quarta-feira, 2 de julho de 2025

Moto Club 0x0 Maranhão - Campeonato Maranhense 1990

Um imperdoável erro do bandeirinha Raimundo Lima, admitido pelo árbitro Jackson da Silveira, tirou do Moto Clube, no clássico de ontem contra o Maranhão, uma vitória justa. A arbitragem anulou um gol legítimo do time do Papão, aos 43 minutos do segundo tempo, o que provocou muita confusão no Estádio Nhozinho Santos, sendo necessária a presença da Polícia Militar para proteger a saída dos apitadores da praça de esporte, feita numa viatura policial.

Em consequência do empate de ontem, o Moto perdeu a vantagem que tinha sobre o Sampaio Corrêa, que foi o grande beneficiado com o 0 a 0 do Maremoto. O time tricolor poderá faturar o título de campeão do primeiro turno pelo saldo de gols, pois passou à frente do quadro motense depois da goleada imposta ao Tupan por 7 a 0, no meio da última semana.

O JOGO - o bandeirinha Raimundo Lima e o árbitro Jackson da Silveira desequilibraram o resultado do jogo do dia 27 de maio de 1990, ao anular um gol legítimo do Moto Clube, marcado por intermédio de Messias aos 43 minutos do segundo tempo, o que gerou o maior rebu no Estádio Nhozinho Santos, culminando com uma paralisação de mais de sete minutos, tanto pelas reclamações do time rubro-negro como pela ameaça de invasão de campo feita pela revoltada torcida do Papão.

O gol anulado nasceu de um perfeito lançamento de bola para o meia Messias, que ganhou uma disputa com o zagueiro Renato e fulminou o arco de João Batista. Quando o time motense e a galera comemoravam o gol, foram surpreendidos com a absurda marcação de impedimento alegado pelo bandeirinha Raimundo Lima.

Em consequência do flagrante erro da arbitragem, o jogo Moto x MAC terminou com o empate de 0 x 0, resultado que tira a vantagem que o rubro-negro tinha sobre o Sampaio Corrêa, que agora está perto do título de campeão do primeiro turno do campeonato maranhense.

O Moto fez uma boa partida, merecendo melhor sorte. No primeiro tempo, dominou inteiramente o Maranhão, que se limitava a jogar nos contra-ataques. O rubro-negro perdeu várias oportunidades para marcar na fase inicial e não levou sorte em dois lances. Num deles, num chute bonito de Marcos Piauí que bateu na trave, quando João Batista já estava vencido. No segundo tempo, o Moto continuou pressionando, mas quando encontrou o caminho do gol, a arbitragem anulou.

Bacabal e Expressinho não saíram do 0 a 0 no jogo em Bacabal, pelo campeonato. Com o resultado, Bacabal e Expressinho ganham mais um ponto cada.

A rodada do final de semana começou sábado, 26 de maio, no Nhozinho Santos, com a goleada de 4 a 0 do Imperatriz sobre o Vitória do Mar, na preliminar, e com o triunfo da Caxiense de 3 a 2 sobre o Tupan, de virada.


FICHA DO JOGO 

Moto Club 0x0 Maranhão
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 467.600,00
Público: 4.311 pagantes
Juiz: Jackson da Silveira
Bandeirinhas: Raimundo Lima e Renato Rodrigues
Moto Club: Ica; Paulinho Pereira, Edinho, Hélio e Pedrinho; Alfredo, Messias e Marcos Piauí; Chita, Zé Roberto e Márcio.
Maranhão: João Batista; Neto Costa (Reginaldo), Zé Mário, Renato e Neto Martins; Batista, Elzo e Chita (Newtinho); Agamenon, Duda e Wellington II.

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Sampaio Corrêa 3x0 Tupan - Campeonato Maranhense 1985

Mais uma vez, os torcedores do Sampaio Corrêa, que foram assistir ao jogo contra o Tupan, saíram preocupados com a fraca apresentação do time, apesar da vitória por 3x0, que deixou o "Mais Querido" em condições de disputar o título do 3º turno no superclássico com o Moto, no domingo.

Essa foi a quarta partida em que o Sampaio não acerta. Mesmo jogando contra uma equipe desfalcada e considerada a mais fraca da atual fase do certame, foi com dificuldade que conquistou o triunfo.

Os torcedores saíram aborrecidos e os dirigentes também não gostaram da atuação da equipe, tanto que estudam a possibilidade de uma troca de treinador, pois o trabalho de Paraíba não vem agradando.

Durante a partida, foram evidentes as dificuldades da onzena tricolor. A entrada de Beato no meio de campo não surtiu os efeitos desejados. O jogador sentiu a falta de ritmo e teve que ceder lugar a Mateus, que, mais uma vez, também não jogou bem.

Das alterações feitas, as que mais agradaram foram as do lateral-direito Luís Carlos e de Gil Lima, principalmente a do segundo, que fez dois gols e deu o passe para o terceiro, marcado por Renato.

Gil Lima se constituiu na melhor peça do tricolor. Ele não estava escalado e só entrou devido à contusão que barrou Bimbinha.

Os gols da vitória foram marcados por Gil Lima (2) e Renato. Os dois primeiros aos 3 e 41 minutos do 1º tempo e o terceiro, aos 35 minutos do 2º tempo.

Também não agradou a arrecadação. Os dirigentes esperavam bem mais que os Cr$ 12.222.000. O público foi de 2.224 pagantes.

Os tricolores estavam contando com uma renda superior a Cr$ 30 milhões, mas a presença da torcida não ajudou, nem foi confirmada a venda antecipada dos ingressos. Com isso, o Moto continua na frente na contagem financeira do campeonato. Como o "Papão" ainda tem mais um jogo, fora o do Sampaio, a tendência é aumentar a diferença.

O árbitro da contenda de domingo foi Verandy Fontes, com bandeirinhas de Manoel Mendes e Pedro Paulo.

O Sampaio venceu com: Geordano; Luís Carlos, Rosclin, Santos (Ivanildo) e Paulo Lifor; Meinha, Zé Carlos e Beato (Mateus); Joãozinho, Renato e Gil Lima. O Tupan com: Lulu; Pedro, Edinho, Assis e Ivaldo; Ismael, Ademoran e Louro; Miranda (Toinho), Airton Oliveira e Claudionor.

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Maranhão 2x1 Imperatriz - Campeonato Maranhense 1985

A importante vitória do Maranhão 2 a 1 sobre o Imperatriz devolveu ao time do Parque Valério Monteiro a liderança geral do Campeonato Maranhense de 1985, o que pode lhe garantir o título do 3º turno, caso seja confirmada a lógica no seu último jogo com o Tupan.

