segunda-feira, 22 de abril de 2024

Gil e Mael - Moto Club no Campeonato Brasileiro da Série B em 1996

Belo registro da dupla Gil e Mael, que jogou muito pelo Moto Club no Campeonato Brasileiro da Série B em 1996. Na ocasião, o Moto ficou em oitavo lugar na competição, eliminando no mata mata o Santa Cruz dentro de Recife e caindo na última fase para o América de Natal.

Briga, expulsão e confusão no jogo Maranhão 0x2 Fluminense/RJ (1946)

Na década de 1940, o Fluminense do Rio de Janeiro esteve em uma grande excursão pelo Norte e Nordeste do Brasil, passando por algumas grandes capitais, inclusive São Luís. Em nossa cidade no mês de Fevereiro de 1946, o Tricolor carioca realizaria duas exibições, diante dos outros grandes da nossa capital - Moto e Maranhão. A equipe carioca, que retornava a São Luís após breve passagem por Belém, onde havia goleado o Clube do Remo por 4 a 0, também goleou o Sampaio Corrêa, no dia 31 de Janeiro, pelo placar de 7 a 1, em jogo no Santa Izabel.

A equipe visitante chegou a nossa capital com grande cartaz, sobretudo pelo forte elenco na ocasião e pelo treinador Gentil Cardoso. A Mercearia São Luís, por exemplo, colocou em exposição em uma das vitrines da Rianil, uma garrafa de champanhe clássico Michielon, destinada ao jogador que conseguisse vencer a meta do goleiro Batatais, estreante em jogos na capital maranhense. O Fluminense trouxe para a sua excursão o seu ex-atleta amador Hélvio Furtado como árbitro.

Após golear o Moto Club pelo placar de 6 a 4, diante de 4 mil torcedores que acompanharam a partida no campo do Santa Izabel, o Fluminense encerraria a sua estadia pela nossa capital enfrentando o MAC no dia 07 de Fevereiro. E assim perfilaram as duas equipes para a partida, apitada pelo desportista Jaime Pires Leal: o Maranhão atuou com Rui; Expedito e Cosmo; Batistão, Vicente e Merci; Galego, Inaldo, Pepe, Moura e Nezinho; o Fluminense mandou a campo Batatais; Afonsinho e Haroldo; Vicentini, Pascoal e Bigode; Pinhegas, Orlando, Geraldino, Nandinho e Murilinho. Antes da partida, a Madrinha do Maranhão Atlético Clube ofertou um lindo buquê de flores ao Presidente do Fluminense e o Comandante do 24º Batalhão de Caçadores, Major Celso Freitas, fez a entrega ao Presidente do Maranhão, Tenente Argemiro Gameiro, de uma linda flâmula do Tricolor do Rio de Janeiro.

A partida seguia normalmente até os 42 minutos da etapa inicial, com a vitória do Tricolor carioca pelo placar de 1 a 0, quando uma verdadeira sessão de pancadaria se iniciou. O pernambucano Orlando, após receber uma involuntária agressão do centroavante Vicente, passou a provocar a desordem em campo. Queria brigar com qualquer um que estivesse a sua frente. E a situação piorou quando o árbitro expulsou, por engano, o jogador Bigode. Insatisfeito com a expulsão, Orlando saiu da sua posição de atacante para desafiar o ponta-esquerda Nezinho, do MAC, e dirigir palavras agressivas aos demais atletas. Seguiu-se, então, uma verdadeira batalha campal: estava disposto a bater-se com tôda aquela multidão que se comprimia no Estádio Santa Isabel. Esse seu jeito foi satisfeito quando o jogador atleticano respondeu com um sôco em Orlando. O craque de Recife avançou com uma fúria leonina sobre Nezinho e o agrediu a ponta-pés. O jogador alagoano revidou as ‘amabilidades’, mas Vicentini atacou-o pelas costas. Ai o tempo fechou, feio e forte.

Todos os jogadores do Fluminense e do Maranhão começaram a se engalfinhar em campo. As pessoas ocupantes das cadeiras na pista entraram no gramado e começaram a brigar também. A torcida da geral começou a invadir o campo. A polícia entrou em ação, mas sem resultado. Foi pedida a cooperação da força Federal. A partida ficou paralisada durante 50 minutos e a muito custo a situação foi normalizada, graças à intervenção do Exército, Polícia, Guarda-Civil e investigadores. O placar, porém, manteve-se: 2 a 0 em favor do Fluminense.

FICHA DO JOGO

Maranhão 0x2 Fluminense/RJ
Local:
Estádio Santa Izabel
Juiz: Jaime Pires Neves
Gols: Pinhegas e Geraldinho
Maranhão: Rui; Expedito e Cosmo; Batistão, Vicente e Merci; Galego, Inaldo, Pepe, Moura e Nezinho.
Fluminense/RJ: Batatais; Afonsinho e Haroldo; Vicentini, Pascoal e Bigode; Pinhegas, Orlando, Geraldino, Nandinho e Murilinho.

domingo, 21 de abril de 2024

Sampaio Corrêa x Fluminense/RJ - HISTÓRICO DOS CONFRONTOS

Sampaio Corrêa e Fluminense se enfrentarão pela terceira fase da Copa do Brasil de 2024. Será a segunda vez que as equipes se encontrarão na competição. Veja o histórico de jogos entre os tricolores:

    SAMPAIO CORRÊA 1x7 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

31.01.1946 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1x4 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

23.12.1948 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1x3 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

19.01.1958 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1x5 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

02.07.1959 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 3X1 FLUMINENSE/RJ (CAMPEONATO BRASILEIRO)

20.03.1974 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 0X0 FLUMINENSE/RJ (CAMPEONATO BRASILEIRO)

10.09.1986 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 2X1 FLUMINENSE/RJ (COPA DO BRASIL)

06.02.2002 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1X5 FLUMINENSE/RJ (COPA DO BRASIL)

20.02.2002 (RIO DE JANEIRO/RJ)

Jogo amistoso entre Sampaio e Fluminense no Estádio Santa Izabel, em 1948

Jogo entre Sampaio e Fluminense no Estádio Nhozinho Santos em 1974, pelo Campeonato Brasileiro

Jogo entre Sampaio e Fluminense no Estádio Nhozinho Santos em 1974, pelo Campeonato Brasileiro

Jogo entre Sampaio e Fluminense no Estádio Nhozinho Santos em 1974, pelo Campeonato Brasileiro

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Moto Club x Auto Esporte/PI - Campeonato Brasileiro 1984 [VÍDEOS]

Auto Esporte-PI 4x2 Moto Club (Campeonato Brasileiro Série A 1984) 

Moto Club 0x1 Auto Esporte-PI (Campeonato Brasileiro Série A 1984)

