O Maranhão Atlético Club, que vem fazendo uma boa campanha na Taça Cidade de São Luis, volta a jogar a noite de hoje, 10 de julho de 1980, pela mesma competição, jogando contra a representação do Expressinho, no horário principal, com amplas possibilidades de conseguir mais uma vitória e assumir a liderança da competição, ao lado do Sampaio Corrêa, com 6 pontos. Enquanto isso, o seu adversário está bem cotado para o encontro de hoje, tento em vista os seus resultados obtidos, já tendo vencido o Moto Club quando de sua estreia. O Expressinho tem 5 pontos e caso venha a conseguir um triunfo, obterá a liderança isolada da taça com 7 pontos.
As duas equipes se prepararam durante esta semana visando estre encontro. O Maranhão já contando com seu treinador Antoninho promete mais um triunfo, a exemplo do que aconteceu nas duas partidas anteriores. Já o Expressinho tenta quebrar a boa fase maqueana. Tanto é que o seu treinador não se descuidou dos treinamentos com vistas ao jogo.
Soeiro entregue ao departamento médico será uma das ausências sentidas pela torcida, já que ele vinha se destacando na equipe, marcando até gols. Além de Soeiro, o Bode não poderá cotar com o lateral-esquerdo Breno, que acompanha a sua esposa que está perto de dar luz a um herdeiro. Vandinho, que também queria jogar, não o fará, uma vez que o mesmo está no momento entregue ao Departamento Médico se recuperando de uma contusão. A novidade maqueana será o juvenil Nilton na lateral-esquerda, em substituição a Breno. Naldo, mesmo sem contrato, deve ser o meia-esquerda, já que tem tudo praticamente acertado com os dirigentes. Assim, Antoninho vai lançar força total contra o Expressinho. No time da Cohab, o quarto-zagueiro Ferreira, depois de cumprir a “Lei do Cão”, voltará à equipe, reforçando o seu sistema de zaga. Apenas uma dúvida na equipe, exatamente na ponta-esquerda entre Valtinho e Ailton, com maiores possibilidades para o primeiro.
O JOGO – o Maranhão Atlético Clube ganhou do Expressinho, da Cohab, por 2 a 0, na partida principal da noite do dia 10 de julho de 1980, no Estádio Municipal Nhozinho Santos, na rodada dupla que deu sequência à Taça Cidade de São Luis de 1980. Com o triunfo, o time atleticano passa à co-liderança da competição, somando agora 6 pontos positivos, dividindo a primeira posição com o Sampaio Corrêa.
O jogo foi dominado inteiramente pelo quadro maqueano e o placar de 2 a 0 foi pouco para a sua total superioridade dentro de campo durante todos os seus noventa minutos de espetáculo. O Maranhão desperdiçou inúmeras oportunidades para ampliar o escore, notadamente com o centroavante Alcino e com o meia Riba, para não falar de duas grandes chances jogadas fora pelo garoto Valter, que entrou nos últimos 15 minutos da peleja.
O goleiro Juca Baleia, que falhou no segundo gol do MAC, fez defesas sensacionais, evitando em muitas oportunidades a queda de sua cidadela, tamanha era a facilidade que o campeão maranhense chegava na sua área, principalmente nas bolas cruzadas tanto da direita como da esquerda.
O Maranhão começou a partida um pouco lento, mas por volta dos 15 minutos da etapa primeira, os seus jogadores resolveram imprimir maior velocidade, dominando inteiramente as ações, provocando um tremendo sufoco na área do adversário em muitas jogadas.
O primeiro tempo terminou com a vantagem dos atleticanos por 1 a 0, gol marcado por intermédio de Alcino, sobrando uma penalidade máxima muito bem assinalada pelo árbitro Josenil Sousa. O penal foi cometido por Simião em Alcino sem nenhuma necessidade numa jogada de linha de fundo, onde fatalmente o atacante colocaria a pelota para fora. O zagueiro do Expressinho, muito afobado, derrubou o adversário dentro da grande área e o apitador não teve outra alternativa senão determinar a cobrança de infração. Alcino bateu violento pelo alto no canto direito do goleiro Juca Baleia.