Os maqueanos passaram a somar 24 pontos, um a mais que o Moto, que até então estava na liderança. Além disso, o "Glorioso" passou a somar 9 vitórias contra 8 do "Papão".

Essa vantagem, a exemplo do que aconteceu no 2º turno, também pode dar ao Maranhão a conquista do 3º turno, se o clássico Sampaio e Moto não apresentar um vencedor.

O 3º turno está sendo liderado por Sampaio e Imperatriz, com 6 pontos ganhos cada. O Imperatriz está fora da briga, pois não joga mais, e mesmo que terminasse igual com os tricolores, perderia pela melhor campanha do adversário.

O Maranhão passou a somar 5 pontos ganhos e, como tem mais um jogo contra o Tupan, pode chegar a 7 pontos. Se não houver vencedor no confronto Sampaio x Moto, os atleticanos ganham pelo maior número de vitórias.

O Moto tem 4 pontos ganhos. Vai jogar contra Tupan e Sampaio. A exemplo do Sampaio, o Moto também só depende dos seus resultados. Se ganhar dos dois adversários, conquista o 3º turno.

As probabilidades

O Sampaio tem 6 pontos e falta jogar com o Moto. Se vencer, será o campeão do 3º turno, independentemente dos outros jogos.

O Moto tem 4 pontos. Falta jogar com Tupan e Sampaio. Ganhando dos dois será o campeão do 3º turno, não importando os outros resultados.

O Maranhão tem 5 pontos e só falta jogar com o Tupan. Se ganhar do Tupan, dependerá de que não haja vencedor no confronto entre Sampaio e Moto, pois se houver, perderá o título.

O Sampaio poderá jogar pelo empate no superclássico. Para que isso seja possível, será preciso que o Moto não ganhe do Tupan e que o MAC também não vença os tupanenses. Nesse caso, o tricolor chegaria a 7 pontos e Moto e MAC apenas a 6 pontos.

O Moto também pode jogar pelo empate no superclássico. Se vencer o Tupan e o MAC não ganhar do Tupan, ao "Papão" bastará um empate com o Sampaio para ser campeão, pois chegaria a 7 pontos e levaria vantagem no maior número de pontos na contagem geral sobre os bolivianos.

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Moto Club 1x1 Imperatriz - Campeonato Maranhense 1985

Matéria sobre o jogo, realizado no dia 20 de novembro de 1985

O Moto Clube poderá sair comemorando o título de Campeão de 1985, com quatro rodadas de antecedência, hoje à noite, no Estádio do Complexo Esportivo, caso consiga confirmar o seu favoritismo e vencer o Imperatriz.

A partida que abrirá as disputas do quadrangular final do Campeonato, na sua segunda volta, poderá até decidir o Campeonato em favor do rubro-negro, que conseguiu uma excelente vantagem sobre os demais competidores nos jogos da primeira volta.

O Moto está na liderança da competição somando 6 pontos ganhos, sendo perseguido pelo Imperatriz, que tem 4 pontos, pelo Sampaio, que tem 3 pontos e pelo Maranhão, que só tem 2 pontos ganhos.

No caso de uma vitória sobre o Imperatriz, que é o seu mais próximo perseguidor, a conquista do título de 1985 estará praticamente assegurada pelo "Papão", que abriria uma vantagem de 4 pontos sobre o Imperatriz, de 5 pontos diante do Sampaio e de 6 pontos em relação ao Maranhão.

Com uma vitória frente ao "Cavalo de Aço", o Moto só não será o campeão maranhense da temporada se vier a perder os jogos restantes para o Maranhão e para o Sampaio, e se o Sampaio ganhar de todos os outros adversários.

Por causa dessa posição privilegiada do Moto, foi tentado um remanejamento na tabela dos jogos restantes, a fim de evitar que o Campeonato seja decidido com muita antecipação, o que esvaziaria os chamados clássicos. Todavia, o Moto não aceitou.

O jogo de hoje entre Moto x Imperatriz está confirmado para às 21 horas, inclusive com os dirigentes motenses tendo iniciado a venda de ingressos para tentar fugir do prejuízo devido às altas despesas.

Esses ingressos estão sendo vendidos aos preços de Cr$ 15 mil (cadeira numerada), Cr$ 10 mil (arquibancada) e Cr$ 8 mil (geral).

Para o Moto equilibrar a receita com as despesas seria preciso que conseguisse uma renda em torno de Cr$ 20 milhões, o que os dirigentes estão aguardando, tanto que fizeram convocação veemente aos seus torcedores.
O fato de que o jogo de hoje pode até decidir o próprio Campeonato de 1985 está sendo motivo da convocação da diretoria rubro-negra para garantir a presença de uma boa plateia no estádio.

Preocupado com o “já ganhou”, o presidente do Moto, Sebastião Murad, voltou a se reunir com o elenco para alertar sobre o perigo que representa essa euforia, pois muitas surpresas desagradáveis andaram aprontando com muitos dos favoritos.

O mandatário rubro-negro disse que, sabendo da grande experiência dos seus jogadores, não poderia deixar de alertá-los para o perigo que se constitui o time do Imperatriz, principalmente nos jogos realizados em São Luís.

O dirigente fez um retrospecto sobre as atuações motenses em nossa cidade contra os quadros imperatrizenses, para reforçar o pedido de seriedade e de muita humildade na partida diante do "Cavalo de Aço".

Os jogadores, por seu turno, também comentaram que estão preparados para enfrentar os adversários com o maior respeito possível, porque não querem se transformar num novo América, que é conhecido como o time que nada bem, mas morre na praia.

Os motenses estão concentrados desde a noite de segunda-feira, no Seminário Santo Antônio. Ontem, foi ministrado um recreativo como atividade final para o compromisso de hoje.

O treinador José Eduardo Branco confirmou a volta de Dalmo ao setor de meio de campo, aproveitando que João Neto foi expulso contra o Sampaio e não vai poder atuar.

Caio, mais uma vez, não treinou ontem. O jogador continua se queixando de dores no tendão de Aquiles da perna esquerda, todavia, não quer pensar em ficar de fora do jogo de hoje. "Não teria graça ficar de fora da peleja mais importante do Campeonato, depois de ter jogado, muitas vezes, até na base do sacrifício, em outras menos votadas".

O time rubro-negro está escalado para hoje com: Moreira, Marinho, Ademir, Luis Cláudio e Zequinha; Ribas, Dalmo e Raimundinho; Antônio Carlos, Caio e Zé Roberto.

O time do Imperatriz, que é dirigido por Elicio Lopes, vem a São Luís disposto a ser Campeão Maranhense. Esse é o pensamento de jogadores, dirigentes e de toda a comissão técnica.

A derrota para o Moto não abalou a moral da equipe. Todos consideraram o revés como "coisas de futebol", mas que o "Cavalo de Aço" tem amplas condições de chegar ao título máximo.

