MOTO CLUB 1X1 FLUMINENSE (RJ)
Um jogo tumultuado e marcado por seis expulsões. Assim foi a partida entre Moto Club x Fluminense (RJ), pelas Oitavas de Final do Campeonato Brasileiro da Série C de 1999, em São Luis. O empate e até mesmo a confusão em campo seriam apenas um pequeno detalhe frente a uma marca alcançada pelo time rubro-negro naquela noite, digna da sua tradição e fama de possuidor da torcida mais apaixonada do Estado do Maranhão: mais de 60 mil pessoas lotaram as dependências do Estádio do Castelão, que ficou pequeno para o impressionante número de torcedores rubro-negros ali presentes. Pela primeira vez o Papão levava a campo, pela maior competição do futebol nacional, um número jamais visto em toda a sua história. Paradoxalmente, diante da imensidão de torcedores, a renda dessa partida foi contabilizada em R$ 29 mil reais, atestando o bom e velho problema de evasão de renda em nosso futebol...
A noite do dia 08 de Novembro de 1999, com o público recorde do Papão em Campeonatos Brasileiros, veio coroar a incessante trajetória da torcida motorizada na competição, sobretudo pelas marcas alcançadas em anos anteriores: no Brasileirão de 1996, quando ainda configurava na Segunda Divisão, o Moto Club de São Luis apresentou uma média de 25.865 torcedores por jogo (em seis partidas disputadas), média superior, inclusive, ao Atlético Mineiro, na época disputante da divisão principal do campeonato, com 25.600 torcedores. No ano seguinte, em 1997, na sua última participação na chamada Série B, o Papão, em apenas quatro partidas em São Luis, conseguiu atrair nada menos do que 10.651 torcedores por jogo, a maior média de público de toda a competição. Em 1998, apesar de já rebaixado para a Terceira Divisão, o Moto teve a segunda maior média da competição: 30.863 torcedores em sete partidas, superando até o Cruzeiro (MG), na Primeira Divisão, que levava a campo em seus domínios 28.000 torcedores por jogo. Na Série C de 1999, o Papão também alcançou a segunda maior média do campeonato, perdendo, curiosamente, para o seu adversário daquela noite, o Fluminense: eram 14.429 torcedores em média em São Luis contra 14.685 torcedores no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que o rubro-negro ainda apresentaria, na Série C de 2004, a maior média da competição, com 3.633 torcedores por jogo. Números dignos do Moto Club.
Até a partida em 1999, o Fluminense nunca havia perdido para o Moto Club de São Luis: foram sete jogos e sete vitórias do Tricolor, que marcou 25 gols e sofreu 8. O primeiro jogo aconteceu no dia 03 de Fevereiro de 1946 – Fluminense 6x4, em São Luis. O último jogo foi realizado em 1982, quando o Fluminense venceu por 3x0 no Campeonato Nacional. Tentando derrubar a escrita, o Papão, que estava de folga no Campeonato Brasileiro havia um mês, esperando o adversário das Oitavas-de-Final da competição, revolveu ter o seu torcedor como o maior aliado para vencer, pela primeira vez em sua história, o clube carioca. Para isso, a diretoria rubro-negra colocou os ingressos a preços mais do que populares: R$ 1,99 (demais setores) e R$ 5,00 (cadeira), que foram vendidos em bancas de jornal e até em postos na praia.
De um lado, o Fluminense do treinador tetracampeão do mundo, Carlos Alberto Parreira, e dos destaques Alberto, Roger e Magno Alves. Do outro, o Moto Club de São Luis, dirigido por Maurício Simões e contando em seu elenco com Rodrigues, Edson Mendes, Tupan, Sílvio e Téo. Apesar do heróico empate, nem de longe era o melhor elenco da história do Rubro-negro da Fabril. Tanto é que no plantel que atuou contra o representante carioca em São Luis, havia alguns esquecíveis nomes, como Ronilson, Ronaldo Marezi, Acácio e Viton. Nem de longe esse elenco dava orgulho aos seus mais exigentes torcedores. Quem teve a chance de ver o futebol de Alzimar, Zezico, Alvim da Guia, do artilheiro Hamilton Sadias Campos, de Gojoba, Ananias, Pepê, Raimundinho, Kléber Pereira, Pelezinho, Zé Roberto, Bacabal, Edinho e até o argentino Fernando Forletta, entre outros nomes que dignificaram aquela famosa camisa, não poderia deixar de se sentir frustrado vendo os atuais jogadores vestindo essa mesma gloriosa camisa. Não havia comparação. Daquela máquina de jogar futebol da década de 1940, quando o time chegou o heptacampeonato maranhense e jogava por música, restavam apenas alguns poucos parafusos, assim mesmo consumidos pela ferrugem sem mais nenhuma utilidade. À distância, quando ouvia pesadas criticas ao eterno Papão do Norte, pensava-se, de imediato, em mera perseguição. Vendo de perto o Moto Club jogar, porém, entendia-se perfeitamente porque o time configurava na Terceira Divisão. O time de 1999 não chegava a sequer uma cópia apagada do que já foi antes.