O placar de 1 a 0 no primeiro tempo não traduziu o que foi a melhor conduta técnica dentro de campo dos maqueanos e não fora a falta de uma melhor finalização dos seus atacantes a coisa poderia complicar. O Expressinho, no primeiro período, não chutou uma bola em cima do goleiro João Batista da representação das quatro cores e basta dizer que a sua primeira defesa aconteceu por volta dos 22 minutos, assim mesmo num recuo do zagueiro Paulo Fraga de longa distância.
Na etapa complementar o panorama do prélio continuou o mesmo, com o Maranhão mandando na cancha e os seus atacantes mal ou arando nas defesas até certo ponto milagrosas do arqueiro Juca Baleia. O segundo gol atleticano não demorou muito, tendo sido marcado logo aos 6 minutos da fase complementar, através do comandante de ataque Alcino. O jogador atleticano recebeu lançamento pela meia-esquerda e foi até o bico esquerdo da pequena área, chutando violento rasteiro. No lance, Juca Baleia falhou, deixando a pelota passar por debaixo do seu corpo em que pese a violência do chute desferido por Alcino. O Expressinho também na etapa complementar não ameaçou nem de longe a vitória maqueana, já que as substituições do centroavante Nonato e do ponteiro-esquerdo Airton tiraram ainda mais o poder de agressividade da equipe.
Por volta dos 22 minutos, Riba, aproveitando um cruzamento de Soeiro pela ponta-esquerda, pegou de primeira, chutando no canto esquerdo, com o goleiro Juca Baleia praticando no lance a melhor defesa do jogo. O Maranhão perdeu a oportunidade de aplicar até uma goleada no Expressinho, tamanha era a facilidade com que os seus atacantes chegavam na área adversária, faltando, todavia, mais tranquilidade nas finalizações.
O Expressinho jogou muito preocupado com o árbitro Josenil Souza com o zagueiro Neguinho reclamando o tempo todo. No vestiário ao final da contenda os seus dirigentes e os jogadores não pouparam reclamações pela atuação de Josenil Souza, que eles consideraram prejudicial às suas cores. O ponteiro-direito Neco voltou a fazer uma excelente atuação pelo time maqueano, envolvendo sempre ao lateral-esquerdo Trovão, que não teve condições de lhe segurar em momento algum da partida. Na realidade, o único ponto que não funcionou bem no MAC foi pelo lado esquerdo, onde Serginho novamente não correspondeu à expectativa. A atuação do árbitro Josenil Souza na direção da contenda foi normal, tenso de comportado bem e agiu corretamente na marcação da penalidade máxima que garantiu ao MAC o primeiro gol e na expulsão do volante Ivo aos 45 minutos do segundo tempo, por prática de jogo violento.
PRELIMINAR – o Vitória do Mar obteve os seus primeiros pontos na Taça Cidade de São Luis ao bater o Boa Vontade pelo placar de 3 a 0 (gols de Oliveira Piauí, Vantuir e Mendes).
FICHA DO JOGO
Maranhão 2x0 Expressinho
Local: Estádio Municipal Nhozinho Santos
Renda e público: não divulgados
Juiz: Josenil Sousa
Bandeirinhas: Macário da Costa e Osvaldo Pestana
Gols: Alcino (pênalti) aos 34 minutos do primeiro tempo e Alcino aos 6 minutos do segundo tempo
Maranhão: João Batista; Mendes, Paulo Fraga, Tataco e Newton; Emerson, Riba e Soeiro (Vandinho); Neco, Alcino e Serginho (Valter).
Expressinho: Juca Baleia; Simião, Neguinho, Ferreira e Trovão; Ivo, Zé Augusto e Fia; Fumachu, Nonato (Jorge) e Airton (Garcês)
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