O Moto reclamou, mas o pênalti existiu. O encarregado da cobrança foi o veterano Mirandinha, que chutou forte e rasteiro no canto baixo direito do goleiro Jorge Pinheiro fazendo 3 a 1 para o Fortaleza.
O treinador Meinha sentindo que era preciso fazer alguma coisa promoveu a segunda alteração. Tirou Palhinha e colocou Edinho. O Moto cresceu de produção e passou a levar perigo contra o último reduto cearense.
O Papão chegou ao segundo gol aos 35 minutos, outra vez com Marcos. A jogada foi de Zé Filho, que cruzou da ponta direita, Marcos, na frente de Flávio só teve o trabalho de mandar a bola para o fundo do barbante.
O Moto ainda tentou o gol de empate, mas o Fortaleza se fechou na defesa e passou a fazer cara. O árbitro piauiense Francisco Nilton dos Santos terminou a partida faltando um minuto para acabar o tempo, o que gerou protesto dos motenses.
FICHA DO JOGO
Fortaleza/CE 3x2 Moto Club
Local: Estádio Presidente Vargas (Fortaleza/CE)
Renda: R$ 13.793,00
Público: 4.272 pagantes
Juiz: Francisco Nilton dos Santos/PI
Bandeirinhas: Edmilson Timóteo/PI e Antônio Launde/CE
Gols: Marcos aos 6 e Edmar aos 10 minutos do primeiro tempo; Edmar aos 18, Arthurzinho aos 27 e Marcos aos 35 minutos do segundo tempo
Fortaleza/CE: Flávio; Expedito, Fernando, Cláudio e João Marcelo; Airton Fraga, Edmar e Arthurzinho; Celso Luís, Cláudio José (Ademilton) e Osmar (Sérgio). Técnico: Gil Alves
Moto Club: Jorge Pinheiro; Araújo, Edson Barros, Luís Paulo e Maguila. Ari (Mauro), Edgar, Zé Filho e Palhinha (Edinho); Ismael e Marcos. Técnico: Edmilson Gomes "Meinha"
Moto Club 2x1 Central/PE - Campeonato Brasileiro 1994
Com a vitória de 2 a 1 sobre o Central-PE, no sábado, 28 de agosto de 1994, o Moto melhorou bastante sua situação no grupo A do campeonato brasileiro da segunda divisão, voltando a ter reais chances de classificação, em que pese o Ceará ter goleado o Fortaleza por 5 a 1, em Fortaleza, e tomado a segunda posição do representante maranhense, pelo saldo de gol.
Além do triunfo sobre o Central, o resultado de 1 a 0 do América-RN sobre a Tuna Luso, em Belém, também sábado, beneficiou o Moto, pois o quadro paraense permanece com apenas três pontos, mesmo número de pontos do Fortaleza. Pelo rumo dos acontecimentos, Moto, Ceará e Central vão brigar pela segunda posição do grupo, enquanto que Fortaleza e Tuno Luso, se não melhorarem, ficarão nos dois últimos lugares.
O Moto teve dificuldades para ganhar o Central, pois o time voltou a jogar mal no primeiro tempo da partida de sábado, no Castelão. O Papão perdeu até pênalti , com Luís Carlos Peão cobrando na trave, o que fez com o rubro-negro virasse perdendo de 1 a 0 preocupando sua torcida, que vaiou os jogadores no intervalo de jogo.
Na fase final, jogando com muita raça, o Moto virou o jogo e garantiu a importante vitória. No primeiro tempo, Júnior de falta fez 1 a 0 para o Central. Araújo, de cabeça, logo aos 3 minutos empatou o jogo no segundo tempo, cabendo a Luís Carlos Peão, aos 11 minutos, fazer o gol da vitória.
