sábado, 31 de maio de 2025

Sampaio Corrêa 0x0 Maranhão - Campeonato Maranhense 1988

Apesar das poucas finalizações e do empate de 0 a 0, Sampaio e Maranhão fizeram um bom jogo, na tarde-noite do dia 01 de maio de 1988, no Nhozinho Santos, na abertura do hexagonal decisivo do primeiro turno do campeonato maranhense.

O jogo, que começou atrasado pela mania que os dirigentes têm de retardar as partidas quando o público não é o esperado, foi disputado mais no meio-campo onde os dois times concentraram as suas jogadas, na tentativa de chegar à marcação do gol.

Mesmo sem muita penetração por parte dos ataques, já que as defesas ganharam a batalha frente aos dois ataques, o jogo prendeu a atenção dos torcedores pela luta dos dois times, com um certo domínio do Maranhão, notadamente pela velocidade de Neto e pelas investidas individuais do ponteiro Chiquinho.

O lance mais emocionante da peleja aconteceu logo aos 8 minutos, do primeiro tempo, quando, num cruzamento de Elson, da ponta direita, Neco cabeceou para a bola se chocar com o travessão, já com o goleiro Alexandre completamente vencido no lance.

O Sampaio procurando marcar em cima e não dando espaço para o MAC explorar a sua arma principal, que é a velocidade, de vez em quando armava um contra-ataque com o ponteiro Marco Antônio, mas o jogador alvianil foi muito bem vigiado pelo lateral Elson, que vem se constituindo como uma grande revelação da zaga.

Na etapa final, os dois treinadores, Meinha, pelo Sampaio, e Eliezer, pelo MAC, tentaram definir a partida fazendo as substituições. O tricolor mudou os dois pontas, com Joãzinho entrando no posto de Levi e Bimbinha tomando o lugar de Marco Antônio, enquanto que o glorioso avançou Neco para centroavante, tirando-o para a entrada de Tica.

As intenções do treinador Meinha, eram de avançar mais o meia Dias Pereira com o centroavante Fernando Lassálvia, e com Joãzinho cobrindo o meio de campo, enquanto que as de Eliezer eram possibilitar que Neco recebesse os lançamentos mais perto das posições das defesas, mesmo estreando nas ações, tanto que os goleiros Juca e Alexandre, praticamente não tiveram trabalho fazendo sequer uma defesa durante os 90 minutos.

O samará foi dirigido por Renato Rodrigues, que mostrou cartão amarelo apenas para o zagueiro Rosclin, do Sampaio. Edjan de Jesus e Edmar Milhomem foram as bandeirinhas.

A renda somou a quantia de Cz$ 473.050,00, com 2.176 pagantes. A arrecadação foi muito prejudicada pela chuva e pela majoração nos preços dos ingressos.

O Sampaio jogou com Alexandre; Luís Carlos, Rosclin, Paulo César e Chiquinho; Zé Carlos, Dias Pereira e Beato; Levi (Joãzinho), Fernando Lassálvia e Marco Antônio (Bimbinha).

O Maranhão atuou com Juca; Elson, Uberaba, Eduardo e David Batista, Neco e Vander; Valter, Hiltinho (Tica) e Chiquinho.


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Sampaio Corrêa 1x0 Vitória do Mar - Campeonato Maranhense 1988

A volta de Raimundinho foi a principal atração na rodada de ontem válida pelo hexagonal maranhense, com a realização de três partidas, disputadas no dia 15 de maio de 1988. Na capital, o Sampaio, mesmo encontrando muita dificuldade, conseguiu uma importante vitória frente ao Vitória do Mar.

No Estádio Municipal Nhozinho Santos, o Sampaio Corrêa venceu o Vitória do Mar pela contagem de 1 a 0, gol marcado por intermédio do ponta-esquerda Marco Antônio aos 11 minutos do tempo inicial. O gol logo no início do jogo deu a impressão de que o time boliviano venceria facilmente, mas o Vitória chegou a endurecer a partida e por pouco não chegou ao empate ainda no tempo inicial.

Na fase final, o Sampaio administrou o resultado que lhe era favorável, suportando, às vezes, a pressão, na base do desespero do time vitoriense, que procurou a qualquer custo a igualdade no marcador, o que terminou por não acontecer.

Raimundinho, que finalmente teve sua situação regularizada, chamou a atenção, mostrando o mesmo bom nível que todos já conhecem. No final, ele se mostrava satisfeito, esperando melhorar ainda mais de produção de agora em diante.

No Vitória, a reclamação era geral quanto à falta de sorte em várias oportunidades, quando o time teve tudo para decretar o empate.

A renda não foi fornecida. Josenil Sousa teve uma boa atuação, o mesmo acontecendo com seus auxiliares Edjan de Jesus e Pedro Paulo.

Sampaio: Alexandre, Luis Carlos, Paulo César, Rosclin e Chiquinho, Zé Carlos, Beato e Raimundinho, Levid, Dias Pereira e Marco Antônio.

