quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Maranhão 0x0 Nacional/AM - Campeonato Brasileiro 1980

O Maranhão Atlético Clube voltou a desperdiçar gols incríveis na noite do dia 12 de março de 1980, no Estádio Nhozinho Santos, no empate de zero a zero com o Nacional, de Manaus, em jogo válido pelo Grupo D da Taça de Ouro do Campeonato Brasileiro.

O público maranhense teve a oportunidade de verificar pessoalmente a inexplicável falta de sorte do time atleticano na hora das finalizações.

Na peleja de ontem o Maranhão se não fez um primor de apresentação, pelo menos jogou o suficiente para dominar Inteiramente o seu adversário e criar grandes chances de marcar até uma goleada, dado a facilidade como chegava na área nacionalina.

No primeiro tempo, principalmente o quadro maqueano teve o arco amazonense praticamente escancarado em varias jogadas e numa delas cara a cara com o goleiro Beto o atacante Riba atirou na trave esquerda.

No final do segundo tempo da partida de ontem em um só lance Riba e Neco perderam um tento certo chutando e aparecendo ninguém sabe de onde um beque adversário para salvar. No mesmo lance no rebote a bola se ofereceu para Serginho que chutou com o arqueiro salvando milagrosamente em cima da linha, embora muita gente comente que a pelota transpôs linha fatal.

O placar de zero a zero, ontem a noite for mais uma vez injusto para o Maranhão Atlético Clube que continua sem fazer nenhum tento na Copa Brasil deste ano mesmo já tendo cinco jogos.

A equipe maqueana além da grande falta de sorte, voltou a apresentar alguns defeitos, notadamente no setor de ataque onde nem mesmo a volta de Riba resolveu o problema, uma vez que o centro avante jogou muito isolado na frente sem um companheiro para lhe ajudar na luta contra defesa adversaria.

O ponteiro direito Djaro novamente não correspondeu a expectativa e o treinador Jose Santos custou a colocar Neco em seu lugar.




FICHA DO JOGO

Maranhão 0x0 Nacional/AM
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 248.030,00
Público: 5.211 pagantes
Juiz:
Luís Vieira Vilanova/CE
Bandeirinhas: Roberval Castro e Braga Neto
Maranhão: Veludo; Mendes (Célio), Paulo Fraga, Jorge Santos e Antônio Carlos; Juarez, Tataco e Naldo; Dejaro (Neco), Riba e Serginho. Técnico: José Santos
Nacional/AM: Beto; Foguinho, Jouberth, Paulo Ricardo e Ademir; Tovar, Armando (Raul) e Nilson; Pentelaco, Sarará (Dão) e Reis. Técnico: Ernesto Guedes

River/PI 4x1 Sampaio Corrêa - Campeonato Brasileiro 1980

O Sampaio Corrêa sofreu a primeira derrota na Copa Brasil, sendo goleado na noite do dia 12 de março de 1980 em Teresina no Estádio Alberto Silva pelo River Atlético Clube por 4 tentos a 1, fazendo uma partida muito aquém de suas reais possibilidades.

O time tricolor maranhense não se encontrou em momento algum do cotejo, apresentando uma meia cancha cheia de defeitos com a fraca atuação do cearense Zé Ivan, sobrecarregando o trabalho do meia esquerda Marcelo.

O River entrou em campo desde os primeiros minutos, demonstrando muita aplicação, tendo o veterano Cima a sua principal figura, com jogadas sensacionais em cima da defesa boliviana.

No primeiro tempo do jogo, o River virou com a vantagem parcial de 2 a zero, com tentos marcados através o centro avante Edilson aos 20 minutos atirando da entrada da área sem apelação para o goleiro tricolor e por Crésio (contra).

frango dos maiores aos 26 minutos um minuto após ter feito uma defesa sensacional na cobrança de uma penalidade máxima cobrada por Carioca. No segundo gol piauiense, a bola foi cruzada da ponta esquerda pelo lateral Bitonho e o goleiro Crésio tentou tirar de murro, acabando por colocar a pelota contras as suas próprias redes.

Na etapa final, o Sampaio voltou um pouco mais acertado na sua meia cancha, mas não conseguiu diminuir o escore e aos poucos nova- mente o conjunto riverino foi novamente tomando conta das quatro linhas, chegando fácil ao arco tricolor. Edilson aos 9 minutos fez 3 a 0, recebendo extraordinário lançamento de Cima. Cima marcou o quarto tento do River aos 36 minutos, depois de uma boa jogada de Flavio que limpou o lance e passou para o seu companheiro apenas colocar.

O único gol do Sampaio aconteceu aos 40 minutos por intermédio de Jorge Travolta, escorando de cabeça uma cobrança de falta por Tereso.

A renda em Teresina somou a quantia de 396 mil 420 cruzeiros, considerada pequena para o público presente ao Estádio.

O árbitro foi o paraense Manoel Francisco de Oliveira que marcou um pênalti inexistente contra o Sampaio. Bandeirinhas de Artur Brás e Gustavo Maia.

O River venceu com: Duilio Cesar, Caucaia e Bitonho Carioca, Paulo Meinha, Cima e Ubiracy Edmar, Edilson (Flávio) e Edmilson. O Sampaio perdeu com: Crésio Terezo, Jorge Travolta, Jorge Brás e Cabrera Rosclin, Zé Ivan (Emilio) e Marcelo Riba (Valdo), Cabecinha e Glênio.

O meia Marcelo do Sampaio, foi expulso de campo no final do 2º tempo.

Divulgação do meu novo livro no programa "Sala de Entrevistas", da TV UFMA [VÍDEO]

Minha entrevista no programa "Sala de Entrevistas", da TV UFMA (dia 16 de outubro de 2024), divulgando o meu novo livro, "Almanaque do Futebol Maranhense Antigo: Pequenas Histórias".

 

Flamengo/PI 1x3 Sampaio Corrêa - Torneio Nordestão 970

Com um Sol abrasador, uma temperatura de 42 graus, e com sua torcida presente ao Lindolfo Monteiro, Sampaio Correia, alcançou espetacular triunfo diante do Flamengo, na capital Piauiense, no dia 18 de outubro de 1970.

O Triunfo do Sampaio foi recebido pela torcida do Flamengo e, pelos torcedores piauienses, como merecido, pois foi a equipe Sem campo, com um futebol coordenado, bonito, bola de pé em pé.

O espetáculo foi iniciado pelo Arbitro Fernando de Jesus prado, precisamente às 16 horas. O Mediador central tinha como auxiliares, os Srs. Waldimir Silva e Diogo Brasil, da Federação piauiense .

O primeiro tempo de Partida com um futebol igual, com duas equipes procurando deixar o tempo passar, resguardando como era natural, para segunda etapa da partida, pois aquele calor, ninguém aguentaria correr o tempo todo.

Logo nos primeiros minutos de contenda se observava que o Sampaio não se entregaria ao adversário com muita facilidade, pois a bola era corrida calculadamente, errando somente os lançamentos, mas o meio campo cumpria as determinações do técnico não soltando as bolas em profundidades, para evitar que ninguém corresse em demasia. O Flamengo jogava mais procurando o centro da área, pois os extremos quase não eram explorados e com isso a dupla de área Sampaio dominava os mafrenses, principalmente Serjão, um excelente jogador de futebol.

O primeiro a chegar ao arco contraria foi o Flamengo, logo aos 2 minutos de jogo com Sampaio cedendo escanteio e na cobrança Dudinha defendeu bem. O Sampaio somente chegou ao arco adversário aos 6 minutos numa das bolas lançadas para Raimundinho com o parteiro cruzando na área e Berôso defendendo.

Depois de alguns minutos equilibrados, o Sampaio partiu para o Campo adversário e Célio recebeu um lançamento, se livrou dos adversários, invadiu área, e notando a aproximação de Roberto, lhe soltou a bola, e este so teve o trabalho de envia – lá para de  fundo da meta de Beroso, e saia ao seu encontro. Eram decorridos 16 minutos de partida, e o primeiro gol do Sampaio, para o completo delírio de sua torcida.

Depois de alguns minutos procurou  aguentar o placar, mas o Flamengo não estava de brincadeira c e numa das bolas enfiadas na profundidade, Oldacir passou por Dudinha, chocou-se na trave e na recarga, Bota enviou pela linha de fundo.

Mas, como não podia deixar passar o que o bandeirinha Valdimir andou cometendo das suas, deixando passar alguns impedimentos do ataque do Flamengo, e o Francisco Andrade marcando e com isso a torcida não gostaram.

