Tropeçando nos seus próprios erros e encontrando uma equipe disposta a complicar, o Sampaio Corrêa só empatou, de 2 a 2, com o Expressinho, pintando, logo na largada, a primeira grande "zebra" do campeonato de 88.
Sem criatividade no meio de campo, com um ataque inoperante e com uma defesa irreconhecível, o Sampaio não fez por merecer melhor sorte na partida, embora tenha comandado o placar em duas oportunidades.
Marcando na base do homem-homem, o Expressinho não deu espaço para o meio de campo sampaino armar as jogadas, e que fez com que a partida se desenrolasse de forma desagradável para os torcedores, já que, por causa da garra dos jogadores, as faltas foram uma constante durante os 90 minutos, obrigando o árbitro Nacor Arouche a se utilizar de toda a sua experiência para segurar os ânimos, sendo preciso, entretanto, expulsar dois jogadores e mostrar quatro cartões amarelos.
O primeiro tempo da peleja terminou com a igualdade de 1a 1, marcando Léo, aos 18 minutos, para o Sampaio, depois de uma jogada iniciada na esquerda, e Henrique, aos 20 minutos, fazendo 1 a 1, numa incrível falha de cobertura do time sampaino com a finalização do jogador do Expressinho ainda batendo no zagueiro Rosclin para enganar o goleiro Alexandre.
No período final, o jogo continuou a se desenrolar na base do ataque contra defesa, com o Expressinho procurando sair do sufoco buscando os contra-ataques, sempre perigosos, devido às falhas da defesa sampaina. Mesmo sem jogar bem, toda via, o Sampaio passou à frente do marcador, aos 27 minutos, por intermédio do meia Rubenilson, que tinha entrado no lugar de Léo. A jogada começou da direita com a bola sendo rolada para Rubenilson, que chutou para o fundo da meta do goleiro Amaral, que ainda tentou defender, mas não foi possível. Com a vantagem no placar, o jogo dava impressão de que fica Léo (9) teve boas oportunidades, como no lance da foto quando ria fácil para o Sampaio, mas a sua defesa se encarregou de complicar, mais uma vez, num lance de cobrança de escanteio, com Edmilson se aproveitando do vacilo para empatar, aos 34 minutos.
Com 2 x 2, mesmo faltando 11 minutos para terminar, o Sam paio não teve competência para buscar a vitória e o empate acabou por ser um resultado justo.
A nota triste do jogo, de novo, ficou por conta da violência, chutou sobre o travessão culminando com mais um jogador de perna quebrada. Foi o zagueiro Ferreira, que aos 13 minutos, do primeiro tempo, entrou violentamente sobre o ponteiro Marco Antônio, mas caiu de mal jeito e fraturou a perna direita, sendo obrigado a ser levado para o Hospital Presidente Dutra, depois de ter sido socorrido, primeiramente, pelo médico do Sampaio, Milon Miranda, e pelo médico da Sedel. José Carlos Amaral.
Essa foi a segunda perna quebrada, no futebol maranhense, em apenas uma semana de futebol. O primeiro a fraturar a tíbia foi o volante Orlando, do Sampaio, domingo retrasado, num lance com o zagueiro Santos.
O árbitro Nacor Arouche teve muito trabalho para controlar a partida. Aliás, o apitador, antes mesmo do jogo, se mostrava revoltado com a violência dentro do nosso futebol e prometia agir com todo rigor para acabar com esse problema.
Dentro de campo, tentando tomar conta do jogo, Nacor Arouche foi obrigado a mostrar cartões amarelos para Andrade, Alberto e Pedro, do Expressinho, e China, do Sampaio, como também, expulsou de campo, Rubenilson, do Sampaio, e Henrique, do Expressinho, aos 30 minutos, do segundo tempo, por troca de pontapés.
Os auxiliares de Nacor Arouche foram Raimundo Lima e Roberval Castro.
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