Vitória: João Batista, Valber, Ademir, Moacir e Newton, Reinaldo, Joaquim e Dez, Claudionor, Guguta, Osvaldo e Alberto.





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Sampaio Corrêa 1x2 Botafogo/RJ - Copa do Brasil 1991

Mal escalado, o Sampaio Corrêa foi surpreendido pelo time misto do Botafogo, ontem à noite, no Castelão, e acabou derrotado por 2 a 1, na sua primeira partida na Copa do Brasil, como representante maranhense. Com um meio de campo lento e sem criatividade, o Sampaio foi totalmente envolvido, no primeiro tempo pela velocidade botafoguense, que se aproveitou para fazer os seus dois gols através de Marcelo, de cabeça, e Armando, contra. O Sampaio só foi descontar fazendo o seu gol de honra no apagar das luzes por intermédio de Ismael, que recebeu grande passe do meia Vamberto, que entrou muito tarde mas a renda não foi fornecida. O cearense Joaquim Gregório da Silva apitou o jogo expulsando de campo o lateral esquerdo Catita, do Sampaio, por prática de jogada violenta. A segunda partida entre os dois será dia 28, no Rio de Janeiro, com o Botafogo jogando pelo empate para se classificar.

Repetindo uma de suas mais fracas exibições de temporada, o Sampaio Corrêa acabou perdendo de 2 a 1 para o time misto do Botafogo do Rio na primeira partida entre ambos pela Copa do Brasil, dia 21 de fevereiro de 1991.

No jogo disputado no Estádio “Castelão” a equipe boliviana entrou em campo sem nenhuma criatividade no setor de meio de campo, onde Vamberto vinha se constituindo uma das grandes figuras nas partidas anteriores, ficando no banco com a entrada de Fuzué com a camisa 8. A mudança não deu certo, pois Fuzué mostrou ser o mesmo de sempre quando atua de ala direita ou de centro.

O Botafogo, por sua vez, com o jogo jogando numa velocidade para confundir o desatento do time local. Melhor estruturado no meio de campo e com um ataque rápido, não demorou e o time carioca criou várias chances até que Moreira, aos fazer 1 a 0, aos 35 minutos o alvinegro perdeu três chances claras contra o tricolor.

O primeiro gol aconteceu aos 35 minutos através de Marcelo, de cabeça, se aproveitando de uma falha do meio de área maranhense num cruzamento de esquerda, depois de uma bola mal rebatida pelo lateral Catita.

O Botafogo fez 2 a 0 aos 42 minutos, novamente, em outro cruzamento, desta feita da direita. Vivinho chutou a bola para o fundo da meta, mas o juiz colocou na súmula como gol contra do zagueiro Armando.

No segundo tempo, quando todo mundo esperava que o Sampaio voltasse com Vamberto, no meio de campo, e Fuzué, no comando, isso não aconteceu. O time retornou com a mesma formação e só foi melhorar nos minutos finais quando Lamartine pediu para sair e Vamberto entrou para consertar o meio de campo. Foi justamente Vamberto quem preparou a jogada para Ismael, aos 44 minutos, marcar o gol de honra tricolor.


FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x2 Botafogo/RJ
Local:
Estádio Castelão    
Renda: não divulgada
Público: 6.750 pagantes
Juiz: Joaquim Gregório dos Santos/CE
Bandeirinhas: Francisco da Silva/CE e Washington Maciel
Gols:
Marcelo aos 35 e Armando (contra) aos 42 minutos do primeiro tempo; Ismael aos 44 minutos do segundo tempo
Cartão vermelho: Catita
Sampaio Corrêa: Moreira; Ivanildo, Armando, Paulo César e Catita; Orlando, Zé Carlos e Fuzuê; Ismael, Bacabal (Léo) e Lamartine (Vamberto). Técnico: Paraíba
Botafogo/RJ: William; Paulo Roberto, André, Jefferson e Renato Martins; Pingo, Sandro e Juninho (Cláudio); Vivinho, Marcelo e Piquete. Técnico: Valdir Espinosa

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Maranhão 0x1 Vitória do Mar - Campeonato Maranhense 1988

No dia 25 de maio de 1988 o Maranhão Atlético Clube perdeu de 1 a 0 para o Vitória do Mar e deu adeus à conquista do primeiro turno do campeonato, enquanto que o time vitoriense, com o triunfo, passou a alimentar remotas possibilidades, o mesmo acontecendo com o Sampaio, embora não tenha jogado. As maiores chances continuam sendo do Imperatriz, seguido do Americano.

Dos times da Capital, apenas o Moto tem condições de fazer 7 pontos, só que para isso terá que vencer dois clássicos, o que não consegue há três anos. O único gol da partida de ontem à noite, no Nhozinho Santos, foi marcado aos 40 minutos do segundo tempo, por intermédio do veterano ponteiro Alberto, de cabeça. A renda da peleja somou a quantia de Cz$ 84.300,00 para 428 pagantes.