Sampaio Corrêa 1x1 Campinense - final do Brasileirinho de 1972 - FOTO

 Dois registros raros do jogo final do Campeonato Brasileiro da Série B de 1972 entre Sampaio Corrêa e Campinense da Paraíba, no Estádio Municipal Nhozinho Santos


sábado, 13 de abril de 2024

Sampaio Corrêa x Vasco da Gama - Copa do Brasil 1993 [VÍDEOS + SÚMULAS]

SAMPAIO CORRÊA 0X3 VASCO DA GAMA/RJ - JOGO DE IDA

 

 FICHA DO JOGO
 
Sampaio Corrêa 0x3 Vasco da Gama/RJ - 09/03/1993
Loca:
Estádio Castelão
Renda: não divulgada
Público: 34.283 pagantes
Juiz: Lineu Lisboa/PI
Bandeirinhas: Valdir Lima Vieira e José Steifell Araújo/PI
Gols: Carlos Alberto Dias, Bismarck e Valdir
Sampaio Corrêa: Juca Baleia; Luís Carlos, Toninho, Nenê e Catita; Zé Carlos, Júlio César e Junior; Baroninho (Carlos Alberto), Izone e Mazzolinha. Técnico: Meinha
Vasco da Gama/RJ: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Carlos Alberto Dias (Leonardo) e Bismarck; Valdir, Leandro e William (Geovane). Técnico: Joel Santana
 
VASCO DA GAMA 2X1 SAMPAIO CORRÊA - JOGO DE VOLTA
 
 
FICHA DO JOGO

Vasco da Gama/RJ 2x1 Sampaio Corrêa - 19/03/1993
Local:
Estádio São Januário
Juiz: indisponível
Gols: Leonardo e França (Vasco) e Leonildo (Sampaio Corrêa)
Cartão amarelo: Juca Baleia, Neném, Zé Carlos e Toninho.
Expulsões: Ivanildo e Geovani
Vasco da Gama/RJ: Márcio; Alê, Alex Oliveira, Ronald, Pimentel e Bruno Lima; Vitor, Geovani e Luizinho (Bismarck); França e Leonardo. Técnico: Joel Santana
Sampaio Corrêa: Juca Baleia; Jorge Antonio, Neném, Catita, Bernardino e Ivanildo; Zé Carlos, Mazolinha (Leonildo); Júlio César, Júnior Amorim e Izone (Toninho). Técnico: Meinha

Nilton Santos, bicampeão mundial, veste a camisa do MAC (1969)

Texto extraído do livro "Salve Salve Meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube"

Ele foi chamado de "A Enciclopédia" por causa dos conhecimentos sobre o futebol e por ser completo como jogador. Foi o precursor em arriscar subidas ao ataque através da lateral do campo. Revolucionou a posição de lateral-esquerdo, utilizando-se de sua versatilidade ao defender e atacar, inclusive marcando gols, numa época do futebol em que apenas tinha a função defensiva. Nilton Santos era um jogador à frente de sua época. Ao contrário dos zagueiros contemporâneos, gostava de ir ao ataque. Na Copa do Mundo de 1958, no jogo contra a Áustria, levou uma bronca do técnico Vicente Feola por ter passado do meio de campo. Ele fez mais. Tabelou com Mazzola e, na saída do goleiro, tocou com classe para fazer o segundo gol do Brasil.

Considerado com o melhor lateral-esquerdo da história, Nilton Santos defendeu apenas três times, o Botafogo, a Seleção Carioca e a Seleção Brasileira; porém, mesmo tendo atuado somente no Fogão, o ex-lateral era adorado por todo o país. Com o clube alvinegro, disputou 718 jogos e venceu por quatro oportunidades o Campeonato Carioca, nos anos de 1948, 1957, 1961 e 1962 e por duas vezes o Torneio Rio-São Paulo, em 1962 e 1964. Defendendo a Seleção Brasileira, o craque esteve presente nas Copas de 1950, 1954, 1958 e 1962, sagrando-se bicampeão, tendo disputado ao todo 84 partidas pelo Brasil e marcado três gols.

Em Junho de 1969, novamente o torcedor maranhense viria de perto um craque campeão mundial pela Seleção Brasileira. Dois anos antes, em 05 de Novembro de 1967, o Rei Pelé, atuando ainda pelo Santos, realizou um amistoso contra a Seleção Maranhense no Municipal. Na época, Pelé, já consagrado nos gramados, foi recebido no Palácio dos Leões pelo então Governador do Maranhão, José Sarney, que chegou a afirmar: “Vim ver o Santos jogar e vi a Seleção Maranhense”. O Rei do futebol ainda recebeu da FMF um Jubileu de Ouro, troféu em homenagem aos serviços prestados ao futebol nacional. A nossa Seleção perdeu o jogo pelo placar de 1 a 0, com a seguinte formação: Manguito; Paulo (Nivaldo), Alzimar, Alvim da Guia e Corrêa; Nélio (Carlos Alberto) e Barrão (Santana); Garrinchinha, Isaac, Cândido (Américo) e Pelezinho.

A vinda de Nilton Santos a São Luís foi uma promoção do então Diretor de Futebol, dr. Antônio Bento Cantanhede Farias. Além da “Enciclopédia”, Bento confirmou ainda a vinda de Foguete, jogador do Flamengo do Rio de Janeiro e na época preterido por diversos clubes. Junto a Nilton Santos, disputaria uma partida amistosa com a camisa do Maranhão diante do Moto Club, no Municipal. O dirigente ainda tentou confirmar a vinda do atacante Vavá, bicampeão mundial para o amistoso. Porém, em virtude de uma pancada no joelho no jogo diante da Portuguesa, o “Leão da Copa” desembarcaria em nossa capital apenas um mês depois, para envergar a camisa do Sampaio Corrêa em jogo amistoso diante do MAC.

Nilton Santos e Foguete receberam um cachê de Cr$ 2 mil, livres de despesas, pela apresentação. O Moto recebeu uma cota de Cr$ 1 mil novos e o Maranhão teve participação na renda da partida. Viajando pelo CD-6 da Vasp, os dois atletas desembarcaram às 16 horas no Aeroporto do Tirirical, na véspera do jogo amistoso, e ficaram hospedados no Hotel Central. Os patrocinadores da vinda dos famosos jogadores à nossa capital programaram, à noite, um coquetel, do qual também participou parte da imprensa local.

