Belo registro da Rádio Timbira, o "primeiro time de esporte no rádio". A foto conta do Jornal O Imparcial, de Fevereiro de 1972. Abaixo, deixo um texto do jornalista Oliveira Ramos, do Jornal Pequeno, sobre a Timbira.
Nós, o Esporte e a Rádio Timbira
A Rádio Timbira é uma emissora radiofônica de São Luís, capital do Estado do Maranhão e foi à primeira rádio maranhense. Atualmente a emissora pertence ao governo do Maranhão e a Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão, sendo proibido qualquer favorecimento político ou partidário. Portanto, é uma rádio oficial do Maranhão. Foi fundada no governo Getúlio Vargas e surgiu a partir de solicitações do interventor Paulo Martins de Sousa Ramos. Com o apoio das autoridades federais, foi concedido para a rádio oficial o prefixo PRJ–9, que ocupou a onda média (amplitude modulada), sendo sintonizada através de 1940 quilohertz.
Para a montagem da rádio, a Philips, empresa especializada no ramo, enviou ao São Luis o técnico mato-grossense Édson Braune de Araújo, cuja importância foi vital para a sobrevivência do rádio maranhense. Inaugurada solenemente no dia 15 de agosto de 1941, a PRJ-9 entrou no ar às 21h00 com o pronunciamento do interventor Paulo Ramos, que foi ouvido em mais de 60 municípios do Estado. Por meio da rádio pioneira, o Maranhão passou a compor a maior cadeia de comunicação da época no Brasil, os Diários Associados, comandado por Assis Chateaubriand. A partir daí, a PRJ-9 passou a ser chamada de Rádio Timbira, devido aos povos indígenas que habitavam o país. A rádio Timbira passou por momentos memoráveis, com um elenco impecável, uma estrutura com vários departamentos para atender as necessidades dos ouvintes e com grandes locutores, vivendo períodos de altos e baixos em sua trajetória. Trabalhamos alguns meses na Rádio Timbira, “A voz do Maranhão”. Ali, sob o comando do genial Ruy Dourado e Fernando Leite, redigimos um noticioso de trinta minutos, apresentado pelos não menos geniais Itaporan Bezerra, Lauro Leite, Carlos Henrique, Nonato Alves, Jairo Rodrigues e Alberto Farias, este último uma das mais belas vozes do Maranhão em todos os tempos.
Hoje, poucos sabem da nossa estreita ligação com o rádio AM, mas essa ligação sempre foi muito forte. Iniciada ainda em Fortaleza, quando, na Ceará Rádio Clube (antiga PRE-9), emissora dos Diários Associados, auxiliávamos nos estúdios e nos textos dos vários programas, o emergente Oliveira Ramos (Francisco de Oliveira Ramos). Depois, no Rio de Janeiro, fizemos estágio curricular na Rádio Imprensa, na época instalada na Rua Felipe Camarão, próxima – muito próxima – do estádio Mário Filho. Alguns não sabem que, nos cursos de Comunicação Social, onde nos graduamos em Jornalismo, se estudava e produzia textos para publicidade, rádio, televisão e jornalismo impresso (revistas e jornais). Aproveitamos a experiência na Rádio Timbira, onde fomos encontrar grandes profissionais. E, agora, quando essa emissora tão importante comemora 70 anos de fundação, ao recordar nossa rápida passagem pela Rua dos Correios, a primeira lembrança que nos vem é de uma equipe de Esporte que, de tão brilhante e competente, pouca importância tem quem era o “comandante”.