Elicio Lopes lembra que o Imperatriz joga bem na capital e, por isso, afirma que vem para brigar pelo título de Campeão Estadual.

O quadro imperatrizense está escalado com: Valter, Edmar, Paulo César, Mangueira e Ricardo; Jorge Luís, Biro-Biro e Cláudio; Fernando, Serginho I e Valdo.

O árbitro da partida será neutro, a pedido do Moto. A FMD confirma o nome do apitador entre Márcio Campos Sales e Emídio Marques de Mesquita.

O JOGO - o Moto Club perdeu uma grande chance de ficar mais perto do título de Campeão de 1985, ao ceder o empate de 1 a 1 ao Imperatriz, ontem à noite, no Estádio do Complexo Esportivo, em jogo válido pelo quadrangular final do Campeonato Maranhense.

O empate foi o resultado mais justo para a partida que os dois times fizeram, embora o rubro-negro, no segundo tempo, tenha jogado um pouco melhor e tentado decidir a parada, depois que sofreu o gol que determinou a igualdade no marcador.

Para o Moto, o resultado não foi tão desastroso, porque o time continua na frente dos outros competidores, mas ganhar só um ponto no prélio de ontem representou a abertura de melhores perspectivas para o próprio Imperatriz, Sampaio e até o Maranhão Atlético Clube.

O Papão continua na liderança do quadrangular, agora somando 7 pontos ganhos, enquanto que o Imperatriz subiu para 5 pontos, na segunda colocação. Sampaio e Maranhão estão na terceira e quarta posições, com 3 e 4 pontos ganhos, respectivamente, mas com três jogos a realizar, cada.

Mais uma vez o Imperatriz, no jogo de ontem, provou que atua melhor em São Luís. Na base da juventude dos seus jogadores, mesmo desfalcado de Mangueira e Serginho I, fez uma partida de igual para igual com o Papão.
O primeiro tempo do prélio terminou com o resultado de 0 a 0, com o Cavalo de Aço segurando bem o ataque motense, que só teve duas chances, através de Zé Roberto e Caio.

No segundo tempo, o Moto, logo aos 30 segundos de jogo, fez 1 a 0, através do atacante Caio, com um chute violento da linha intermediária.

O Imperatriz não chegou a sentir o gol, pois conseguiu empatar em cima do lance, aos 2 minutos e 30 segundos, por intermédio de Fernando.

O Moto ainda teve boas oportunidades, mas os seus atacantes não acertaram o gol e o arqueiro Valter se mostrou sempre seguro.

O jogo foi dirigido por Roberto Nunes Morgado, da Federação Paulista. Verandy Fontes e Edjan de Jesus foram os bandeirinhas. A renda somou Cr$ 23.758.000.

O Moto jogou com: Moreira, Marinho, Ademir, Luís Cláudio e Zequinha; Ribas, Dalmo (Osvaldo) e Raimundinho; Antônio Carlos, Caio e Zé Roberto. O Imperatriz atuou com: Valter, Edmar, Paulo César, Ricardo e Jorginho; Jorge Luís, Biro-Biro e Serginho II; Fernando, Cláudio (Guaxinin) e Valdo.

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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Moto Club - Campeão da Zona Norte da Taça Brasil 1968 [PÔSTER]

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Sampaio Corrêa 2x1 Imperatriz - Campeonato Maranhense 1985

O Sampaio Corrêa conseguiu uma importante e difícil vitória, por 1 a 0, diante do Imperatriz, na noite do dia 27 de novembro de 1985, no Estádio do Complexo Esportivo. O resultado elimina o quadro imperatrizense da briga pelo título, mas deixa o Sampaio em condições de forçar um jogo extra com o Moto para a decisão do Campeonato Maranhense. O único gol da peleja foi marcado por intermédio de Serginho, aos 36 minutos do 1º tempo.

A partida foi muito violenta devido à fraca atuação do árbitro Edjan de Jesus, mesmo com a expulsão de três jogadores (2 do Imperatriz e 1 do Sampaio). Agora, o Sampaio terá que vencer o Maranhão, domingo, e no dia 8 o Moto, para forçar um jogo extra contra os motenses, para a decisão do título.

O JOGO - Numa partida considerada difícil, o Sampaio Corrêa ganhou do Imperatriz por 1 a 0, no Estádio do Complexo Esportivo, resultado que mantém suas esperanças de forçar uma partida extra com o Moto para a decisão do Campeonato Maranhense de 1985.

A derrota eliminou o Imperatriz, que não tem mais condições de chegar ao título máximo, embora permaneça no páreo para ser o vice-campeão de 1985, dependendo dos jogos finais.

Foi uma vitória importante para o Sampaio, numa partida como já era esperado, das mais disputadas, porque o Imperatriz não se entregou em momento algum, procurando até o fim o gol de empate.

O árbitro Edjan de Jesus não influenciou no placar, mas não teve uma boa atuação na parte disciplinar. Não soube controlar o jogo, mesmo tendo colocado para fora de campo três jogadores (dois do Imperatriz e um do Sampaio). Ele permitiu jogadas violentas de parte a parte e, quando quis tomar conta das ações, já estava envolvido e, por isso, acabou tendo um fraco desempenho. Os bandeirinhas Josenil Souza e Salomão Dantas também não foram bem, inclusive causando revolta dos imperatrizenses, que saíram reclamando bastante do trio de arbitragem. A renda somou Cr$ 23.232.000 para 2.597 pagantes.

O único gol do jogo foi marcado aos 36 minutos do 1º tempo, pelo ponteiro Serginho, que ganhou do lateral-esquerdo Jorginho para chutar sem chances para o goleiro Valter.

O Sampaio fez o gol e soube segurar, notadamente no 2º tempo, quando o Imperatriz forçou em busca do empate, sem contudo chegar ao gol de Geordano.

O melhor lance imperatrizense aconteceu aos 14 minutos do período final, com Serginho I atirando uma bola violentamente de encontro ao travessão, quando o arqueiro tricolor estava completamente vencido.

A violência foi permitida pelo árbitro até os 36 minutos da etapa final, quando Edmar Pereira, do Imperatriz, e Mateus, do Sampaio, trocaram tapas e foram expulsos de campo. Depois, aos 40 minutos, um gandula chutou a bola deliberadamente para longe e foi agredido pelo meia Serginho II, do Imperatriz, que também recebeu cartão vermelho, acabando ali qualquer tipo de reação do "Cavalo de Aço".