Na tarde do dia 05 de Junho de 1969, o Estádio Nhozinho Santos recebeu um excelente público para acompanhar o lateral-esquerdo envergar a camisa do Maranhão. Sob o comando do estreante treinador Rinaldi Maia, o MAC entrou a campo com Da Silva; Baezinho, Smith, Nilton Santos e Elias; Yomar e Toca; Ribamar, Hamilton, Foguete e Dario. O Papão, comandado por Sávio Ferreira, perfilou com Renê; Paulo, Alzimar, Ziza e Corrêa; João Bala e Santana; Djalma, China, Pelezinho e Ribamar. Embora se reforçando com as duas grandes estrelas, o Maranhão não conseguiu suplantar o poderio do Moto, que venceu com relativa facilidade pelo placar de 3 a 1, de virada. Nilton Santos voltou a demonstrar a indiscutível categoria que o fez conhecido nos gramados mundo afora pela nossa seleção. 

Aproveitando os lançamentos de Foguete, o MAC iniciou a partida com superioridade, explorando a velocidade de Hamilton, que caia pela ponta-esquerda, levando perigo à defesa rubro-negra. O Maranhão abriu a contagem aos 15 minutos, por intermédio de Dario, após boa jogada de Foguete. Pelezinho, pegando o rebote após falha de Nilton Santos, empatou aos 38 do primeiro tempo e Djalma desempatou aos 44 minutos. Na fase final, o Moto fechou a contagem em 3 a 1, após subida de Pelezinho pela esquerda, que tocou para Baezinho chutar contra o gol de Da Silva, que espalmou e deixou a bola livre para China, estreante com a camisa rubro-negra, fechar o marcador. Após o jogo, Nilton confidenciou a algumas pessoas que estava admirado pelo fato de Kelé, que havia passado pelo Botafogo, ter jogado no futebol maranhense. Kelé, usuário de droga, veio tentar a sorte no Maranhão, após final de carreira.

Ainda em 1969, São Luís receberia a visita de mais dos grandes gênios da bola: Vavá e Garrincha, bicampeões mundiais pela Seleção Brasileira. No dia 06 de Julho, o “Leão da Copa” vestiu a camisa do Sampaio Corrêa no empate em jogo amistoso diante do Maranhão por 2 a 2. O “Gênio das pernas tortas”, por sua vez, desembarcou em nossa capital no dia 15 de Novembro, em partida amistosa contra o Maranhão, que acabou empatada em 1 a 1. 

Nilton Santos morreu às 15h50 do dia 27 de Novembro de 2013, aos 88 anos, na Fundação Bela Lopes, em Botafogo, Zona Sul do Rio, vítima de uma infecção pulmonar. O quadro foi agravado por uma insuficiência cardíaca grave. O ex-craque também sofria de Alzheimer. Nilton Santos deixou um legado de fãs pelo Brasil e exterior, encantados com a sua genialidade dentro dos gramados. Restava à torcida atleticana, contudo, ter a primazia de ver o craque, durante apenas 90 minutos, ostentar a camisa Quadricolor. Uma honra para poucos.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Sampaio Corrêa x Corinthians - Copa do Brasil 1989 [VÍDEOS + FICHAS]

 FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 3x2 Corinthians/SP - JOGO DE IDA
Local:
Estádio Castelão
Data: 19 de julho de 1989
Juiz: Nei Andrade Nunesmaia
Público: 11.450 pagantes
Renda: Cr$ 32.112,00
Gols: Orlando, Ademir e Edmílson (Sampaio Corrêa); Viola, Dicão (Corinthians)
Sampaio Corrêa: Tonho; Luis Carlos, Douglas, Papinha, Chiquinho, Zé Carlos (Rosclin), Orlando, Raimundinho, Ademir, Lela (Da Costa) e Edmílson. Técnico: Ivan Gradim
Corinthians/SP: Ronaldo Giovanelli; Giba, Marcelo, Dama, Denys, Márcio, Barbiéri (Rizza), Wilson Mano, Marcos Roberto (Dicão), Viola e Mauro. Técnico: Palhinha

 FICHA DO JOGO

Corinthians/SP 1x0 Sampaio Corrêa
Local
: Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu)
Data: 23 de julho de 1989
Juiz: Paulo Roberto Chaves
Público: 19.432 pagantes
Renda: Cr$ 110.240,00
Gol: Fabinho
Corinthians/SP: Ronaldo Giovanelli; Wilson Mano, Marcelo, Dama, Denys, Márcio, Eduardo, Neto (Rizza), Fabinho, Viola e Mauro (Pinella). Técnico: Palhinha
Sampaio Corrêa: Tonho; Luís Carlos, Douglas (Ivanildo), Papinha, Chiquinho, Zé Carlos, Orlando, Raimundinho, Ademir, Lela (Da Costa) e Edmílson. Técnico: Ivan Grandim

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Maranhão 1x1 Grêmio/RS - Campeonato Brasileiro Série A 1980 [FOTOS, FICHA E VÍDEO]




 FICHA DO JOGO

Maranhão 1x1 Grêmio/RS
Data:
16 de março de 1980
Local: Nhozinho Santos
Juiz: Edson Massa/SP
Renda: não divulgada
Público: 16.616 pagantes
Gols: Antonio Carlos (pênalti) aos 20 e Baltazar aos 35 minutos do segundo tempo
Maranhão: Veludo, Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antonio Carlos; Tataco, Juarez e Naldo; Dejaro (Neco), Riba e Serginho. Técnico: José Santos
Grêmio/RS: Remi, Eurico, Anchetta, Vantuir e Dirceu; Victor Hugo, Balduino e Paulo Izidoro, Tarciso, Baltazar e Jessum. Técnico: Oberdan

Créditos: Instagram "Curiando e Historiando"

sábado, 30 de março de 2024

Dona Sebastiana, um caso de amor com o Maranhão [TEXTO E VÍDEOS]

Texto extraído do livro "Salve, Salve, Meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube:

Quando o Maranhão Atlético Clube nasceu, em Setembro de 1933, poucos meses depois nascia também uma mulher que se tornaria não somente apenas mais uma dentre tantas outras na torcida pelo Glorioso, mas sim uma torcedora especial. A vida de dona Sebastiana mistura-se às vezes com a própria história do Quadricolor. Filha de uma numerosa família, aprendeu desde cedo a amar e respeitar as cores do clube a qual se mantém fiel. Faça chuva ou faça sol, lá está ela, presente em todos os jogos do clube na capital e, vez ou outra, pelo interior do Estado. Mesmo aposentada e, claro, gozando do privilégio da meia-entrada, faz questão de pagar o valor integral do bilhete. “É para ajudar o clube”, justifica-se. Essa é a história de amor que nasceu há mais de 60 anos entre Dona Sebastiana, a torcedora símbolo que virou uma referência nas arquibancadas, e o Maranhão.

