domingo, 1 de dezembro de 2024
Comemoração do Sampaio Corrêa pelo título da Série C em 1997
Belo registro da comemoração de torcedores e jogadores com o troféu de campeão do Brasileiro da Série C em 1997. Detalhe para o pouco caso, na época, por parte da CBF com a premiação da competição, com um troféu simples e sem grande ornamentação. Abaixo, deixo o áudio com os gols daquela memorável decisão, diante da Francana, quando o Sampaio venceu por 3 a 1 e conquistou o título de forma invicta:
Baezinho, um lateral à frente do seu tempo
Texto extraído do livro "Salve, Salve, meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube"
Em Dezembro de 1948, o Fluminense carioca esteve em São Luís para um jogo amistoso no Santa Izabel, contra o Moto Club. Um garoto, com apenas nove anos de idade, resolveu assistir aquela partida: entrou pela cerca do Santa Izabel e viu o Papão do Norte ser derrotado por 2 a 0. O garoto, porém, ficou fascinado pelo ala do time carioca, que já se destacava por cobrar o lateral dentro da área, algo impensável naquele momento em São Luís. O jovem levou essa idéia para as peladas no Largo da Madre Deus, onde, naquele tempo, usavam-se bolas de seringa e de pano. O garoto era o franzino Sebastião Silva, o Baezinho.
De origem humilde no Bairro da Madre Deus (os seus pais eram pescadores e muito pobres), o jovem, que atendia pelo apelido de Tione, passou a infância e boa parte da adolescência batendo bola juntos aos garotos da sua idade (jogava no chamado time de touca). Em uma dessas brincadeiras, completamente entusiasmado com o seu desempenho, gritava para os atacantes que tinham a bola tirada por ele: “Aqui é Baé e ninguém vai passar por mim”, referindo-se ao então zagueiro do Moto Club e porteiro da Fábrica Santa Isabel e que encantava a torcida com as suas saídas perfeitas de bola. Baé deu lugar então a Tione e o garoto foi fazer testes no Flamengo do Monte Castelo, até chegar à Seleção Estadual de Amadores. Logo na primeira partida, ele enfrentou o Moto Club, em um amistoso no Santa Isabel. O jogo seria transmitido pelo rádio. Jafé, quando foi pegar a escalação da Seleção, não teve dúvidas: chamou o franzino cabeça-de-área de Baezinho. Esse encontro acabou empatado em 2 a 2 e o garoto Baezinho foi um dos destaques. O treinador uruguaio Luis Comitante o olhou e pediu a sua contratação por César Aboud junto ao Flamengo. O seu primeiro contrato com o Papão foi assinado na condição de não-amador.
O craque começou a sua carreira no Moto em 1957, aos 18 anos, como centro-médio (atual volante). Comitante, porém, achava-o muito baixo para a posição e o remanejou para a lateral-direita. No começo da sua carreira, Baezinho recebia uma ajuda de custo do rubro-negro, muito importante por completar o ordenado em casa. O jogador ainda não trabalhava e completava os estudos no Colégio Sotero dos Reis. Somente em 1960 foi que ele conciliava a carreira de atleta com os trabalhos na fábrica, como carregador do estoque de algodão. Trabalhava no período da manhã e da tarde, treinando após o final do expediente. Foi bicampeão em 1959 e 1960.
Hoje se fala nesse tipo de lateral, que defende e ataca, mas Baezinho já fazia isso no Moto Club (e com total maestria). Com a sua mudança por Luis Comitante para a ponta-direita, o craque rubro-negro passou a voltar já fazendo a cobertura pelo meio: quando chegava no campo do adversário, cruzava a bola para o outro lado do campo e voltava para apoiar - caso perdesse a bola, ficava difícil fazer a cobertura, pois o adversário poderia lançar a bola nas suas costas. Outra grande característica do jogador era o famoso arremesso lateral que ele colocava na pequena área e, na maioria das vezes, na cabeça dos centroavantes. Muitos gols de Hamilton e Casquinha, por exemplo, nasceram dessas bolas lançadas no tiro de lateral por Baezinho. Após o horário do treino, ele passava a ensaiar as cobranças de lateral com bolas de medicinibol. Quando ia para os jogos, a bola se tornava leve: Baezinho dava uns três a quatro passos para trás e arremessava a bola para a área.