A  primeira etapa que terminou com vitória parcial do Sampaio. O boliviano apresentou alguns lances falhos nesse tempo de jogo,  com os dois laterais e o ponteiro Raimundinho. Waldecir saiu da marcação, devido Pedrinho vir buscar o Jogo ajudando o Lateral Franklin. Romildo, tinha um Gringo inteligente que recuava e com isso deixava um vazio naquele setor para as investidas de Oldacir e Mota, mas, mesmo assim, o Sampaio tinha um centro de área muito bom . Raimundinho não disse Ο que foi fazer em campo no primeiro tempo, encontrando uma marcação segura de Carlinhos e com isso o Sampaio ficava sera pontas, pois Djalma atuava mais pelo meio.

Para a segunda etapa, saiu Pedrinho para a entrada de Júlio que foi deslocado para o meio, passando Oldacir para a ponta. Essa modificação logo no início de joga chegou a render alguma coisa, pois aos 2 minutos de jogo, Mota, aproveitou-se de uma confusão na área para fuzilar o arco de Dudinha estabelecendo o empate.

O Sampaio parece que sentia aquela reação do Flamengo que recebia o incentivo de sua torcida e partia para o ataque, mas jogava errado. O ataque não se estendia, o meio campo lançava mal. O Flamengo partiu para o gol do Sampaio, aproveitando indecisões no campo da área com Zé Preto e Serjão que estavam um pouco confusas. O Flamengo teve ainda um gol anulado pelo Juiz da Partida logo aos 3 minutos do segundo tempo, isto é, um minutos após a marcação do seu gol. Era mais um erro dos bandeiras, desta feita de Diogo Brasil, fazendo vistas grossas num impedimento de Oldacir, mas Fernando de Jesus Andrade bem colocado trilou o seu apito e o jogador continuou e o juiz não teve dúvidas em anular.

A partida continuou em ritmo normal e alguns pontos do Sampaio já apresentavam queda, motivado pelo esgotamento. Célio Costa e Djalma eram os mais atingidos. Raimundinho já atuava melhor e Zé Carlos continuava fazendo o seu grande jogo num sistema de ligação perfeito, pois não tinha marcador e podia ir buscar a bola com grande facilidade.

O Flamengo continuou tentando o seu segundo gol, mas a defesa do Sampaio já atuava melhor e numa bola na área do Tricolor. Dudinha recebeu falta de um atacante flamenguista, com a bola encaminhando-se para fundo da meta. O Juiz da partida em cima do lance assinalou a infração, com a torcida do Flamengo não gostando da marcação.

Marçal procurou consertar o time para o triunfo, colocando Haroldo em campo para a saída de Célio Costa. Com isso, a equipe ganhou maior impetuosidade, partido para a vitória. Haroldo jogando um enormidade, mostrando categoria recebeu lançamento, invadiu a área, um recebeu de tudo, mas conseguiu passar e quando sentiu Raimundinho desmarcado, deu de bico na pelota, com o ponteiro recebendo, dominando fazendo arco de Berôso. Era o segundo gol do Sampaio, e eram decorridos 19 minutos.

Nessa altura, o Sampaio era todo ataque com o Flamengo não aguentando o ritmo de jogo dos maranhenses. Haroldo deslocado pela esquerda, recebeu um lançamento bateu uma defensa do   Flamengo e invadiu a área em grande velocidade, esperou a saída de Berôso e anotou aquele que seria o terceiro gol do Sampaio, tranquilizando a torcida boliviana. Eram decorridos 20 minutos de jogo, com os torcedores do Sampaio presentes ao Lindolfo Monteiro gritando e comemorando a vitória.

A Partida continuou, o Sampaio foi dono absoluto do gramado. Marçal tirou Djalma colocando Toinho. O ataque boliviano ainda perdeu alguns gols com Haroldo desperdiçando boas oportunidades.



FICHA DO JOGO

Flamengo/PI 1x3 Sampaio Corrêa
Local:
Estádio Lindolfo Monteiro (Teresina)
Renda: Cr$ 12.000,00
Público: não divulgado
Juiz: Fernando Jesus Andrade/PA
Bandeirinhas: Waldimir Silva e Diogo Brasil/PI
Gols: Roberto aos 16 minutos do primeiro tempo; Mota aos 2, Raimundinho aos 20 e Harcido aos 19 minutos do segundo tempo
Flamengo/PI: Berôso; (J. Alves) Dias, Carlinhos Matintim e Franklim, Eliezer e Déco Costa; Gringo, Mota, Oldacir e Pedrinho (Júlio).
Sampaio Corrêa: Dudinha; Waldecir, Zé Preto, Serjão e Rondo; Adalberto e Roberto; Djalma (Tainho), Célio Costa (Haroldo) Zé Carlos e Raimundinho.

Maranhão 0x0 Sampaio Corrêa - Final do Campeonato Maranhense 1994

O empate de 0 a 0 com o Sampaio, na noite do dia 18 de dezembro de 1994, no Castelão, foi o suficiente para garantir ao Maranhão Atlético Clube o bicampeonato maranhense. O jogo não foi bom, pois o MAC entrou preocupado em administrar a vantagem do empate. O Sampaio, que dominou a fase complementar, não teve forças para vencer e adiar a decisão para uma quarta partida. O árbitro do Samará, Antônio Domingos Macedo expulsou de campo o meia Ica, que ainda tentou agredi-lo. A renda somou a quantia de R$ 4.589,00 para 1.382 pagantes.

Ao final do jogo, a torcida atleticana invadiu o campo para fazer a festa junto com os jogadores, dirigentes e comissão técnica. Esse foi o segundo bicampeonato do MAC e o 11º título conquistado pelo seu time em toda a história. O Sampaio terminou como vice-campeão.

O empate de 0 a 0 com o Sampaio Corrêa, na noite de ontem, no Estádio Castelão, foi o suficiente para conquistar o título de para o Maranhão atlético clube conquistar o título de bicampeão maranhense. O time atleticano entrou em campo para jogar nos erros do adversário e para administrar a vantagem de poder empatar o clássico e fazer a festa do título. Por isso, o jogo não foi dos melhores, já que o Sampaio, embora jogando com muita valentia, não teve forças para furar o bloqueio defensivo dos maqueanos, embora tenha tido uma grande chance, aos 36 minutos, do segundo tempo, quando Piti chutou para fora um presente dado por Oliveira Lima numa cobrança errada de um tiro de meta.

O time atleticano também teve boas oportunidades de fazer, jogando sempre na base dos contra-ataques. Álvaro escapou duas vezes e perdeu o gol. Na primeira, Ronilson fez boa defesa, enquanto que na segunda, já no tempo final, o atacante atleticano atirou para fora.

O Samará de ontem, o terceiro da melhor de quatro pontos, foi o jogo mais fraco dessa decisão. O Maranhão entrou em campo para defender a vantagem do empate, enquanto que o Sampaio nervoso por ter que ganhar a decisão, acabou não fazendo a mesma atuação das partidas anteriores.

Mesmo o jogo não sendo um primor de técnica, pelo fator um decisivo, entretanto, foi uma da catimbada e cheia de muitas faltas, algumas mais violentas, obrigando o árbitro Antônio Domingos Macêdo a se desdobrar para manter foi disciplina do clássico. O juiz forçado a colocar para fora de campo o meia  e ainda tentou agredi-lo, após que levar o cartão vermelho, aos 42 minutos, do período final.

No primeiro tempo, o Maranhão, mesmo jogando na base do contra-ataque e muito preocupa do em garantir o empate, foi melhor e esteve mais perto de mar car. O Sampaio, todavia, voltou para o segundo tempo com Clayton em lugar de Evandro. O time boliviano cresceu de produção. O treinador Izoni Carvalho colocou em campo, também, o atacante Piti no posto de Carlinhos, com intenção de aumentar a força ofensiva da equipe. As alterações empurraram o tricolor para frente, mas o time, apesar de ter tido maior volume de jogo na fase complementar, não chegou ao time reduto atleticano.

O Maranhão, preocupado com o resultado, fez mudança na fase final. Zé Roberto entrou na vaga de Dindô, para puxar contra-ataques, e Marlon teve que sair de campo com suspeita de fratura na perna esquerda danças surtiram efeito positivo era não levar gol.