Sebastiana Costa Leite Dias nasceu no dia 20 de Janeiro de 1933, na cidade de São Vicente Ferrer, a 280 quilômetros de São Luís e localizada na região conhecida como Baixada Ocidental Maranhense. E foi ainda na juventude que nasceu a sua militância pelo clube atleticano. Por influência do seu filho, Raimundo de Jesus, maqueano desde criança, dona Sebastiana passou a nutrir um sentimento de amor pelas cores atleticanas, no já distante ano de 1954. Casada e mãe de oito filhos, começou a assistir a todos os jogos e acompanhar a vida do clube no momento em que a sua família passou a residir em nossa capital. Morando há mais de 40 no mesmo local, o Bairro de Fátima, dona Sebastiana, carinhosamente conhecida como dona Sebá e respeitadíssima por bolivianos e motenses, não perde um único jogo. “Somente se eu estiver doente”, conta. E a sua militância não se resume apenas às arquibancadas. Frequentemente é vista pela sede social do clube e participa de festas e momentos especiais do clube. Em 1993, ela foi homenageada pela diretoria após o titulo Estadual, além de inúmeras outras homenagens posteriores do próprio clube.

Assumidamente fã do goleiro Raimundão, o qual o trata como um filho, dona Sebastiana já fez verdadeiras loucuras pelo Maranhão: além de acender velas pelas vitórias da equipe, deslocou-se a diversos interiores com as torcidas organizadas para acompanhar os jogos. E perdeu a conta do número de cidades que já visitou – “Cajapió, Bacabal, Imperatriz, Viana, Caxias e outras”, recorda. É em casa, porém, que a torcedora símbolo do MAC revela um verdadeiro acervo de souvenir. Coleciona camisas, bandeiras, quadros, pôsteres, álbum de fotos e até um carneirinho e um pinguim devidamente uniformizados com as cores do Maranhão. Os oito filhos lhe renderam 14 netos e 4 bisnetos. A exceção de apenas um neto, boliviano, todo o restante da sua família é maqueana.

Nas arquibancadas, a calma, o bom humor e a serenidade dão lugar a uma torcedora vibrante, firme e que constantemente profere um verdadeiro vocabulário de palavrões contra os adversários. Trata todos os atletas maqueanos como filhos e, até mesmo nas derrotas, nunca perde o bom humor. Um verdadeiro exemplo para as antigas e, principalmente, novas gerações. 

Dona Sebastiana, torcedora símbolo do Maranhão Atlético Clube (parte 01)

 Dona Sebastiana, torcedora símbolo do Maranhão Atlético Clube (parte 02)

sábado, 23 de março de 2024

Gols do Maranhão Atlético Clube no Campeonato Nacional 1979 [ÁUDIOS]

Central de Caruaru/PE 2x2 Maranhão - 14/10/1979

 

Maranhão 1x0 Uberaba/MG - 21/10/1979

 

Maranhão 3x2 Náutico/PE - 23/10/1979

  

Maranhão 1x0 River/PI - 27/10/1979

  

Maranhão 1x1 Piauí/PI - 30/10/1979

  

Tiradentes/PI 0x3 Maranhão - 03/11/1979

 

Maranhão 1x0 XV de Jaú/SP - 08/11/1979

 

Maranhão 1x0 Itabaiana/SE - 15/11/1979

Sampaio Corrêa - Campeão Maranhense 1964 [PÔSTER]


Moto Club 3x3 Clube do Remo/PA: Salomão Mattar, Diretor do Moto, tenta “Mattar” árbitro em campo (1961)

Texto extraído do Livro "Memória Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte"

Com todo o perdão do trocadilho, Moto Club x Club do Remo, válido pela Taça Brasil de 1961, proporcionaram uma das cenas mais absurdas já vistas em campo no confronto Maranhão x Pará. A histórica rivalidade existente entre os dois Estados sempre se configurou por passagens curiosas e até cômicas, a exemplo dos confrontos envolvendo clubes maranhenses contra os piauienses, sobretudo em décadas passadas. Quando o Moto Club atuava na capital piauiense, não raros eram os mementos de “gentilezas” do torcedor mafrense, com invasão a campo, agressão a atletas motenses no vestiário e até chuva de pedras. Mais cavalheiresco, impossível!

A título de curiosidade, pela mesma Taça Brasil, mas a edição de 1967, o Moto Club venceu o E. C. Piauí em pleno Lindolfo Monteiro por 1x0. Porém, a partida sequer chegou ao seu final, em virtude da condenável atitude do dirigente desportista piauiense ex-deputado Alfredo Nunes, que invadiu o campo para tomar satisfações com o juiz da Federação Carioca de Futebol, Sr. José Teixeira de Carvalho, que não marcou uma penalidade a favor da equipe piauiense. Na ocasião, torcedores piauienses saltaram o alambrado do estádio e agrediram o árbitro, que encerrou a partida aos 25 minutos da etapa final por falta de segurança. Após a partida, o árbitro ainda permaneceu em campo durante mais de uma hora, enquanto eram lançados foguetes, chupas de laranjas e outros objetos pelos torcedores contra a sua pessoal. Somente com a chegada de reforço policia fortemente armado foi possível ao mesmo abandonar o estádio. Mesmo assim, os torcedores postavam-se nos portões do estádio, insultando o pobre árbitro. Era a terceira vez que o mesmo Alfredo Nunes, na época o Presidente da Federação Piauiense de Futebol e Presidente do E. C. Piauí, infamava a torcida maranhense quando clubes da nossa capital jogavam no Lindolfo Monteiro. Em outra ocasião, durante o amistoso River 2x1 Moto Club, também em Teresina, o juiz piauiense Abdala Jorge Cury assinalou uma penalidade máxima em favor dos donos da casa, em partida realizada no dia 14 de Maio de 1961. Jogadores maranhenses queriam sair de campo, porém diretores da embaixada, mesmo reconhecendo o esbulho, não aprovaram a idéia dos atletas. Após o jogo, o Delegado de Polícia da cidade de Timon  agrediu o Presidente Alfredo Nunes.

Pela ocasião do embate entre maranhenses e paraenses, em Julho de 1961, os ânimos mais exaltados chegaram ao limite de levar um diretor do Papão do Norte a ameaçar de morte o próprio juiz do confronto entre Moto e Remo, manchando a história dos jogos entre as duas agremiações. Remistas e motenses estrearam na Taça Brasil daquele ano jogando em Belém, onde historicamente os clubes maranhenses sempre tiveram grande dificuldades para jogar (tanto pelo adversário como pela torcida). Os 4x0 do Clube do Remo na partida de ida mostraram bem o que significa jogar naquela cidade. Com uma vitória nas costas, a embaixada do Remo, tendo como Presidente do maranhense Vinicius Bahury (grande desportista e paredro remista havia muito tempo) desembarcou em São Luis para a partida de volta, ficando hospedado no Hotel Central, na época um dos melhores da nossa cidade. Como o Clube do Remo havia vencido a primeira partida, jogava apenas por um empate para seguir na competição. Ao time motorizado, atual bicampeão maranhense, somente a vitória importava, o que forçaria uma terceira partida (naquela época, o saldo de gols não importava, apenas o número de pontos. Ou seja, em caso de uma goleada por uma boa margem de gols, apenas uma vitória simples do adversário bastaria para a realização de um jogo extra). Para a partida de volta, desembarcou em São Luis até uma caravana de torcedores do Clube do Remo, pela “Paraense Transportes”, empresa aérea que havia muito tempo prestava serviços dentro da nossa capital.

