domingo, 27 de maio de 2012
Catulo da Paixão Cearense
Há 66 anos falecia (1946) Catulo da Paixão Cearense, um dos maranhenses que mais contribuíram para o enriquecimento da música brasileira. Em qualquer outra parte do Mundo, esta data seria motivo para seminários, lançamentos de livros, regravações de músicas, exposição fotográficas etc, mas, paciência, estamos no Maranhão. Catulo mudou-se de São Luís com treze anos de idade, e depois do Ceará foi para o Rio de Janeiro, onde ganhou fama. Apesar do prestígio internacional, sua casa era modesta e as divisórias eram feitas de lençóis, por isto, sempre que ia receber visita importante, dizia à mulher: “cabocla, lava as paredes...” na Rua Grande, ao lado do Unibanco, a placa na fachada da casa onde nasceu. Em frente ao Nhozinho Santos, uma estátua encomendada diretamente do Rio de Janeiro e posta em frente aos estádio no já longínquo 1948... Foi tudo o que os conterrâneos de São Luís conseguiram fazer para preservar sua memória. O blog deixa aqui uma pequena homenagem
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Seaquicentenário de Catullo da Paixão Cearense
ResponderExcluir08 de outubro de 2013!!!!
Catullo da Paixão Cearense, foi o civilizador do Violão, instrumento altamente rejeitado, nos lares mais modestos, Catullo, o introduziu nos salões nobres, mudando definitivamente a história da Musica Popular Brasileira.
Foi considerado um cantor único e completo, recebeu críticas extremamente favoráveis, tanto no que diz respeito ao seu timbre , quanto a dicção, bem como interpretação e repertório.
Como organizador e poeta reuniu coleções de Lundus, modinhas e cançonetas ( incluindo diversos poemas de sua autoria), que além de raríssimo registro histórico, segundo jornais da época ( 1890 1920), foram o deleite de gerações.
Poeta de um estro único e de uma capacidade filosófica rara, atingiu com a mesma intensidade o mais modesto cidadão e a elite intelectual; seus livros foram um sucesso após outro e Catullo crescia em popularidade .
Escreveu ,ao todo, 16 Obras literárias ( além de 10 Organizações), Obras que o fizeram ser comparado a Hugo, La Fontaine, Homero, Mistral, etc. por exponenciais de diversas áreas como: Ruy Barbosa, Julio Dantas, Barbosa Lima Sobrinho, Olavo Bilac, Luiz Carlos, José do Patrocínio, Clóvis Bevilaqua, Monteiro Lobato e tantos outros.
Cantou o Sertão, o Amor à Mulher, à Natureza.
Como Professor, desenvolveu um método de alfabetização, com o qual teve êxito em sua empresa, de alfabetizar adultos e jovens; atirava aos alunos letras coloridas e recortadas em papel cartão, o que tornava a aula lúdica e atrativa.
Traduziu clássicos da literatura francesa, espanhola com uma fidelidade que impressionava os próprios autores, como por exemplo: Salvador Rueda.
Compôs centenas de letras, dentre elas: Luar do Sertão, Ontem ao Luar, Cabôca D’icaxangá, Flor de Maracujá, Vai Oh meu Amor ao campo Santo! ...
Não obstante a obra do referido autor seja de imensa importância, e que, ao contrário do comum da história, Catullo da Paixão Cearense, o maior Poeta do Brasil e o mais Brasileiro dos Poetas, tenha tido sua obra altamente reconhecida enquanto vivo, encontra-se, ainda desconhecida das gerações mais recentes.