No próximo dia 24, sexta-feira, o Glorioso MARANHÃO ATLÉTICO CLUBE completa 78 anos de fundação. Não pretendemos contar essa história – o que muito nos honraria e enriqueceria – porque os tons das tintas com as quais alguns gestores estão pintando o futebol maranhense certamente não são os mesmos. E isso, certamente, pareceria discriminação e correríamos o risco de não sermos entendidos. Não queremos isso.
Tentaremos contradizer o dito popular de “cortar o mal pela raiz”, tentando relembrar para os mais jovens, uma das várias boas épocas vividas pelo time quadricolor, que alguns bem intencionados resolveram chamar também de Macão, Bode Gregório e Demolidor de Cartazes.
Atleticanos de outro naipe, queremos pretensiosamente, render uma homenagem à família Pinto Dias, uma das mais dignas e tradicionais que emolduram o futebol maranhense. E, para isso, pesquisamos com os elementos que se tornaram possíveis, desde o dia 24 de setembro de 1932 – e como aprendemos! – passando pelo maqueano de corpo e alma, Carlos Fernandes Dias – NAPÁ – e a sua tradicional família Pinto Dias, onde todos são quadricolores no Maranhão, e uma grande maioria torce pelo Fluminense/RJ.
História do MAC pode ser transformada num livro. É muito bonita e existe muita coisa boa para contar. Não há um só atleticano que não tenha dado quase tudo de si pelo clube, pelo time e principalmente pela moralidade e dignidade do futebol que se pratica nesta terra.
Entre esses muitos homens, um é Carlos Fernandes Dias, falecido em 1963 – o ano em que seu clube conquistou o campeonato estadual com grande contribuição sua com formação inesquecível: Lunga; Neguinho, Vareta, Clécio e Negão; Zuza e Barrão; Valdecyr, Wilson, Croinha e Alencar, mas que não viveu o suficiente para assistir a final – cabeça de uma família maranhense por tradição torcedora do Bode.
Carlos Fernandes Dias, o Napá
Falar em Carlos Fernandes Dias é complicado. A maioria o conheceu pelo apelido Napá. Pois, Napá, residiu inicialmente na Rua de Santo Antonio, 188, onde conheceu e namorou Luzia Pinto Dias, que viria constituir a árvore genealógica da família Pinto Dias. Depois mudou para a Rua Catulo da Paixão Cearense, onde ainda hoje estão vivificando suas raízes.
Napá, comerciante estabelecido no João Paulo – onde tinha o hábito quase diário de receber atleticanos, inclusive o treinador. Antes, no comércio da Rua da Palma, recebia também o então técnico Carlos Verry e, formando o time com grãos de milho, pedia ao treinador atenção para aquela formação.
Embora o time de 1963 tenha sido campeão estadual, para Napá, a melhor formação atleticana foi a do time de 1957: Derval; Zé Artur, Nunes, Cabeça e Moacir Bueno; Nélio e Maçarico; Jaime (Edson Moraes Rêgo), Moraes, Toca (Cabôco) e Carne Assada (Alencar).
Vianense de nascimento – 8 de novembro de 1919 – Napá, casado com Luzia Pinto Dias, foi o pai de Antonio Carlos Pinto Dias, o Totó (campeão estadual do “Jogo do Prego”); Luceline Dias Almeida, a Teteca; Luís Carlos Pinto Dias, Raimundo Carlos Pinto Dias; José Carlos Pinto Dias, o Zeca Gordo; Francisco Carlos Pinto Dias, o França; Lucília Pinto Dias e Lúcia Maria Dias Ferreira.
Napá faleceu em São Luís a 11 de novembro de 1963 e não conheceu a maioria dos 12 netos. Foi integrante do famoso e tradicional “Partido do Bode”, grupo constituído com a finalidade principal de ajudar de várias formas a agremiação atleticana. Na foto editada nesta matéria podem ser vistos Napá, José Oliveira (Fogoió), Heitor Guterres (Vitrola), Jaime Paiva (Boquinha), Frazão (Barrigudo), Habibe, Zé Antena. Desses, apenas Fogoió está vivo e reside em Bacabal, interior do Maranhão.
Partido do Bode, considerada a primeira manifestação organizada do futebol maranhense
Dos filhos de Carlos Fernandes Dias, apenas Francisco Carlos Pinto Dias, o França, aceitou ser presidente do Maranhão Atlético Clube, sendo também o único mandatário quadricolor, até o momento, a conqusitar um tricampeonato. Na gestão, França Dias foi tricampeão estadual profissional, tricampeão júnior e campeão estgadual de Handebol feminino.
No time campeão estgadual de 1993 jogaram Raimundão; Marcos, Carlinhos, Oliveira Lima e Reginaldo; Barrote, César e Álvaro; Luís Carlos, Mano e Jackson. Jogaram ainda Josemar, Nevada, China, Mael, Juca, Filho e Hiltinho. O time tgeve três técnicos: Rosclin Serra, Arnaldo Lina e José Dutra.
Em 1994, o time bicampeão formou com RAimundão; Marcos, Carlinhos, Oliveira Lima e Reginaldo; Lúcio Surubim, Marlon, César e Álvaro; Dindô e Jackson. Joagaram ainda Jean Marcelo, Léo, Ivanildo, Magu, Zé Roberto e Josemar. Os técnicos bicampeões foram Arnaldo Lima e Luciano Sabino.
Já o time tricampeão estadual teve Raimundão; Ivaldo, Carlinhos, Oliveira Lima e Reginaldo; Josemar, China, Jackson e Rèjane; Lamartine Robgol. Jogaram também Márcio, Riba, Fabrício, Betinho, Valmir, Alexandre, Eron, Gaguinho, Cacau, Neto, Sandro, Zezinho e Ricardo Henrique. Os técnicos foram Marçal e Arnaldo Lira.
Ao comemorar 78 anos de glórias, o Maranhão Atlético Clube tem o orgulho de ter iniciado grandes jogadores para o futebol nordestino e brasileiro, entre os quais podem ser derstacados Mortosa, Coelho, Croinha, Dario, Carlindo, Cadinho, CArlito, Cazoca, Riba, Jackson, Marcos, César, Robenildo, Sandro, Alencar, e tantos outros, além de ter tido em defesa das suas cores jogadores como Toca, Moacir Bueno, Clécio, Arel, Jorge Santos, Negão, Neguinho, Zuza, Barrão, |Laxinha, Santos, Ribeiro, Baezinho, Rogério Jansen, Juca Baleia, Barrote, Jacinto, Djalma, Everaldo, Oliveira Sobrinnho, Bacabal, Clemer, Flávio, Ronaibe, Zuza, Nélio, Barrão.
Técnicos de renome nacional dirigiram a equjipe. Maurício Simões, Marçal Tolentino Serra, Calazans, Gaúcho, Ruço, Marçal, Luiz Comitante, José Dutra dos Santos e outros. Em toda a sua existência o Maranhão Atlético Clube teve apenas um ex-jogador convocado para a Seleção Brasileira: o codoense Jackson Coelho Silva.
O Maranhão Atlético Clube tem 13 títulos estaduais conquistados. O título nacional de maior relevância foi o vice-campeonato brasileiro da Série B em 1986.
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