terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sampaio Corrêa lança camisas retrô - décadas de 70 e 80

Estas são as camisas retrô que o Sampaio lançará amanhã a noite na Degraus Sport do Shopping da Ilha. Custarão R$ 109,90. O lançamento contará com a presença do paredão Rodrigo Ramos, Arlindo Maracanã e Eloir, ídolos da Bolívia Querida, que servirão de modelo. Eles desfilarão vestidos com os uniformes, que fizeram a cabeça da torcida naquelas duas décadas. Confeccionadas em parceria com a Super Bolla, fornecedora de material esportivo do Sampaio Corrêa, são duas camisas dos anos 70 e um da década de 80. Nessas duas décadas, o Sampaio ousou bastante, trocando de camisa e até fugindo ao padrão tradicional do Tricolor de Aço de São Pantaleão.
Camisa 1 - Retrô verde
 
Essa camisa foi utilizada nas décadas de 70 e 80. Na foto abaixo, temos, em 1980, o jogo Sampaio Corrêa x Expressinho, com os atletas bolivianos envergando o modelo verde com faixas horizontais em amarelo e vermelho
 

 
Camisa 2 - Retrô amarela
 
Modelo utilizada pelo Sampaio Corrêa campeão maranhense de 1975.
 


Camisa 3 - Retrô tricolor
 
Modelo tradicional. O time utilizou essa camisa durante vários anos. Na foto, temos a camisa utilizada no título maranhense de 1976. Porém, esse mesmo modelo foi largamente utilizado nas décadas de 80 e até 90, nas mesmas disposições das cores na vertical, com detalhes na gola e punhos.



 
 

VÍDEOS - Matérias sobre o acesso do Sampaio Corrêa - programas locais e nacionais

Deixo aqui uma seleção dos programas de televisão sobre o acesso do Sampaio Corrêa à Série B, alcançada no último sábado diante do Macaé, no Rio de Janeiro. Deixo também alguns vídeos com imagens da carreata pelas ruas de São Luis.






CARREATA DO ACESSO

   

PROGRAMAS DE TELEVISÃO

 

MACAÉ 1X1 SAMPAIO CORRÊA - JOGO COMPLETO

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Campanha Nordestino de Coração Torce pelo Time da Sua Região - clubes extintos

Na verdade o tópico trata-se de uma pequena descontração, sobre como seria a campanha de valorização dos clubes locais na época de alguns clubes de futebol já extintos, como o Graça Aranha Esporte Clube, o popular GAEC, o Vitória do Mar e até o time do Pinheiro Atlético Clube, o PAC.

 Expressinho Futebol Club

 Ferroviário Esporte Clube

 Graça Aranha Esporte Clube (GAEC)

 Ícaro Esporte Clube

 Pinheiro Atlético Clube (PAC)

 Sociedade Esportiva Tupan

Vitória do Mar Futebol Clube

Sampaio Corrêa 1x1 Seleção Brasileira de Juniores (1987)

Trecho extraído do livro "Sampaio Corrêa - Uma Paixão dos Maranhenses", lançado em Fevereiro de 2011, sobre o confronto entre o Tetracampeão Maranhense Sampaio Corrêa e a nossa Seleção de juniores, em Setembro de 1987:

SAMPAIO CORRÊA 1X1 SELEÇÃO BRASILEIRA

Foi pela década de 1980 que o Sampaio Corrêa alcançou uma das maiores façanhas em sua história: conquistou o seu inédito pentacampeonato maranhense (1984/85/86/87/88), permanecendo como a maior série de títulos estaduais do clube. Para a comemoração do inédito tetracampeonato maranhense, a Seleção Brasileira de Juniores, a convite, entregou as faixas de campeão ao Sampaio Corrêa, em partida amistosa realizada no Nhozinho Santos, no dia 24 de setembro de 1987. O Sampaio recebeu uma cota fixa de Cz$ 100.000,00 da Federação pela apresentação. O jogo serviu também como treino para a Seleção, que buscaria o tricampeonato mundial da categoria.