O bicampeonato do Maranhão teve, além do placar de Danilo no jogo final, outra em relação ao ano que passou Em 93, o MAC contratou o técnico José Dutra dos Santos, que foi campeão dirigindo o time na quatro partidas finais. Este ano o treinador, até a penúltima par tida do segundo turno, era o veterano Zé Carlos, que tinha sido campeão do primeiro turno.

A má performance do time no segundo turno forçou a diretoria do Maranhão a contratar um novo técnico, logo após a de rota de 20 para o Moto, quando o título do returno já estava perdido. O escolhido para substitui Zé Carlos foi o pernambucano Luciano Sabino, que assumiu time e logo na sua estreia goleou o Sampaio por 6 a 1, dando a nítida impressão de que a providência tinha dado certo.

Luciano Sabino, um pernambucano, que já tinha sido campeão pelo Náutico, dirigiu o Maranhão em quatro partidas, todas contra o Sampaio Corrêa, Ganhou duas e empatou duas. Não perdeu nenhuma. Sob seu comando, o MAC fez 7 gols e sofreu apenas 1. Seu saldo positivo é de 2 vitórias e 6 gols.

Junto com Luciano Sabino o Maranhão contratou o zagueiro Lúcio Surubim, que acertou a defesa do time. O jogador foi muito importante no título pela experiência e liderança que impôs dentro de campo.

O ano de 1994 entra para a história do Maranhão Atlético Clube como uma temporada altamente positiva. O time do Parque Valério Monteiro, com a conquista do bicampeonato, no empate de 0 a 0 com o Sampaio, no último domingo, repetiu o que já tinha sido feito pela equipe de juniores do "Glorioso", que, também, tinha conquistado o bicampeonato da categoria, depois de uma expressiva vitória de 5 a 2 sobre o Tupan, no jogo decisivo.

Com o título dos profissionais, o MAC, que ano passado tinha quebrado um jejum de treze anos, também acabou definitivamente com o tabu de não ser campeão em ano ímpar, já que o único campeonato conquistado, dos onze ganhos pelo MAC, em ano com terminação ímpar, foi o bicampeonato de 70.

Por coincidência, o resultado do jogo que deu o bicampeão ao Maranhão, também foi de 0 a 0, o mesmo placar registrado ano passado quando da tumultuada final com o Imperatriz. Em 93, o Maranhão jogando pelo empate, soube administrar a vantagem, mas o jogo foi encerrado faltando dois minutos para o tempo normal, porque o Imperatriz aproveitou a invasão de campo dos torcedores para sair do gramado. O título só foi confirmado com Tribunal de Justiça Desportiva.

Este ano, na final com o Sampaio, o Maranhão soube novamente administrar a vantagem do empate. O placar de 0 a 0 lhe garantiu o importante bicampeonato.

O MAC conquistou a vantagem de jogar pelo empate ao vencer o Sampaio por 1 a 0, gol de Jackson, na última sexta-feira. Na melhor de quatro pontos, o Sampaio entrou podendo empatar quatro partidas e já tinha conseguido empatar a primeira, terça-feira passada, de 0 a 0.

Com a vitória e com o empate do primeiro jogo, o Maranhão tinha 3 pontos ganhos e o Sampaio apenas 1 ponto. Com o empate de domingo que passou, o Maranhão somou 4 pontos ganhos e o Sampaio 2 pontos positivos.

O Maranhão conquistou o bi- campeonato jogando dentro do regulamento, o que é uma demonstração de que o título foi muito mais projetado fora do que dentro de campo. Os méritos são muito mais dos dirigentes do que propriamente do time. Comparando a campanha feita pelo MAC, em relação a Sampaio e Moto, os outros dois grandes, fica muito claro que a diretoria trabalhou em cima das regras do jogo, ou seja, foi para o pódio se utilizando dos atalhos permitidos pelo que o regulamento da competição permitia. No geral, o bicampeão fez uma campanha inferior ao Sampaio, que foi o vice-campeão, e principalmente ao Moto, que, de longe, teve um aproveitamento fantástico, mas ficou apenas em terceiro lugar sem ganhar sequer um dos turnos.

O MAC terminou o campeonato com um total de 23 pontos ganhos em 40 pontos disputados, o que quer dizer que perdeu 17 pontos. Fez 29 gols e sofreu 17, ficando com um saldo positivo de 12 gols. Esses números são inferiores aos conseguidos pelo Sam- paio, que terminou com 24 pontos em 40 pontos disputados (perdeu 16 pontos). Fez 33 gols e sofreu 20, ficando com um saldo de 13. O Sampaio, dessa forma, ganhou 1 ponto a mais que o MAC, no geral, marcou 4 gols a mais que o "Glorioso", sofreu 3 a mais que o rival e terminou com um saldo positivo de 1 gol a mais.

O mais incrível e absurdo, porém, fica por conta da campanha do Moto, que foi apenas e tão-somente o terceiro colocado. O Moto, mesmo com três jogos a menos que o Maranhão e Sampaio, ainda assim, foi o time de melhor campanha, disparadamente. O Moto ganhou 27 dos 34 pontos que disputou. Isso representa 4 pontos a mais que o MAC, que foi o campeão, e 3 pontos a mais que o Sampaio, que foi o vice- campeão. O Moto fez 35 gols e sofreu 13, ficando com um fantástico saldo de 13 gols a favor.

Foram 6 gols a menos que o MAC e7a menos que o Sampaio. Mesmo jogando três partidas a menos, o Moto teve 12 vitórias, três a mais que o Maranhão e três a mais que o Sampaio. O Papão perdeu apenas 2 partidas, justamente as duas que não podia perder (uma para o MAC e outra para o Sampaio, ambas de 4 a 2). Enquanto o Моto perdeu só duas, o Maranhão perdeu 6 e o Sampaio foi derrotado 5 vezes. Mais uma vez, pelo visto, prevaleceu aquela velha frase: no futebol, nem sempre ganha o melhor, mas o que foi mais inteligente.

O Maranhão, na verdade, não tem culpa das disparidades dessa "pérola" que foi o regulamento do campeonato. Ao contrário, o quadro atleticano tem mais é que ser exaltado pelo fato de ter se adequado à letra fria da lei para ganhar o título em cima do que estava escrito, do que estava sendo disputado. Aí, nesse ponto, é que a direção do club trabalhou com os pés no chão Perdeu quando podia perder. Teve frieza para se reforçar e ganha quando precisava vencer para se o campeão, ou melhor, o grande bicampeão. Parabéns aos maqueanos pelo título e, sobretudo pela inteligência.

Dos onze jogadores titulares , que começaram a partida de domingo, oito são maranhenses, o que confirma a tradição de que o Maranhão só ganha título quando tem a maioria de jogadores considerados pratas de casa.

Da formação que entrou em campo, apenas Lúcio Surubim, Álvaro e Dindô não são maranhenses. Os outros oito jogadores nasceram em nosso Estado: Raimundão (Codó), Marcos (de São Luís), Oliveira Lima (da baixada), Carlinhos (de Codó), Reginaldo (de Bacabal, de Anajatuba), Marlon (de São Luís), César (de Pinheiro), Jackson (de Codó). Depois entraram, Zé Roberto, há dez anos radicado em nosso futebol, e Léo, de Pernambuco.

Além dos oito maranhenses utilizados ontem, o MAC contou ao longo do campeonato com Chita, Henrique e Gilson, também, maranhenses, entre outros.

A retomada da política da valorização da prata de casa aconteceu, há dois anos, quando o jovem França Dias assumiu a presidência do clube em lugar de Olímpio Guimarães, que, mais uma vez, renunciou ao comando atleticano. França, apoiado integralmente pelo presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Mendes, que nos últimos anos tem sido o principal responsável pela manutenção do clube, voltou a adotar a política do time caseiro acreditando no sucesso da rapaziada feita em casa.

Nem todos os jogadores titulares do MAC, entretanto, foram feitos no Parque Valério Monteiro, através de suas divisões de base. A maioria veio do interior do Estado, embora tenha sido no Maranhão que ganharam oportunidade e projeção.

A decisão de formar um time caseiro deu certo logo no primeiro ano, porque a base de 92 foi mantida para a conquista do campeonato de 93, o que não ocorria desde 79, quando o Maranhão tinha sido campeão pela última vez.

Quebrado o jejum de treze anos, o Maranhão tomou o gostinho de ser campeão e papou o bi- campeonato em 94 jogando com o regulamento na mão.

