Matéria do Globo Esporte
A estreia do Sampaio na Série B do Campeonato Brasileiro não foi das melhores, mas também nada que desmotive os torcedores, entre eles, ex-atletas que se tornaram ídolos do clube. Bimbinha jogou durante 20 anos pelo Tricolor e comentou sobre a derrota do seu time do coração.
Na opinião do ex-atacante, o erro maior foi à estratégia durante a semana de preparação. Treinar muito no Castelão não seria o ideal.
- O Sampaio treinou três vezes no Castelão e não pode. Ainda mais para jogar na mesma semana. No Castelão, um treino já é um jogo. Não é fácil. Eu vivi 20 anos no Sampaio e jogando no Castelão. Falava com o preparador físico e dizia, não vou treinar, pois já estava me guardando para o jogo e eu vi que os jogadores (na derrota para o Paraná) estavam ‘travados’ – declarou Bimbinha.
O comentário na Mirante AM, na tarde deste sábado, que recebeu além de Bimbinha, Cabecinha e Fernando Misterioso. Os três formaram o ataque do time de 1974 a 1988. Mas Bimbinha jogou mais tempo pelo time, ao todo foram 20 anos.
Além de lembrar de detalhes curiosos da época que jogaram pelo time, falaram também do momento pelo qual passa o Sampaio.
- Vou fazer uma cobrança pra torcida. Ela tem que jogar ‘pilha’, como faziam com a gente quando estávamos jogando mal, pra que o time desse a volta por cima em campo. Só que eu vi a torcida de braços cruzados. A torcida estava fria. Mas apenas a primeira batalha. Os jogadores tem que ter paciência, pois está só começando. O Sampaio vai chegar lá – concluiu Bimbinha.
Dos três, Cabecinha é o único que não mora em São Luís. Vive no Pará com a família. A derrota do Sampaio não agradou, mas a tristeza não tomou conta de Cabecinha, pois voltou a viver momentos de glória ao ser assediado pelos torcedores do Sampaio.
- Estou muito feliz. Desde quinta-feira aqui e mais feliz fiquei agora (com o reencontro de amigos no estúdio). No Castelão, em parte pra mim foi bom, pois não imaginava que ia ter tanto carinho por parte da torcida. Só não foi melhor pelo time ter perdido – comentou Cabecinha.
De poucas palavras, Fernando Misterioso, ficou emocionado ao reencontrar Cabecinha. Ele o chamava de ‘Pai Cabeça’ quando jogavam e há 32 anos não o via.
- Sinto muita felicidade agora, pois sempre pensei em reencontrar meu amigo, que o chamava de Pai Cabeça. Sempre perguntava as coisas.
Fernando explicou também de quem ganhou o apelido de Misterioso.
- Quem me colocou o apelido foi Juracy Vieira (radialista falecido em 2012) quando eu estava no Paysandu. Naquele tempo a gente assinava o contrato e passava três meses para poder jogar profissionalmente, era o chamado contrato de ‘gaveta’. Aí eu passava uma semana aqui, treinando no Sampaio, e quando tinha amistoso eu participava, mas na segunda-feira eu ia embora pra Belém. Aí, ele falou: ‘é muito misterioso. Quando a gente pensa que tá em São Luís, ele já tá em Belém’.
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