Em 1968 ele fraturou o braço e jogou pouco pelo Papão. Após rescindir com o clube, foi levado, a convite do agora treinador Omena, ao Maranhão, em 1969. Atuando pelo Bode Gregório, Baezinho venceu o seu ex-clube. “Dr. César ficou zangado por não saber que haviam me transferido. Ele dizia que eu era patrimônio do Moto e que o haviam traído”, relembra o jogador, que foi campeão naquele ano pelo Glorioso com a seguinte formação: Da Silva; Baezinho, Carlos, Sansão e Elias; Yomar, Toca e Almir; Euzébio, Jacinto e Dário. No ano seguinte, o bicampeonato, com o MAC reforçado com o goleiro Brito e o centroavante matador Hamilton. Pela equipe do Parque Valério Monteiro, Baezinho foi capitão e titular absoluto.
Baezinho ainda teve uma boa passagem pela Seleção Maranhense, juntamente com autênticos craques, como Laxinha, Hamilton, Garrinchinha, Nabor, Ribeiro, Esmagado e outros. Seus dois maiores orgulhos são ter defendido os clubes por onde passou com muito profissionalismo e, apesar de jogar na defesa, nunca ter sido expulso de campo. Por nunca ter recebido um único cartão vermelho em toda a sua vida (nem como jogador profissional ou como treinador das categorias de base e das escolinhas das quais dirige), o craque já deveria ter sido condecorado com o prêmio Belfort Duarte, título dado pela CBF aos atletas profissionais que nunca receberam um único cartão vermelho. Até hoje no Maranhão existem apenas três atletas que deveriam receber esse prêmio: Negão, Baezinho e Walber Penha.
A carreira do disciplinado atleta foi acabando na década de 1970. Nos primeiro anos ainda chegou a jogar no São José e Vitória do Mar. Esteve no Ferroviário em 1978, mas por pouco tempo. Voltou ao Moto para tomar de conta das categorias de base, a pedido do médico Ibrahim Assub e do radialista Magno Figueiredo. Foram mais de oito títulos nas categorias juvenil e júnior, além de ter revelado craques como Zé Filho Branco e Geraldo (jogaram no futebol da Bélgica), Clayton (naturalizado, jogou a Copa de 1998 pela Seleção da Tunísia), Chita, Zé Filho, dentre outros. Nunca teve uma contusão séria e resolveu parar por conta da idade - ainda hoje Baezinho joga futebol (na lateral-direita, diga-se de passagem) e se cuida bastante, apesar dos seus mais de 70 anos de idade. Pelo tempo no futebol, aprendeu a ser treinador de futebol e sabe dar massagem (quando estava prestes a encerrar profissionalmente no futebol, Baezinho iniciou um curso de enfermagem). Em 2002 foi condecorado com a medalha do Mérito Timbira, pelo Governador do Estado. Por uma carreira cheia de títulos, o jogador Lamenta que os dirigentes não lhe fizeram nem metade do que ele fez aos clubes que eles dirigiram. Isso pouco importa. Baezinho venceu na vida pelo esporte e o seu exemplo de profissionalismo ficará para sempre como modelo a ser seguido pelas futuras gerações.
Ferroviário em 1957
Belíssimo registro do Ferroviário em 1957. Na foto, vemos o eterno goleador Hamilton, o último agachado. Hamilton, naquela ocasião, veio da Tuna Luso Comercial, de Belém, após passagem da equipe paraense por São Luís para uma série de apresentações. Hamilton chegou a peso de ouro no futebol maranhense, comprado pelo presidente Clóvis, do Ferrim. Foi o inicio de uma belíssima história do craque pelo Ferroviário e posteriormente por Moto e Maranhão - no final da carreira, Hamilton ainda disputou algumas partidas pelo profissional São José no Estadual de 1974, em uma passagem apenas discreta.
Futebol maranhense em 1967
VILA NOVA-Apesar de ter ficado de fora do grande Jogo do ano foi aquela partida com o Santos apresentou-se com bom gabarito técnico e ganhou a posição de titular no extraordinário esquadrão do Moto Clube de São Luís.
PAULO-Não tem lá grandes qualidades técnicas mas sabe marcar o seu adversário com seriedade e afirmou-se desde a saida do veterano Baèzinho.
ALZEMAR-Craque da relação do ano de 1966. Portou-se condignamente nos jogos em que foi chamado a intervir e na seleção maranhense que jogou com o Santos e marcando sensacionalmente o famoso jogador Pelé.
ALVIM DA GUIA - Excelente domínio de bola, marcador severo e demonstrando reais qualidades para firmar-se em qualquer equipe do futebol nacional.
CORREIA-O famoso marcador "Carrapato" como é chamado pela torcida motorizado. É um jogador que não tem muitos recursos técnicos mas sabe marcar com precisão o seu adversário e dar os lançamentos à sua linha de ataque.