Após vitórias brasileiras sobre Estados Unidos (2x1), Arábia Saudita (2x0) e empate com o Imperatriz-MA (2x2), a Seleção Brasileira de Juniores empatou em 1 a 1 com o Sampaio Corrêa, para um público de apenas 2.410 pagantes. O histórico time tetracampeão maranhense atuou com Jorge; Luis Carlos, Rosclim, Ademilton e Mauricinho; Zé Carlos, Dias Pereira e Raimundinho; Paulo Sérgio, China e Marco Antônio). A Seleção entrou a campo com Palmiéri, Vanderlei, Sandro, André Cruz e Rocha; César Sampaio, Dacroce e Bismarck; Alcindo, Edílson e William.

 Sampaio tetracampeão maranhense, no jogo das faixas contra a Seleção Brasileira

 A Seleção Brasileira de Juniores no jogo de entrega de faixas

FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x1 Seleção Brasileira de Juniores
Data:
24 de Setembro de 1987
Local: Estádio Nhozinho Santos
Juiz: Sérgio Faray
Bandeirinhas: Nacor Arouche e Verandy Fontes
Gols: Dias Pereira aos 20 minutos do primeiro tempo; William aos 38 minutos do segundo tempo
Renda: Cr$ 136.110,00
Público: 2.140 pagantes
Sampaio Corrêa: Jorge; Luís Carlos, Rosclin (Pirulito), Ademilton e Maurício; Zé Carlos, Dias Pereira e Raimundinho; Paulo Sérgio, China (Bimbinha) e Marco Antônio. Técnico: Valquírio Barbosa (Paraíba)
Seleção Brasileira de Juniores: Palmiere; Wanderley, Sandro, André Cruz e Rocha (Aderson); César Sampaio, Dacroce (Anderoli) e Bismarck, Alcindo, Edílson e William.

Euzébio, craque e ídolo do Maranhão Atlético Clube

Humilde, determinado, bom de bola, assim era o garoto Peba, que nasceu no Bairro do Anil, em São Luis, e já adulto, atendendo pelo seu nome, Euzébio, se consagrou como um dos maiores atacantes do futebol maranhense. Começou no Nascente, time do bairro onde nasceu e se criou. Ganhou fama no Maranhão Atlético Clube, onde foi bicampeão estadual – e no Moto, quando disputou o Campeonato Brasileiro. Um orgulho a ser seguido pelas gerações que vêm por ai.

Peba desde pequeno desejava ser jogador profissional de futebol. Depois de bater bola em peladas pelo Anil, foi descoberto pelos dirigentes do Nascente Futebol Clube, um dos principais times do bairro e já aos 16 anos vestia a camisa titular do segundo quadro de um dos maiores times da Vila Famosa, como é conhecido o Anil em São Luis.

Diferente de outros jogadores da época, Peba queria ser um atleta profissional de futebol, mas não fugia à responsabilidade. Estudava, visando uma outra profissão. Queria vencer na vida e, acima de tudo, queria ajudar na formação das irmãs. Depois de se destacar no segundo quadro do Nascente, foi levado para o Moto Club pelo lendário e ídolo motense Zezico, pai de Oliverrá. “Quando fui para o Moto, não gostei do que vi. O ambiente não era dos melhores e não tinha nem material para os jovens treinarem. Desisti de cara. Agradeci ao Zezico e não fui mais lá”, relembra.

A vida continuou no bairro do Anil. Peba começou a se destacar cada vez mais no Nascente como ponta-direita e centroavante. “Sabia que seria um atleta profissional de futebol e que era apenas uma questão de tempo para que meu sonho fosse realizado”.

Coelho, que se destacou no futebol do Anil jogando de ponta-esquerda e de centroavante do Nascente, já era um nome idolatrado pelos torcedores do Maranhão Atlético Clube. Foi ele quem, no inicio de 1967, levou Peba para treinar no MAC. “Treinei, agradei e joguei no aspirante do Maranhão. Foi uma época inesquecível. Os torcedores iam cedo para o estádio pata ver a gente jogar. Era o início da realização do meu sonho de ser profissional de futebol”.