O começo foi difícil para o MAC. O time emprestou quase todos os seus campeões para outras equipes brasileiras. Jackson foi para o Mogi-Mirim-SP, César e Marcos para O Paissandu-PA, Carlinhos, Raimundão e Reginaldo para o Foraleza-CE. Esses empréstimos comprometeram a formação do time, pois o que restou para iniciar o campeonato quase coloca o título fora, tanto que na primeira fase do primeiro turno, o Maranhão não passou de um saco-de-pancada não conseguiu ganhar um clássico sequer.

Com o retorno dos emprestados, o MAC recuperou a confiança que estava abalada. Os primeiros a voltar foram Raimundão, Carlinhos e Reginaldo, que o Fortaleza não teve dinheiro para comprar. Jackson, também, foi devolvido pelo Mogi Mirim, mas se machucou e ficou mais de um mês parado. Os últimos a retornar foram César e Marcos, que chegaram apenas para as finais.

Com o time refeito, o Maranhão ganhou o primeiro turno, título que acomodou a equipe, que teve mais momentos do segundo turno. Na melhor de quatro pontos, novamente, a equipe cresceu e bastou uma vitória, nas três partidas que fez com o Sampaio, para assegurar o almejado bicampeonato.

FICHA DO JOGO

Maranhão 0x0 Sampaio Corrêa
Local:
Estádio Castelão
Renda: R$ 4.589,00
Público: 1.382 pagantes
Juiz: Antônio Macedo
Bandeirinhas: José Ribamar P. Campos e Simas Jr.
Cartão vermelho: Ica
Maranhão: Raimundão, Marcos, Carlinhos, Oliveira Lima e Reginaldo; Lúcio Surubim, Álvaro e Marlon (Léo); Jackson, César e Dindô (Zé Roberto). Treinador: Luciano Sabino
Sampaio Corrêa: Ronilson, Carlinhos (Piti), Ragner, Paulo César e Filho; Evandro (Kleiton), Ica e Baíca; Mael, Valdo e Robertinho. Treinador: Izone Carvalho

Sampaio Corrêa 2x1 Tupan - Campeonato Maranhense 1994

O Tupan deu muito trabalho ao Sampaio Corrêa no sábado, 18 de setembro de 1994, na abertura do octogonal decisivo do primeiro turno do campeonato maranhense. O time boliviano, com alguma dificuldade, só conseguiu vencer de 2 a 1, com dois gols de Neto, com Adão, de pênalti, descontando para o quadro indígena.

A estreia do ponta Mael, ex-MAC e Náutico/PE, foi considerada apenas regular. O jogador não teve uma grande atuação, sentindo muito os problemas do campo de jogo e a falta de entrosamento com seus novos companheiros.

O próprio Mael reconheceu isso, mas está prometendo melhorar seu rendimento nas próximas partidas, quando já estiver mais adaptado ao tricolor.

A partida foi dirigida por Rui Frazão, que expulsou de campo Riba, do Tupan, no primeiro tempo, e Nilson, do Sampaio, na fase complementar.

A renda do jogo, que foi disputado no Estádio Nhozinho Santos, somou a quantia de R$ 193,00 para apenas 159 pagantes.

O Sampaio venceu com Ronilson; Júlio César (Roi), Café, Nilson e Filho; Ricardo, Robertinho (Clayton) e Valdo; Mael, Neto e Piti.

domingo, 17 de novembro de 2024

sábado, 16 de novembro de 2024

Maranhão 0x0 Vasco da Gama/RJ - Campeonato Brasileiro 1980

PRÉ-JOGO - o Vasco da Gama, do Rio volta a jogar em São Luís, enfrentando desta feita ao Maranhão A. Clube na penúltima rodada da Taça de Ouro do Campeonato Brasileiro, devendo apresentar uma arrecadação superior à casa de hum milhão de cruzeiros, quebrando o recorde local estabelecido domingo passado com uma renda de 950 mil cruzeiros para o jogo Sampaio e Moto.

O Vasco da Gama, atualmente com 8 pontos positivos, ainda não tranquilizou de todo a sua classificação, haja visto que os seus dois últimos compromissos no Grupo D, serão fora de casa, sendo o primeiro hoje aqui em São Luís e o outro em Brasília frente ao Gama.

O Maranhão A. Clube com 3 pontos ganhos, segundo os seus dirigentes ainda sonhando com a classificação, bastando que sejam vencidos os seus dois últimos adversários, o Vasco hoje à noite e o Atlético Goianiense domingo na capital goiana.

A partida vai começar às 21 horas, sob a direção de Gilson Cordeiro da Federação Pernambucana, indicação que vem sendo bastante criticada aqui em nossa cidade. Os bandeirinhas serão Nacor Arouche e Roberval Castro.

O jogo preliminar envolverá Expressinho e Ferroviário, começando mais cedo, às 18 e 30 na decisão da chave da capital do Torneio de Incentivo, jogo que se terminar empatado será decidido pelas penalidades máximas. TIMES Maranhão com: Veludo - Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos (Tataco) e Antonio Carlos, (Célio Rodrigues (Emerson), Juarez e Naldo - Neco, Riba, Tataco e Serginho.

Vasco da Gama com: Leão Paulinho Pereira (ex-Moto), Orlando, Ivan e Paulo César - Dudú, Guina e Jorge Mendonça Katinha, Perivaldo e João Luis.
 
Ingressos a partir de 8 horas.

A administração do Estádio Municipal "Nhôsinho Santos" coloca à venda a patir de 8 horas da manhã de hoje, os ingressos para o jogo reunindo Maranhão e Vasco da Gama pela Taça de Ouro da Copa Brasil.
Os dirigentes do Maranhão, em vista do grande interesse pela apresentação vascaina em São Luis, desejavam que esses ingressos começassem a ser vendidos desde ontem, mas o administrador do Estádio, Evandro Ferreira, argumentou que por medida de segurança não poderia atender.

Desta forma a torcida maranhense terá somente o dia de hoje para adquirir os seus bilhetes com a administração do "Nhosinho Santos", colocando em funcionamento todas as bilheterias daquela praça de esporte.

Como as cadeiras numeradas, que são os ingressos mais procurados em razão do seu numero limitado (867) serem realmente poucas, os bilheteiros tem recomendação para que não vendam mais de 5 bilhetes a cada torcedor, a fim de evitar a ação dos cambistas que sempre nos grandes jogos se aproveitam e compram logo toda a lotação para revender a preços exorbitantes.

Os ingressos serão vendidos obedecendo a seguinte tabela:
Cadeira numerada 200,00 Arquibancada - 70,00
Geral-50,00
Populares - 30,00

A delegação do Vasco da Gama desembarcou por volta das 13 horas e 20 minutos ontem no Aeroporto do Tirirical, viajando pelo voo 282 da VASP, sendo recebido pelo presidente do Maranhão, Nicolau Duailibe, pelos assessores da FMD Ama cio Rocha e Edivan Fonseca e jornalistas.

Os vascaínos desceram rapidamente do avião e subiram no ônibus da Taguatur, que já estava esperando para conduzi-los ao Hotel Vila Rica, onde ficou hospedada a comitiva.

Não vieram acompanhando a embaixada do campelo carióca os jogadores Pintinho, Wilsinho, Paulinho e Marco Antonio, mas o treinador Orlando Fantoni, considera que não haverá quebra de ritmo, pois os seus substitutos são reconhecidamente bons atletas.

Sobre Maranhão o preparador vascaino, disse saber muito pouco, salientando apenas que ouviu dizer que a equipe maranhense vem realizando boas partidas, mas tem levado azar nas finalizações, por isso mesmo vai recomendar o máximo de cuidado aos seus comandados para evitar as investidas do adversário desde o seu campo defensivo.

A delegação do Vasco vero assim constituída Chefe Dr. Carlos Bueno, que é um dos vice presidentes da equipe.

Diretor-Airton Brandão Supevisor Dante Rocha Médico Walter Martins Técnico Orlando Fantoni Massagista Pai Santana Mordomo - Severino - Jogadores - Leão, Paulinho Pereira, Orlando, Ivan, Paulo César, Dudu, Guina, Jorge Mendonça, Catinha, Perivaldo, João Luís, Mazaropi, Léo, Paulo Roberto, Zé Mário e Ailton.

Os jogadores não efetivaram nenhuma atividade de campo em nossa cidade, com o técnico Orlando Fantoni recomendando repouso absoluto até a hora do jogo de hoje.