O Sampaio venceu e continua no páreo com: Geordano, Luis Carlos, Rosclin, Geraldo e Paulo Lifor; Zé Carlos, Meinha e Mateus; Serginho (Joãosinho), Renato e Edésio (Gil Lima). O Imperatriz deu adeus ao título com: Valter, Edmar, Mangueira, Ricardo e Jorginho; Cláudio, Biro-Biro (Ferreira) e Serginho II; Fernando, Serginho I e Valdo.

A classificação do quadrangular final apresenta: Moto com 9 pontos ganhos; Sampaio e Imperatriz com 5 pontos ganhos cada; e Maranhão com 2 pontos. Domingo jogam Sampaio e Maranhão.


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Imperatriz 1x0 Sampaio Corrêa - Campeonato Maranhense 1985

O Imperatriz, ao derrotar o Sampaio por 1 a 0, em Imperatriz, foi o único vencedor da rodada de abertura do Quadrangular decisivo do Campeonato Maranhense, disputada na noite do dia 06 de novembro de 1985.

Em outro jogo, foi registrado o empate de 1 a 1 no clássico Moto x Maranhão, em São Luís. Mangueira, de cabeça, fez o gol da vitória imperatrizense, enquanto que Daniel, para o MAC, e Caio, para o Moto, marcaram os tentos do "Maremoto".

Com o triunfo do Imperatriz e o empate de São Luís, Moto, MAC e Imperatriz são os líderes da fase final do certame.

O JOGO - O Sampaio Corrêa não fez uma feliz estreia no Quadrangular decisivo do Campeonato ao ser derrotado, , pelo Imperatriz, pelo marcador de 1 a 0, em jogo realizado no Estádio Freire Epifânio d'Abadia, na cidade de Imperatriz.

Como já era esperado, o Sampaio encontrou muitas dificuldades, principalmente com o pequeno tamanho do campo de jogo, que beneficiou o time local, mais acostumado naquela praça de esporte. Além disso, o Sampaio não teve forças para reagir no segundo tempo, voltando a cair de produção, talvez sentindo o cansaço da longa viagem, apesar de ter seguido com antecedência.

O único gol da peleja foi marcado, aos 20 minutos, pelo zagueiro Mangueira, de cabeça, depois de uma cobrança de escanteio feita por Valdo. Nesse lance, o goleiro Geordano saiu mal e a defesa não marcou certo. Ao levar o gol, o técnico Nelson Gama tentou dar maior agressividade ao Sampaio, que tinha começado o jogo com quatro homens na meia-cancha. Ele promoveu a entrada imediata de Bimbinha.

Não levou sorte, porque o "mignon" ponteiro se contundiu e passou a fazer número em campo.

Uma outra alteração foi feita no "Mais Querido": saiu Meinha e entrou Beato. Também não houve jeito de melhorar o time, que esbarrou sempre na retranca imperatrizense.

O Imperatriz fez o gol e soube tirar proveito do nervosismo do quadro sampaíno. O treinador Elício Lopes, para garantir o resultado, procedeu duas modificações reforçando a defesa: tirou Serginho II e colocou o zagueiro Jorge, e também trocou Fernando por Cláudio, conseguindo o seu intento.

O Sampaio perdeu com Geordano, Luis Carlos, Rosclin, Ivanildo e Paulo; Meinha (Beato), Zé Carlos e Mateus; Gil Lima, Renato (Bimbinha) e Edésio. O Imperatriz venceu com Valter, Edmar, Chicão, Mangueira e Ricardo; Guaxinin, Biro-Biro e Serginho II (Jorge); Fernando (Cláudio), Serginho I e Valdo.

Nacor Arouche dirigiu a contenda com laterais de Jackson da Silveira e Alfredo Filho. A renda somou apenas Cr$ 11.668.000.

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domingo, 29 de junho de 2025

Raimundinho Lopes, ídolo do Papão e no futebol equatoriano

Texto extraído do livro "Memória Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte"

Quem poderia imaginar que aquele garoto franzino e tímido, mas um verdadeiro craque com a bola nos pés, poderia alçar voos altos na carreira e se destacar como um dos maiores meias que o futebol maranhense viu nascer? Apesar da curta carreira (um problema no joelho o obrigou a abandonar precocemente os gramados), o craque e eterno ídolo da torcida motense (sobretudo pela década de 1980) conquistou fama, reconhecimento e levou o nome do nosso Estado para além fronteiras (na época, a sua venda para o Barcelona do Equador foi a maior transação do futebol maranhense). A história de vida de José Raimundo Rodrigues Lopes1 seria mais uma dentre tantos outros Raimundos espalhados pelo Maranhão. Porém, a superação e a consagração no futebol o transformaram em Raimundinho Lopes, uma verdadeira lenda viva dentro dos nossos gramados. Difícil conhecer algum torcedor (até mesmo dos rivais) que não façam rasgados elogios àquele que venceu na vida pelo esporte e escreveu o seu nome na seleção dos melhores atletas do futebol maranhense. 

A vida de Raimundinho Lopes não foge àquela de muitos garotos nascidos em um dos Bairros mais humildes da nossa capital. Nascido a 20 de Fevereiro de 1962, desde pequeno o garoto batia bola na Liberdade, onde, aliás, nasceu, cresceu e passou boa parte da infância e adolescência (o seu irmão Beato é natural de Alcântara, mas a sua base familiar foi toda na Liberdade, já que os seus pais deixaram essa cidade em busca de melhores condições de vida e passaram a residir no bairro próximo à Camboa). Era na Liberdade, aliás, que os irmão Raimundinho e Beato participavam dos tradicionais torneios entre as Ruas Alberto de Oliveira, Rua Augusto de Lima e Rua Corrêa de Araújo, famosíssimas entre a molecada que frequenta a várzea naquele bairro. Os dois vislumbravam no futebol uma oportunidade de melhoria de vida mais rápido, apesar de que, naquela época, o futebol não era rentável. Seus pais sempre foram contra os seus filhos seguirem o caminho do futebol.

De uma infância muito humilde, muito cedo Raimundinho acabou perdendo o seu pai, José Raimundo Marques Lopes, a sua mãe, a dona Ângela Maria Rodrigues Lopes, lavadeira, teve que ser pai e mãe ao mesmo tempo e terminou de criar os seus filhos, dando-lhes a melhor educação dentro das suas possibilidades como analfabeta. Para ajudar nas despesas da casa, Raimundinho trabalhava vendendo cocada, bolinho e outros doces no Matadouro, dentro da Liberdade. Ainda na adolescência, morou por um tempo na casa do senhor Henrique “Serpa”, amigo da família, desempenhando em sua oficina a profissão de carpinteiro. Raimundinho começou a jogar muito cedo: aos 11 anos já formava no Fluminense da Liberdade (equipe de propriedade de dona Lurdes), no Olaria (do senhor Carlito) da Estrada de Ferro (perto do Oitavo Distrito, já próximo à Camboa). Ainda jogou no Flamenguinho, do seu Dico, que rivalizava com o Fluminense, também do Bairro. A sua família, em sua maioria torcedores do Moto (seu irmão, o craque Beato, era boliviano desde criança), passou a levá-lo desde cedo aos jogos do Papão, declaradamente o seu time de coração. O garoto chegou a ver desfilando pelos gramados do Nhozinho Santos verdadeiros craques do nosso futebol, como Vivico, Paulo Figueiredo, Sérgio Marreca, Neguinho, Lima, Djalma Campos, Jorge Santos, Edmilson Leite, Esquerdinha, Alzimar e outras feras.