Falar de Esporte era falar de Rádio Timbira. Falar de Rádio Timbira era falar de Walber Ramos Martins (Canarinho), Murilo Costa Ferreira, Zé Pequeno e suas paródias, Jairo Rodrigues, José Carlos de Assis, Magno Figueiredo, tão bom e brilhante quanto Ivan Lima, Doalcei Camargo, Jorge Cury. Falar de Esporte e da Timbira é, ao mesmo tempo falar de Haroldo Herbert Silva e lembrar de suas memoráveis viagens para o México. É falar dos personagens interpretados brilhantemente por Ruy Dourado, como o Xeleléu, “o homem que sabe das coisas”. Mas, nem tudo se resumia ao “cast” da 1.290. Durante esses 70 anos, muitos acertos, mas os erros (administrativos) foram bem maiores, tanto que a emissora, hoje, apesar do esforço do gestor Juracy Filho, está muito distante dos tempos de glória. E, todos que têm alguma noção de rádio sabem que as interferências políticas – quase sempre equivocadas e distantes da preocupação com a competência – acabaram levando “a Voz do Maranhão” a ter como limites o Estreito dos Mosquitos. Os governantes nunca se preocuparam com o “nome”, o “prestígio”, o “alcance estadual e interestadual” e a “importância como meio de difundir a cultura do Estado” da Rádio Timbira que, além de ter sido a primeira rádio AM do Maranhão, também já foi a melhor, a maior e a mais ouvida. Foi superada pela Rádio Educadora, em 1970/71, quando a Voz do Clero foi dirigida pelo falecido Oliveira Ramos. Mas a Rádio Timbira sempre esteve entre as três primeiras em audiência e, por ali passaram os melhores profissionais da radiofonia do Maranhão. Quem, no Esporte, conseguiu até hoje superar Jairo Rodrigues e sua “perspicácia”; Canarinho, e sua narração em cima do lance; ou a inconfundível narração de Luís Magno Figueiredo?
A Rádio Timbira é uma emissora radiofônica de São Luís, capital do Estado do Maranhão e foi à primeira rádio maranhense. Atualmente a emissora pertence ao governo do Maranhão e a Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão, sendo proibido qualquer favorecimento político ou partidário. Portanto, é uma rádio oficial do Maranhão. Foi fundada no governo Getúlio Vargas e surgiu a partir de solicitações do interventor Paulo Martins de Sousa Ramos. Com o apoio das autoridades federais, foi concedido para a rádio oficial o prefixo PRJ–9, que ocupou a onda média (amplitude modulada), sendo sintonizada através de 1940 quilohertz.
Para a montagem da rádio, a Philips, empresa especializada no ramo, enviou ao São Luis o técnico mato-grossense Édson Braune de Araújo, cuja importância foi vital para a sobrevivência do rádio maranhense. Inaugurada solenemente no dia 15 de agosto de 1941, a PRJ-9 entrou no ar às 21h00 com o pronunciamento do interventor Paulo Ramos, que foi ouvido em mais de 60 municípios do Estado. Por meio da rádio pioneira, o Maranhão passou a compor a maior cadeia de comunicação da época no Brasil, os Diários Associados, comandado por Assis Chateaubriand. A partir daí, a PRJ-9 passou a ser chamada de Rádio Timbira, devido aos povos indígenas que habitavam o país. A rádio Timbira passou por momentos memoráveis, com um elenco impecável, uma estrutura com vários departamentos para atender as necessidades dos ouvintes e com grandes locutores, vivendo períodos de altos e baixos em sua trajetória. Trabalhamos alguns meses na Rádio Timbira, “A voz do Maranhão”. Ali, sob o comando do genial Ruy Dourado e Fernando Leite, redigimos um noticioso de trinta minutos, apresentado pelos não menos geniais Itaporan Bezerra, Lauro Leite, Carlos Henrique, Nonato Alves, Jairo Rodrigues e Alberto Farias, este último uma das mais belas vozes do Maranhão em todos os tempos.