Assim perfilou o Papão no jogo de volta, realizado no dia 23 de Julho de 1961 e sob a direção do experiente professor Rinaldi Maia: Bacabal; Baezinho, Calado, Terrível e Esmagado; Gojoba e Ananias; Garrinchinha, Nabor, Zezico e Neto. O Moto sentiu o peso da expulsão do capitão Ananias, apesar de atacar desde o início da partida. Porém, quando o rubro-negro maranhense apresentava-se melhor em campo, Estanislau inaugurou o marcador. Garrinchinha e Ananias colocaram o Moto Club à frente do marcador. Quando Valter, do Remo, empatou a partida, Ananias foi expulso por entrada maldosa em Isaias, dificultando a vida e a classificação do rubro-negro. No período final, mesmo lutando, o Moto Club nada mais pode fazer e ainda foi traído por um frango. Garrinchinha, cobrando pênalti, ainda empatou, mas já era tarde, o Moto Club dava adeus à competição. A desclassificação em pleno Nhozinho Santos passou até despercebido face ao fato vergonhoso que ocorreu após a partida...

O árbitro Orlando Pinto apitava pela segunda vez uma partida de futebol em nosso estado (nessa época, o juiz vinha junto com o time visitante, não havia ainda esse critério de um árbitro neutro). A exemplo da primeira experiência em solo maranhense, a sua arbitragem não agradou à torcida e foi vista como tendenciosa inclusive por parte da imprensa. No jogo em que o Papão foi desclassificado para o Remo no empate em 3 a 3, terminada a partida, registrou-se tremenda confusão, com o Sr. Salomão Mattar tentando atirar no juiz e a polícia distribuindo cacetadas para valer. Vale ressaltar que Salomão Mattar, com arma em punho, pulou da tribuna de honra e, na queda, ainda ficou “puxando” a perna por muitos anos depois. Com a expulsão de Ananias, a própria torcida, que já esperava a terceira partida entre motenses e azulinos, revoltou-se contra o juiz. O próprio Salomão, após a partida, entrou em campo, de revólver em punho, antes de ameaçar o árbitro. Somente não houve uma tragédia em campo devido ao Capitão Emílio Vieira, que interveio junto ao Diretor do Moto. Após o empate, alguns atletas motenses foram à casa de Salomão Mattar, receber um vale. Salomão incentivou os atletas a sequestrarem o juiz, para que a súmula fosse rasgada e não chegasse à CBD. Foi um final vergonhoso.

FICHA DO JOGO

Moto Club 3x3 Clube do Remo/PA
Data:
23 de julho de 1961
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda e público: não informados   
Juiz: Orlando Pinto/PA
Gols: Estanislau aos 10, Garrinchinha (pênalti) aos 35, Ananias aos 41 e  Walter as 44 minutos do primeiro tempo; Abel aos 26 e  Garrinchinha (pênalti) aos 39 minutos do segundo tempo
Expulsão:  Ananias aos 45 minutos do primeiro tempo
Moto Club: Bacabal; Baezinho, Calado, Terrivel e Esmagado (Português); Gojoba e Ananias; Garrinchinha, Zezico, Nabor e Neto. Técnico: Rinaldi Maia
Clube do Remo/PA: Piedade; Ribeiro, Abel, Socó e Pedro Buna; Isaias e Sessenta; Jorge de Castro, Walter, Estanislau e Chaminha

Sampaio Corrêa 0x1 Moto Club – Campeonato Maranhense 1968

Sampaio Corrêa e Moto Club de São Luís, para surpresa geral, realizaram a pior partida do Campeonato Maranhense de 1968, na tarde do domingo, 07 de julho daquele ano, no Estádio Municipal Nhozinho Santos. Faltou tudo, além de técnica e disciplina, num jogo em que o pobre torcedor arrancou de sua minguada economia Cr$ 1,50 por um ingresso de geral, quando no Rio e São Paulo o preço cobrado aqui dava para entrar três torcedores.

O que se viu foi uma verdadeira palhaçada da parte de alguns jogadores e moto e Sampaio Corrêa, isso no decorrer dos 100 minutos de jogo, já que houve descontos. A vitória pertenceu ao rubro-negro da Fabril através do marcador de 1 a 0, graças a um pênalti cometido pelo zagueiro central Djalma, do Sampaio, em Zezico. No momento em que o atacante motense preparava-se para chutar contra o arco de Marcial, foi aterrado dento da grande área pelo zagueiro central sampaíno. Neguinho foi o autor do gol, chutando de pé direito um pelotaço, tendo Marcial ainda tocado na bola, que entrou pelo lado esquerdo do arqueiro sampaíno.

Ataque perigoso do Moto Club: Pestana passa por Célio e chuta forte para o arco sampaíno. Marcial cai ao solo completamente batido, aparecendo o travessão inferior para salvar a cidadela boliviana. Célio ficou parado, torcendo para que a bola não entre.

Único gol do clássico, arcado por intermédio de Neguinho
 
FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 0x1 Moto Club
Data:
07 de julho de 1968
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 6.208,00
Público: 3.111 pagantes
Juiz: Francisco Sousa
Gol: Neguinho (pênalti) aos 35 minutos do primeiro tempo
Expulsão: Zezico aos 21 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Marcial (Zé Raimundo); Osvaldo, Djalma, Evilásio e Célio; Carlos Alberto e Almir; Tutinha, Geraldo Lelis, Lobato (Formiga) e Itamar. Técnico: Alberino de Paula
Moto Club: Vila Nova; Paulo, Alzimar, Neguinho e Corrêa; Ronaldo e Santana; Pestana, Djalma Campos, Pelezinho e Zezico. Técnico: Marçal Tolentino Serra

quinta-feira, 21 de março de 2024

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Sampaio Corrêa 1x0 Moto Club - Sampaio, campeão do Troféu João Havelange (1972)

Em jogo válido pelo Campeonato Maranhense, o Moto acabou sendo derrotado pelo Sampaio através de contagem mínima, com gol marcado por Neguinho, cobrando penalidade máxima, aos 19 minutos da etapa inicial. O time motense não jogou bem. Com Marcos caindo de produção atuando no meio de campo ao lado de Faísca e com isto sacrificando o trabalho do anilense. Com a tática lançada por Paulo Sousa Arantes de dois na Área, Vinícius e Zé Branco, não agradou e o placar foi justo para o Tricolor, que esteve melhor. O Moto somente cresceu no tempo final devido o Sampaio ter se retraído e fazendo ataques na base do chuveirinho. Com a vitória, o Sampaio Corrêa ficou com o troféu João Havelange, ofertado ao vencedor da partida.


FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x0 Moto Club
Data:
30 de julho de 1972
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: 8.274 pagantes
Juiz: Wilson de Moraes Wanlume
Bandeirinhas: Lercílio Estrela e Raimundo Sena
Gols: Neguinho (pênalti) aos 19 minutos do primeiro tempo
Sampaio Corrêa: Paulo Figueiredo; Célio, Neguinho, Clécio e Valdeci; Airton, Djalma Campos (Prado) e Edmilson Leite; Lima, Vamberto e Itamar. Técnico: Marçal Tolentino Serra
Moto Club: Assis; Edair, Marins, Sérgio e Carlito; Faisca, Vinicius e Marcos (Roberto); Vanderlei, Zé Branco e Chicolé (Tuica). Técnico: Sousa Arantes

quarta-feira, 20 de março de 2024

Maranhão Atlético Clube - Campeonato Maranhense 1965 [PÔSTER]


Sampaio Corrêa inaugura a sua sede administrativa (1970)

Em solenidade que contou com a presença de destacada autoridade do esporte local, imprensa, rádio e desportistas em geral, a diretoria do Sampaio Corrêa procedeu na noite do dia 13 de novembro de 1970 à inauguração de sua sede administrativa, na Praça João Lisboa, e no novo alojamento para os jogadores, na rua de Santa Rita. O ato foi simples, mas encheu de satisfação os simpatizantes do clube e que poderão sentir o início de um trabalho dedicado e eficiente em favor do Mais Querido.

O sr. Cláudio Ferreira, um dos grandes entusiastas do Sampaio, foi quem se encarregou de receber os visitantes e mostrar à imprensa todas as dependências da “Casa do Atleta”. A organização, luxo e conforto chamou a atenção de todos ao lado do bom gosto em pequenos detalhes. Foi servido um coquetel à imprensa e o presidente Rupert Macieira falou dizendo de sua satisfação em poder entregar aos jogadores o alojamento com melhores condições, acrescentando que iniciou assim a campanha para a conquista do campeonato. Frisou ainda que tudo está custando muito dinheiro e dedicação dos dirigentes, mas está certo de que o resultado será o sucesso e conquista do campeonato.

O alojamento dos jogadores na rua Santa Rita está dotado de Departamento Médico, mesa de massagem, refrigerador, aparelho de televisão, armários individuais para os jogadores e alto conforto dos dormitórios. Heraldo, Roberto, Célio Costa e Adeildo foram os primeiros a chegar à nova sede e não escondiam a alegria pelo novo ambiente. Logo na entrada, foram advertidos para tomarem conhecimento do regulamento interno da sede, elaborado pela diretoria, e que exige o máximo de disciplina e respeito e adverte para o caso de infração até com a rescisão de contrato.

A diretoria do Sampaio demonstra inegavelmente grande disposição para procurar das ao trabalho de base em busca de melhores dias e de dar ao clube realmente o que há de melhor. A inauguração das suas sedes ontem é sem dúvida um passo certo da diretoria que assim dá solução a um antigo problema e sobretudo dá maior condições de conforto a seus jogadores para poder exigir ao máximo de cada um. A sede deve ser visitada por todos os torcedores e sócios, que só assim poderão sentir o trabalho que vem fazendo o dr. Ruperto Macieira e seus auxiliares à frente do Sampaio Corrêa.

SEDE DEFINITIVA – no dia 18 de dezembro de 1971, na residência do sr. Antônio Marque foi realizada a assinatura de transferência e posse do terreno adquirido na Praia do calhau, onde o Sampaio Corrêa construirá, numa área de 12 hectares, sua magnífica sede social. O ato foi de grande significado, pois confirma a meta do Mais Querido maranhense em proporcionar mais conforto e alegrias aos seus milhares de torcedores e simpatizantes.

Jurandir Santos, quando também assinava o documento de posse do terreno, onde será erguida a maior obra de um clube particular no Maranhão. No ato também presente: Walter Zidan, primeiro mandatário boliviano, Antônio Marques, proprietário, e os representantes da Guaiba, Luciano e José Maurício

O presidente Walter Zaidan assina o documento de posso do terreno, na presença do ex-proprietário, sr. Antônio Marques, ladeado pelos representantes da Guaíba, Luciano Silva e José Maurício, além do presidente do conselho, Jurandir Santos
 
Ladeado pelo presidente Walter Zaidan e Jurandir Azevedo, o sr. Antônio Marques Ferreira faz a transferência d terreno adquirido ao Sampaio, na Praia do Calhau, onde será construída a sede social

segunda-feira, 18 de março de 2024

Ferroviário - Campeonato Maranhense 1976 [PÔSTER]


Moto Club 1x0 América/RN - Campeonato Brasileiro Série B 1995 [VÍDEO]

 FICHA DO JOGO

Moto Club 1x0 América/RN
Data:
19 de agosto de 1995
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: não informado
Público: 3.553 pagantes
Juiz: Elizeu Lima/PI
Bandeirinhas: não informado
Gol: Paulo César aos 31 minutos do segundo tempo
Moto Club: Arilson; Araújo, Paulo César, Flávio e Paulo Sérgio; Márcio, Dindô e Quincas (Edmilson); Fuzuê (Dicão), Alencar (Alexandre) e Bigú. Técnico: Dé Aranha
América/RN: Jorge Pinheiro; Marquinhos, Tiê, Val e Mingo; Erivandro, Marcos e Lico (Elder);  Vamberto, Montanha e Naldo. Técnico: Luís Carlos Scala

Sampaio Corrêa 3x0 Maranhão - Campeonato Maranhense 1992

O Sampaio quebrou a invencibilidade de 20 jogos do Maranhão no campeonato com uma goleada de 3 a 0, na tarde do dia 29 de agosto de 1992 (domingo), no estádio Castelão, com gols do estreante Júnior, Zé Roberto e Dico. O resultado foi absolutamente normal, apesar do MAC apresentar melhor futebol nos primeiros 30 minutos do primeiro tempo, inclusive perdeu pelo menos quatro chances de gols. O Tricolor, que pouco produziu nesta etapa do jogo, virou o intervalo com 1 a 0, com um bonito gol de Júnior, aos 40 minutos, depois de escanteio cobrado por Bareninho. Ismael desviou a bola, Zé Roberto cabeceou o travessão e na sobra fez o gol.