O craque iniciou a sua carreira no Moto Club em 1974, através do paulista Silvio Rosa Barros (ex-atleta com passagem por Moto e Maranhão), na época morador da Liberdade e falecido recentemente. Barros atuou no futebol paulista e veio ao Maranhão, onde atuou pelo MAC e treinador do Moto (foi auxiliar de Marçal Tolentino Serra). Ele os via jogando nos times da Liberdade e resolveu apostar no talento dos irmãos: levou primeiro Beato, aos 15 anos (1974), aos juvenis do Moto e algum tempo depois deu a oportunidade a Raimundinho. Antes, Raimundinho passou a trabalhar como uma espécie de office  boy, levando procuração e fazendo mantados dos atletas. Paralelo a essa atividade, o futuro craque jogava pela equipe juvenil do Motinho, de propriedade do roupeiro Mariceu (apesar do nome, o Motinho não tinha nenhum tipo de vínculo com o rubro-negro da Fabril, apenas realizava jogos amistosos no campo do Moto, no Tirirical). Logo em seguida, Barros o levou, aos 14 anos, para os juvenis do Moto. Uma passagem ficou guardada para sempre na memória do ex-jogador: quando estava junto aos reservas em seu primeiro jogo pelo Papão, a jornalista e apresentadora Helena Leite, ao passar pelo banco e ver o garoto magrinho e com o uniforme alguns números acima do seu, ainda brincou: “Você trouxe essa mascote para o Moto, Barros?”. O treinador, com bom humor, respondeu que ela viria em alguns minutos esse mascote em campo. E não deu outra: o Moto venceu o Ferroviário pro 3 a 0, com um show particular do “mascote” Raimundinho Lopes. Era o primeiro jogo do craque no gramado do Nhozinho.

Aqui, abrimos um paralelo para falar um pouco sobre a curta, mas vitoriosa carreira do seu irmão Beato2, um dos grandes laterais do seu tempo e ainda hoje reconhecido e lembrado pelas torcidas de Moto e Sampaio. Quando Raimundo Beato Rodrigues Lopes, o Beato, estreou no profissional do Moto, em 1974, Raimundinho começou na base. Apesar da curtíssima diferença de cinco anos, Beato abandonou precocemente o futebol em virtude das sucessivas contusões. Esse, aliás, foi uma constante em sua carreira dos gramados: a sua primeira contusão grande ocorreu em 1979, quando atuava pelo Moto Club. O jogador sempre tratava a lesão, mas rapidamente voltava a campo e, consequentemente, a sentir a contusão (não havia um tempo correto de recuperação e a antecipação da sua volta aos gramados acelerava o desgaste). Rapidamente passou por uma cirurgia em Novembro de 1979 e em Janeiro do ano seguinte já estava a campo, para as disputas do Campeonato Brasileiro pelo Moto. Beato foi bicampeão pelo Moto Club (1981/82) e nesse meio tempo ainda atuou pelo Flamengo (PI) em 1981, onde foi emprestado ao clube piauiense com mais sete atletas motenses, como Vicentinho, Irineu e Gaspar, para as disputas do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão daquele ano. Atuou pelo Sampaio Corrêa entre 1983 e 1988, onde foi pentacampeão maranhense (1984 a 1988). No ano seguinte, transferiu-se para o São Raimundo, de Santarém, onde atou durante seis anos (três como atleta, onde foi tricampeão do Campeonato de Santarém, e três como treinador). Em virtude das sucessivas contusões, encerrou a carreira em 1991. 

Raimundo Lopes chegou a atuar pelo amador do Expressinho do Bairro da Cohab, em 1978. No ano seguinte, após uma boa passagem pela Seleção Maranhense de Juvenis, o meia foi promovido ao elenco principal do Moto por intermédio do treinador Major Murilo de Carvalho, com apenas 16 anos. Apesar da pouca idade, o seu primeiro desafio seria logo de cara o Campeonato Brasileiro daquele ano. A direção do Moto, porém, foi contra, em virtude da pouca experiência do jogador. Apesar de toda a expectativa em disputar uma competição nacional, uma lesão no braço fez com que Raimundinho fosse emprestado ao E. C. Piaui, por indicação do meia-esquerda Edmilson Leite ao Presidente Reinaldo. O jogador passou uma curta temporada de treinos na capital piauiense (caso assinasse como profissional, ficaria com o passe preso à equipe de Teresina. Instruído por Barros a não assinar, Raimundinho retornou poucos meses depois para São Luis, após uma passagem do E. C. Piaui pela nossa capital, em jogo contra o próprio Moto pelo Campeonato Brasileiro daquele ano). Apesar da sua forte ligação com o rubro-negro, Raimundinho Lopes iniciou a sua carreira profissional pela equipe do Ajax da cidade de Pindaré, em 1980 (ano da sua única participação no Campeonato Maranhense da Primeira Divisão). Quem o levou foi Nagib Heickel, que intermediou a sua ida por empréstimo à equipe mantida pelo Prefeito da cidade - e irmão de Nagib. O jogador acabou como o grande destaque da equipe. Como o Moto vendeu Edésio ao Paysandu, Marçal Tolentino Serra pediu à diretoria que trouxessem de volta ao Raimundinho rubro-negro. 