Hoje, poucos sabem da nossa estreita ligação com o rádio AM, mas essa ligação sempre foi muito forte. Iniciada ainda em Fortaleza, quando, na Ceará Rádio Clube (antiga PRE-9), emissora dos Diários Associados, auxiliávamos nos estúdios e nos textos dos vários programas, o emergente Oliveira Ramos (Francisco de Oliveira Ramos). Depois, no Rio de Janeiro, fizemos estágio curricular na Rádio Imprensa, na época instalada na Rua Felipe Camarão, próxima – muito próxima – do estádio Mário Filho. Alguns não sabem que, nos cursos de Comunicação Social, onde nos graduamos em Jornalismo, se estudava e produzia textos para publicidade, rádio, televisão e jornalismo impresso (revistas e jornais). Aproveitamos a experiência na Rádio Timbira, onde fomos encontrar grandes profissionais. E, agora, quando essa emissora tão importante comemora 70 anos de fundação, ao recordar nossa rápida passagem pela Rua dos Correios, a primeira lembrança que nos vem é de uma equipe de Esporte que, de tão brilhante e competente, pouca importância tem quem era o “comandante”.
Falar de Esporte era falar de Rádio Timbira. Falar de Rádio Timbira era falar de Walber Ramos Martins (Canarinho), Murilo Costa Ferreira, Zé Pequeno e suas paródias, Jairo Rodrigues, José Carlos de Assis, Magno Figueiredo, tão bom e brilhante quanto Ivan Lima, Doalcei Camargo, Jorge Cury. Falar de Esporte e da Timbira é, ao mesmo tempo falar de Haroldo Herbert Silva e lembrar de suas memoráveis viagens para o México. É falar dos personagens interpretados brilhantemente por Ruy Dourado, como o Xeleléu, “o homem que sabe das coisas”. Mas, nem tudo se resumia ao “cast” da 1.290. Durante esses 70 anos, muitos acertos, mas os erros (administrativos) foram bem maiores, tanto que a emissora, hoje, apesar do esforço do gestor Juracy Filho, está muito distante dos tempos de glória. E, todos que têm alguma noção de rádio sabem que as interferências políticas – quase sempre equivocadas e distantes da preocupação com a competência – acabaram levando “a Voz do Maranhão” a ter como limites o Estreito dos Mosquitos. Os governantes nunca se preocuparam com o “nome”, o “prestígio”, o “alcance estadual e interestadual” e a “importância como meio de difundir a cultura do Estado” da Rádio Timbira que, além de ter sido a primeira rádio AM do Maranhão, também já foi a melhor, a maior e a mais ouvida. Foi superada pela Rádio Educadora, em 1970/71, quando a Voz do Clero foi dirigida pelo falecido Oliveira Ramos. Mas a Rádio Timbira sempre esteve entre as três primeiras em audiência e, por ali passaram os melhores profissionais da radiofonia do Maranhão. Quem, no Esporte, conseguiu até hoje superar Jairo Rodrigues e sua “perspicácia”; Canarinho, e sua narração em cima do lance; ou a inconfundível narração de Luís Magno Figueiredo?
Lembro de como meu pai sentia orgulho em trabalhar na rádio timbira, era comum ele me levar aos domingos quando ele dava plantão. Otimas lembranças
ResponderExcluirSou paraense e além setentao.A Timbira foi sim tudo isso mas tinha na Difhusorra uma concorrente a altura.Com o próprio Canarinho e Ruy Dourado, mas depois deles com o macapaense Guioberto Alves um docs melhores narradlores de fjutebol do Norte/ Nordeste.A equipe ainda tinha o saudoso Jota Alveds e o ZR Branco reportres diligentes e de vozes agradáveis.O grande comentarista Fernando Souza.Foi da emissora dos irmãos Bacellar que veio para o rádio paraense a maior audiência de todos os tempos: o criativo e impagável, o saudoso Almir Silva.Claro q a Ribamar do tempo de Luciano Silva foi outra grande emissora AM q ja teve o Maranhão.Na Timbirs brilhou o paraense Carlos Lemos (comentarista) q depois foi para o rádio pernambucano.
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