FICHA DO JOGO
Moto Club 2x1 Central-PE
Local: Estádio Castelão
Renda: R$ 2.288,00
Público: 1.039 pessoas
Juiz: Elizeu Lima da Silva/PI
Bandeirinhas: Afonso Amorim/PI e Jucelino Miranda
Gols: Júnior aos 20 minutos do primeiro tempo; Araújo aos 4 e Luís Carlos Peão aos 11 minutos do segundo tempo
Cartão vermelho: Marcos
Moto Club: Jorge Pinheiro; Ari, Luís Paulo e Edmilson (Marcos); Hélio, Edgar, Zé Filho e Palhinha (Zé Carlos Carioca); Ismael e Luís Carlos Peão. Técnico: José Dutra dos Santos
Central-PE: Felinho; Wilson, Janduir, Marcos e Afro (Éric); Júnior, Demoque e Damon; Adeildo, Jailson e Marquinhos (Shell). Técnico: Ivan Gradin
Camisa da Associação Esportiva Caxiense (década de 1980)
Foto da camisa da Caxiense. Segundo a fonte, essa uniforme foi utilizado pelo clube na década de 1980. A saber: em 1959, a Associação Esportiva Caxiense disputou pela primeira vez a edição do Campeonato Maranhense de futebol profissional, terminando em oitavo lugar naquele ano, a frente apelas do Botafogo do Anil. Em 1979, a equipe disputou novamente o Estadual, ficando mais uma vez na penúltima colocação (sétimo lugar), como Vitória do Mar na lanterna naquele ano. Pela década de 1980, a Caxiense, ainda denominada de Associação Esportiva Caxiense, disputou apenas uma edição do campeonato, em 1988, fazendo uma excelente campanha (ficou em quarto lugar, atrás apenas do Moto, campeão, do Maranhão, vice, e do Sampaio Corrêa, terceiro colocado).
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Maranhão 1x1 River/PI - Torneio Maranhão/Piauí 1980
Mais uma medíocre apresentação do Maranhão Atlético Clube na tarde do dia 27 de abril de 1980, quando não foi além do empate de um gol frente ao time do River de Teresina, em prélio que valeu pelo Torneio Maranhão/Piauí em cumprimento de sua terceira rodada.
A esquadra maqueana mesmo apresentando a sua torcida o jogador Oliveira Piauí recentemente contratado por empréstimo não se encontrou em campo, sendo totalmente dominado durante todo o tempo de jogo pelo quadro visitante, que teve outra vez em Sima o seu ponto alto no meio de campo. No primeiro tempo de jogo, o time piauiense abriu a contagem aos dezesseis minutos numa falha clamorosa de todo o sistema defensivo atleticano, que deixou o jogador Sima de frente com o goleiro Veludo para chutar sem dar a menor chance de defesa para o arqueiro maqueano. A esta altura dos acontecimentos, o time local já estava totalmente perdido em campo, com o seu meio de campo perdendo visivelmente o duelo para o time riverino, não se encontrando de forma alguma River cresceu de produção, tendo outras oportunidades de gols que foram desperdiçadas por seus homens de frente. Enquanto que a cada minuto que se passava o MAC se perdia muito mais em campo, sem nenhuma definição técnica e tática, o que melhorava ainda mais para o time riverino.
Com o resultado favorável aos piauienses terminou a etapa inicial do encontro, com os jogadores atleticanos sendo vaiados pela própria torcida, que desconfiada preferiu não comparecer em massa ao Nhozinho Santos. No tempo final, o Maranhão que já teria entrado em campo com erros graves, o seu treinador resolveu ampliá-los e tirou de campo os jogadores de meio de campo Emerson e Ezio, fazendo entrar Tataco e Alcino, para as mesmas posições, mantendo Naldo deslocado para a ponta esquerda. O Maranhão mesmo com Tataco dando maior consistência naquele setor do campo, continuou a jogar mal, e dai pra frente preferiu partir para o desespero, o que também não resolveu nada. O atacante Oliveira Piauí continuava só na frente lutando com todo sistema defensivo do River que sempre leva a melhor.
O treinador José Santos não satisfeito com o péssimo rendimento da equipe resolveu fazer outra alteração, tirando de campo o ponta direita, lançando mais um comandante e ataque, ficando a linha de frente com quatro jogadores de uma só posição, o que dificultava ainda mais o trabalho maqueano. Enquanto isso, o time do River procurou tocar a bola e matar o MAC na base do toque leve. A superioridade do River era tamanha, que o lateral direito Carioca, além de defender, armava e ata- cava ao mesmo tempo.
Foi na base do sufoco que o Maranhão conseguiu chegar ao gol que lhe deu o pálido empate, e isto só conseguiu no finalzinho do espetáculo aos 4 minutos quando Riba, sempre Riba, ganhou dos altos zagueiros riverinos e de cabeça acertou o gol na cobrança de um escanteio através de Antônio Carlos, pelo lado esquerdo.
Depois deste gol, nada mais restava ao Maranhão, a não ser se confirmar com a superioridade do River. Também não adiantava mais nenhuma reação, uma vez que o gol surgiu exatamente no apagar das luzes. O juiz do espetáculo não tinha outra alternativa, a não ser dar por encerrado o jogo.