Dois problemas surgiram por ocasião do coletivo apronto de ontem pela manhã comandado pelo técnico José Santos para a equipe do Maranhão atlético Clube com vistas ao difícil compromisso de hoje diante do Vasco da Gama, quando serão jogadas as suas últimas cartadas em termos de continuar sonhando com a classificação no Grupo D da Taça de Ouro a esta altura apenas com remotas possibilidades de vir a ser alcançada em função dos fracos resultados até agora, que deixaram o, campeão maranhense na lanterna com apenas 3 pontos positivos.

Os planos da direção técnica poderão ser radicalmente modificados pelas contusões sofridas por Jorge Santose Antônio Carlos no coletivo de ontem O primeiro sofreu uma pancada muito forte no pé direito e o segundo torceu o joelho esquerdo, estando praticamente alijados da peleja de hoje. Entretanto os médicos Ezan Ferraz e Antônio Carlos estão trabalhando ativamente no sentido de recuperarem pelo menos o lateral Antônio Carlos, já que a situação do quarto zagueiro Jorge Santos é bastante melindrosa. Hoje pela manhã, os dois deverão fazer um teste de campo, quando será determinado se jogam ou não.

Para substituir a Antônio Carlos o preparador já definiu por Célio Rodrigues na lateral esquerda, rejeitando a hipótese de deslocar Mendes para essa posição com Célio entrando na direita. A justificativa do orientador é o seu desejo de mexer o mínimo possível na escalação.

O substituto de Jorge Santos, será Tataco que assim voltará à sua primitiva posição, entrando de médio volante o garoto Emerson, que há bastante tempo não joga por motivo de contusão.

Ontem a tarde os atleticanos voltaram a ser movimentados com treino tático a titulo de atividade final para o jogo diante, do Vasco. A concentração foi iniciada ontem à noite na sede do clube Indagado sobre a possibilidade de armação de um esquema especial para parar o time do Vasco. o treinador José Santos, respondeu que a sua equipe jogando do mesmo jeito das partidas anteriores não havendo necessidade de se preocupar apenas com determinados jogadores adversários, quando é sabido que o clube da cruz de malta é um todo, não jogando em função somente de um ou dois.

Um boa noticia para os torcedores do Maranhão, foi a informação do José Santos, que confirmou a escalação de Neco na ponta direita, logo de saída na peleja de hoje entrando em lugar de Djaro que ficará no banco de reservas.

O preparador disse que melhor do que ninguém tem condição de opinar sobre quem deve, ou não começar os jogos, porque se quem vive o dia a dia do elenco Se Nexo não havia entrado antes, pra porque precisava adquirir a confiança no seu próprio futebol




PÓS-JOGO - o Maranhão Atlético Clube deu adeus ao sonho de poder ainda se classificar na Taça de Ouro do Campeonato Brasileiro, empatando de 0 a 0 com o Vasco da Gama do Rio na noite do dia 26 de março de 1980. no Estádio Municipal Nhozinho Santos, numa partida que apresentou uma excelente primeira fase com boas jogadas de parte a parte, mas que na etapa final caiu um pouco em razão da própria carreira empregada no inicio pelas duas equipes.

O Vasco da Gama se ressentiu da ausência de quatro de seus titulares uma vez que as experiências feitas pelos treinador Orlando Fantoni, não surtiram o efeito desejado, provocando uma queda de produção do time, notadamente no setor ofensivo, onde apenas Jorge Mendonça procurava usar de toda a sua categoria para furar o bloqueio defensivo maranhense.

Mesmo não sendo muito superior ao seu adversário, foi o Vasco o clube que esteve mais perto do gol, não o fazendo em pelo menos duas oportunidades no primeiro tempo, por intermédio de João Luís num tiro cruzado e no segundo período numa falta cobrada por Jorge Mendonça, graças a boa apresentação do goleiro Veludo, com defesas realmente sensacionais.

O Maranhão também teve as suas chances de chegar ao gol de Leão por duas oportunidades. Na primeira num lançamento de Juarez, Neco tentou encobrir o arqueiro, mas não foi feliz, com a bola ficando amortecida para o zagueiro Ivan que estava na cobertura na segundo da novamente com Neco em outro lançamento de Juarez, com o lateral esquerdo Paulo César chegando na hora precisa para prensar com o ponteiro atleticano, salvando a queda de sua cidadela, o que lhe custou uma contusão na coxa esquerda.

O jogo terminou com um placar justo pelo que produziram as duas equipes dentro de campo, sendo verificado amplo domínio das defesas sobre os ataques.

No Vasco da Gama, não houve maiores destaques a não ser o lateral direito Paulinho, que pelo fato de ter atuado no Moto Club, quis premiar a torcida maranhense com uma boa atuação, o que acabou conseguindo basta dizer que o ponteiro esquerdo Serginho quase não pegou na bola e se viu forçado o tempo todo a recuar para tentar marca-lo nas suas investidas.

No lado atleticano, o destaque fica por conta do goleiro Veludo com extraordinárias defesas, mas deve-se ressaltar que no todo a equipe se houve bem, cumprindo perfeitamente as recomendações do treinador. Outras excelentes atuação pelo lado maranhense, foi a do lateral esquerdo Antônio Carlos que deu um verdadeiro banho no ponteiro direito Katinha, lhe anulando completamente. Ficou mais uma provado, que o centro avante Riba faz muita falta ao time do Maranhão. Ontem Tica que entrou jogando e depois Alcino que entrou no segundo tempo, não disseram o que foram fazer dentro de campo sendo anulados com facilidade pela retaguarda cruzmaltina.

Como já era previsto, a arrecadação de ontem no Estádio Municipal ultrapassou a casa de hum milhão de cruzeiros, sendo de exatamente Cr$ 1.246.950,00 a maior já verificada até hoje na historia do futebol maranhense, não sendo maior, pela falta de uma grande praça de esporte. O público também foi recorde, alcançando a 22.004 espectadores, lotando completamente as dependências do acanhado Municipal.

O recorde da renda estava em poder do jogo de domingo passado entre Sampaio e Moto com 950 mil cruzeiros e o de público foi registrado em 74 no Jogo Sampaio e Flamengo, do Rio com 21 mil pessoas.

Na preliminar o Expressinho derrotou o Ferroviário por 2 a 0, ganhando a chave da capital do Torneio de Incentivo.





FICHA DO JOGO

Maranhão 0x0 Vasco da Gama/RJ
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 1.246,950,00
Público: 22.004 pagantes
Juiz: Gilson Cordeiro/PE
Bandeirinhas: Roberval Castro e Nacor Arouche
Cartão amarelo: Paulo Fraga e Paulo César
Maranhão: Veludo; Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antônio Carlos, Tataco, Juarez e Naldo Neco, Tica (Alcino) e Serginho (Djaro).
Vasco da Gama/RJ: Leão; Ivan e Paulo César Jorge Mendonça João Luís. Paulinho Pereira, Orlando, Dudu, Guina (Zé Mario) e Katinha, Perivaldo (Ailton).

Sampaio Corrêa 3x2 Bonsucesso/RJ - Campeonato Brasileiro 1980

O Sampaio Correa começou bem a fase semifinal da Taça de Prata do Campeonato Brasileiro, derrotando na tarde/noite do dia 06 de abril de 1980 ao Bonsucesso, do Rio de Janeiro no Estádio Municipal Nhozinho Santos pelo escore de 3 tentos a 2, largando na frente na tábua de classificação no Grupo N da competição.

Os bolivianos começaram a partida de ontem dando logo a impressão que foram para dentro de campo com a finalidade de faturar a contenda, chegando logo como perigo a meta do goleiro Júlio da equipe carioca por diversas oportunidades antes dos 15 minutos.

O domínio do Sampaio Correa foi incontestável durante toda a primeira fase, como de resto em toda a peleja, mas quase que a vitória não saia, em virtude de mais uma vez a retaguarda ter abusado nas brincadeiras e na desatenção. Ontem foi a vez do lateral esquerdo Cabreira falhar nos dois lances que determinaram os tentos do Bonsuça, sendo que no primeiro ele dividiu a culpa com o arqueiro Marcial, que sem nenhuma necessidade deixou a sua cidadela antes do lance ser concluído pela zaga e no outro quando o lateral tentou atrasar uma bola limpa para o seu guardião o fez com pouca força dando condição ao rápido ponteiro Vincentinho chegar primeiro e ai Marcial não teve outra alternativa a não ser a de cometer a penalidade máxima.

O Sampaio fez uma partida muita boa taticamente falhando tão somente no setor esquerdo da sua defesa com Cabreira e com o Goleiro Marcial nos dois lances que redundaram em tentos para o quadro visitante.