No ano seguinte, já reintegrado ao Papão do Norte, o jogador iniciou a sua brilhante história de craque e eterno ídolo motense. Coincidentemente, o meia estreou pelo rubro-negro em Março de 1981, na vitória do Papão por 1 a 0 contra o seu ex-clube, o E. C. Piaui, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. Nessa época, o Moto do treinador Zé Eduardo era formado por Higino; Antônio Carlos, Airton, Neguinho e Luís Carlos; Luisinho, Miquimba e Edésio; Libânio, Jorge Guilherme e Louro. Raimundinho entrou no segundo tempo e realizou o sonho de, enfim, envergar a camisa do seu clube de coração, diante de mais de 5 mil motenses apaixonados. O seu primeiro gol também ainda é lembrado: na vitória por 2 a 0 contra o fortíssimo Atlético Mineiro, no dia 28 de Abril de 1981, Raimundinho balançou as redes no jogo onde Nacor Arouche expulsou todos os atletas mineiros. O Atlético era o vice-campeão da Taça de Ouro de 1980, formado por verdadeiros craques e base da Seleção Brasileira. Sabendo das limitações da sua equipe, os dirigentes motenses foram até o hotel onde os mineiros hospedaram-se e pediram aos mandatários do Galo, por se tratar de um jogo festivo, que não derrotassem o Moto por um placar muito elástico. Porém, o Moto de Deça; Martins, Irineu, Airton e Luis Carlos Gaúcho; Emerson, Beato, Edésio e Raimundo; Pirila e Jorge Guilherme foi valente durante toda a partida. Após uma falta em dois lances, o goleiro atleticano deixou propositalmente a bola entrar por conta da irregularidade de Edésio, que chutou direto. Como Nacor confirmou o gol, os atletas mineiros passaram a fazer trocadilhos com o nome do juiz (retire o prefixo “or” do final, acrescente a última vogal do alfabeto e fique a seu critério e imaginação o que havia sido maciçamente pronunciado pelos jogadores do Atlético contra o árbitro). Nacor foi expulsando um a um, até o encerramento do conturbado amistoso.

Apesar da inexperiência, Raimundinho Lopes já arrancava aplausos da torcida pelo seu maravilhoso futebol, que muitas vezes deixavam os zagueiros perdidos em campo. Ao lado de Zé Roberto e companhia, fez parte de uma das melhores e mais saudosas formações do Moto Club de São Luis. Na grande decisão de 1981, foi um dos melhores e mais aplaudidos em campo pelos mais de 17 mil torcedores e imprensa – e um dos mais caçados pela defesa boliviana. O empate sem gols contra o Sampaio Corrêa do saudoso treinador Nelson Gama tirou o Moto do jejum de títulos e colocou Raimundinho Lopes nas graças da torcida. No ano seguinte, o bicampeonato e o gol que deu o título ao Papão, novamente contra os bolivianos. Era a consagração daquele que ainda hoje é considerado um dos maiores meias que o futebol maranhense já viu em campo. Em 1983, o tricampeonato veio coroar a boa fase do Moto Clube no início da década de 1980. Raimundinho, contudo, não participou da grande decisão, uma vez que foi expulso na penúltima partida do Papão. E nem precisava mais entrar a campo, o agora ídolo rubro-negro já havia escrito, com justo merecimento, o seu nome na galeria dos grandes craques do Moto...

Raimundinho Lopes foi o primeiro jogador no Maranhão a colocar um intermediário para cuidar dos seus assuntos com a diretoria, em 1982; era Dionor Salgado, o popular “Porquinha”, seu vizinho no Bairro da Liberdade. Na época, o então Presidente Sebastião Murad e o Diretor de Futebol Antônio Bento Cantanhede Farias chamaram o craque de mascarado, por utilizar um empresário para intermediar o seu contrato, algo impensado na época (os dirigentes motenses, seguindo uma filosofia implantada recentemente pelo Flamengo do Rio de Janeiro, somente aceitavam que os jogadores entrassem a campo mediante a renovação do contrato). Após a vitória e o baile particular do endiabrado meia sobre o Santos por 2 a 1, pela primeira fase do Campeonato Brasileiro daquele ano, Raimundinho travou uma batalha nos bastidores pela renovação do seu contrato e consequente aumento do salário. No jogo seguinte, contra o Anapolina (GO), o treinador Dutra queria tê-lo em campo, mesmo sem a renovação do seu contrato. O Presidente do Papão na época esbravejou, mas o atleta acabou escalado por Dutra para a concentração no Hotel São Francisco e jogou a partida contra os goianos (o gol da vitória motense, aliás, foi assinalado por Raimundinho, o grande destaque motense na competição).

Em sua primeira passagem pelo Papão, Raimundinho ficou no clube até o começo de 1984, antes de ser comprado ao futebol do Equador: jogou, por um salário de U$ 800 e U$ 4mil de luvas, no Barcelona Sporting Club, do então Presidente Isidro Romero Carbo, que dá nome ao estádio dos chamados Canários, como é conhecido o Barça equatoriano, time de maior torcida daquele país. Quem o levou foi o empresário Pedro Nascimento, por indicação do gaúcho Laerte Doria, ex-treinador do Sampaio Corrêa do início dos anos 80, época em que os rubro-negros venciam os bolivianos em praticamente todo jogo. Na capital equatoriana, ao passo em que Raimundinho era amado e idolatrado pela torcida (fez 12 gols na temporada de 1984), o mesmo não podia ser dito pela diretoria. Pela sua pouca idade e inexperiência de vida, o jogador enfrentou alguns problemas extra-campo, como bebida e noitadas, algo comum a muitos jogadores novos e sem juízo. Porém, sempre profissional, dentro de campo o meia arrebentava, o que aumentava o seu nome dentro do futebol daquele país. Isidro Romero, também Presidente da Industrial Mulineira, patrocinadora do Barcelona, era uma espécie de tutor de Raimundinho Lopes: ia aos treinos para avaliar o desempenho do maranhense e sempre o ajudava com algum tipo de ensino de fundamento base no futebol. Contudo, a indisciplina fora dos gramados motivou outros dirigentes do clube, liderados por Otávio Hernandez, a formalizar um dossiê sobre a vida particular do atleta. A cada questionamento dos dirigentes, Raimundinho apenas confirmava sobre as suas noitadas. Sua honestidade em assumir os erros motivou os dirigentes a dar-lhe crédito, sob as palavras do Presidente Carbo: “Eu já te admirava muito como jogador, anda mais agora como pessoa! Se você cumprir com seus compromissos, terá o melhor presidente; caso contrário, terá o pior!”.