Diante de exatos 61.019 torcedores, o que começou com uma grande festa por parte da torcida maranhense e tinha tudo para se transformar em um grande e memorável espetáculo, terminou em uma vergonhosa pancadaria dentro de campo e esteve muito perto de virar tragédia nas arquibancadas. Por conta da irresponsabilidade de uma correria generalizada, muita gente se jogou no fosso do Castelão para não ser esmagado pela multidão. Esse foi o panorama da partida entre rubro-negro e tricolores, em um jogo pobre tecnicamente, talvez o pior de ambas na Série C de 1999. Devido ao tumulto generalizado, o jogo ficou paralisado por cerca de 15 minutos, quando faltavam apenas 12 para o final.
Precisando vencer o Fluminense para reverter a vantagem do play off, o Papão começou a partida na ofensiva, buscando o gol a qualquer custo. O atacante Sílvio abriu o placar para o rubro-negro ainda no primeiro tempo, mas o time não resistiu à pressão tricolor. Magno Alves empatou na segunda etapa, quando o representante maranhense dominava a partida. Com o empate, a partida entrou num clima morno, apesar o incentivo dos mais de 60 mil motenses nas arquibancadas. A partida seguia normalmente até os 32 minutos quando o atacante Paulo César, do Fluminense, entrou de forma maldosa contra o goleiro Rodrigues, que foi atingido violentamente no rosto e no pescoço. Rodrigues revidou e os 22 e mais os reservas começaram uma briga generalizada que durou vários minutos. A maior vítima da confusão foi o zagueiro Mano, do Tricolor, que saiu de campo numa ambulância com vários hematomas pelo nariz e alguns cortes no rosto e cabeça, devido a uma briga com jogadores motenses. Mano passou duas horas no Hospital São Domingos, onde fez uma ressonância magnética, e foi liberado em seguida. O árbitro da partida, o amazonense Iran Gonçalves Aranha, isentou a torcida de culpa pelo ocorrido. Após o tumulto, o juiz expulsou seis jogadores: o goleiro Rodrigues, Ronaldo Baresi e Mastrillo pelo Moto Club, e Diogo, Mano e Paulo César, pelo Fluminense. Como o tricolor já havia feito as três substituições, o atacante Magno Alves foi para o gol.
Como não poderia deixar de ocorrer, mais uma vez houve suspeita de evasão de renda, desta vez por parte do ex-Presidente Zoroastro Pereira, administrador da renda do jogo entre motenses e tricolores. Setenta e duas horas após a partida, nenhum diretor havia comparecido para conversar com os jogadores e cumprir a promessa de pagar pelo menos parte dos salários atrasados, acordados previamente antes do jogo contra o Fluminense. Após a partida, nenhum dirigente foi encontrado no vestiário para falar sobre o assunto com os atletas. O mal estar foi tão grande entre os atletas que eles simplesmente se recusaram a viajar ao Rio de Janeiro para a partida de volta do play off (os atletas estavam com os salários atrasados havia alguns meses e foi prometido-lhes que a renda de Moto x Fluminense seria rateada entre os atletas). O agora conselheiro José Raimundo Rodrigues tomou partido quando os atletas do Moto não quiseram viajar ao Rio de Janeiro. Houve uma reunião com os jogadores na sede do Maranhão Atlético Clube, para resolver o impasse. O clube anunciou uma renda de apenas R$ 29.100,00 para um público superior a 60 mil torcedores (foram anunciados apenas 27 mil pagantes para uma arrecadação de R$ 66 mil, quando todos esperavam que o total a ser divulgado ultrapassasse a casa dos R$ 80 mil). Como a folha salarial do Moto era de aproximadamente R$ 49 mil, a renda do jogo era insuficiente para pagar um mês de atraso. Foi nessa reunião, inclusive, que Zoroastro, já desmoralizado com o plantel, quase foi agredido por alguns atletas do Moto, inconformados com os salários atrasados e a gritante evasão de renda da partida de ida, no Estádio Castelão. Os atletas seguiram para a capital carioca, com a promessa de Zé Raimundo de que a renda no Rio de Janeiro seria rateada entre os atletas. Mesmo com a derrota, a renda foi boa e os salários atrasados foram pagos.