O Maranhão precisava vencer o Vitória para continuar na briga pela conquista do primeiro turno, mas o seu time não teve competência de furar a retranca vitoriense e acabou surpreendido com uma derrota de 1x0, resultado que o afasta definitivamente do páreo.

O triunfo alvinegro abre esperanças do seu time conquistar o hexagonal e melhora a situação do Sampaio, que, embora não jogando, com o afastamento do time atleticano, passa a alimentar remotas possibilidades de poder decidir o título, no dia 2 de junho, com o Moto.

A derrota maqueana foi decretada aos 40 minutos do segundo tempo, quando o veteraníssimo Alberto marcou de cabeça o único gol da partida de ontem, no Nhozinho Santos, aproveitando um cruzamento feito pelo ponta Carlinhos.

Sem criatividade no meio de campo e sem força no ataque pela ausência de um centroavante (só ontem Bacabal foi transferido), o Maranhão teve que amargar o revés, justamente no dia da chegada dos jogadores Beto Cruz, Ricardo, Torres e Nazário, que foram contratados como reforços, junto ao futebol pernambucano.

O jogo foi dirigido por Nacor Arouche, com bandeirinhas de Edmar Milhomem e Washington Maciel. A renda somou a quantia de Cz$ 84.300,00 para apenas 428 pagantes.

O Vitória venceu com: João Batista; Geovane, Ademir, Moacir e Newton; Joaquim, Carlinhos e Reinaldo; Guguta (Alberto), Osvaldo e Claudionor (Antônio Carlos).

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Sampaio Corrêa - Campeonato Maranhense 1975 [PÔSTER]

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Maranhão 1x0 Moto Club - Campeonato Maranhense 1988

Com um gol de Hiltinho, aos 19 minutos do segundo tempo, o Maranhão Atlético Clube ganhou o Moto Clube por 1 a 0, dia 27 de março, no primeiro clássico do campeonato de 1988. O Maremoto teve uma renda de Cz$ 290.250,00, com 2.434 pagantes.

O MAC soube superar os muitos problemas que o seu time atravessou na semana da partida, como a contusão do meia Tica, um dos seus principais jogadores, além da indecisão sobre o aproveitamento do zagueiro Eduardo, só confirmado, pela manhã, na sede, depois de uma conversa com o presidente Nicolau Duailibe, sobre a renovação do seu contrato.

Como se não bastasse, o ônibus, que foi buscar a delegação atleticana, pregou na hora da saída fazendo com que o time chegasse atrasado ao Nhozinho Santos, porque os dirigentes tiveram que providenciar o fretamento de vários táxis para conduzir os jogadores.

Por causa dos problemas e das saídas de Bacabal, Neto, Chiquinho e Daniel, os seus melhores jogadores, o Maranhão entrou em campo desacreditado, até pelos seus próprios torcedores, para enfrentar o mesmo adversário que, há duas semanas, num amistoso, tinha dado um passeio na sua jovem equipe.

Entretanto, estimulado pelo treinador Eliézer e pela preleção do presidente o time do MAC entrou em campo disposto a superar todas as dificuldades, o que fez com que os seus jogadores disputassem a partida como uma autêntica decisão de título.

Enquanto o MAC soube superar os seus problemas, o Moto, ao contrário, se mostrou um time preguiçoso, desarrumado e sem nenhuma criatividade, o que fez com que a sua derrota fosse merecida, reconhecida, inclusive, pelo treinador Caio e pelos dirigentes.

O primeiro tempo terminou com o empate de 0 x 0. Já na primeira fase, o MAC esteve mais perto do gol, justamente pela apatia e pelos erros da equipe rubro-negra, como numa bola mal recuada pelo volante Hélio, que Hiltinho recebeu em condições de marcar, mas foi derrubado pelo goleiro Belfort.

Falhando na defesa, parado e sem criatividade no meio-de-campo e com um ataque inoperante, onde mais uma vez Zé Roberto se deixou marcar facilmente pela zaga contrária, o Moto ficou reduzido às poucas investidas do ponteiro Merica até que o jogador cansou e não teve mais condições de levar o time à frente, do que se aproveitou o Maranhão para dominar as ações.

O Moto voltou para o segundo tempo com Cesar em lugar de Caito. A substituição não deu resultado, ao contrário, o MAC se tornou senhor das ações, pois teve o trabalho da sua meia-cancha facilitado com as más atuações de Antônio Carlos e Jânio.

O time atleticano foi crescendo no jogo e antes de fazer o seu gol quase marca numa incrível falha do goleiro Belfort, que largou uma bola fácil nos pés do ponteiro Neco, obrigando o zagueiro Marreta a se desdobrar para evitar o gol.