NELIO-Bem veterano Já, tendo participado de vá rias competições interessa duas e inclusive internacionais, pois chegou a participar de Torneio Nos Estados Unidos. Foi um baluarte no conjunto do Ferroviário Esporte Clube. Tem bons conhecimentos técnicos sendo o craque que melhor se apresentou nas hostes do time da REFESA.
SANTANA-Jovem mela armador que iniciou a sua carreira esportiva no Sporte Clube Desterro, transferindo-se em seguida para o juvenil do Maranhão Atlético Clube posterior- mente ao Sampaio Corréa agora defendo o Moto Clube de São Luis. Craque mesmo na expressão da palavra inclusive sendo apontado como "craque do ano e ainda ficou na vice-liderança dos artilheiros do campeonato que passou. Este jogador deu nova vida quando começou a jogar Clube.
ZEZICO-Chamado o no time principal do Moto clube: durante o campeonato findo atuou em várias posições assim fosse chamado pelo seu treinador e cooperou para o bicampeonato do Moto Clube fazendo uns belos gols. Acreditarmos nós que depois de Ananias é mais antigo do plantel rubro-negro.
GARRINCHINHA-Depois de brilhar em várias equipes do Sul do País, transferiu-se para o Ferroviário Esporte Clube. Deu outro colorido no time da antiga Estrada de Ferro, Com a sua experiência conseguiu levar o Ferroviário no título de vice-campeão maranhense de 67.
PELEZINHO-Craque nascido no simpático bairro do Anil. Começou no Primeiro de Maio defendeu o Vitória do Mar; passou para o Sampaio Corrêa, jogou no Sport Clube do Recife e retornou pro nosso futebol para defender o Moto Clube de São Luis. Não participou de todas partidas que o rubro-negro maranhense realizou no campeonato, isto porque teve o braço direito fraturado quando o campeão maranhense intervinha nos jogos pela Taça Brasil. Mas Pelezinho contribuiu para o bicampeonato do Moto Clube.
RIBAMAR-Foi o mais positivo na posição durante o ano de 67. Começou o ano no Sampaio Corrêa mas logo em seguida ingressou no Moto Clube e com excelentes "gols" contribuiu na grande campanha do bi-campeonato.
O COMANDANTE-O Professor Rinaldi Mala, Diplomado pela Escola Nacional de Educação Física do Brasil. Técnico em Futebol, foi o grande escolhido como o "técnico do ano" de 1967 e consequentemente o treinador da seleção do ano que passou.
Federação comemorou 57 anos de luta pelo nosso esporte
A Liga Maranhense de Esportes, promoveu em 1919, o primeiro campeonato da cidade, que teve o Luso Brasileiro, como campeão. Em 1938 (data que depois será pesquisada) a Liga Maranhense de Esportes, passou a denominação de ASSOCIAÇÃO MARANHENSE DE PORTES ALETICOS (AMEA), promovendo então o campeonato, que foi o primeiro da nova mentora, título conquistado pelo Tupan, que por sinal, foi seu último cétro. Em 1937, o último campeonato promovido pela Liga Maranhense de Esportes, o campeão, foi o Maranhão Atlético Clube. Até 41, a AMEA funcionou com esta denominação. No dia 20 de agosto daquele ano, passou então a chamar-se, Federação Maranhense de Desportos (FMD), tendo como primeiro presidente, o doutor Flávio Bezerra, que depois deixou o cargo, para o Dr. Herminio Bello, que renunciou em favor de Raul Torres, até 46, até a volta do Dr. Flávio Bezerra em 43, ficando até 46 quando assumiu o vice-presidente Ribamar Ferreira, que foi substituído pelo Prof. Luis Rego, em 16 de abril de 47. Foram presidente ainda, o coronel Giordano Rodrigues Mochel, Dr. Luis Magno Portéla Passos, Sr. Wady Nazar, Dr. Nivaldo Macieira, Desembargador Nicolou Dino, Major José Pereira dos Santos, Coronel Eduardo Mote Sr. Raimundo Silva, da Costa Oliveira, Dr. Olliapio Guimarães, e agora, o doutor Antonio Arozo.Foram presidente ainda, da Liga Maranhense e da Associação Maranhense de Esportes Atléticos, o doutor Alarico Nunes Pacheco, Capitão Pinheiro Filho, Saladino Cruz, entre outros.
