O Moto Club de São Luis completou na noite do dia 14 de abril de 1976 a centésima vitória diante do Sampaio Corrêa em toda a história do grande clássico, ao derrotá-lo pelo placar de 2 a 1. O jogo, pela movimentação, agradou ao grande público que compareceu ao Estádio Municipal, e dividido em um tempo para cada time.
A primeira etapa foi totalmente do Moto Club, que dominou de ponta a ponta graças ao erro de armação da equipe sampaína, que apareceu com Ferraz de meia-direita. Com o domínio da meia cancha, o Moto partiu para cima do Sampaio, que, atabalhoado, deixava que o adversário deitasse e rolasse no gramado. Aos 10 minutos o Sampaio perdeu a grande oportunidade dessa etapa de jogo com Durval, metendo uma bola na trave. Aos 19 era Carbono quem inaugurava o marcador, ajudado pela infantilidade do goleiro Dé, que além de deixar que a bola pingasse na pequena área, deixou passar entre as suas mãos a cabeceada do atacante. E o time sampaíno continuava jogando errado, com a defesa sem cobertura com as saídas de Eliézer na tentativa do gol e com os pontas totalmente anulados. Aos 28 minutos era Edmilson Leite quem ampliava o marcador, chutando da entrada da grande área uma bola espirrada da defesa sampaína.
Depois do segundo gol, a direção técnica do Sampaio tentou consertar as coisas com a entrada de Tupan no lugar de Ferraz. Isto foi o suficiente para equilibrar as coisas no meio-campo, mas não para mudar o panorama da situação. O Sampaio teria que tentar alguma fórmula para anular as investidas do Moro Club, principalmente o trabalho de Edmilson Leite, que jogava à vontade, e Carbono, que sem marcação recebia as bolas sempre livre e partia com a situação dominada e levando sempre perigo ao arco de Dé, mas nada foi feito.
Para a segunda etapa, o panorama mudou. Passou a ser o Sampaio, já que o Moto resolveu erradamente garantir o placar que lhe era favorável. A sorte do Moto foi que o Sampaio não soube aproveitar a sua superioridade e para infelicidade teve outra bola na trave numa bomba de Tupan. A direção técnica motorizada tentou despertar o interesse pelo ataque, fazendo entrar Meinha, Petinha e Prado, que infelizmente não surtiu efeito. Várias oportunidades de gols surgiram para a equipe sampaína, que foram sendo desperdiçadas por falta de tranquilidade no trabalho com a bola ou nos lançamentos para os pontas.
Mas como o futebol é brincadeira, o Sampaio tirou de campo o ponteiro Maneca para a entrada de Bimbinha. Mesmo assim o Sampaio continuava dominando para conseguir o seu único gol, aos 41 minutos, por intermédio de Gilmar. Esse gol veio apenas para levar um pouco de esperança ao time que quase conseguia o gol de empate numa jogada em que Ney fez milagre para neutralizá-la.
FICHA DO JOGO
Moto Club 2x1 Sampaio Corrêa
Data: 14 de abril de 1976
Local: Estádio Nhozinho Santos
Juiz: Josenil Sousa
Renda: não divulgada
Público: 9.211 pagantes
Bandeirinhas: Wilson de Moraes Wanlume e Raimundo Lima
Gols: Carbono aos 20 e Edmilson Leite aos 30 minutos do primeiro tempo; Gilmar aos 40 minutos do segundo tempo
Expulsão: Cabrera
Moto Club: Ney; Ivan, Marins, Paulo Ricardo e Breno; Rogério, Nunes e Edmilson Leite (Meinha); Lima (Prado), Carbono (Petinha) e Cláudio (Santana). Técnico: Marçal Tolentino Serra
Sampaio Corrêa: Dé (Crésio); Zé Alberto (Cabrera), Paulinho, Sérgio e Ferreira; Elieser, Ferraz (Tupan) e Bolinha; Gilmar, Durval e Maneco (Bimbinha) (Moisés). Técnico: Brito Ramos
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