1 x 0

O gol da vitória maqueana foi marcado aos 19 minutos do segundo tempo, por Hiltinho, se aproveitando, novamente, de uma falha do goleiro Belfort e da marcação da defesa rubro-negra, que ficou desatenta na cobrança de um escanteio feito pelo ponteiro Valter, no primeiro pau. No cruzamento, Hiltinho desviou de cabeça para marcar o gol. A bola não chegou a bater na rede, mas transpôs a linha fatal e o árbitro Renato Rodrigues, bem colocado, confirmou o gol, sem nenhuma reclamação dos motenses.

Depois de levar o gol, o treinador Caio entrou no lugar de Zé Roberto, mas o time não teve condições de reagir. Entretanto, aos 42 minutos, Caio bateu uma falta perigosamente e Juca fez a melhor defesa do jogo, acabando com a esperança do Papão empatar o jogo.

O árbitro foi Renato Rodrigues, com laterais de Sérgio Faray e Raimundo Lima. Foram mostrados cartões amarelos para Hélio, Ivo e Zé Roberto do Moto; Batista e Raimundinho, do MAC.

TIMES: MAC com Juca; Elson, Uberaba, Eduardo (João Luiz) e David; Batista, Serginho e Vander (Raimundinho); Valter, Hiltinho.

MOTO: Belfort, Marcos, Ivo, Marveta e Zen; Hélio, Antônio Carlos e Jânio; Merica, Zé Roberto (Caio) e Casto (César).

Na preliminar, Expressinho e Tupan empataram de 0 x 0, também, pelo grupo A. Essa partida foi dirigida por Verandy Fontes, com laterais de Salomão Dantas e Manoel Galeno.

Dão, do Expressinho, e Reginaldo, do Tupan, foram expulsos de campo no segundo tempo.

Expressinho jogou com Amaral; Andrade, Alberto, Roberto Silva e Geovane; Dão, Mauro (Izone) e Fernando; Edmilson, Brígido e Mariano (Pedroca).

O Tupan com João Marçal; Marcos, Dejarde, Jorge Ronaldo e César; Mazinho, Neto e Reginaldo; Batista (Alex), Adail (Vavá) e Jorge Santos.



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Sampaio Corrêa 0x0 Moto Club - Amistoso 1988

Como já está se tornando rotina nos jogos entre Sampaio e Moto, pelo clima de rivalidade, cada vez mais crescente, o superclássico do dia 13 de março de 1988, no Estádio Nhozinho Santos, foi cercado de muita confusão e de uma briga generalizada entre os jogadores, inclusive, do banco, por volta dos 43 minutos, do primeiro tempo, depois de uma disputa de bola entre o lateral direito Marcos, do Moto, e o meia Beato, do Sampaio, quando os dois trocaram pontapés e os companheiros tiveram que ir em seu socorro, o que ocasionou a confusão, que durou cerca de 10 minutos forçando a paralisação da partida.

Durante o tumulto, o atacante Zé Roberto, do Moto, e o goleiro Moreira, do Sampaio, acabaram aparecendo como os principais protagonistas, pois foram os dois que mais brigaram e deram muita dificuldade para que fossem acalmados, apesar da pronta ação dos dirigentes e do pelotão de choque da Polícia que entrou em cena para afastar os brigões.

Brigou todo mundo, mas o árbitro Verandy Fontes, que durante a confusão se afastou para observar ao lado dos seus dois auxiliares, depois que a polícia acalmou os ânimos, expulsou apenas o goleiro Moreira e o atacante Zé Roberto, que foram apontados por ele como os principais responsáveis pela briga generalizada.

Na verdade, o jogo foi extremamente nervoso e com lances muito viris. Tudo começou com Hélio e Joãozinho, que nos primeiros lances andaram se estranhando, até que Hélio abriu um corte na testa de Joãozinho ao aplicar-lhe uma cotovelada. O apitador mostrou apenas o cartão amarelo para o jogador do Moto, sob protestos dos bolivianos.

Logo em seguida a esses lances violentos foi a vez do Sampaio responder com Rosclin dando um violento puxão no zagueiro Santos, quando o motense se preparava para entrar na área tricolor. O juiz, também, só mostrou o cartão amarelo e aí foi a vez dos rubro-negros reclamarem.

As faltas duras continuaram, de parte a parte, até a hora da confusão generalizada, culminando com as expulsões de Moreira e Zé Roberto.

Na etapa final, logo aos 5 minutos, Joãozinho, que tinha guardado Hélio, na primeira dividida com o motense, partiu para cima do adversário de forma violenta e por isso foi expulso de campo, ficando o Sampaio reduzido a 9 elementos e o Moto permaneceu com os 10 homens que terminaram o primeiro tempo. Essa expulsão serviu para acalmar definitivamente os nervos dos jogadores das duas equipes, mas aí o espetáculo já estava totalmente prejudicado.

O jogo terminou com o empate de 0 a 0 e teve poucos lances de emoção. O Sampaio, apesar de reduzido a 9 elementos, um a menos do que o Moto, ainda assim esteve mais perto de ganhar a partida, pois o seu ataque chegou bem próximo da marcação do gol.

