Mais uma vez fracassou Sampaio Corrêa, caindo diante do Guarany pelo marcador de 3 a 1, dia 22 de novembro de 1970, pela terceira vez consecutiva e quando em nossa capital. Isto é um reflexo do início da crise que poderá assolar o Mais Querido, com os jogadores desabafando após o espetáculo, sobre o atraso em seus vencimentos mensais, no jogo de embalo dos dirigentes, jogando um para outro, a responsabilidade dos adiamentos, quando procurados pelos atletas. Mas isto é outra história.
Explorando o jogo pelo miolo da área, era difícil aos Tricolores de Aço, furar o bloqueio estabelecido pelo treinador Nagib do quadro alencarino, que colocou seus jogadores em bloco na defensiva, para parar com o ataque sampaíno, e tentar em contra ataques, a obtenção dos tentos que lhe daria o triunfo, e foi conseguido. O Sam paio, com uma meia-cancha Que não aprova, constituída Amaro e Roberto, onde ambos prendem em demais a pelota, não teve situações de perigar no arco de Souza, merecendo a derrota, pelo modo como se apresentou. Não interessa a ninguém, que a equipe boliviana tenha aparecido maior número de vězes no campo do adversário, se sua produção foi abaixo da crítica, não furando o bloquêio adversário. Os cearenses, atacaram menos mas conseguiram a obtenção de três gols, que lhe garantiram a terceira vitória seguida, diante do Sampaio Serjão, contra, e Joari marcaram os dois a zero com que o Guarany superou o Sampaio, na fase de início, No tempo final, Zé Carlos diminuiu para os locais mas Teco Teco, de fora da área, estabeleceu a vantagem final da equipe visitante.
A situação do Sampaio Corrêa, é a pior possível. Após a nova derrota sofri da para o Guarani domingo passado, os jogadores bolivianos desabafaram, criticando a diretoria, que os deixa sem a assistência necessária, onde quase fome, vem passando. Tomamos conhecimento ontem, através do treinador Marçal, que muitas das vezes o almoço na sede do clube é servido por volta das 14 horas, devido o cheque ser envia do pelo presidente às 10,00 não dando tempo para que seja adquirida carne ou peixe, com os jogadores se alimentando a base de enlata dos, cujo teor de vitamina, é o menor possível. Se o Tricolor de Aço não tivesse sido a equipe maranhense que mais arrecadou no recente Nordestão, se aceitaria a situação atual. Mas, como foi o Sampaio a única equipe local a ter lucro no torneio patrocinado pela CBD, não se acredita à primeira vista, no atual esta do de coisas. Sabe-se inclusive, que os dirigentes não vem aparecendo nos vestiários, nem quando o Tricolor derrotou o Náutico sexta feira por 2 a 1. É caótica a situação do Mais Querido, que vai cada dia que passa se afundando mais ainda, sofrendo três derrotas seguidas, dentro de casa para o modesto Guarani, e co locando em má situação ο nome do futebol maranhense. Com o elenco que possui o Sampaio tinha por direito de ser a melhor equipe do nosso futebol. No entretanto, perdeu o campeonato, apesar de seu presidente alardear que ganharia o jogo apelando depois para o dopping, e foi eliminado dentro de casa pelo Guarany. É preciso uma tomada de posição, pois o Sampaio não é propriedade particular de quem quer que seja.
FICHA DO JOGO
Sampaio Corrêa 1x3 Guarany de Sobral/CE
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 15.650,00
Público: não divulgado
Juiz: Francisco Sousa
Bandeirinhas: Wilson de Moraes Wanlume e José Monteiro
Gols: Serjão (contra) aos 25 e Joari aos 41 minutos do primeiro tempo; Zé Carlos aos 10 e Teco-Teco aos 14 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Heraldo; Célio Rodrigues, Serjão, Nivaldo e Valdecy Lima (Heraldo Gonçalves); Amaro (Adalberto) e Roberto; Toinho (Prado), Zé Carlos, Haroldo e Raimundinho. Técnico: Marçal T. Serra
Guarany de Sobral/CE: Sousa (Ademir); Wellington, Zezinho, Waldir e Barbosa; Ivan Limeira e Gilvan; Dedeu, Joari (Adão), Zé Branco e Teco-Teco. Técnico: não informado
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