No final de 1967 o MAC foi pagar o passe de Peba ao Nascente com uma partida no Estádio Giordano Mochel, no Anil. “Foi um momento de glória para mim. Joguei o primeiro tempo no MAC ao lados dos meus ídolos: Neguinho, Carlindo, Wilson, Barrão e companhia. Vencemos opor 2 a 0. NO segundo tempo, joguei no Nascente e acabamos empatando a partida em 2x2, com gols marcados por mim. Foi emocionante demais”.

Efetivado no MAC como ponta-direita por ser rápido, habilidoso, corajoso, preciso nos cruzamentos e que ainda fazia uns golzinhos aqui e ali, Peba passou a ser chamado de Euzébio, um nome que viria a ser aclamado pela torcida atleticana. “Foi o Dr. Raul Guterres, diretor do MAC, que disse que era para e mudar de nome. Passada a Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra, o nome em evidência era o de Euzébio, da Seleção Portuguesa. Depois de saber que meu nome verdadeiro era José Euzébio Fróes, Dr. Raul disse-me que a partir dali eu deveria ser chamado e reconhecido como Euzébio. O peba sobreviveu por quase 20 anos”.

Em 1968 Moacir Bueno era o técnico do MAC. Foi ele quem incentivou Euzébio a jogar definitivamente na ponta-direita. Dizia que o jogador era veloz, sabia controlar a bola, não tinha medo de marcador, cruzava as bolas para a área com perfeição, tinha calma na hora das finalizações e que eu seria útil aos grupo se permanecesse na ponta-direita. Deu certo. “Fui para lá, treinei, me adaptei e não quis mais sair da posição”.

O Maranhão Atlético foi campeão estadual em 1969. Valdeci, Coelho e Alencar estavam sendo negociados com clubes do Ceará e Pará. Euzébio e Dario, que havia chegado do interior do Estado, tinham a responsabilidade de substituir esses que eram ídolos do Parque Valério Monteiro. Eles não deixaram por menos e, em 1970, conquistaram o bicampeonato estadual para o Bode Gregório. Uma das formações atleticanas da época era Da Silva no gol, Baezinho, Clécio, Sansão e Elias; Iomar e Almr; Euzébio, Wonken, Antônio Carlos, Hamilton e Dario.

Em 1971 o ano não foi muito bom para o MAC. Em 72 Euzébio foi emprestado para o Moto, que foi disputar o Brasileirinho, onde o grande destaque foi o Sampaio Corrêa. “Foi uma ótima experiência para mim. Lembro-me perfeitamente do jogo Moto Club x Guarany de Sobral, quando vencemos por 1x0, com gol meu. Eu sobe nessa época que o Fortaleza havia se interessado pelo meu passe e que os meus amigos que jogavam no futebol cearense (Coelho, Carlindo, Gojoba e Cadinho) haviam me dado força. Porém, a transação não  foi concretizada. O Moto também tentou comprar meu passe, mas o MAC não vendeu”.

No segundo semestre de 1972 Euzébio estava de volta ao MAC, disputando o Campeonato Estadual com Veludo no gol; Bodinho, Jorge Luiz, Tataco e Germano; Wilson e Zé Luis; Euzébio, Riba, Everaldo e Dario. “Um bom time. Só que nesse ano deu Sampaio Corrêa. Eles ganharam tudo o que disputaram”.

Aos 27 anos de idade, com problema nos meniscos do joelho direito e com a mesma determinação que um dia o levou a ser um atleta profissional de futebol, Euzébio resolveu parar com tudo e se dedicar à família e aos estudos na Universidade.

 Euzébio no MAC. Na formação, temos: em pé - Zé Neguinho, Da Silva, Luis Carlos, Smith, Iomar e Kelé; Agachados - Euzébio, Riba, Hamilton, Toca e Dario

 Euzébio em ação no jogo do MAC contra o Paysandu

Coma  camisa do Moto Club, em 1972

 Euzébio, com a camisa do MAC, ao lado de Faísca, do Moto Club

 Time do Moto Club em jogo do Brasileirinho de 1972. Na foto: Marins, Ubirajara, Juari, Vinicius, Vanderlei, Sergio, Euzébio, Batistinha, Reinaldo e Faísca