O grande nome da partida de ontem pelo lado do Sampaio Correa foi o cearense Zé Ivan que se transformou inclusive no artilheiro do jogo com dois tentos. Embora Zé Ivan não seja um jogador bem condicionado fisicamente ontem ele aguentou os 90 minutos dando um show de bola nos cariocas, fazendo dois gols e dando o passe genial para Cabecinha fazer o tendo da vitória. Mesmo já sem gás no final do jogo Zé Ivan ainda proporcionou boas jogadas no ataque do Sampaio.

Outro destaque do Sampaio foi o lateral direito Tereso que vem subindo de produção a cada partida com uma exibição impecável tanto no apoio como na marcação não tomando conhecimento do ponteiro canhoto adversário ao ponto de forçar o treinador do Bonsucesso a colocar um zagueiro para lhe marcar, tamanha era a facilidade que estava encontrando para levar o seu time a frente, sendo um dos repousáveis também pela maioria dos ataques do tricolor.

O garoto Riba que vem jogando improvisado de ponteiro direito na equipe do Sampaio aos pouco vai se adaptando a posição e ontem demonstrou um perfeito entrosamento com o lateral Tereso nas jogadas de ataque e até mesmo quando é preciso recuar para guardar a posição na zaga sempre o faz com perfeição. Riba acabou substituído no final do jogo, muito mais pela necessidade do treinador José Storino colocar um homem descansado para prender a bola no campo do Bonsucesso.

Não resta dúvida que o time maranhense teve o domínio durante todos os noventa minutos do espetáculo, mas ficou a lição, que não deve menosprezar o seu adversário por mais fácil que o jogo esteja se desenrolando sob pena de ter de lutar muito para vencer as partidas, como aconteceu ontem e quase que não sai o gol de Cabecinha, para tranquilizar a sua estreia com dois preciosos pontos.

O treinador José Storino não gostou da atuação de Marcial e Cabreira no primeiro tempo e por isso mesmo chamou a atenção dos dois no vestiário aproveitando o intervalo, mas pediu que ambos não se deixassem abater pelas falhas anteriores, porque não havia mais jeito de corrigi-las, a não ser não repetindo a mesma facilidade anterior o que ocorreu pois os dois passaram a encarar com seriedade o restante do jogo.

O meia Marcelo antes da partida estava com a sua participação ameaçada em virtude de uma contusão no quadril esquerdo, só ganhando condição depois de um teste efetuado sob o comando do médico Milon Miranda tendo atuado meio receoso de voltar a sentir o problema e por muitas vezes no primeiro tempo demonstrou indecisão na hora de chutar com a perna esquerda.

O Sampaio Correa depois de fustigar bastante o arco de Júlio chegou ao primeiro gol aos 25 minutos por intermédio de Zé Ivan, que fez delirar a  torcida que compareceu ao Municipal com tento de bela feitura, chutando de perna esquerda sem apelação para o guardião carioca. O lance começou com um cruzamento sensacional de Riba pela ponta direita, com Cabecinha saltando e disputando a bola no ar com o zagueiro Dário e na sobra Zé Ivan sem deixar cair acertou um lindo chute com a esquerda não dando a menor oportunidade para Júlio defender.

O Bonsucesso chegou ao empate ao 33 minutos, graças a um bobeada de Cabreira, que dormiu no ponto na marcação a Vicentinho, e ao goleiro Marcial que antes do lance ser definido pelo zagueiro Jorge Travolta, que ia na cobertura saiu da meta sem necessidade, com o que o ponteiro só teve o trabalho de encobri-lo atirando de voleio.

Mais Querido voltou a passar a frente do marcador fazendo 2 a 1 dois minutos depois (35 minutos) através de Zé Ivan cobrando pênalti, que foi sofrido por Cabecinha que ao receber lançamento do próprio Zé Ivan passou por um zagueiro e quando passou também pelo goleiro foi derrubado com a penalidade máxima sendo muito bem punida pela arbitragem.

O Bonsucesso chegou ao empate ainda no primeiro, tempo marcando aos 40 minutos também de pênalti cobrado por Toninho. A penalidade máxima foi cometida pelo arqueiro Marcial em Vicentinho, após uma tremenda falha de Cabreira que com a bola dominada tentou brincar e na hora de atrasar o fez mal, obrigando o goleiro a come- ter a falta dentro da área também bem assinalada pelo juiz paraense.

No segundo tempo com as falhas do sistema de defesa corrigidas, o Sampaio passou a jogar melhor e com seriedade, mas encontrou muita resistência por parte do Bonsucesso que subiu de produção e fez por outra chegava com perigo perto do arco de Marcial, só não marcando em razão do centro avante Neilson ter demorado na finalização em duas oportunidades.

O gol da vitória do Sampaio surgiu aos 40 minutos, já no apagar das luzes feito por Cabecinha que recebendo um lançamento sensacional de Zé Ivan avançou para a meta e chutou primeiro de pé direito em cima do goleiro Júlio com a bola batendo-lhe no peito e voltando para o próprio Cabecinha chutar novamente desta feita com a perna esquerda sem apelação para fazer vibrar a torcida tricolor e garantir os primeiros dois pontos preciosos da sua campanha nessa nova fase da Taça de Prata do Campeonato Nacional, logo na sua estreia.

Normal a atuação do árbitro José Marcelino dos Santos, sendo perfeito na marcação das duas penalidades máximas, que não deixaram nenhuma dúvida. Na hora de mostrar o cartão amarelo o fez com precisão para o zagueiro Dário e para o goleiro Júlio. Os bandeirinhas também paraenses Edson dos Santos e Antônio Santos estiveram no mesmo nível.









FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 3x2 Bonsucesso/RJ
Local:
Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 426,050,00
Público: 7.997 espectadores
Juiz: José Marcelino dos Santos/PA
Bandeirinhas: Edson Santos/PA e Antônio Santos/PA
Gols: Zé Ivan (2) e Cabecinha (Sampaio Corrêa) e Vicentinho e Toninho (Bonsucesso/RJ)
Sampaio Corrêa: Marcial; Tereso, Everaldo, Jorge Travolta e Cabreira Flávio, Zé Ivan e Marcelo, Riba (Emidio) Cabecinha e Glênio.
Bonsucesso/RJ: Júlio; Hélio, Ramiro e Alcir, Toninho, Jair (Mario) e Jorginho (Barreto) Vicentinho, Neilson e Luís Carlos.

Moto Club 1x0 Maranhão - Campeonato Maranhense 1994

Num jogo muito truncado, principalmente no primeiro tempo, o Moto venceu o Maranhão por 1 a 0 na tarde do dia 03 de setembro de 1994, no Estádio Nhozinho Santos, ainda pela fase de classificação do primeiro turno do campeonato maranhense.

O Maremoto teve poucas emoções e muitas faltas. O МАС, com uma formação defensiva, por causa de suas limitações, procurou dificultar ao máximo as ações do quadro motense, o que fez com que a partida se desenvolvesse com excessivas paralisações obrigando o árbitro José Melônio a mostrar nove cartões amarelos, numa tentativa de evitar maiores problemas.

No primeiro tempo, que terminou de 0 a 0, o MAC abusou das faltas, o que fez com que o time do Moto pressionasse o árbitro na distribuição dos cartões amarelos. Por falta de uma maior experiência José Melônio se deixou levar e foi aí que mostrou vários cartões amarelos para os jogadores atleticanos.

Nessa primeira fase, embora o Moto tenha jogado um pouco melhor tomando a iniciativa dos ataques, não houve nenhuma emoção mais forte para o torcedor, pois faltou finalização do ataque rubro-negro, já que Hiltinho não conseguia segurar a bola no ataque nem posição para chutar rumo ao gol de Raimundão.

Na verdade, a única jogada mais perigosa dessa primeira etapa aconteceu aos 45 minutos quando o meia Zé Filho escapou pela esquerda e foi derrubado pelo lateral Herberth, que em consequência acabou expulso de campo. Se não fosse parado com a falta por trás, Zé Filho poderia até fazer o gol, porque era o último defensor.

Segundo tempo

No segundo tempo, com o Maranhão reduzido a dez homens, o Moto continuou mandando no jogo. Esse domínio, entretanto, não estava sendo refletido no placar, uma vez que a marcação atleticana continuava muito forte, sem que o Papão conseguisse furar o bloqueio, por falta de força ofensiva.

