Por
volta do dia 10 de setembro de 1932, uma reunião entre vários fundadores e
torcedores do Sampaio Corrêa, numa residência na Rua São Pantaleão que
funcionava como sede do clube, mostrou algumas dissidências entre fundadores e
torcedores que, naquele tempo ainda se misturavam.
Na
semana seguinte o clima já não era o mesmo, principalmente para Almir
Vasconcelos, também conhecido como “Almir Lapinha”, pai de uma extensa prole
que morava na Rua do Passeio, separada da São Pantaleão apenas pela Rua do
Norte.
Almir
– contam alguns mais antigos, que ouviram falar do problema através dos pais -,
resolveu deixar o Sampaio Corrêa e, juntamente com outros dissidentes e “antipatizantes”
da “bolívia” realizaram algumas reuniões em dias seguidos. No dia 24 de
setembro, de 1932, uma plêiade de jovens fundava o Maranhão Atlético Clube. A
história não registra com clareza os nomes desses jovens. Alguns, fazendo as
vezes de historiadores, costumam acrescentar nomes que era impossível que estivessem
reunidos na noite da fundação do Maranhão. Outros estavam presentes, mas não
tiveram seus nomes lembrados pelos “historiadores”.
Pois,
entre Almir Lapinha, Carlos Fernandes Dias (Napá), Jayme, Nestor e tantos
outros – esses mesmos que a história não registra – foi tomando corpo a idéia
da formação de uma diretoria para dirigir os destinos do clube recém-fundado. É
também controversa (ou mal contada por quem não estava presente) a ligação do Maranhão
Atlético Clube com o animal “BODE”. E, não pretendemos esclarecê-la aqui,
agora, porque também não a conhecemos. Alguns querem juntar o bode com a
Maçonaria, em virtude da ligação de alguns ex-atleticanos com a secular
filosofia de vida e procedimento. Outros, aparentemente de forma equivocada,
afirmam que, onde alguns jogadores costumavam fazer as refeições antes dos
jogos (Bar do Gregório), o proprietário, de nome Gregório, criava um bode. Outros
ainda asseguram que Gregório nem atleticano era. Mas tinha amigos entre os
dirigentes do quadricolor e, num dia, incentivado, resolveu levar o bode para o
estádio, quando o M.A.C. jogava. O quadricolor saiu de campo vitorioso e alguns
resolveram afirmar que o bode dera sorte. O bode do Gregório. Daí, para Bode Gregório
foi um salto muito curto e rápido. O fato, entretanto, é que o Maranhão
Atlético Clube, também conhecido por M.A.C., quadricolor maranhense, time das quatro
cores, Bode Gregório e mais recentemente “Machão da Ilha”, numa corruptela de
“Macão”, completa 80 anos de glórias em 2012. Com a feliz proeza de ser o
“segundo time” de bolivianos e motenses, o Maranhão Atlético Clube, como de
resto todo o futebol profissional maranhense, não atravessa uma fase que sequer
se aproxime dos tempos gloriosos de Nicolau Duailibe, Raymundo Silva, Olímpio
Guimarães, Nonato Oliveira, Carlos Augusto da Fonseca Mendes, Coronel José
Ferreira Goulart, Raul Guterres, Carlos Guterres.
Formação do Maranhão Atlético Club pouco tempo depois da sua fundação. À frente aparece o goleiro Dico, ao lado de Alfredo e Enes. No centro, vemos Vicente Rêgo, Bonbon e Chaveta. Atrás aparecem Bibi, Amintas, (desconhecido) e Driblador.
Em 1935, o MAC já estava mais forte. Na foto, tirada no dia 5 de Outubro de 1935, em partida amistosa contra o Paysandu (PA), temos a seguinte formação: em pé - Dico, Belga, Mozabá, Adolfo, Clarindo, Orelha, Grajaú e Amado; agachados - Bibi, Maçaricão, Antônio, Augusto, Fatiguê Driblador.
Hino do Maranhão
Maranhão Atlético Clube
O teu nome é virtude, é luta é grandeza é emoção.
Maranhão bandeira do norte, do nosso esporte és uma consagração.
Maranhão a tua história, em nossa memória sempre há de existir.
Demolidor de cartazes, com os seus onze azes é um astro a aluzir.
Pelas taças que já conquistaste, as contendas que ganhaste, o seu nome cresceu.
És Maranhão esquadrão de quatro cores, reunindo a luz
E a graça de Deus
Maranhão Atlético Clube
O teu nome é virtude, é luta é grandeza é emoção.
Maranhão bandeira do norte, do nosso esporte és uma consagração.
Maranhão a tua história, em nossa memória sempre há de existir.
Demolidor de cartazes, com os seus onze azes é um astro a aluzir.
Pelas taças que já conquistaste, as contendas que ganhaste, o seu nome cresceu.
És Maranhão esquadrão de quatro cores, reunindo a luz
E a graça de Deus
Hino do MAC
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