Na época, a imprensa carioca culpava a imprensa maranhense, que, segundo eles, deram ênfase às declarações antecipadas do supervisor Américo Faria e do próprio treinador Parreira, que menosprezaram o Moto Club. No caso do supervisor do Fluminense, Américo Faria deu entrevista dizendo claramente que se preocupava já com o quadrangular decisivo da Série C, dando a entender que o play off com o time maranhense e outro que viesse pela frente não representaria nenhum obstáculo, sendo a preocupação do Tricolor carioca apenas o quadrangular decisivo da competição. Vale ressaltar que, durante o campeonato, o Fluminense encontrou muita dificuldade para garantir a sua classificação à fase seguinte, numa chave de times sem a mesma tradição e apelo popular do Moto Club. Inclusive levantou-se suspeitas de “ajuda” nos bastidores, tudo para beneficiar o time do Rio de Janeiro. O fato mais curioso durante a competição ficou a cargo de supostas manobras feitas pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), quando aconteceu a vergonhosa eliminação do Anapolina de Goiás. Pelo simples fato de o time goiano se manter na competição, o Fluminense teria que jogar contra o Americano-RJ, cujo patrono era o Presidente da Federação Carioca de Futebol, Eduardo Viana, o popular “Caixa D’água”. Como num confronto entre Fluminense x Americano o dirigente da FCF não poderia “trabalhar” em prol do tricolor, uma vez que, se assim o fizesse, estaria maquinando contra o seu próprio clube, o jeito foi desviar o Fluminense da rota do Americano e o Americano da rota do Fluminense. Sobrou então para o Moto Club...
A noite do dia 08 de Novembro de 1999, com o público recorde do Papão em Campeonatos Brasileiros, veio coroar a incessante trajetória da torcida motorizada na competição, sobretudo pelas marcas alcançadas em anos anteriores: no Brasileirão de 1996, quando ainda configurava na Segunda Divisão, o Moto Club de São Luis apresentou uma média de 25.865 torcedores por jogo (em seis partidas disputadas), média superior, inclusive, ao Atlético Mineiro, na época disputante da divisão principal do campeonato, com 25.600 torcedores. No ano seguinte, em 1997, na sua última participação na chamada Série B, o Papão, em apenas quatro partidas em São Luis, conseguiu atrair nada menos do que 10.651 torcedores por jogo, a maior média de público de toda a competição. Em 1998, apesar de já rebaixado para a Terceira Divisão, o Moto teve a segunda maior média da competição: 30.863 torcedores em sete partidas, superando até o Cruzeiro (MG), na Primeira Divisão, que levava a campo em seus domínios 28.000 torcedores por jogo. Na Série C de 1999, o Papão também alcançou a segunda maior média do campeonato, perdendo, curiosamente, para o seu adversário daquela noite, o Fluminense: eram 14.429 torcedores em média em São Luis contra 14.685 torcedores no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que o rubro-negro ainda apresentaria, na Série C de 2004, a maior média da competição, com 3.633 torcedores por jogo. Números dignos do Moto Club.
Até a partida em 1999, o Fluminense nunca havia perdido para o Moto Club de São Luis: foram sete jogos e sete vitórias do Tricolor, que marcou 25 gols e sofreu 8. O primeiro jogo aconteceu no dia 03 de Fevereiro de 1946 – Fluminense 6x4, em São Luis. O último jogo foi realizado em 1982, quando o Fluminense venceu por 3x0 no Campeonato Nacional. Tentando derrubar a escrita, o Papão, que estava de folga no Campeonato Brasileiro havia um mês, esperando o adversário das Oitavas-de-Final da competição, revolveu ter o seu torcedor como o maior aliado para vencer, pela primeira vez em sua história, o clube carioca. Para isso, a diretoria rubro-negra colocou os ingressos a preços mais do que populares: R$ 1,99 (demais setores) e R$ 5,00 (cadeira), que foram vendidos em bancas de jornal e até em postos na praia.
