
Texto extraído do jornal O Estado do Maranhão, de 26 de abril de 1999
Assis é um cearense que começou jogando como zagueiro de área e acabou se destacando como goleiro em equipes de ponta do futebol alencarino e maranhense. Parou de jogar há 17 anos, com 34 anos de idade, depois de se sentir magoado com uma atitude tomada por um dirigente do Moto Clube. Ele fala disso e de coisas que ficaram no passado. Conta o que viveu quando está com amigos ou torcedores para relembrar fatos que marcaram a gloriosa carreira de atleta profissional. Nesta página você vai ficar sabendo um pouco da história de Francisco de Assis Oliveira, ou simplesmente Assis, goleiro do Fortaleza/CE, Moto, Sampaio Corrêa, Maranhão Atlético Clube e, atualmente, da Associação de Garantia ao Atleta Profissional – AGAP.
Ele começa seus relatos relembrando que jogou bola, como outros, muito mais por intuição e não por falta de sensibilidade ou de orientação, coisa que não cabe querer falar e incomoda, pois existe o orgulho. Começou no futebol cedo, ida de 14 anos, para goleiro, na Vila Militar do José de Alencar, um bairro distante do centro de Fortaleza, onde nasceu e começou a dar os primeiros chutes na carreira. Em 1970 mudou-se para o Sampaio, quando tinha 18 anos, atendendo a um chamado de um amigo que morava em São Luís e que já havia sido seu companheiro de defesa num clube de várzea.
Nessa época, Assis, já com certa experiência, começou a ser observado por dirigentes do futebol maranhense. Jogando com a camisa do Sampaio Corrêa chamou atenção e acabou sendo convocado para a seleção maranhense. Mas não foi uma escolha de todo prazerosa. Em sua versão, ficou magoado desde que um dirigente pediu para um diretor contratar um goleiro de um rival e acabar com um desejo que havia de comprar um carro para seu casamento. Ele me garantiu que faria isso num tempo recorde e, inclusive, melhorou seu salário. Jogamos e ganhamos do Sampaio e Corrêa e, quando estávamos no vestiário, ele veio com a conversa de que havia esquecido do problema e não poderia assinar o contrato. Expliquei toda a situação e que me sentia injustiçado, disse que não mais jogaria pelo clube e parti triste para Fortaleza, encerrando ali minha fase no futebol. Não vou dizer o nome do dirigente, para evitar constrangimentos, mas ele vai se lembrar do fato.
Rapidamente ele se muda de Fortaleza para São Luís e vem jogar pelo Moto Clube. O ano é 1972 e a equipe rubro-negra disputa o Campeonato Maranhense. Com 13 títulos estaduais, Assis começa a sua trajetória no clube rubro-negro, até chegar ao bairro onde morava. Uma dia o goleiro faltou e não tinha ninguém para substituí-lo. Foi quando ele começou a partir daí a história do atleta mundial “É isso que vai falar história, né? Fechei o gol, Luiz Mendes gostou e me convidou para jogar de meia. Aos poucos fui conquistando espaço no futebol maranhense.”
Aos 17 anos de idade, depois de passar por vários clubes, regressa ao José de Alencar, Assis foi no início jogar na equipe do Ferroviário Atlético Clube pela Segunda Divisão, onde substituiu o titular e se destacou como goleiro. Foram dois anos até aparecer a primeira grande chance de sua vida para um grande clube do futebol cearense.
Por sorte e competência Assis chegou ao time profissional do Fortaleza Esporte Clube. Em sua primeira participação no time principal, ajudou o clube a ser campeão estadual. Infelizmente pouco depois não ficou mais no clube, sendo mandado embora e substituído por nome de Almir Barbosa Furtado, ex-goleiro do Fortaleza e ex-técnico de goleiros.
Conversei e depois com Antônio Bernardo Catharino e fui indicado ao Moto Clube, que também estava em Fortaleza, num amistoso.
Próximo de completar 20 anos de idade, Assis mudou-se para São Luís e ingressou no Moto Clube. Foram 10 anos de carreira no clube, com passagens por outras equipes locais, ser arrojado, disposto nas jogadas aéreas, motivou seus companheiros de defesa com uma bola vendida e curiosa que aconteceu num dia de verão na cidade de São Luís, em novembro de 1969, juntamente com Oberdan, companheiro de defesa de Assis.
Na década de setenta eles se tornaram titulares da posição até 1979, quando Assis foi para o MAC e, com 20 anos, foi vice-campeão estadual em 1969.