Na etapa complementar, o Maranhão voltou pior, nervoso e o Sampaio aproveitou bem os contra-ataques e foi assim que liquidou o adversário, com Zé Roberto, em alto estilo, em jogada individual, pelo meio, puxou para a direita e chutou no canto direito do goleiro Clemer: Sampaio 2 a 0, aos 27 minutos. Aos 30 minutos, Dico, em grande jogada fechou o placar: limpou a jogada pela esquerda e arrematou de fora da área, no canto esquerdo. Estava decretada a derrota do último invicto no campeonato.

No começo do jogo, o Maranhão perdeu o meio-campista Rogério que sofreu uma grave contusão na costela direita, até com suspeita de fratura, em lance com Zarur. Mazinho entrou aos 10 minutos e não manteve o mesmo ritmo do campeonato, que é um jogador mais criativo. Mesmo assim, o time de Eliezer Ramos foi melhor, mas muito mal nos arremates. O Sampaio, que chutou apenas uma bola no primeiro tempo e entrou, foi no gol de Júnior, promoveu a estreia de Zarur e Júnior, ambos com bom desempenho, apesar da falta de entrosamento e melhor condição física. Mas foi Zé Roberto o destaque do Tricolor. Além do gol, Zé Roberto fez grandes jogadas e saiu de campo bastante aplaudido. Na época desse confronto do clássico Samará, ele ocupou a vice artilharia do campeonato, com 13 gols, um a menos que Izoni, do Moto Club.  




FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 3x0 Maranhão
Data:
30 de agosto de 1992
Local: Estádio Castelão   
Renda: Cr$ 132.000,00
Público: 1.404 pagantes
Juiz: Antônio Macedo
Bandeirinhas: Verandy Fontes e Washington Maciel
Gols: Júnior aos 40 minutos do primeiro tempo; Zé Roberto aos 27 e Dico Maradona aos 30 minutos do segundo tempo
Expulsão: Junior, Ismael e Cabecinha
Sampaio Corrêa: Juca Baleia: Tarantine, Toninho, Zarur e Catita; Nilson, Júnior e Dico Maradona; Ismael, Zé Roberto e Baroninho. Técnico: Esquerdinha
Maranhão: Clemer; Marcos, Cabecinha, Oliveira Lima e Reginaldo; Batista, Rogério (Mazinho) e Oliveira Sobrinho; Mael, Juca e Jackson (Luís Carlos). Técnico: Eliéser Ramos

domingo, 17 de março de 2024

Sampaio Corrêa 2x0 Tiradentes/PI - Campeonato Brasileiro Série B 1982 [ÁUDIO]

 FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 2x0 Tiradentes/PI
Data:
27 de janeiro de 1982
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 712.800,00
Público: 4.819 pagantes
Juiz: Almir Laguna/SP
Bandeirinhas: não informado
Gols: Cabecinha (pênalti) aos 5 minutos do primeiro tempo; Fernando aos 13 minutos do segundo tempo
Expulsão: Baiano
Sampaio Corrêa: Dico; Mendes, Gallote, Rosclin e Valdeci; Zequinha, Evandro e Joaquim; Fernando, Cabecinha (Rodrigues) e Bimbinha (Moreira). Técnico: Nelson Gama
Tiradentes/PI: Batista; Valdemar, Wagner, Zuega (Baiano) e Valter; Jamilson (Zuega), Sabará e Hamilton Rocha; Luís Sérgio (Carlinhos), Flávio e Geraldo Técnico: Alberino de Paula "Bero"

Djalma Campos: 14 anos ganhando títulos pelo Sampaio Corrêa

Neste post, faço um título sobre um dos maiores nomes do futebol do nosso Estado, o meia Djalma Campos. Eu, titular deste blog, tive a sorte em conhece-lo em 2008, um ano antes do seu súbito falecimento. O texto a seguir foi parte dele extraído da publicação do jornal "O Estado do Maranhão" (suplemento Esportivo), de 12 de novembro de 1974, e adaptado com algumas partes de registros do livro “Sampaio Corrêa: uma paixão dos maranhenses”, que lancei em 2011. No final deste post, deixo o áudio do samba enredo "Missão cumprida, a estrela brilha no universo da alegria" (Flor do Samba), escola que homenageou Djalma Campos na avenida em 2011.

Djalma Campos, líder do time e da torcida
 
Com uma distensão muscular que o afastou do jogo e domingo contra o Ferroviário, Djalma dos Santos Campos assistiu a partida do banco dos reservas. Calmo, como sempre, não perdeu a serenidade nem mesmo quando no final do jogo viu a sua equipe sair derrotada e perdendo ali a oportunidade de continuar lutando pelo turno de classificação. Nos vestiários, teve uma palavra de conforto para os companheiros de equipe, mas não conseguia esconder sua decepção. Desde os primeiros minutos da partida, o torcedor boliviano começou a sentir sua falta. A falha do time estava justamente ali no meio de campo. Faltava o futebol simples, habilidoso e inteligente de Djalma. Faltava o líder que ele sabe ser dentro e fora de campo. A torcida começa a compreender e a aceitar sua ausência no gramado porque sabe que Djalma, fora de campo, tem também dado nos últimos anos uma colaboração muito grande ao clube e agora já se prepara para dar arquivar as chuteiras e passar definitivamente a dirigente.  

Desde 1962, quando começou nos juvenis do Sampaio Corrêa, tem feito parte de sua vida e agora a cada ano tem sido mais difícil encontrar o dirigente certo e a torcida boliviana já se manifestou a favor de sua candidatura para presidente em janeiro. Eleito duas vezes vereador mais votado da cidade pela torcida do Sampaio, agora Djalma está pleiteando um cargo na Assembleia. Se chegar lá, como espera, o Sampaio vai ganhar um presidente que gosta do clube, é grato à sua torcida com amplas condições de repetir na administração, o que conseguiu nos campos ao longo destes quatorze anos. Vinte e oito títulos. A história completa da carreira vai contada aqui em dados colhidos por Manoel Raimundo do Amaral (historiador já falecido) e que resume a vida de um dos maiores craques do nosso futebol, com 282 partidas pelo Sampaio e 120 vitórias.

Iniciou a sua carreira no juvenil do Sampaio Corrêa em 1962, onde permaneceu até 1967, jogando também nos aspirantes e em algumas partidas na equipe principal nesse período e levantou os títulos de tricampeão juvenil em 1962/63/64 e bicampeão de aspirantes em 1966/67. Findo o campeonato de aspirantes em 1967, Djalma foi promovido definitivamente à equipe principal do Sampaio Corrêa, juntamente com alguns outros aspirantes, como Cadinho, Pompeu, Nivaldo, Maioba, João Bala, Cazoca, Antônio e Zé Osvaldo, entre outros; permanecendo na equipe principal do Sampaio até o início de 1968, quando teve o seu passe negociado com Guido Bettega, que o presenteou ao Moto Club, na época dirigido por Allan Kardec.