Após uma noitada em uma boate, na companhia de alguns atletas equatorianos (J. J. Vegas, Gabriel Canto “Pajarito”) e maranhenses (Paulo César, ex-Moto Club, Newton, ponta-direita do Filanbanco, Osni, ex-MAC e atuando pelo 9 de Octubre, Luis Cláudio, ex-Botafogo-RJ) e dirigentes do Filanbanco, Raimundinho e companhia foram vistos por torcedores do Barcelona (some-se a isso o fato de o Barcelona ter ficado em quarto lugar no Campeonato do Equador e fora da Taça Libertadores). Alguns atletas ficaram na boate (inclusive na companhia de mulheres) e Raimundinho decidiu ir para casa. No dia seguinte, o grupo nem chegou a treinar e foi orientado a seguir para uma reunião com todo o elenco do clube ali perto: o médico do Barcelona, que estava no grupo da noitada, havia se envolvido em uma confusão e acusado todos, incluindo Raimundinho, de participação no ocorrido. Acusado injustamente, Raimundinho ficou encostado durante seis meses, apenas treinando. A diretoria, inclusive, rejeitou uma boa proposta do Santa Fé da Colômbia (cerca de US 50 mil), mantendo o jogador afastado. Para o seu lugar, a diretoria contratou dois grandes jogadores: Jair Gonçalves Prates, ex-Peñarol, Inter-RS e Seleção Brasileira, e Adílio, ídolo do Flamengo e que em fins de carreira atuou pelo Bacabal. Infelizmente os dois não conseguiram repetir o futebol de Raimundinho, que acabou reintegrado ao elenco em 1986, após uma breve passagem pelo Moto Club no segundo semestre de 1985. Sem Raimundinho, o Barcelona foi campeão da temporada de 1985 (após o tricampeonato do seu rival, o El Nacional) com o treinador Luis Santibañez, quando Isidro deixou o clube, assumindo Galo Rogério. Naquela época eram permitidos três jogadores com contrato de um ano e mais alguns para disputar somente a Libertadores. Para a temporada de 1986, Galo queria que Raimundinho e Luis Cláudio, por serem mais baratos, ficassem no clube. O treinador exigiu a permanência dos estrangeiros Alfredo de los Santos (uruguaio) e Toninho Vieira (ex-Santos) e Severino Vasconcelos (brasileiros), campeões em 1985. Santibañez, por perseguição, praticamente decretou a saída de Raimundinho do Barcelona...

Como não conseguiu a renovação, o craque acabou emprestado, por U$ 30 mil, ao Audaz Octubrino, da cidade de Machala, também do Equador. Ao lado do uruguaio Waldemar Victorino, Raimundinho Lopes era um dos mais caros do elenco. Como o Presidente não cumpriu com as metas contratuais (salários), o craque retornou a São Luis após uma fracassada tentativa de se firmar em algum clube do Uruguai (naquele tempo o futebol uruguaio atravessa um momento de crise e reformulação após a pífia campanha da seleção local na Copa do Mundo de 1986 e Raimundinho sequer foi aproveitado na equipe do Peñarol). Na capital maranhense, já em 1987, o jogador conversou diretamente com o Presidente Pedro Vasconcelos, do Sampaio Corrêa, que foi até o Equador e conseguiu a sua liberação por U$ 10 mil, após um contrato inicial de três meses no clube maranhense, no final de 86. Após um problema inicial por conta de liberação, Raimundinho, decidido a não mais voltar ao Equador, pressionou a diretoria do Barcelona. Enfim o craque pertencia em definitivo ao Sampaio Corrêa.

No Tricolor, Raimundinho foi tricampeão (1986/87/88). Ainda teve uma breve passagem por Sport (1987) e Náutico (1988) antes de transferir-se em 1989 para o futebol da Bélgica (atuou por um clube da Terceira Divisão daquele país), por intermédio do empresário argentino José Rubilota, um dos grandes nomes que iniciaram a abertura do futebol maranhense ao exterior, sobretudo para a Bélgica (Luís Aírton Barroso Oliveira, o Oliverrá, começou jogando pelo Tupan e foi parar na Europa por intermédio do médico e ex-presidente Cassas de Lima e por José Rubilota). O craque passou três anos e meio naquele país, onde não encontrou nenhuma dificuldade para adaptação. Pelo contrário, o meia sempre superou as adversidades com muita dedicação e profissionalismo – Raimundinho fala fluentemente espanhol e francês por conta da sua estadia pelo exterior. 

Em 1993, após um tempo longe dos gramados, Raimundinho retornou ao Maranhão, onde foi levar Luis Carlos Guerreiro, ex-MAC, para o futebol da Tunísia e também para atuar naquele país. Após algumas contusões, o jogador voltou a São Luis e a baixa dentro dos gramados passou a ser uma constante em seu já próximo final de carreira. Porém, Raimundinho passou a descobrir talentos dos gramados e levá-los para o futebol da Tunísia, como uma espécie de representante. Em 1996, o Moto Club estava em disputa no Campeonato Brasileiro e o treinador Tata o convenceu a retornar aos gramados. Porém, o jogador não conseguiu espaço no elenco, onde o meia da equipe era o craque Abílio Rivelino, genro de Tata. As constantes presenças no banco de reservas e a desleal concorrência com um atleta em plena forma fizeram o meia abandonar novamente o futebol profissional após a histórica classificação dentro de Recife diante do Santa Cruz. Em 1998, na tentativa de ajudar o seu clube de coração, mais uma vez o craque voltou atrás na aposentadoria e vestiu a camisa do Papão do Norte, após um ano parado. Com problemas com o então Presidente do clube naquele ano, Raimundinho foi mandado embora, juntamente com o treinador Meinha, após uma derrota contra o Bacabal, pelo Campeonato Maranhense. Encerrava-se ali, definitivamente, a sua gloriosa e vitoriosa história dentro dos gramados. 

Raimundinho passou a trabalhar como intermediador de jogadores, sobretudo aqueles que iam atuar fora do Brasil, e como treinador (já teve experiência como técnico até na África, na Europa e Tunísia). Participou, no início da década de 1990, do primeiro jogo dos chamados Marabelgas, os maranhenses que atuavam pelo futebol da Bélgica, contra um combinado em São Luis. Em 2001, a sua primeira experiência como treinador de um clube local, o Boa Vontade do Presidente Manoel, ex-Tesoureiro da FMF. O BV, na época, era considerado a equipe mais indisciplinada e sem nenhum tipo de estrutura. Após mostrar à diretoria e aos atletas a sua filosofia de trabalho, em pouco tempo a equipe passou a ter o futebol mais bonito e disciplinado da competição. Isso chamou a atenção dos grandes e logo em seguida passou a treinar o seu clube do coração, o Moto, levando o Papão ao título de bicampeão. O ex-ídolo do rubro-negro ainda teve experiência como treinador do Sampaio Corrêa, Maranhão, Juventude de Caxias, 4 de Julho (PI) e River (PI). Em 2011, em sua passagem pelo São José de Ribamar, protagonizou uma cena inusitada ao afirmar que “poucos times do mundo jogam como o São José”, após o empate sem gols contra o Sampaio Corrêa. O treinador foi incompreendido, talvez pelo fato de a equipe atravessar grande dificuldade na Copa União daquele ano. A sua bagagem de quase 25 anos pelos gramados talvez tenha sido mais do que suficientes para empregar um estilo próprio como um dos grandes conhecedores de futebol do nosso Estado. Raimundinho foi, simplesmente, um dos discípulos do irretocável Marçal Tolentino Serra. Agora deu pra entender o porquê da ousadia na frase... 