Assis passou pelo Maranhão Atlético Clube e MAC, Maranhão. Em 1975 atuou em Imperatriz pelo Bacabal, mas em 1976 voltou para o MAC.
Abriu marca nos pênaltis: “O Moto não perdia para o MAC”
Em 1970 Assis jogou pela seleção do Maranhão no Campeonato Brasileiro de Seleções, que tinha Paulo Couto, Cajó, Wendell, Zequinha, Roberto, Assis, Paulo, Altamir, Gafanhoto, Riba e outros grandes jogadores.
No final de 1980, Bala, Carlos Alberto, Garrincha, Hamilton e Riba. Com esta formação o Moto ficou 26 partidas sem perder para ninguém. Foi campeão invicto do Campeonato Estadual de 1980 e conquistou o perdido de 1969/72.
Depois de encerrar carreira nas equipes, jogou no Fortaleza/CE (1973) e Sobral/CE. Depois voltou para São Luís e ficou no MAC, e no Sampaio, em 1984. Em 75 esteve no Fortaleza e em 76 no MAC.
Em 1975 ganhou a simpatia dos torcedores sampaínos e foi campeão estadual ao lado de Brito, Clécio e Célio.
Em 1976 a 1978 foi campeão pelo Esporte Clube Macaúba. Foi vice-campeão invicto pelo Maranhão em 1979.
Em 1979 foi para o MAC. Os destaques eram Marciel, Assis e Sérgio. No início da década de 80 conquistou título estadual pelo MAC.
No MAC Assis ficou até 82. Em 83 voltou ao Moto onde encerrou a carreira profissional. Hoje é presidente da AGAP, ajudando o futebol profissional.
Assis não se arrepende, mesmo com as críticas que recebe por não dizer o nome dos dirigentes. Ele afirma que os melhores com quem trabalhou foram Antônio Bento e Alberto Abood do Moto. Os jogadores que o impressionaram no campo foram João Campos, Hamilton, Alzimar, Gojoba, Garrinchinha, Plezinho, Roberto, Riba e outros grandes nomes que teve.
Com o fim da carreira, Assis passou a ser treinador de goleiros do Sampaio e do Vendedor, treinando ainda times como Senador Alexandre Costa e clubes por onde passou.
E, segundo ele mesmo, diz que “Eu era um provocador de goleiro”. Hoje está com 56 anos e continua jogando com amigos e participando de eventos beneficentes. No campo joga normalmente.
Assis é um cearense que começou jogando como zagueiro de área e acabou se destacando como goleiro em equipes de ponta do futebol alencarino e maranhense. Parou de jogar há 17 anos, com 34 anos de idade, depois de se sentir magoado com uma atitude tomada por um dirigente do Moto Clube. Ele fala disso e de coisas que ficaram no passado. Conta o que viveu quando está com amigos ou torcedores para relembrar fatos que marcaram a gloriosa carreira de atleta profissional. Nesta página você vai ficar sabendo um pouco da história de Francisco de Assis Oliveira, ou simplesmente Assis, goleiro do Fortaleza/CE, Moto, Sampaio Corrêa, Maranhão Atlético Clube e, atualmente, da Associação de Garantia ao Atleta Profissional – AGAP.
Ele começa seus relatos relembrando que jogou bola, como outros, muito mais por intuição e não por falta de sensibilidade ou de orientação, coisa que não cabe querer falar e incomoda, pois existe o orgulho. Começou no futebol cedo, ida de 14 anos, para goleiro, na Vila Militar do José de Alencar, um bairro distante do centro de Fortaleza, onde nasceu e começou a dar os primeiros chutes na carreira. Em 1970 mudou-se para o Sampaio, quando tinha 18 anos, atendendo a um chamado de um amigo que morava em São Luís e que já havia sido seu companheiro de defesa num clube de várzea.
Nessa época, Assis, já com certa experiência, começou a ser observado por dirigentes do futebol maranhense. Jogando com a camisa do Sampaio Corrêa chamou atenção e acabou sendo convocado para a seleção maranhense. Mas não foi uma escolha de todo prazerosa. Em sua versão, ficou magoado desde que um dirigente pediu para um diretor contratar um goleiro de um rival e acabar com um desejo que havia de comprar um carro para seu casamento. Ele me garantiu que faria isso num tempo recorde e, inclusive, melhorou seu salário. Jogamos e ganhamos do Sampaio e Corrêa e, quando estávamos no vestiário, ele veio com a conversa de que havia esquecido do problema e não poderia assinar o contrato. Expliquei toda a situação e que me sentia injustiçado, disse que não mais jogaria pelo clube e parti triste para Fortaleza, encerrando ali minha fase no futebol. Não vou dizer o nome do dirigente, para evitar constrangimentos, mas ele vai se lembrar do fato.