Aos 15 minutos, notando que era preciso mudar, o técnico Meinha promoveu as entradas de Edmilson e Edinho. O primeiro passou a jogar de ponta direita, enquanto que o segundo foi colocado para preencher os espaços na ponta esquerda. As alterações renderam o esperado. O Moto cresceu pelo lado esquerdo com Edinho se entendendo bem com Maguila.

Foi graças ao crescimento do lado esquerdo, que o Moto chegou ao gol. Aconteceu aos 21 minutos, numa jogada começada por Edinho, que fez o lançamento certo para o cruzamento de Maguila, na medida, para a entrada fulminante de Palhinha, se antecipando ao goleiro Raimundão. Palhinha cabeceou e mandou a bola para o fundo do barbante.

Depois disso, o Moto diminuiu o ritmo e o Maranhão tentou, mas não conseguiu chegar. O "Glorioso" se ressentiu de maior criatividade no meio de campo e de um ataque mais positivo, já que o centroavante Tião foi facilmente dominado pelo sistema defensivo motense, até porque jogou sozinho na frente.

Mesmo não tendo sido um grande jogo, o Moto, que esteve melhor na partida, acabou sendo premiado com uma vitória justa. Ao Maranhão ficou a certeza de que será necessário acertar o time, se quiser brigar pelo bicampeonato. Essa foi a terceira derrota consecutiva, em clássico, sofrida pelo MAC.

O treinador José Arnaldo Lira, que assistiu o time jogar e até deu algumas instruções, não gostou do que viu e já conversou com os dirigentes visando a contratação urgente de reforços.




FICHA DO JOGO

Moto Club 1x0 Maranhão
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: R$ 1.612,00
Público: 1.222 pagantes
Juiz: José Ribamar Melônio
Bandeirinhas: Verandy Fontes e Nacor Arouche
Gol: Palhinha aos 21 minutos do segundo tempo
Moto Club: Jorge Pinheiro; Araújo, Edson Barros, Luís Paulo e Maguila; Edgard, Hélio (Edmilson) e Zé Filho; Marcos (Edinho), Hiltinho e Palhinha. Técnico: Edmilson Gomes "Meinha"
Maranhão: Raimundão; Márcio, Palmeira, Oliveira Lima e Magú; Josemar, Marlon e William (Magno); Chita (Roberto), Tião e Reginaldo. Técnico: Zé Carlos

Atlético Goianiense/GO 5x1 Maranhão - Campeonato Brasileiro 1980

PRÉ-JOGO - o Maranhão Atlético Clube faz a sua última apresentação na Taça de Ouro do Campeonato Brasileiro, jogando a tarde no Estádio "Serra Dourada" na cidade de Goiânia enfrentando o Atlético, vice-campeão local, tentando a sua primeira vitória na competição.

Os atleticanos estão inteiramente desclassificados na fase seguinte do certame, não havendo a menor chance de chegar entre os sete primeiros, mesmo que vença a partida de hoje.

O time do Atlético, ao contrário do Maranhão, já se encontra classificado, tendo efetivado uma brilhante campanha, conquistando a sua classificação fora de casa num surpreendente triunfo em Porto Alegre diante do Grêmio por 1 a 0. O resultado de hoje para os rubro negros goianos, não mudará a sua posição na tábua de classificação.

O Maranhão possui tão somente quatro pontos positivos, frutos de quatro empates, contra Nacional, Vasco, Grêmio Santa Cruz em Recife, não tendo. vencido nenhum dos seus jogos, sendo considerado por isso mesmo pela imprensa do sul do pais como um time virgem.

A campanha do campeão maranhense, mesmo sem ter conseguido alcançar nenhum triunfo, não chega a decepcionar a galera, uma vez que reconhecidamente a sua equipe não levou muita sorte, pela grande quantidade de gols perdidos, o que dificultou a sua classificação entre os sete primeiros.

A bem da verdade, a equipe gloriosa, não merecia perder vários dos jogos em que acabou derrotado, como efetuados diante do Gama, do América, do Coritiba e bem que fez por onde vencer os prélios diante do América, Grêmio e Nacional de Manaus não o conseguindo em razão da falta de sorte dos seus atacantes.

Se o argumento servir como consolo aos torcedores do time do Parque, essa foi a primeira vez que um time maranhense atravessou um campeonato brasileiro, sem levar nenhuma goleada, pelo menos até aqui mesmo jogando tora de casa contra adversários reconhecidamente superiores pelos seus valores individuais, com jogadores até de Seleção Brasileira.

O Maranhão foi sempre um time lutador, uma equipe que apesar de suas limitações, jogou de igual para igual, sem se intimidar com a fama dos adversários.

 Hoje contra o Atlético Goianiense, não será uma surpresa, se Maranhão terminar a partida com sua primeira vitória na competição, o que poderia servir de alento a sua torcida, que soube the prestigiar em todos os seus jogos.

Mesmo não ganhando ninguém, o Maranhão teve sempre apoio da sua torcida, como de resto de toda a massa torcedora do Estado, conquistando rendas fabulosas ao ponto de quebrar o recorde de arrecadação e de público em toda a história do Estádio Municipal "Nhosinho Santos".

Os jogadores do Maranhão saíram de São Luis para o jogo de hoje em Goiânia, prometendo a todos muita
luta dentro de campo para mais uma vez honrar as tradições do seu nome e do próprio futebol maranhense.

Como não há chance de classificação e como todos os atleticanos querem terminar o Brasileirão, com pelo menos uma vitória, hoje diante do Atlético o MAC será um time totalmente ofensivo, haja vista a escalação do ataque, contando com Neco, Riba e Serginho, três homens que caminham sempre em busca do gol adversário.

O treinador Jose Santos antes do embarque falando com a nossa reportagem disse que vai soltar o seu time, pedindo a todos que trabalhem em função do gol
adversário.

A partida Maranhão e Atlético começará às 17 horas sob a direção do árbitro mineiro Maurilo José Santiago e uma renda superior a 800 mil cruzeiros está sendo prevista pela imprensa goiana, em função da boa campanha do Atlético, o que motivou os seus torcedores.

A equipe maqueana está escalada, contando com a volta do centro avante Riba, liberado pelo Departamento Médico para atuar, sem risco de voltar a sentir a contusão no pé direito.

O grande desfalque do Maranhão hoje em Goiânia, nenhum o lateral esquerdo Antonio Carlos, que ficou em nossa cidade com problemas intestinais, sem chance de recuperação para jogar logo hoje, em virtude de se encontrar com cinco quilos aquém do seu peso normal, o que vinha the atrapalhando nas últimas pelejas, mesmo tendo se saindo muito bem em todas elas a ponto de chamar a atenção dos dirigentes do Vasco da Gama no último compromisso atleticano no Municipal, que procuraram saber da sua situação no MAC.

O substituto de Antonio Carlos na lateral esquerda será o jogador Celio Rodrigues que entrará improvisado, a fim de tentar quebrar o galho.

Célio já jogou algumas vezes nessa posição, mas disse que por se encontrar há muito tempo sem atuar, poderá se dar mal, aceitando a escalação por se tratar de um profissional.

O preparador José Santos chegou a pensar na colo- cação de Mendes como lateral esquerdo, com a entrada de Célio na direita, mas preferiu mesmo fazer apenas uma mexida, permanecendo com Mendes na direita, onde vem atuando muito bem.

A delegação do Maranhão desde a noite de sexta- feira se encontra em Goiânia, hospedada nas dependências do Hotel Samambaia em regime de concentração.

Ontem os maqueanos aproveitaram o horário da manhã e efetivaram um treino leve a título de recreação.

A equipe para enfrentar o Atlético vai jogar com: Veludo Rodrigues Serginho. Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Célio Tataco, Juares e Naldo Neco, Riba e Serginho.

O JOGO - o Maranhão Atlético Clube se despediu melancolicamente da Taça de Ouro do Campeonato Brasileiro, sendo goleado no dia 30 de março de 1980 em Goiânia pe Atlético pelo placar de 5 tentos a 1, não conseguindo ganhar nenhum dos seus jogos pela competição, ando completamente desclassificado e na lanterna do grupo.

O time atleticano até então não tinha ainda decepcionado os torcedores embora não almejasse classificação em razão sua posição entre concorrentes da chave, mas ontem se riu inteiramente e de acordo com os comentários da própria imprensa na até que foi se presente ao Serra Dourado, o placar de 5 a 1, pela desastrosa apresentação na segunda Mapa de partida dos jogadores maqueanos.

