Matéria de Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá, página "Onde Anda Você?", do Jornal O Estado do Maranhão, de 11 de Agosto de 1998
Jonas Rodrigues Costa foi um dos jogadores maranhenses que tiveram o privilégio de serem preparados pelo treinador uruguaio Luiz Comitante. Por causa do seu talento, o então garoto das peladas dos campos do Diamante e do Tabocal passou a ser um valorizado centromédio do nosso futebol. Talvez o fato dele ter nascido no Maranhão tenha atrapalhado sua promissora carreira. Mesmo assim Jonas – com um forte domínio de bola, que chegavam a compará-lo com Didi, da Seleção Brasileira – soube impor respeito pelos clubes de futebol que defendeu. Sua personalidade terminou transformando-o em um grande capitão.
Nascido em Coroatá, logo aos quatro anos de idade Jonas adotou São Luís como a sua terra natal. Na capital maranhense ele cresceu brincando muito. Convivendo com muitas feras das peladas dos campos de várzea, terminou ficando conhecido como um dos bons da bola.
Quando já estava com 15 anos de idade, foi parar no Maranhão Atlético Clube. Sob a orientação do treinador Luiz Comitante, passou a sr preparado para substituir o centromédio alagoano Cícero Romão Batista.
Filho do MAC – A diretoria do MAC sabia que podia investir no garoto. Passando a ser uma espécie de pais adotivos de Jonas, que havia ficado órfão de pai, os diretores Valério Monteiro, Jurandir Brito e Aluísio Braga resolveram pagar os estudos dele no Ateneu e ajudar no que fosse necessário à sua sobrevivência. No colégio, Jonas correspondia como estudante e como atleta no time de futebol que tinha Raul Guterres, Zé Lico, Biló Murad, Mário Silva, Ari Guterres, Sarapó (Juraci Brito), dentre outros.
Para enfrentar uma guarnição de um navio que aportava em águas maranhenses, César Aboud convocou e treinou uma seleção estudantil. Jonas jogou e lembra até hoje que a partida não terminou por causa de uma briga entre os dois times no Estádio Santa Izabel. O resultado de 2x0 para o Maranhão prevaleceu e foi comemorado.
Nascido em Coroatá, logo aos quatro anos de idade Jonas adotou São Luís como a sua terra natal. Na capital maranhense ele cresceu brincando muito. Convivendo com muitas feras das peladas dos campos de várzea, terminou ficando conhecido como um dos bons da bola.
Quando já estava com 15 anos de idade, foi parar no Maranhão Atlético Clube. Sob a orientação do treinador Luiz Comitante, passou a sr preparado para substituir o centromédio alagoano Cícero Romão Batista.
Filho do MAC – A diretoria do MAC sabia que podia investir no garoto. Passando a ser uma espécie de pais adotivos de Jonas, que havia ficado órfão de pai, os diretores Valério Monteiro, Jurandir Brito e Aluísio Braga resolveram pagar os estudos dele no Ateneu e ajudar no que fosse necessário à sua sobrevivência. No colégio, Jonas correspondia como estudante e como atleta no time de futebol que tinha Raul Guterres, Zé Lico, Biló Murad, Mário Silva, Ari Guterres, Sarapó (Juraci Brito), dentre outros.
Para enfrentar uma guarnição de um navio que aportava em águas maranhenses, César Aboud convocou e treinou uma seleção estudantil. Jonas jogou e lembra até hoje que a partida não terminou por causa de uma briga entre os dois times no Estádio Santa Izabel. O resultado de 2x0 para o Maranhão prevaleceu e foi comemorado.
Equipe do MAC em 1946. Em pé: Juarez, Aldir, Jonas, desconhecido e Justino. Agachados: Celso, Moura, Durvalino, Renato e Fala Besteira
Bicampeão intermunicipal – No MAC, Jonas se sentia prestigiado, mas começava a perceber o quantos os jogadores de outros estados recebiam tratamento diferenciado, principalmente no quesito salários e gratificações. Tratou de se virar ganhando mais alguma coisa por fora. Quando Jadiel Carvalho o convidou para disputar por Caxias os primeiros jogos Intermunicipais – criados pelo professor Luiz Rêgo, então Presidente da Federação Maranhense de Desportos – não pensou duas vezes e ainda exigiu reforços. Pedro Bastos, Mário Sette e Aldir. O time foi campeão sob o comando do tranquilo capitão Jonas, que não usava o método de dar chutões, muito pelo contrário, distribuía muito bem as bolas e era um cabeceador de mão cheia.
Conhecido depois do título como Jonas de Caxias, nosso craque ficou de fora do II Intermunicipal. Mas no III foi levado para defender Coroatá por Eurico Ribeiro. Ele se gaba, achando que pode ser o único jogador bicampeão intermunicipal por municípios diferentes.
De 1945 a 1947 Jonas esteve no exército. Como não se desvinculou de sua vida atlética, teve a oportunidade de defender o estado nas Olimpíadas Militares disputadas em Fortaleza. É lógico que os dirigentes o enxergaram. Como em 1947 terminava o seu ciclo obrigatório no exército, ele assinou contrato com o Ceará Sporting e ajudou o clube a ser vice-campeão cearense.