Rapidamente ele se muda de Fortaleza para São Luís e vem jogar pelo Moto Clube. O ano é 1972 e a equipe rubro-negra disputa o Campeonato Maranhense. Com 13 títulos estaduais, Assis começa a sua trajetória no clube rubro-negro, até chegar ao bairro onde morava. Uma dia o goleiro faltou e não tinha ninguém para substituí-lo. Foi quando ele começou a partir daí a história do atleta mundial “É isso que vai falar história, né? Fechei o gol, Luiz Mendes gostou e me convidou para jogar de meia. Aos poucos fui conquistando espaço no futebol maranhense.”
Aos 17 anos de idade, depois de passar por vários clubes, regressa ao José de Alencar, Assis foi no início jogar na equipe do Ferroviário Atlético Clube pela Segunda Divisão, onde substituiu o titular e se destacou como goleiro. Foram dois anos até aparecer a primeira grande chance de sua vida para um grande clube do futebol cearense.
Por sorte e competência Assis chegou ao time profissional do Fortaleza Esporte Clube. Em sua primeira participação no time principal, ajudou o clube a ser campeão estadual. Infelizmente pouco depois não ficou mais no clube, sendo mandado embora e substituído por nome de Almir Barbosa Furtado, ex-goleiro do Fortaleza e ex-técnico de goleiros.
Conversei e depois com Antônio Bernardo Catharino e fui indicado ao Moto Clube, que também estava em Fortaleza, num amistoso.
Próximo de completar 20 anos de idade, Assis mudou-se para São Luís e ingressou no Moto Clube. Foram 10 anos de carreira no clube, com passagens por outras equipes locais, ser arrojado, disposto nas jogadas aéreas, motivou seus companheiros de defesa com uma bola vendida e curiosa que aconteceu num dia de verão na cidade de São Luís, em novembro de 1969, juntamente com Oberdan, companheiro de defesa de Assis.
Na década de setenta eles se tornaram titulares da posição até 1979, quando Assis foi para o MAC e, com 20 anos, foi vice-campeão estadual em 1969.
Assis passou pelo Maranhão Atlético Clube e MAC, Maranhão. Em 1975 atuou em Imperatriz pelo Bacabal, mas em 1976 voltou para o MAC.
Abriu marca nos pênaltis: “O Moto não perdia para o MAC”
Em 1970 Assis jogou pela seleção do Maranhão no Campeonato Brasileiro de Seleções, que tinha Paulo Couto, Cajó, Wendell, Zequinha, Roberto, Assis, Paulo, Altamir, Gafanhoto, Riba e outros grandes jogadores.
No final de 1980, Bala, Carlos Alberto, Garrincha, Hamilton e Riba. Com esta formação o Moto ficou 26 partidas sem perder para ninguém. Foi campeão invicto do Campeonato Estadual de 1980 e conquistou o perdido de 1969/72.
Depois de encerrar carreira nas equipes, jogou no Fortaleza/CE (1973) e Sobral/CE. Depois voltou para São Luís e ficou no MAC, e no Sampaio, em 1984. Em 75 esteve no Fortaleza e em 76 no MAC.
Em 1975 ganhou a simpatia dos torcedores sampaínos e foi campeão estadual ao lado de Brito, Clécio e Célio.
Em 1976 a 1978 foi campeão pelo Esporte Clube Macaúba. Foi vice-campeão invicto pelo Maranhão em 1979.
Em 1979 foi para o MAC. Os destaques eram Marciel, Assis e Sérgio. No início da década de 80 conquistou título estadual pelo MAC.
No MAC Assis ficou até 82. Em 83 voltou ao Moto onde encerrou a carreira profissional. Hoje é presidente da AGAP, ajudando o futebol profissional.
Assis não se arrepende, mesmo com as críticas que recebe por não dizer o nome dos dirigentes. Ele afirma que os melhores com quem trabalhou foram Antônio Bento e Alberto Abood do Moto. Os jogadores que o impressionaram no campo foram João Campos, Hamilton, Alzimar, Gojoba, Garrinchinha, Plezinho, Roberto, Riba e outros grandes nomes que teve.
Com o fim da carreira, Assis passou a ser treinador de goleiros do Sampaio e do Vendedor, treinando ainda times como Senador Alexandre Costa e clubes por onde passou.
E, segundo ele mesmo, diz que “Eu era um provocador de goleiro”. Hoje está com 56 anos e continua jogando com amigos e participando de eventos beneficentes. No campo joga normalmente.
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