Pelo menos duas oportunidades foram desperdiçadas pelos bolivianos. A primeira chance foi aos 18 minutos, do segundo tempo, quando China bateu uma falta e o goleiro Belfort rebateu nos pés de Marco Antônio, que chutou para fora.

A outra grande oportunidade ocorreu, aos 42 minutos, novamente com China não sabendo aproveitar um cruzamento de Izaias botando para fora. Outra boa chance foi a do lateral esquerdo Neto, que limpou a jogada e chutou forte, sobre o travessão.

O Moto teve o domínio da partida, notadamente, quando ficou com um homem a mais, entretanto, o seu ataque não finalizou e nem levou perigo à meta dos bolivianos. O domínio dos motenses foi apenas territorial.

Tecnicamente o jogo deixou muito a desejar, por causa da violência, mas a grande figura do superclássico foi o lateral direito Marcos, do Moto, que fez uma atuação esplendorosa e por isso mesmo acabou sendo um dos jogadores mais caçados durante a partida.

A arrecadação do superclássico, apesar de amistoso, foi de Cz$ 434.450,00 com 3.860 pagantes. A renda foi considerada excelente para início da temporada.

Verandy Fontes teve muita dificuldade para conter os ânimos dos jogadores. Os bandeirinhas foram Roberval Castro e Manoel Galeno.

Para o técnico Meinha, do Sampaio, o atacante Zé Roberto foi o grande responsável pela briga generalizada no clássico de domingo. Disse que o jogador motense está muito preocupado em dar pancada e brigar e se esquecendo de jogar e fazer os gols que a sua torcida está esperando.

Condenou, também, a infantilidade do goleiro Moreira, que aceitou a provocação e partiu para a briga e, principalmente, a cabeça quente do ponteiro Joãozinho, que, de maneira imperdoável, cavou a sua expulsão de campo.

Meinha ficou mais chateado com os seus comandados porque foi uma das coisas que mais pediu no vestiário para que todos evitassem provocações e se mantivessem tranquilos para que o time não acabasse prejudicado do jeito que foi quando ficou com um homem a menos.

Sobre o jogo, Meinha gostou do empenho e da dedicação do seu time que, na sua opinião, merecia até sair com a vitória. Lamentou a falta de sorte do atacante China, que perdeu dois gols certos, do ponteiro Marco Antônio, que perdeu outra boa chance, e do lateral Neto que quase marca.

A preocupação do preparador passa a ser com o jogo de estreia no campeonato, domingo que vem contra o Expressinho, pois, com a contusão de Orlando e sem poder ainda contar com o titular Zé Carlos, terá que buscar uma alternativa para poder definir a formação.

No jogo contra o Moto, quando ficou sem Orlando, Meinha improvisou o lateral Izaias, já que Dias Pereira, além de não ser volante, ainda não se encontra bem fisicamente e não agüentaria jogar o tempo que falava.

Para domingo, o jeito será continuar improvisando, pela falta de um especialista. O nome de Maurício está sendo muito badalado como o provável substituto de Orlando. Outra alternativa seria a entrada de Dias Pereira, de meia esquerda, com Beato passando a ocupar a cabeça de área.




FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 0x0 Moto Club
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 434.450,00
Público: 3.860 pagantes
Juiz: Verandy Fontes
Bandeirinhas: Roberval Castro e Manoel Galeno
Cartão vermelho: Moreira, Zé Roberto e Joãozinho Nery
Sampaio Corrêa: Moreira; Serginho, Rosclin, Ivanildo e Neto; Orlando, China e Beato; Joãozinho Nery, Léo e Marco Antonio. Técnico: Edmilson Gomes da Silva
Moto Club: Belfort; Marcos, Moacir, Nélio e Zequinha; Hélio, Antonio Carlos e Jânio; Merica, Zé Roberto e Dionízio. Técnico: Luís Carlos Tavares Franco

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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Bacabal - Campeonato Maranhense 1975 [PÔSTER]

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Coroatá Futebol Clube - Campeonato Maranhense 1995 [PÔSTER]

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Moto Club 3x1 Maranhão - Campeonato Maranhense 1988

Num jogo fraco de técnica e de vibração, o Moto Clube derrotou o Maranhão, por 3 a 1, na noite do dia 10 de fevereiro de 1988 no Estádio Nhozinho Santos.

O MAC jogando desfalcado de vários dos seus principais jogadores, que se negaram a entrar em campo, por não terem chegado a um acordo para a renovação dos seus contratos, até que tentou oferecer maior resistência do time do Papão, mas acabou sendo envolvido pela maior categoria do adversário.

O Moto saiu na frente abrindo a contagem logo aos 8 minutos, do primeiro tempo, marcando através o meia Jânio, depois de uma grande jogada do centroavante Zé Roberto.

O Moto nem teve tempo de comemorar, pois, logo aos 9 minutos, Eduardo empatou para o Maranhão fazendo o mais belo gol da peleja chutando de fora da área para surpreender o goleiro Belfort, com a bola ainda tocando no poste direito.