FICHA DO JOGO
Maranhão 1x1 River/PI
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 140.950,00
Público: 2.732 pagantes
Juiz: Artur Brás/PI
Bandeirinhas: Sérgio Faray e Francisco Sousa
Gols: Sima aos 16 minutos do primeiro tempo; Riba aos 44 minutos do segundo tempo
Maranhão: Veludo; Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antonio Carlos; Emerson (Tataco) e Ézio (Alcino); Walter (Tica), Riba, Oliveira Piauí e Naldo. Técnico: José Santos
River/PI: Duílio; Carioca, Ari, Caucaia (Paulo César) e Bitonho; Meinha e Sima; Edmar, Ubirani, Edilson e Victor. Técnico: não informado
Sampaio Corrêa 4x2 Moto Club - Campeonato Maranhense 1994
O que ninguém esperava aconteceu: o Sampaio, três dias depois de ter sido humilhado pelo Maranhão na histórica derrota de 6 a 1, conseguiu uma ampla e total reabilitação goleando o Moto por 4 a 2, conquistando, com o resultado, o titulo de campeão do segundo turno do Campeonato Maranhense.
Foi na tarde do dia 11 de dezembro de 1994, no Estádio Castelão, diante de uma plateia de apenas 634 pagantes. Ninguém, nem mesmo o mais otimista dos bolivianos, acreditava que o verdadeiro milagre fosse acontecer. O Sampaio precisava vencer com diferença de dois gols e acabou vencendo, num clássico emocionante.
O Moto, que era favorito absoluto, por ser considerado o melhor time do campeonato, voltou a decepcionar inteiramente a sua torcida num jogo decisivo. Perdeu de 4 a 2, por coincidência, o mesmo placar da derrota para o Maranhão que lhe valeu a perda do primeiro turno.
O Sampaio fez uma mudança radical, logo após a vexatória goleada de quinta-feira passada para o Maranhão, por 6 a 1. O treinador Erandy Montenegro pediu para ir embora e foi atendido, praticamente em cima do jogo decisivo contra o Moto. O supervisor Izoni assumiu o comando do time e mudou a escalação numa forma de sacudir o grupo. A escalação que entrou em campo deu certo, tanto que no primeiro tempo, o Sam- paio, ontem, fez 2 a 0, jogando uma partida superior ao seu terrível adversário.
Os gols do primeiro tempo foram marcados por Baica, aos 25 minutos, e Mael, aos 40 minutos. O tricolor conseguia, assim, mostrar em campo que era difícil, mas não impossível vencer com dois gols de diferença.
Na fase complementar, o Moto voltou mudado e deu impressão de que ia arrasar o tricolor para impor, enfim, sua melhor categoria. O Papão diminuiu para 2 a 1, logo aos 2 minutos de jogo, através de Essinho, de cabeça.
O Moto retomou as rédeas da partida e chegou ao empate de 2 a 2. aos 7 minutos, novamente com Essinho fazendo um gol importante numa jogada de Zé Filho.
Mais uma vez, o supervisor Izoni Carvalho sentiu a necessidade de mexer no time. O preparador usou, tirou um zagueiro e colocou mais um atacante, ou melhor, tirou dois zagueiros e colocou dois atacantes.
Como 2 a 2 desclassificava o Sampaio, o time boliviano foi à luta e na base de muita raça, contando com a incrível passividade do Moto, chegou à marcação dos dois gols que lhe asseguraram a emocionante vitória.
O Sampaio fez 3 a 2 por intermédio de Garrote, numa falha de Luis Paulo. Jorge Pinheiro defendeu um chute de Ica e Garrote, de cabeça, sem nenhuma cobertura do quarto beque, mandou para o fundo do barbante.
O Moto caiu de produção, de novo. Faltando apenas cinco minutos para acabar o jogo, Mael fez 4 a 2, decretando a derrota e a desclassificação do Moto.
FICHA DO JOGO
Sampaio Corrêa 4x2 Moto Club
Local: Estádio Castelão
Renda: R$ 1.393,00
Público: 634 pagantes
Juiz: Antônio Araújo Ribeiro
Bandeirinhas: Verandy Fontes e José Ribamar Melônio
Gols: Baíca aos 25 e Mael aos 40 minutos do primeiro tempo; Essinho aos 2 10, Garrote aos 31 e Mael aos 44 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Ronilson; Roy, Paulo César, Nilson (Vado) Magno (Piti); Evandro, Baíca e Ika; Mael, Garrote e Filho. Técnico: Izone Carvalho
Moto Club: Jorge Pinheiro; Edmilson (Marcos), Magé, Luís Paulo e Maguila; Nagib (Hélio), Hélio (Palhinha) e Zé Filho; Essinho, Marcos (Luís Carlos Peão) e Ricardinho. Técnico: Meinha