No ano seguinte Jonas estava de volta à terrinha e ao MAC por causa das saudades. O Moto continuava sendo o terror do estado, até então tetracampeão estadual. Na tentativa de quebrar a sequência de títulos, um grupo maqueano, liderado por Aluísio Braga e Moscoso, resolveu reativar o Tupan. Seria mais uma time a lutar pela queda motense, abrindo espaço para o Maranhão Atlético Clube. Jonas estava lá e ainda ajudou a trazer de Caxias Ananias, Aldir, Mourãozinho e Mário Sette. O grupo foi vice-campeão e o Moto, penta.
Os melhores meio-campistas da época eram Gegeca (Sampaio), Frázio (Moto), Nezinho (MAC) e Jonas (Tupan). Em 199 o Sampaio resolveu vender Gegeca para o Moto e contratou Jonas para não ficar desfalcado. Mas o Moto continuou melhor e novamente conquistou o título, o sexto seguido.
Os anos se passaram. Jonas, mesmo sendo reconhecido pela crônica esportiva, pelos torcedores e dirigentes, ainda causava certo incômodo pela sua maneira decidida de jogar. “Peitava” principalmente os árbitros que não se comportavam bem na marcação das jogadas. Essa postura lhe valeu caro. Ficou de fora da Seleção Maranhense de 1954, justamente porque o treinador, Zequinha Dadeco, era árbitro nas horas vagas e não aceitava as posições firmes do capitão.
Seleção do Piauí – Mas como a fama de craque corre solta, Jonas foi sondado pelo Presidente da Federação Piauiense. Não é que ele aceitou ir defender o Piauí no Brasileiro e ainda foi o capitão da equipe? O Piauí e o Maranhão, que não se encontraram na primeira fase, foram eliminados. De volta a São Luís, ele ouvia a pergunta que todos queriam fazer: e se os dois estados se encontrassem, qual seria seu procedimento? “Não sei”, respondeu secamente, até para cortar um papo cobre um assunto impossível de se tornar realidade.
Títulos pelo Moto – Nesse mesmo ano, 1954, Jonas, já com quase 30 anos, foi jogar no Moto. Exigiu carteira assinada e foi dividir o tempo entre a bola e a tesouraria da Fábrica Santa Izabel. O eterno capitão ainda chegou a ser bicampeão estadual em 1955 e 1956. Em 1958 encerrou a carreira por cima e foi embora trabalhar no Rio de Janeiro, deixando saudade naqueles que o admiravam como um dos maiores centromédio genuinamente maranhense.
Conhecido depois do título como Jonas de Caxias, nosso craque ficou de fora do II Intermunicipal. Mas no III foi levado para defender Coroatá por Eurico Ribeiro. Ele se gaba, achando que pode ser o único jogador bicampeão intermunicipal por municípios diferentes.
De 1945 a 1947 Jonas esteve no exército. Como não se desvinculou de sua vida atlética, teve a oportunidade de defender o estado nas Olimpíadas Militares disputadas em Fortaleza. É lógico que os dirigentes o enxergaram. Como em 1947 terminava o seu ciclo obrigatório no exército, ele assinou contrato com o Ceará Sporting e ajudou o clube a ser vice-campeão cearense.
No ano seguinte Jonas estava de volta à terrinha e ao MAC por causa das saudades. O Moto continuava sendo o terror do estado, até então tetracampeão estadual. Na tentativa de quebrar a sequência de títulos, um grupo maqueano, liderado por Aluísio Braga e Moscoso, resolveu reativar o Tupan. Seria mais uma time a lutar pela queda motense, abrindo espaço para o Maranhão Atlético Clube. Jonas estava lá e ainda ajudou a trazer de Caxias Ananias, Aldir, Mourãozinho e Mário Sette. O grupo foi vice-campeão e o Moto, penta.
Os melhores meio-campistas da época eram Gegeca (Sampaio), Frázio (Moto), Nezinho (MAC) e Jonas (Tupan). Em 199 o Sampaio resolveu vender Gegeca para o Moto e contratou Jonas para não ficar desfalcado. Mas o Moto continuou melhor e novamente conquistou o título, o sexto seguido.
Os anos se passaram. Jonas, mesmo sendo reconhecido pela crônica esportiva, pelos torcedores e dirigentes, ainda causava certo incômodo pela sua maneira decidida de jogar. “Peitava” principalmente os árbitros que não se comportavam bem na marcação das jogadas. Essa postura lhe valeu caro. Ficou de fora da Seleção Maranhense de 1954, justamente porque o treinador, Zequinha Dadeco, era árbitro nas horas vagas e não aceitava as posições firmes do capitão.
Seleção do Piauí – Mas como a fama de craque corre solta, Jonas foi sondado pelo Presidente da Federação Piauiense. Não é que ele aceitou ir defender o Piauí no Brasileiro e ainda foi o capitão da equipe? O Piauí e o Maranhão, que não se encontraram na primeira fase, foram eliminados. De volta a São Luís, ele ouvia a pergunta que todos queriam fazer: e se os dois estados se encontrassem, qual seria seu procedimento? “Não sei”, respondeu secamente, até para cortar um papo cobre um assunto impossível de se tornar realidade.
Títulos pelo Moto – Nesse mesmo ano, 1954, Jonas, já com quase 30 anos, foi jogar no Moto. Exigiu carteira assinada e foi dividir o tempo entre a bola e a tesouraria da Fábrica Santa Izabel. O eterno capitão ainda chegou a ser bicampeão estadual em 1955 e 1956. Em 1958 encerrou a carreira por cima e foi embora trabalhar no Rio de Janeiro, deixando saudade naqueles que o admiravam como um dos maiores centromédio genuinamente maranhense.
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