De um lado, o Fluminense do treinador tetracampeão do mundo, Carlos Alberto Parreira, e dos destaques Alberto, Roger e Magno Alves. Do outro, o Moto Club de São Luis, dirigido por Maurício Simões e contando em seu elenco com Rodrigues, Edson Mendes, Tupan, Sílvio e Téo. Apesar do heróico empate, nem de longe era o melhor elenco da história do Rubro-negro da Fabril. Tanto é que no plantel que atuou contra o representante carioca em São Luis, havia alguns esquecíveis nomes, como Ronilson, Ronaldo Marezi, Acácio e Viton. Nem de longe esse elenco dava orgulho aos seus mais exigentes torcedores. Quem teve a chance de ver o futebol de Alzimar, Zezico, Alvim da Guia, do artilheiro Hamilton Sadias Campos, de Gojoba, Ananias, Pepê, Raimundinho, Kléber Pereira, Pelezinho, Zé Roberto, Bacabal, Edinho e até o argentino Fernando Forletta, entre outros nomes que dignificaram aquela famosa camisa, não poderia deixar de se sentir frustrado vendo os atuais jogadores vestindo essa mesma gloriosa camisa. Não havia comparação. Daquela máquina de jogar futebol da década de 1940, quando o time chegou o heptacampeonato maranhense e jogava por música, restavam apenas alguns poucos parafusos, assim mesmo consumidos pela ferrugem sem mais nenhuma utilidade. À distância, quando ouvia pesadas criticas ao eterno Papão do Norte, pensava-se, de imediato, em mera perseguição. Vendo de perto o Moto Club jogar, porém, entendia-se perfeitamente porque o time configurava na Terceira Divisão. O time de 1999 não chegava a sequer uma cópia apagada do que já foi antes.
Diante de exatos 61.019 torcedores, o que começou com uma grande festa por parte da torcida maranhense e tinha tudo para se transformar em um grande e memorável espetáculo, terminou em uma vergonhosa pancadaria dentro de campo e esteve muito perto de virar tragédia nas arquibancadas. Por conta da irresponsabilidade de uma correria generalizada, muita gente se jogou no fosso do Castelão para não ser esmagado pela multidão. Esse foi o panorama da partida entre rubro-negro e tricolores, em um jogo pobre tecnicamente, talvez o pior de ambas na Série C de 1999. Devido ao tumulto generalizado, o jogo ficou paralisado por cerca de 15 minutos, quando faltavam apenas 12 para o final.
Precisando vencer o Fluminense para reverter a vantagem do play off, o Papão começou a partida na ofensiva, buscando o gol a qualquer custo. O atacante Sílvio abriu o placar para o rubro-negro ainda no primeiro tempo, mas o time não resistiu à pressão tricolor. Magno Alves empatou na segunda etapa, quando o representante maranhense dominava a partida. Com o empate, a partida entrou num clima morno, apesar o incentivo dos mais de 60 mil motenses nas arquibancadas. A partida seguia normalmente até os 32 minutos quando o atacante Paulo César, do Fluminense, entrou de forma maldosa contra o goleiro Rodrigues, que foi atingido violentamente no rosto e no pescoço. Rodrigues revidou e os 22 e mais os reservas começaram uma briga generalizada que durou vários minutos. A maior vítima da confusão foi o zagueiro Mano, do Tricolor, que saiu de campo numa ambulância com vários hematomas pelo nariz e alguns cortes no rosto e cabeça, devido a uma briga com jogadores motenses. Mano passou duas horas no Hospital São Domingos, onde fez uma ressonância magnética, e foi liberado em seguida. O árbitro da partida, o amazonense Iran Gonçalves Aranha, isentou a torcida de culpa pelo ocorrido. Após o tumulto, o juiz expulsou seis jogadores: o goleiro Rodrigues, Ronaldo Baresi e Mastrillo pelo Moto Club, e Diogo, Mano e Paulo César, pelo Fluminense. Como o tricolor já havia feito as três substituições, o atacante Magno Alves foi para o gol.