No período inicial o Maranhão fez uma partida equilibra demais com o Atlético de Goiás, não tomando conhecimento do to de jogar na sua casa, chegando a sair na frente do marcador, abrindo o escore através de uma penalidade máxima e só conseguiu o empate porque mais uma vez a brincadeira dos zagueiros do campeão gonçalino, foi responsável pela queda e sua cidadela.

Na etapa final, talvez até pelo fato do atacante Tica, ter ido de campo fora de si, depois de uma forte pancada na cabeça e por isso mesmo ter sido levado às pressas para um dos hospitais de Goiás, a equipe se arrasou psicologicamente e ninguém acertou mais nada dentro das quatro linhas, ao ponto os seus jogadores errarem passes infantis, sendo completamente abafados em seu próprio campo pelo rubro negro goiano.

Os gols do Atlético no segundo tempo foram saindo naturalmente e até o goleiro Veludo que vinha se constituindo como ma das melhores figuras do Maranhão, largou bolas incríveis tendo responsabilidade pelo menos em dois tentos.

Nem a entrada de Riba no comando da ofensiva maranhense, conseguiu devolver aos demais jogadores a motivação que tiveram no primeiro tempo, talvez bastante preocupados, sem doer o que estava ocorrendo com o centro avante Tica.

A delegação do Maranhão mais uma vez não levou médico, o que prejudicou ainda mais o pronto atendimento ao jogador, dia contusão parece ter sido bastante séria, tanto que os seus companheiros dentro de campo ficaram apavorados que tiraram as camisas na tentativa de abaná-lo, pois à primeira vista o fôlego estava lhe faltando pela dificuldade que aparentava na tentativa de respirar baque na cabeça do atacante Tica, o deixou bastante atordoado, e mesmo depois de sido reanimado pelos companheiros, quando tentou se levantar, caiu e se levantou de novo, saindo correndo apavorado, sendo preciso ser agarrado, dando mostras de que não sabia nem mesmo onde estava. Até a nós encerramos nossos trabalhos na redação, não havia chegado nenhuma noticia concreta sobre o estado de saúde do jugador.

O treinador José Santos, bem que tentou devolver o animo aos jogadores do MAC, procedendo duas alterações, que acabaram são surtindo o efeito desejado, pela maneira desnorteada como o time continuou jogando depois do problema.

O primeiro tempo da partida terminou com o empate de 1 tento a 1, com o Maranhão jogando dentro de suas reais possibilidades e realizando uma boa apresentação.

time maranhense saiu na frente do placar, fazendo 1 a 0 aos 10 minutos, por intermédio de Djaro cobrando penalidade máxima, cometida pelo goleiro Valdir em Tica, quando o centro avante preparava-se para marcar.

Com 1 a 0 no escore a seu favor, como sempre o zagueiro Jorge Santos, começou a rebolar e as coisas foram se complicando, agravando-se mais ainda pela franquissima exibição do lateral esquerdo Antonio Carlos, que viajou ontem ao meio dia, depois de ter sido medicado em São Luis dos problemas intestinais que a principio the cortaram da delegação.

O Atlético depois de lutar muito, chegou ao empate através de Alexandre Bueno, depois de um cruzamento na área maranhense, que Alcino de cabeça the passou a bola na bandeja.

Com 1 a 1 no escore, terminou o primeiro tempo e na etapa complementar, o desastre aconteceu de forma inesperada, com a goleada do Atlético sendo marcada quase que automaticamente.

O segundo gol atleticano (GO) aconteceu aos 11 minutos, feito por Gilberto, aproveitando um cruzamento rasteiro e violento feito da ponta esquerda novamente pelo grandalhão Alcine.

Aos 18 minutos, surgiu o terceiro tento, feito por Alexandre Bueno, com o goleiro Veludo largando uma falta cobrada por Alcino.

Aos 22 minutos, foi a vez de Alcino deixar a sua marca nas redes maqueanas, botando de cabeça em nova falha de Veludo.

Aos 38 minutos Gilberto fechou a goleada com um violento chute com a defesa deixando o atacante ajeitar e escolher o canto para bater sem apelação.

A rigor na etapa complementar o time do Maranhão não existiu, não tendo chegado nenhuma vez com perigo à meta do goleiro Valdir, a não ser num chute forte do comandante Riba num cochilo da defensiva goiana.

O juiz da contenda foi o mineiro Maurilio José Santiago, com bom trabalho, sendo auxiliado nas laterais por José Maria Brandão e Gerson de Freitas, ambos da Federação de Goiás.

FICHA DO JOGO

Atlético Goianiense/GO 5x1 Maranhão
Local:
Estádio Serra Dourada (Goiânia/GO)
Renda: Cr$ 646.290,00
Público: 8.957 pagantes
Juiz: Maurilio José Santiago
Bandeirinhas: Gerson de Freitas e José Maria Brandão
Gols: Alexandre Bueno (2), Gilberto (2) e Alcino (Atlético); Djaro (Maranhão)
Cartão amarelo: Jorge Santos e Djaro
Atlético Goianiense/GO: Valdir Gálle, Modesto, Wilson (Queiroz) e Nelson-Gil, Valteir e Silva Alexandre Bueno, Gilberto e Alcino (Bugre).
Maranhão: Veludo Mendes, Paulo Fraga, Jorge tos Antonio Carlos Tataco, Juares (Emerson) e Naldo- Neco. Tica (Riba) e Djaro.

Sampaio Corrêa 0x0 Fortaleza/CE - Torneio Nordestão 1970

Com um bom futebol na primeira etapa, tendo inclusive desperdiçado grandes oportunidades de marcar, o Sampaio Corrêa acabou por empatar com o Fortaleza através do marcador de zero a zero, em jogo realizado no dia 25 de outubro de 1970.

O jogo foi de agrado geral, pela movimentação, com os dois times procurando o caminho do gol. O Sampaio por diversas vezes teve essa oportunidade em mãos, mas, a falta de sorte e a marcação cerrada da defensiva cearense, acabou por evitar a queda da cidadela do Fortaleza. Por outro lado, o Fortaleza também teve a sua grande oportunidade, isto é, Erandy perdeu com o arco a sua disposição depois de uma defesa parcial de Dudinha.

O primeiro tempo do jogo pertenceu ao Sampaio Corrêa, mas errou o time boliviano quando tentou explorar o centro, quando o certo seria os pontas. O Fortaleza na primeira etapa procurava mais chegar ao arco contrário em contra- ataques pois a sua meia-cancha era formada de quatro elementos, para evitar as investidas de Haroldo e Zé Carlos. As investidas do Fortaleza não deram resultados devido a marcação cerrada do centro da área formada por Serjão e Zé Preto, enquanto os laterais não e estavam muito bem. O primeiro tempo pertenceu ao Sampaio, que teve maior presença em campo mas, se não marcou o seu gol foi, por infelicidade, pois se tinha um Haroldo muito bom tinha um Zé Carlos jogando mal.

Na segunda etapa do jogo, quando se esperava uma reação do Sampaio o que ser viu foi um Fortaleza prосurando gol, correndo o tempo todo, devido a queda do meio campo sampaíno, pois Alberto sentiu o excesso de trabalho e Roberto com o braço enfaixado se retraiu evitando as bolas divididas e com o meio sampaíno caiu de produção com os cearenses partindo para o ata que, mas prejudicados pela fraca atuação de Mimi que joga o tempo todo impedindo.

O resultado justo para um grande jogo, tendo o público que proporcionou uma arrecadação de mais de 20 mil cruzeiros, saído satisfeito com o presenciado, pois os dois times não decepcionaram.

Dirigiu a partida o amazonense Paulo Bernardes com bom trabalho, inclusive agiu certo na marcação do impedimento que redundou no gol anulado. Nas laterais estiveram José Salgado e Francisco Sousa com bom trabalho.


FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 0x0 Fortaleza/CE
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 26.856,00
Público: não divulgado
Juiz: Paulo Bernardes/AM
Sampaio Corrêa: Dudinha; Célio Rodrigues, Zé Preto, Serjão e Romildo; Adalberto (Zé Carlos) e Roberto; Djalma (Toinho), Zé Carlos (Pelezinho), Haroldo e Raimundinho. Técnico: Marçal Tolentino Serra
Fortaleza/CE: Cícero; Pedro Basílio, Zé Paulo, Renato e Roberto; Zé Carlos e Joãozinho; Lucinho, Erandir, Marcos e Mimi. Técnico: William Pontes