Os garotos do Maranhão se animaram e partiram para o ataque e foi nessa euforia que o Moto buscou os contra-ataques e chegou a marcação do seu segundo gol, por intermédio de Zé Roberto, de cabeça, aos 32 minutos, se aproveitando de um cruzamento do ponteiro Caíto.

Virando com a vantagem de 2 a 1, embora o Maranhão tenha tido a chance de voltar a empatar a partir de uma penalidade máxima chutada para fora pelo ponteiro direito Valter, ainda no tempo inicial, o Moto voltou mais tranquilo e senhor das ações procurando tocar a bola com absoluta segurança partindo na boa para o campo ofensivo.

O Rubro-negro dominou as ações no período final, mas só marcou aos 31 minutos, novamente por intermédio do meia Jânio, num cruzamento do atacante César, que entrou com muita disposição e andou criando grandes oportunidades para marcar.

O Moto promoveu as estreias do lateral Marcos, do zagueiro Ivo e do goleiro Denis. O lateral não conseguiu repetir as boas atuações dos jogos-treinos contra Expressinho e TV Difusora, enquanto que Ivo mostrou muita firmeza, embora não tenha sido exigido pelo frágil ataque atleticano. Já Denis, que entrou no segundo tempo, em lugar de Belfort, já é conhecido, mas, também não chegou a ser acionado na partida.

O Maranhão, por seu turno, lançou vários jogadores da sua nova safra. A maioria dos garotos tremeu e não chegou a impressionar, entretanto, o meia Arnaldo demonstrou grandes qualidades e poderá ser aproveitado nos próximos compromissos.

Nas arquibancadas, os dirigentes do Maranhão tentavam contornar alguns problemas de renovação anunciando a reabertura das negociações com os jogadores.


FICHA DO JOGO

Moto Club 3x1 Maranhão
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 57.150,00
Público: 550 pagantes
Juiz: Verandy Fontes
Bandeirinhas: Roberval Castro e Edjan de Jesus
Gols: Jânio aos 8, Eduardo aos 9 e Zé Roberto aos 32 minutos do primeiro tempo; Jânio aos 31 minutos do segundo tempo
Moto Club: Belfort (Denis), Ivo, Moacir (Nélio) e Zequinha; Hélio, Antônio Carlos (Careca) e Jânio (Roxo); Riba (César), Zé Roberto e Caíto.
Maranhão: Juca (Nenê), Serginho, João Luís (Elzo), Eduardo e David; Batista, Raimundinho (Gabriel) e Arnaldo; Valter, Bacabal (Maioba) e Careca (Rogério).

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Atacante do Sampaio Corrêa é preso acusado de crime (1988)

 
Matéria de junho de 1988:

Foi preso logo após o término do treino do Sampaio Corrêa, o atleta Leonildo Martins, o Léo, camisa número 9 da equipe boliviana e a esperança dos gols do time. Nas próximas horas, sob escolta policial, ele seguirá para a cidade de Penalva, onde deverá responder por um assassinato que cometeu há três anos naquela cidade, quando matou um ladrão não identificado que vinha roubando gado pertencente ao seu pai.

A informação foi prestada pelo próprio jogador, o qual declarou que o desconhecido por ele assassinado vinha roubando gado pertencente ao seu pai e, quando sua identidade foi descoberta, ele chegou a atentar contra a vida de um irmão seu.

No dia do crime, frisa Léo, ele se encontrava na praça da Igreja de Penalva, quando surgiu o ladrão de gado e os dois começaram a discutir, momento em que o outro o agrediu a tapas, e ele não teve outra alternativa a não ser sacar de uma arma e fazer um disparo que ocasionou a morte do seu adversário.

Léo afirma ainda que, à época, era menor de idade, mas mesmo assim tratou de fugir, chegando a jogar bola no Rio de Janeiro. A ordem de prisão contra o centroavante do Sampaio Corrêa foi decretada pelo Juiz de Direito da Comarca de Penalva, que transmitiu uma precatória para São Luís, caindo no cartório da 4ª Vara, cujo juiz encaminhou uma ordem de prisão contra o jogador, cumprida pelo delegado Sebastião Cabral, do 1º Distrito Policial.

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Maranhão 3x1 Tupan - Campeonato Maranhense 1988

O Maranhão ganhou do Tupan por 3 a 1, no dia 24 de abril de 1988, Nhozinho Santos, na última partida da chave A da primeira fase do primeiro turno do Campeonato Maranhense.

No primeiro tempo, quando o Maranhão não conseguiu impor o mesmo ritmo veloz de outras partidas, o escore ficou só em 1 a 0, graças ao goleiro Santos, que falhou no gol de Chiquinho, numa cobrança de falta aos 39 minutos.