Como não poderia deixar de ocorrer, mais uma vez houve suspeita de evasão de renda, desta vez por parte do ex-Presidente Zoroastro Pereira, administrador da renda do jogo entre motenses e tricolores. Setenta e duas horas após a partida, nenhum diretor havia comparecido para conversar com os jogadores e cumprir a promessa de pagar pelo menos parte dos salários atrasados, acordados previamente antes do jogo contra o Fluminense. Após a partida, nenhum dirigente foi encontrado no vestiário para falar sobre o assunto com os atletas. O mal estar foi tão grande entre os atletas que eles simplesmente se recusaram a viajar ao Rio de Janeiro para a partida de volta do play off (os atletas estavam com os salários atrasados havia alguns meses e foi prometido-lhes que a renda de Moto x Fluminense seria rateada entre os atletas). O agora conselheiro José Raimundo Rodrigues tomou partido quando os atletas do Moto não quiseram viajar ao Rio de Janeiro. Houve uma reunião com os jogadores na sede do Maranhão Atlético Clube, para resolver o impasse. O clube anunciou uma renda de apenas R$ 29.100,00 para um público superior a 60 mil torcedores (foram anunciados apenas 27 mil pagantes para uma arrecadação de R$ 66 mil, quando todos esperavam que o total a ser divulgado ultrapassasse a casa dos R$ 80 mil). Como a folha salarial do Moto era de aproximadamente R$ 49 mil, a renda do jogo era insuficiente para pagar um mês de atraso. Foi nessa reunião, inclusive, que Zoroastro, já desmoralizado com o plantel, quase foi agredido por alguns atletas do Moto, inconformados com os salários atrasados e a gritante evasão de renda da partida de ida, no Estádio Castelão. Os atletas seguiram para a capital carioca, com a promessa de Zé Raimundo de que a renda no Rio de Janeiro seria rateada entre os atletas. Mesmo com a derrota, a renda foi boa e os salários atrasados foram pagos.
Na época, a imprensa carioca culpava a imprensa maranhense, que, segundo eles, deram ênfase às declarações antecipadas do supervisor Américo Faria e do próprio treinador Parreira, que menosprezaram o Moto Club. No caso do supervisor do Fluminense, Américo Faria deu entrevista dizendo claramente que se preocupava já com o quadrangular decisivo da Série C, dando a entender que o play off com o time maranhense e outro que viesse pela frente não representaria nenhum obstáculo, sendo a preocupação do Tricolor carioca apenas o quadrangular decisivo da competição. Vale ressaltar que, durante o campeonato, o Fluminense encontrou muita dificuldade para garantir a sua classificação à fase seguinte, numa chave de times sem a mesma tradição e apelo popular do Moto Club. Inclusive levantou-se suspeitas de “ajuda” nos bastidores, tudo para beneficiar o time do Rio de Janeiro. O fato mais curioso durante a competição ficou a cargo de supostas manobras feitas pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), quando aconteceu a vergonhosa eliminação do Anapolina de Goiás. Pelo simples fato de o time goiano se manter na competição, o Fluminense teria que jogar contra o Americano-RJ, cujo patrono era o Presidente da Federação Carioca de Futebol, Eduardo Viana, o popular “Caixa D’água”. Como num confronto entre Fluminense x Americano o dirigente da FCF não poderia “trabalhar” em prol do tricolor, uma vez que, se assim o fizesse, estaria maquinando contra o seu próprio clube, o jeito foi desviar o Fluminense da rota do Americano e o Americano da rota do Fluminense. Sobrou então para o Moto Club...
VÍDEO
SÚMULA
DO JOGO
Moto Club 1x1 Fluminense (RJ)
Data: 08 de Novembro de 1999
Local: Estádio Castelão
Público: 60.000
Juiz: Iran Gonçalves Aranha (AM)
Gols: Sílvio (Moto Club) e Magno Alves (Fluminense)
Moto Club: Rodrigues; Edson Mendes, Gilson, Ronaldo Marezi e Ivan; Fernando, Mastrillo e Acácio; Tupan, Sílvio e Téo. Técnico: Maurício Simões
Fluminense (RJ): Diogo; Flávio, Emerson, Mano e Paulo César; Marcão, Carlos Alberto e Arinelson; Robson, Magno Alves e Ivan. Técnico: Carlos Alberto Parreira
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