Andrade era um volante de muita técnica, dotado de excelente visão de jogo e capaz de realizar lançamentos de longa distância com extrema perfeição. Nos últimos anos de sua carreira, Andrade atuou por vários clubes pequenos como a Desportiva Capixaba e Operário-MT. Adílio, meia de muita raça e habilidade, foi tetracampeão Campeão Carioca (1978, 1979, 1981 e 1986); tetracampeão Campeão da Taça Rio (1978, 1983, 1985, 1986); tricampeão Brasileiro (1980/82/83); bicampeão do Troféu Ramon de Carranza (1979/80); campeão da Libertadores (1981) e do Mundial Interclubes (1981). Contabilizando o período que vai de 1975 a 1987, ainda a curta passagem em 1993, Adílio disputou 611 jogos pelo Rubro-Negro, marcando no total 128 gols. Em 1995, os dirigentes do Bacabal causaram uma revolução na cidade. Conseguiram trilicar a média de público que comparecia ao Correão para ver o Bacabal jogar. E o milagre atendia justamente pelos nomes de Andrade e Adílio, ex-super dupla do Flamengo campeão do Mundial Interclubes de 1981 e que durante três meses fez a alegria do Bacabal. Ao sairem do Flamengo, iniciaram uma vida de ciganos da bola. Depois de jogarem juntos por quase vinte anos construírem um bom patrimônio, eles começaram a peregrinar mundo afora, atrás de um contrato curto em times de pouca expressão ou mesmo semiprofissionais. Por contrato - que duravam em média três meses - ganhavam em torno de R$ 8 mil mensais, enquanto seus colegas de clube ganhavam em torno de R$100,00 a R$500,00. A qualidade do time era mero detalhe. No BEC, cada um recebeu R$ 8 mil, pagos pelo frigorífico que patrocinava o clube.A única coisa de que não gostaram foi ter que tomar banho frio todos os dias. O hotel que os hospedou não tinha chuveiro elétrico.
Adílio no Bacabal: salário de marajá e banho frio
E com essa reportagem, encontro mais um registro do meu Cori-Sabbá .
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