MAC em 1969: em pé - Baezinho, Da Silva, Clécio, Sansão, Almir e Elias; Agachados: Patrocínio, Euzébio, Wolker, Antônio Carlos, Hamilton e Iomar

Euzébio em excursão com o MAC a Manaus, em Julho de 1967

PÔSTER - Maranhão Atlético Clube - Bicampeão Maranhense 1969/70


VÍDEOS - Confrontos Moto Club x Flamengo (RJ)

O confronto do rubro-negro maranhense contra o rubro-negro carioca, o clube da maior torcida no Brasil. Este confronto sempre foi muito marcante para o torcedor do Moto. A maioria dos jogos foram amistosos. O mais marcante para mim foi o jogo disputado no Maracanã no dia 30 de janeiro de 1983, válido pelo Campeonato Brasileiro.

Histórico do Confronto:
20/06/2001 - São Luís - Moto Club 1x5 Flamengo - Amistoso
11/12/1990 - São Luís - Moto Club 1x3 Flamengo - Amistoso
09/02/1983 - São Luís - Moto Club 1x5 Flamengo - Campeonato Brasileiro
30/01/1983 - Rio de Janeiro - Flamengo 1x1 Moto Club - Campeonato Brasileiro
16/12/1976 - São Luís - Moto Club 3x4 Flamengo - Amistoso
11/06/1972 - São Luís - Moto Club 1x2 Flamengo - Amistoso
21/07/1968 - São Luís - Moto Club 0x1 Flamengo - Amistoso
24/01/1960 - São Luís - Moto Club 2x1 Flamengo - Amistoso
17/04/1948 - São Luís - Moto Club 2x2 Flamengo - Amistoso


Resumo:

Jogos: 9 (8 em São Luís e 1 no Rio de Janeiro)
Vitória do Moto Club: 1 (em São Luís)
Vitórias do Flamengo: 6 (todas em São Luís)
Empates: 2 (1 em São Luís e 1 no Rio de Janeiro)
Gols Marcados pelo Moto: 12 (11 em São Luís e 1 no Rio de Janeiro)
Gols Marcados pelo Flamengo: 24 (23 em São Luís e 1 no Rio de Janeiro)


Recordes:
Maior Goleada: Moto Club 1x5 Flamengo (2 vezes - 09/2/1983 e 20/6/2001)
Jogo com mais gols: Moto Club 3x4 Flamengo (16/12/1976)
Maior Série de Vitórias: Flamengo - 3 vitórias (9/2/1983 a 20/6/01)
Maior Série Invicta: Flamengo - 7 jogos (21/7/1968 a 20/6/01)


Flamengo 1x1 Moto Club - Primeira fase - Campeonato Brasileiro 1983

  

Moto Club 1x5 Flamengo - Primeira fase - Campeonato Brasileiro 1983

  

Moto Club 1x5 Flamengo - Amistoso - 2001

ÁUDIO COMPLETO - Programa Fontenele Comenta - Especial Acesso do Sampaio Corrêa (28.10.2013)

Programa "Fontenele Comenta", da Rádio Mirante AM, com um especial sobre o acesso do Sampaio Corrêa, com gols do empate em 1 a 1 contra o Macaé, entrevista nos estúdios com o Presidente Sérgio Frota e comentários. Programa exibido dia 28 de Outubro de 2013.


ÁUDIO JOGO COMPLETO - Maranhão 2x1 Imperatriz - Decisão Estadual 2013

Deixo no Blog o áudio completo, com pré-jogo, primeiro e segundo tempos e comemoração da grande decisão do Campeonato Maranhense de 2013, entre MAC e Imperatriz. A narração é de Laércio Costa, da Rádio Mirante AM.