No período final, entretanto, mesmo com o Tupan chegando ao empate aos 5 minutos, por intermédio de Jorge Santos, cobrando uma penalidade máxima cometida pelo zagueiro Eduardo, o Maranhão imprimiu um ritmo veloz e conseguiu uma vitória folgada, fazendo mais dois gols e tendo oportunidade de fazer mais uns três tentos.

O Tupan deu a impressão, no começo do segundo tempo, que complicaria as coisas para os maqueanos, mas a imaturidade do seu time acabou por prejudicar o seu rendimento, sobretudo pelas falhas constantes do goleiro Santos, que foi o responsável também pelo segundo gol dos atleticanos, aos 9 minutos, numa cabeçada do centroavante Hiltinho.

O treinador tupanense tentou consertar o problema fazendo entrar João Marçal no lugar de Santos, mas no momento em que o jogo estava paralisado para que fosse feita a substituição, Santos, dando prova de sua inexperiência, cavou sua expulsão de campo, obrigando a retirada de um jogador de linha para que João Marçal pudesse entrar.

Com 10 homens apenas, o Tupan não resistiu, principalmente porque o Maranhão voltou com velocidade. Para complicar, Assis também foi expulso e o quadro indígena acabou reduzido a apenas 9 jogadores. O Maranhão fez ainda mais um gol, aos 19 minutos, através do ponteiro Valter, depois de uma cobrança de escanteio feita pelo ponta Chiquinho.

O jogo marcou o reaparecimento de Josenil Sousa no apito. Talvez pela longa paralisação, Josenil Sousa, notadamente no primeiro tempo, esteve muito mal, chegando a prejudicar sensivelmente o Tupan em dois lances. No primeiro, numa bola dividida entre o goleiro Juca e o ponta Batista, a bola sobrou limpa para o ponta tupanense fazer o gol, mas o apitador, erradamente, marcou infração, para reclamação total dos jogadores tupanenses.

No segundo erro, quem na verdade se precipitou foi o bandeirinha Raimundo Lima, que assinalou impedimento do ponta Batista, quando o jogador partiu de trás para receber o lançamento do bom meia Jorge Santos. Nesse lance, como o jogador do Tupan em velocidade penetrava livre, poderia marcar um gol. Os bandeirinhas foram Raimundo Lima e Roberval Castro.

A renda da peleja somou a quantia de Cz$ 59.050,00 para 509 pagantes.

O Maranhão jogou com Juca; João Luís, Uberaba, Eduardo e Elson; Batista, Neco e Vander (Raimundinho); Valter, Hiltinho e Chiquinho. O Tupan perdeu com Santos; Dejarde, Assis, Mano e César; Neto, Marcos e Jorge Santos; Batista, Adail (João Marçal, que foi para o gol devido à expulsão de Santos) e Reginaldo (Duda).




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Sampaio Corrêa - Campeonato Maranhense 1995 [PÔSTER]

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segunda-feira, 26 de maio de 2025

Taça Jules Rimet em São Luis - 1970

Trecho extraído do livro "Almanaque do Futebol Maranhense Antigo: Pequenas Histórias".

A famosa taça ofertada ao campeão da Copa do Mundo de futebol esteve nas mãos do meio-campo Yomar, durante um jogo do Maranhão. Uma oportunidade única para qualquer atleta de futebol desfilar com o símbolo maior do futebol mundial até então. A proeza coube ao atleta maqueano durante a passagem do troféu pelo Nordeste, no final de 1970, ano em que o Brasil conquistou o tricampeonato mundial no México.

Jules Rimet nasceu em Theuley-les-Lavoncourt, na França, e foi o terceiro presidente da Federação Francesa de Futebol (1919 a 1945) e da FIFA (1928 a 1954). Sob a iniciativa de Rimet, a primeira Copa do Mundo de Futebol foi realizada em 1930 e o troféu era nomeado em sua homenagem. O oferecimento de uma taça foi proposto no congresso da FIFA, ocorrido em 28 de maio de 1928, pelo seu Comitê Executivo, como recompensa pela conquista da primeira copa. O então Presidente Jules Rimet ordenou que um troféu fosse feito em ouro. Para a sua confecção, foi contratado o artesão francês Abel Lafleur, ficando pronto em abril de 1929. Um novo Congresso da entidade, realizado em Luxemburgo, a 01 de julho de 1946, decidiu que o nome da taça homenagearia seu idealizador. Ainda por sugestão de Rimet, sua posse definitiva ficaria com o país que conseguisse vencer um total de três edições da copa - algo que reputou extremamente difícil, imaginando que nenhum país fosse capaz de atingir esta marca, senão após muito tempo. A taça, que representa uma mulher alada, media 30 cm de altura, pesava 3,8 kg de ouro e estava avaliada em R$ 784 mil.