A sua estreia no Moto aconteceu no Campeonato Maranhense de 1868, na partida em que o Moto Clube goleou o Renner por 6 a 2, no dia 27 de abril daquele ano, tendo o mesmo consignado na oportunidade dois belos gols. Permaneceu no rubro-negro até dezembro de 1969, onde conquistou os títulos de campeão da Taça José Oliveira, tricampeão maranhense e campeão do Norte em 1968, fazendo nesse ano o gol de empate do Moto Club em Teresina, diante do Piauí, resultado que deu ao Papão o direito de enfrentar o Bahia nas semifinais da Taça Brasil setor Nordeste; foi ainda campeão da Taça da Independência e do Torneio Vicente Fialho, em 1969. Em sua passagem pelo Moto Club, Djalma participou de 84 partidas, das quais venceu 43, empatou 17 e perdeu 24 vezes.

Ainda como jogador do Moto Club, foi emprestado ao Sampaio Corrêa, para disputar o final do Nordestão, onde realizou quatro partidas, empatando com o Maranhão, vencendo o River em Teresina e vencendo o Flamengo e o Piauí em nossa capital. Devolvido ao mesmo, realizou sua partida de despedida jogando contra o mesmo Sampaio Corrêa no dia 16 de dezembro de 1969, partida essa em que o Moto venceu por 1 a o, gol marcado por Garrinchinha.

Terminado o seu contrato com o Moto Club em dezembro de 1969, Djalma regressou ao Sampaio, clube de sua paixão, onde permaneceu por mais alguns anos, a pedido da diretoria. Estreou contra o Maranhão em 19 de janeiro de 1970, na partida que o Sampaio levou de vencida por 2 a 1. Como jogador do Sampaio, Djalma conquistou os títulos de vice-campeão todo Torneio Maranhão Novo em 1970, três vezes vice-campeão da Taça Cidade de São Luís em 1970/71/82, campeão do Torneio Início em 1970, bicampeão maranhense em 1970/71, este último de forma invicta, campeão da Taça José Ribamar Araújo em 1970, campeão do Torneio José Marão em 1970, campeão do Torneio da Vitória em 1971, do torneio Zoroastro Maranhão em 1972, da Taça Engenheiro Lourenço Vieira da Silva em 1972, da Taça João Havelange em 1972, campeão Brasileiro da segunda divisão em 1972, campeão maranhense em 1972 e em 1973 levantou o título de campeão da Taça Cidade de São Luís e do Torneio Maranhão-Pará.

Participou em 282 jogos, dos quais venceu 120, empatou 85 e perdeu 67 vezes pelo Tricolor. Nos clubes por onde passou, Djalma sempre conseguiu ter bom relacionamento com as diretorias e em meio à torcida, onde conseguiu ser ídolo. Atualmente Djalma é vereador, eleito pela segunda vezes com maioria de votos pelo Arena, jogador em plena atividade.

Elegendo-se, continuará a trabalhar em prol do futebol maranhense, principalmente pelo Sampaio Corrêa, quer como jogador, quer como dirigente, se for convidado, ou mesmo como jogador, visto que é ídolo da torcida e pela qual tem o maior respeito e carinho.

Jogadores do Moto parabenizam Djalma, antes de jogo, por sua eleição para Deputado Estadual, que valoriza a classe do jogador de futebol
 
Toque de bola habilidoso e inteligência até na dividida
 
Djalma em campo

Samba Enredo "Missão cumprida, a estrela brilha no universo da alegria" (Flor do Samba 2011) 

Neguinho e Carlos Alberto - 1974

Belíssimo registro de duas feras do nosso futebol: o "Deus da Raça" Neguinho, com a camisa do Papão do Norte, e o craque Carlos Alberto, envergando o mando do Ferroviário. O registro é do jornal O Imparcial, de 1974, anunciando o retorno do craque do Ferrim aos gramados após um curto período de contusão.



sábado, 16 de março de 2024

Graça Aranha Esporte Clube - data desconhecida [PÔSTER]


Moto Club 1x0 Sampaio Corrêa - Campeonato Maranhense 1992

O Moto passou pelo Sampaio Corrêa por 1 a 0, na tarde do dia 09 de agosto de 1992, no Castelão, e continua no páreo pela conquista do primeiro turno do Campeonato Maranhense. Os Tricolores, por sua vez, deram adeus às possibilidades de ainda conseguirem o título desta etapa e, com o resultado, dispensas e contratações serão anunciadas novamente, ainda nesta segunda-feira (10).

O placar premiou a equipe que soube aproveitar a melhor chance do jogo, que poderia ter terminado igualado no marcador, tivesse o Sampaio aproveitado as chances que criou mesmo quando o placar ainda estava em branco. O lance que origino o gol partiu de um escanteio cobrado por Clayton, que Izoni desviou para Hiltinho bater, de virada, sem chances de defesa para Juca Baleia, aos 8 minutos do primeiro tempo.

Mesmo tentando mudar a escrita, o Sampaio esbarrou num adversário bastante aguerrido, que, depois de marcar o primeiro gol, desmontou muita raça e não permitiu a reação Tricolor. O jogo ficou equilibrado, mas o empate não foi permitido e o placar final terminou mesmo favorecendo aos rubro-negros. Com o resultado, os Tricolores foram eliminados e os motenses vão torcer por um atropelo do MAC, que empatou na rodada com Bacabal em 1 a 1, para ainda ter chances da conquista desta etapa do certame de 1992.

Nem mesmo as substituições feitas pelos dois clubes alteraram o ritmo da partida, na etapa complementar. O Sampaio resumiu-se apenas em esforço e o Moto tirou proveito da falta de criatividade Tricolor para garantir o marcador. A torcida, ao final da partida, protestou contra a presença de Sandow Feques na direção técnica e chegou a pedir, em coro, a volta de Paraíba ao comando da equipe. A decisão ficará a cargo do diretor de futebol, Humberto Trovão, que anunciará à imprensa as modificações que pretende impor tanto no time como na comissão técnica. 




FICHA DO JOGO

Moto Club 1x0 Sampaio Corrêa
Data:
09/08/1992
Local: Estádio Castelão
Renda: não divulgada
Público: 1.890 pagantes
Juiz: Verandy Fontes
Bandeirinhas: José Laucenor e Renato Rodrigues
Gols: Hiltinho aos 33 minutos do primeiro tempo
Moto Club: Flávio; Edmilson, Nenê, Hélio e Zequinha; Alfredo, Gilberto e Izone (Zé Filho); Fuzuê, Hiltinho (Chita) e Clayton. Técnico: Meinha
Sampaio Corrêa: Juca Baleia; Luís Carlos, Bado, Toninho e Zequinha; Zé Carlos (Rogério), Júlio César e Dico Maradona; Ismael, Marcelo Gaúcho (Zé Roberto) e Baroninho. Técnico: Sandow Feques