PRIMEIRO TEMPO



SEGUNDO TEMPO
 

FICHA DO JOGO

Maranhão Atlético Clube 2x1 Imperatriz (13/06/2013)
Local:
Estádio Castelão
Juiz: Gladstonni de Oliveira
Gols: Rubens e Casagrande (2 gols)
Público pagante: não divulgado
Maranhão Atlético Clube: Flauberth; Fernandinho, Leomar, Marcelo e Luís Jorge; Tica, Francisco Júnior, Dinho, Ideílson e Hiltinho; Casagrande. Técnico: Vinícius Saldanha
Imperatriz: Alberto; Ricardo Feltre, Carlinhos, Gleisson e Wyri; Ivan, Gualberto, Keulson e Rubens; Gilson e Lindoval. Técnico: Celinho Valentim

Homenagem aos pilotos do Sampaio Corrêa II (1922)

Os pilotos Walter Hinton (estadunidense) e Pinto Martins (brasileiro) na Câmara Municipal de São Luís em Dezembro de 1922 sendo homenageados pelo Raid (travessia aérea) Nova York - Rio de Janeiro, com escala na capital maranhense. O hidroavião Sampaio Corrêa II pilotado por eles, amerrissou na Praia Grande, na região então conhecida como Praia do Caju (imediações do Casino Maranhense). Era o 1º avião a passar por aqui! Entre os milhares de curiosos que assistiram ao espetáculo, estavam alguns peladeiros do Lira que utilizaram-se do nome do hidroavião pra criar o que viria a ser, meses depois, o Sampaio Corrêa Futebol Club. 

 Pinto Martins e Walter Hinton na Câmara Municipal de São Luis

 Sobre as festividades em São Luis quando da chegada do hidroavião, deixo alguns trechos extraídos do livro "Sampaio Corrêa: uma Paixão dos Maranhenses":

São Luis estava em festa pela chegada do primeiro avião em terras maranhenses: os sinos de todas as igrejas, assim que apareceu o avião, começaram a repicar;na Praça Benedito Leite foi tocada uma salva de 21 tiros. Assim é descrito sobre as primeiras receptividades aos tripulantes do Sampaio Corrêa II, logo após a aeronave atracar: Foi verdadeira surpresa a chegada ontem dos aviadores a esta capital. Dado o primeiro sinal pelo vapor Bahia, o povo em massa corria em demanda ao caes e já sobre a cidade voava a bella aeronave. Às 12 horas o hidroavião ancorava em frente à rampa. Compacta massa popular tomara a grande extensão do cais. O representante do prefeito municipal, Sr. Ricardo Barbosa, fez-lhe então entrega da chave da cidade, proferindo aplaudido discurso. Formou-se numeroso préstito, sendo sempre estrepitosamente aclamado os valorosos azes, até a casa onde iam ser hospedados. À noite realizou-se a grande festa na praça Deodoro, comparecendo milhares de pessoas.

No segundo dia de estadia na capital maranhense, os pilotos reservaram a manhã para visitas: estiveram na residência particular do chefe do Estado, o Exmº Sr. Dr. Raul Machado, visitaram a capitania dos Portos, a repartição dos telégrafos, a Associação Comercial, o Quartel do Corpo de Segurança, o Fórum, o Quartel do 24º Batalhão de Caçadores e a Biblioteca Municipal. Visitaram também as redações dos principais jornais da época na cidade, como A Pacotilha, o Diário de S. Luis, O Jornal e o Diário Official. O nosso festejado patrício Pinto Martins, em seu nome e no do seu colega Walter Hinton, agradeceu a todas as saudações que lhe foram feitas pelos representantes dos jornais. Na noite do dia 16, as Lojas Maçônicas de São Luis prestaram uma homenagem ao piloto cearense, em sessão especial, que recebeu um distintivo de Grau 33 da Renascença Maranhense. À tarde foi oferecido aos aviadores e à imprensa local um almoço, no palacete onde ficaram hospedados Pinto Martins e W. Hinton

domingo, 27 de outubro de 2013

Craques da Seleção Maranhense de Futebol

Deixo aqui um belo registro da Seleção Maranhense de Futebol na década de 60, no Estádio Municipal Nhozinho Santos. Na foto, temos o ponta Garrinchinha, o sempre artilheiro Hamilton, o centroavante Croinha e Omena. 


Gojoba e Pelezinho, genialidade dupla

Belo texto do jornalista Oliveira Ramos e que reproduzo aqui, com os devidos créditos:

Desde que se “inventou” o futebol até os dias de hoje, para quem conheceu e gosta do bom “association”, nunca existiu  um time que tenha jogado tanto quanto a seleção da Hungria de 1954. Não era, concordamos, um time imbatível. Era apenas um grupo de jogadores reunidos para proporcionar a boa disputa e garantir o prazer da plasticidade para os torcedores.