Sampaio Corrêa, Maranhão, Moto Club e Ferroviário disputariam em dezembro de 1970 o Torneio Almirante Tamandaré, em homenagem à Marinha do Brasil. O MAC estrearia na competição diante dos bolivianos, que vinham de uma vitória no clássico contra o Moto Club, por 3 a 2. Para o Samará, realizado no dia 08 de dezembro, a Taça Jules Rimet seria exibida aos torcedores em uma volta olímpica. Acompanhada de uma comissão de dirigentes da C.B.D. e do Banco do Brasil e agentes de segurança, a taça enfim chegou a São Luís no dia do jogo, às 7 horas da manhã, no Aeroporto do Tirirical, procedente de Belém, onde ficou em exposição entre 8 a 10 de setembro, levada pelo próprio Presidente João Havelange. A Jules Rimet ficaria durante dois dias na capital maranhense: após a sua chegada, o troféu desfilou na mão do veterano jogador Baezinho, do MAC, no carro de bombeiro, com todos os atletas do Maranhão. A taça foi vista por todos na rua e acabou exposta no Banco do Brasil (houve a possibilidade de a mesma ficar exposta no Teatro Arthur Azevedo).

À tarde, na partida realizada no Municipal, assim perfilaram as duas equipes no histórico encontro: o Sampaio Corrêa do treinador Marçal Tolentino Serra jogou com Dudinha; Célio Rodrigues, Neguinho, Nivaldo e Heraldo; Roberto e Adalberto; Djalma Campos, Zé Carlos, Pelezinho e Raimundinho; o Maranhão, treinado por Hênio Silva, atuou com Lunga; Baezinho, Clécio, Sansão e Elias; Yomar e Almir; Euzébio, Riba, Antônio Carlos e Dario. Antes da partida, ocorreu uma série de homenagens aos atletas maqueanos pela conquista do bicampeonato maranhense, com Brito e Marçal, já pelo lado boliviano, se negando ao recebimento, com o treinador alegando que havia sido convidado na hora. A Taça Jules Rimet foi mostrada ao público, com Nivaldo, do Sampaio, e Yomar, do MAC, dando a volta olímpica no gramado e recebendo aplausos dos torcedores. Bolivianos e maqueanos disputaram um bom jogo, com o Sampaio superior no setor de meio-campo e o MAC com as melhores oportunidades – Hamilton cabeceou a bola na trave e Riba desperdiçou chances claras de gol. O empate em 0 a 0 foi justo. O Sampaio Corrêa, porém, deixou o campo alegando a não marcação de um pênalti no final da partida sobre Prado.

A Taça Jules Rimet viajou com destino a Teresina, pelo Boeing da Vasp. Aqui esteve durante dois dias e deixou todo mundo desconfiado sobre a sua legitimidade. De um modo geral, ninguém acreditou que a Taça Jules Rimet verdadeira fosse a que esteve em São Luís. Os dirigentes da C.B.D., por outro lado, asseguravam que não havia nenhuma réplica da taça.

No dia 20 de dezembro de 1983, dois homens armados invadiram a sede da C.B.D., no Rio de Janeiro, e roubaram a Jules Rimet. O roubo nasceu de uma conversa em um bar em Santo Cristo (zona suburbana do Rio). Sérgio Peralta arregimentou dois comparsas – José Luiz da Silva, o Luiz Bigode, e Francisco Rocha Rivera, o Chico Barbudo – para surrupiar o troféu. Bigode e Barbudo renderam o vigia na noite e invadiram o edifício da confederação. Além da Jules Rimet, os ladrões também conseguiram levar a Taça Independência, conquistada em 1972 por ocasião do sesquicentenário da Independência do Brasil, os troféus Jarrito de Ouro, lembrança da conquista do torneio de futebol do Pan-Americano de 1976 e a Taça Eqüitativa, do vice-campeonato na Copa do Mundo de 1950. Da Jules Rimet, ficou apenas a lembrança, dentre outras, de sua passagem pela nossa capital em 1970.

Vale ressaltar que, em 2002, novamente o troféu de campeão do mundial desembarcou em São Luís, para deleite dos amantes do futebol canarinho. A taça da Copa do Mundo do Japão, conquistada pela seleção Brasileira em junho de 2002, ficou exposta de 02 a 04 de setembro, na Praça João Lisboa. Em 2014, ano do Mundial no Brasil, São Luís foi a 14ª cidade a receber taça, que chegou em solo maranhense por volta das 3h da manhã do dia 11 de maio e colocada à disposição dos olhares do público no Shopping da Ilha. Durante a cerimônia de abertura, com a participação do pentacampeão mundial Belletti. Depois de São Luís, a taça seguiu para a cidade de Palmas. O tour oficial da taça foi iniciado no dia 12 de setembro de 2013, no Corcovado, Rio de Janeiro. De lá, o objeto seguiu para o maior passeio de sua história, percorrendo 88 países durante 225 dias. A taça retornou ao Brasil no último dia 27 de abril, onde foi exposta no Rio de Janeiro, iniciando o tour nacional, que percorreu as 26 capitais, incluindo o Distrito Federal. O percurso foi encerrado no dia 1º de junho, na cidade de São Paulo, onde a taça permaneceu em definitivo para a abertura oficial da Copa do Mundo. 

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