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Moto Club 1x0 Catuense/BA - Campeonato Brasileiro Série B 1990

Realizando uma grande exibição, o Moto Clube derrotou novamente a Catuense por 1 a 0, desta vez ontem, no Nhozinho Santos, com gol marcado por intermédio de Juari, aos 43 minutos do primeiro tempo. O resultado reabilita totalmente o Papão e deixa o campeão maranhense em grandes condições de brigar pela classificação para a terceira fase do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão.

Com a vitória rubro-negra, os quatro integrantes do grupo G ficaram embolados com 4 pontos ganhos, faltando duas rodadas para o final da fase. O Moto joga, quarta-feira, em São Paulo, contra o Juventus, e domingo, em São Luís, decidindo a sua sorte contra o Ceará, que por sua vez recebe a Catuense na quarta-feira. O outro jogo de domingo será em Alagoinhas, entre Catuense e Juventus.

Na partida de ontem, o Moto fez a sua melhor apresentação em São Luís e teve chance até de ganhar com uma maior margem de gols. Várias oportunidades foram desperdiçadas pelo ataque maranhense.

O JOGO - Fazendo a sua melhor partida em São Luís, principalmente no segundo tempo, o Moto Clube venceu a Catuense por 1 a 0, resultado que embola o grupo G do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão e deixa o representante maranhense com excelentes possibilidades de conseguir a classificação para a terceira fase.

Foi, sem dúvida, a melhor apresentação rubro-negra no Estádio Nhozinho Santos, tanto que até a torcida maranhense, que geralmente é fria, ontem vibrou intensamente com o time, que por pouco não marcou uma vitória mais folgada frente ao representante baiano.

No primeiro tempo, o Moto deu logo sinais de que a fraca atuação do jogo passado, na derrota para o Juventus, não iria se repetir, embora a Catuense tenha equilibrado as ações ao tentar parar a força ofensiva do Papão com uma forte marcação, a partir do meio de campo, dando a impressão de que tinha vindo em busca do empate.

O gol que garantiu a vitória do nosso campeão aconteceu aos 43 minutos, feito por Zé Roberto, que ganhou uma disputa de bola com o goleiro Vanderlei, depois de um cruzamento de Messias. Zé Roberto limpou o lance e passou ao ponta Márcio, que cruzou pelo alto para encontrar Juari no segundo pau, livre de marcação. Juari só teve o trabalho de se abaixar para golpear de cabeça e fazer vibrar a galera timbira.

Na segunda fase, a Catuense voltou para correr atrás do prejuízo. Tentou o gol de empate e até jogou uma bola na trave numa cobrança de falta de Ademir Lobo, aos 25 minutos.

Esse foi o único susto que o Moto levou, porque daí para a frente só deu Papão. Foram desperdiçadas muitas oportunidades cristalinas. Pedrinho (duas vezes), Zé Filho, Paulinho Pereira e Ademilton tiveram grandes chances de aumentar o marcador. A cada gol perdido, a torcida maranhense ia ao delírio, satisfeita com a grande atuação do seu time, apagando definitivamente a má impressão deixada na partida frente ao Juventus.

O técnico José Dutra ainda fez duas alterações no time do Moto. Aos 35 minutos, tirou Juari, que já estava cansado, e colocou Zé Filho, que voltou a ter grande participação na partida. Depois, aos 42 minutos do segundo tempo, apenas para ganhar tempo, tirou Zé Roberto e colocou em campo o zagueiro Moacir.

A Catuense até tentou modificar o panorama. O técnico baiano colocou Douglas no lugar de Ademir Lobo e Glêbio no posto de Mirandinha. Pela boa atuação do Moto, as modificações não surtiram efeito.

O principal destaque da partida, pelo time do Moto, foi o zagueiro Nenê, que novamente se apresentou como um gigante na defesa maranhense, jogando com raça e muita disposição. Nenê jogou por ele e por Pedrinho, quando o lateral falhou na marcação sobre o ponta Dito.

Outra grande partida foi a do meia Messias. Foi sua melhor apresentação com a camisa do Papão. O goleiro Alexandre, o ponteiro Márcio e o centroavante Zé Roberto foram outros destaques dentro de um time inteiro que jogou uma excelente partida.

A partida foi dirigida por Masilon da Silva, com os bandeirinhas Odilon Pereira da Silva e Eduardo Cirilo, todos da Federação da Paraíba. O trio teve boa atuação no comando da partida.

O Moto venceu jogando com Alexandre; Paulinho Pereira, Edinho, Nenê e Pedrinho; Alfredo, Ademilton e Messias; Zé Roberto (Moacir), Juari (Zé Filho) e Márcio.

A Catuense perdeu com Vanderlei; Tarantini, Lameu, Moisés e Donizete; Zé Lito, Ademir Lobo (Douglas) e Rivelino; Dito, Mirandinha (Glêbio) e Luís Carlos.


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Caxiense 1x1 Maranhão - Campeonato Maranhense 1990

A Caxiense perdeu a chance de continuar líder do primeiro turno do campeonato ao empatar, em casa, com o Maranhão, na tarde do dia 06 de maio de 1990, em 1 a 1, no Estádio Duque de Caxias.

A equipe local começou a partida dando a impressão de que iria conseguir uma vitória fácil, mas o Maranhão logo equilibrou as ações e mostrou que não foi a Caxias apenas para cumprir tabela.

O Maranhão surpreendeu e marcou 1 a 0, aos 16 minutos, através de Elzo, aproveitando uma bola rebatida na defesa na cobrança de um escanteio.

Depois do gol, o Maranhão passou a administrar a vantagem, enquanto que a Caxiense, surpreendida, não conseguia se reencontrar.

Só na etapa final é que a Caxiense voltou mais disposta e conseguiu o gol de empate, aos 13 minutos, por intermédio de Marco Antônio, num bonito chute da entrada da área.

O resultado de 1 a 1, ao final dos noventa minutos, foi justo pelo que apresentaram os dois times dentro de campo, embora tenha acontecido um lance em que Joãozinho Néri meteu a bola para o fundo do barbante, com o árbitro Raimundo Lima invalidando, marcando jogo perigoso, para reclamação de todo o time caxiense.

Raimundo Lima, na direção da partida, foi auxiliado por Valter Nascimento e Paulo Afonso. A arrecadação em Caxias foi a melhor verificada até agora naquela cidade. Somou Cr$ 154.1540,00 para 1.890 torcedores.

A Caxiense atuou com Zé Ricardo; Serginho (Nascimento), Uberaba, Eduardo e Newton; Gilmar, Deca e Vander; Joãozinho, César (Edilson) e Marco Antônio. O Maranhão jogou com João Batista; Reginaldo, Wellington, Renato e Neto Martins; Batista (Neto Costa), Elzo e Chita; Newtinho, Cláudio e Chiquinho (Duda).

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