E foi exatamente ali que começou a surgir a primeira adjetivação do que venha ser uma “dupla” jogando futebol. Ferenc Puskás e Sándor Kocsis realizavam magia sob o comando do técnico Gustáv Sebes. Havia um entrosamento tão magistral – o time fora formado para a disputa dos Jogos Olímpicos e o fizera com inquestionável competência – que, depois, muitos foram jogar profissionalmente na Espanha.

E foi a partir dali que a ideia da “dupla” foi reforçada. Puskás chegou ao Real Madrid para formar “dupla” com o fenomenal argentino Alfredo Di Stéfano.

No Brasil a prática confirmou totalmente o conceito com Pelé-Coutinho, Zizinho-Canhoteiro, Tostão-Dirceu Lopes, Adílio-Zico, Paulinho-Beline, Parada-Bianchini, Dudu-Ademir da Guia e outras tantas duplas formadas competentemente por este país continental.

Mas, momentos estelares à parte, até porque muitos não tiveram a sorte de ver, vamos nos ater hoje ao futebol maranhense. Mais propriamente a uma “dupla” que não era tão dupla assim. Mas que fez quase tudo junto, inclusive na conquista meteórica do sucesso.

Quem naqueles tempos das décadas de 60 e 70 pretendesse emitir opinião a respeito de um jogador com o nome de “Dolimar”, certamente seria vilipendiado e debochado. Até mesmo no bairro do Anil, onde o craque nasceu e foi iniciado para o estrelato, quase ninguém conhecia esse tal “Dolimar”. Da mesma forma, já vestindo a gloriosa camisa rubro-negra do Sport Clube Recife, ninguém conheceria um tal “Pelezinho”. O nome do craque e artilheiro que vestia a camisa 9 do Sport, era “Nunes”. Faz sentido, pois o homem foi registrado na pia batismal e no cartório com o nome de José Dolimar Nunes. No Anil e, mais tarde no nosso futebol profissional, foi apenas “Pelezinho”.

Mas “Pelezinho” não é nenhuma dupla. Mas esse José Dolimar Nunes foi formar dupla de sucesso no futebol com outro também maranhense de São Luís, José Raimundo Moraes. Aí enrola tudo, José Dolimar Nunes e José Raimundo Moraes – a “dupla” de cidadãos desconhecidos. Mas, Gojoba e Pelezinho, alguém do meio futebolístico já ouviu falar? Não?!Azar seu!

Pois, tradicionalmente conhecido como Celeiro de Craques, o futebol amador do Anil, para alegria de muitos, não “formou” apenas Carlos Alberto, Alencar e Santos. E o Primeiro de Maio, tanto quanto o Nascente, Botafogo ou  XI Anilense nos dias atuais, era o principal formador de jogadores para o futebol profissional, no mesmo tempo do Bahia e do Santos do Monte Castelo.

Foi o hoje extinto Primeiro de Maio que “descobriu” Gojoba e Pelezinho. Juntos, chegaram ao Moto Club no final da década de 50 e, mais uma vez juntos, agora no começo dos anos 60, foram negociados ao Sport Club Recife.

A negociação dos dois, contam os que aqui viviam, teve para o Moto o mesmo rendimento das negociações de hoje: nada. Mas, ao Sport e ao futebol pernambucano rendeu muito. Gojoba perpetuou-se como um dos melhores meias (hoje chamado de segundo volante) do futebol pernambucano, equiparando-se a Zequinha e Salomão, dois ícones do setor em todos os tempos daquele futebol. Pelezinho, digo, Nunes, consagrou-se como artilheiro mesmo num período em que o Clube Náutico Capibaribe de Recife fazia parte da lista dos maiores do Brasil.

Reconhecidos e intocáveis, Gojoba e Nunes foram convocados pelo técnico Gentil Cardoso para defender a seleção brasileira principal  (na verdade, uma seleção pernambucana que defendeu brilhantemente o nome do Brasil numa competição internacional da época), apelidada de “Seleção Cacareco” pela Imprensa do sul-sudeste.

Realizados e vitoriosos, Gojoba e Pelezinho, ainda Nunes, iniciaram o caminho da volta. Na ida, Gojoba fora na frente, antes de Pelezinho. Na volta fizeram o contrário, e Pelezinho, ainda Nunes, retornou ao futebol maranhense, exatamente para o lugar de onde saíra: Moto Club de São Luís.

No primeiro ano que voltou a defender a camisa rubro-negra, Pelezinho sagrou-se campeão estadual numa partida memorável diante do Sampaio Corrêa, com o Nhozinho Santos recebendo grande público – para a época.


Moto Club 1×0 Sampaio Corrêa
Local: Estádio Municipal Nhozinho Santos – Árbitro: Francisco Sousa (Tim)
Bandeirinhas: José Salgado e Benedito Brandão
Público: 6.921 pagantes. Renda: Cr$ 10.706,00
Expulsão: Santana aos 44 minutos do segundo tempo
Gol: Ribamar aos 49 minutos do primeiro tempo
Moto Club: Campos; Neguinho (Paulo), Alzimar, Geraldo e Corrêa; Buliado (Zezico), Amauri e Santana; Djalma, Pelezinho e Ribamar. Técnico: Marçal Tolentino Serra.
Sampaio Corrêa: Marcial; Vico, Osvaldo, Laxinha e Tomás; Faísca, Tutinha e Carlos Alberto; Canhoto, Lobato (Luís Carlos) e Itamar. Técnico: Alberino de Paulo.

Gojoba tomou rumo diferente. Foi brindar o torcedor cearense com o futebol plástico e eficiente em defesa do Ceará Sporting Club, onde encontrou o também maranhense Carlindo, que substituíra o também genial maranhense Carneiro. Gojoba foi destaque numa das mais importantes conquistas do alvinegro cearense: Campeão da Copa Norte-Nordeste de 1969.

Mas, “dupla” que se preza não separa por muito tempo e firma melhor se permanecer junta. Caso contrário não seria uma dupla. E foi exatamente o que aconteceu quando, num rompante de Walter Zaidan, o Sampaio Corrêa sagrou-se campeão estadual de 1972 e campeão brasileiro, invicto, também naquele ano, com time bastante reforçado. Mas a “dupla” permaneceu e foi importante para a conquista nacional.

Depois de “parar” de jogar profissionalmente, Gojoba passou a ganhar a vida para sustentar a família, como Desenhista Técnico e foi trabalhar na CEMAR (Companhia Energética do Maranhão). Por anos, como participante de jogos e colaborador, trabalhou também no Grêmio Lítero Recreativo Português. Hoje, aposentado, José Raimundo Moraes, Gojoba, convive com o Mal de Parkinson, mas recebe assistência total da família.

José Dolimar Nunes, Pelezinho, continua morando no populoso bairro do Anil e, depois de corrigir problemas cardíacos (fez ponte de safena), pouco se ausenta de casa e quase nunca frequenta praças esportivas.

Seleção Pernambucana diante dos Alemães. Gojoba (penúltimo em pé) e Pelezinho (agachado, ao centro) foram os grandes nomes daquela partida

 Pelezinho na decisão contra a Campinense, em 1972

 Jacinto, ao centro, entre Gojoba e Pelezinho, em 1970

 Gojoba no Ceará

Gojoba no Papão do Norte

 Gojoba no Moto Club

 Gojoba e Pelezinho no Moto Club

 Gojoba

Pelezinho, o terceiro agachados, no Moto Club em 1968

 Pelezinho no Moto Club

 Gojoba no Papão

 Pelezinho Tricampeão Maranhense (1966/67/68) pelo Moto Club

Pelezinho no Sampaio Corrêa

 Pelezinho

 Pelezinho no Moto, em 1969

 Pelezinho com a camisa do Papão

Pelezinho com a camisa do Sampaio Corrêa

 Pelezinho no Sampaio Corrêa

Pelezinho na Bolívia Querida em 1971

 Gojoba na Seleção Maranhense

 Gojoba na Seleção Maranhense, ao lado de uma constelação de craques

Pelezinho e Pelé, em 1967