Com a presença da diretoria da Federação Maranhense de Desportos, dos membros do Tribunal de Justiça Desportiva, de dirigentes do Departamento de Futebol, de alguns clubes da Divisão Mista e de parte da crônica esportiva, foi assina da ontem à noite na sede da Federação, a transferência do terreno na Rua do Alecrim. para a firma Maranhão Imóveis e empreendimentos Ltda., de Mário Lameiras, para construção da sede própria da Federação Maranhense de 'do Desportos, prédio que terá três andares, sendo que o térreo pertencerá única mente à entidade, e dois outros, aquela firma construtora, com a mentora regional, não gastando quase nada, para ter seu patrimônio, em grande vitória da administração do doutor Olimpio Guimarães. Inicialmente, João Canelo Carvalho, do Cartório Tabelião, dr, Celso Coutinho, foi a leitura da documentação, quando em seguida, assinou a mesma, em companhia de doutor Olimpio Guimarães do senhor Mário Lameiras, Além destes três, usaram da palavra, o doutor Pedro Mornes, pelo TJD, o doutor José Pereira dos Santos, pelos clubes da Divisão Mata, ali representantes por Ferroviário, Moto, Vitória do Mar, e doutor Olivia Viana.
Agora, a firma construtora vai movimentar as documentação, pelos órgãos competentes, parado das obras, pois a desejo do doutor Olímpio Guimarães é deixar a Federação sua sede concluída, merecendo os aplausos gerais, pelo multo que vem fazendo em prol do futebol maranhense.
Prova Jorge Féres - lamentável morte de um motociclista (texto)
Texto extraído do jornal Pacotilha/O Globo, de 18 de maio de 1953
Realizou-se ontem às 9:20 nesta capital a sensacional prova de motociclismo denominada “Jorge Feres” Da qual participaram elementos do departamento motorizado do moto clube de São Luís em número de 25.
Toda a cidade assistiu emocionada a grande corrida que teve seu percurso da praça João Lisboa à base aérea do tirirical e vice-versa.
Pelotões do exército e do P.M.E. E guardas de trânsito foram colocados em toda a extensão da pista. A praça João Lisboa fez se ouvir a banda de música da PME Gentilmente cedida aos promotores da prova pelo cel. Benedito Freitas Diniz. Dentre outras autoridades colaboraram com o departamento motorizado do moto clube o major Giordano Mochel comandante do 24 BC presidente da F.M.D. Dr. Durval Paraíso, inspetor de trânsito candidato Chagas sub inspetor de trânsito tenente Abílio Costa da PME dr. Rui Mesquita, diretor do DRF; tenente José dias de Carvalho Comadante da Guarda civil Manuel Fonseca chefe de tráfego dos SAELTPA os senhores Alberto Aboud, Jorge Morais, Rego, Newton, pavão, João Moncherek, Simão Félix, dr. Luiz Passos, dr. José Geria, Irineu Pereira, presidente Do sindicato dos chofeures, Jornalistas Vilela de Abrel, Nonato Masson, Costa Araújo e Benito Neiva, Murilo César e Abraão S. Filho, Que transmitiram a prova através da rádio Timbira enfermeiro Cassiano, Nilo Ramos, além de grande número de choferes profissionais.
O serviço de alto. Falantes Moacir Neves, os três automóveis da empresa De sorteios ltda, A camionetes dos senhores Walter Fontourae Nagib Feres e todos os carros da política civil, Cooperando vale aos amente nos serviços de fiscalização da pista e transporte de policiais para os pontos de sinalização quando registrou se triste e lamentável acidente, nas proximidades do Galpão Municipal, momento em que o corredor Benedito Santos, sócio da firma Manoel Fernandes e Cis, chocou a contra um automóvel Austin, que se encontrara estacionado naquele local. Benedito Santos, desenvolvia uns 600 quilômetros horários, horário aproximadamente, de parelha com corretos Lourival Santos, "Fuzil". Ganhou distância do seu adversário e na curva, ao pressentir o perigo tentou frear sua máquina, BSA, sendo infeliz na manobra, verificando o impacto fatal. A motocicleta engavetou na traseira do Austin, sendo Benedito Santos projetado por cima do automóvel, estatelando se no solo, tendo morte instantânea.
Nesse momento o motocicleta "Fuzil” abandonou o páreo e justamente, com o senhor, funcionário do DCT, socorreu o inditoso companheiro transportando-o para o pronto socorro, onde uma turma de médicos, inclusive o Otávio Passos, prefeito da capital, já se encontrava provando socorrer as outras vítimas que se encontravam naquele hospital: leda Cunha Almeida, 10 anos, branca, residente e rua José Bonifario; Virgilio Matos Filho, 12 anos, moreno, estudante: Dirton Matos, 9 anos, estudante, moreno que sofreu fratura da base do crânio, ao ser atingido por uma motocicleta, no canto da Vila Panos: Raimundo Matos Mello, 20 anos, solteiro, pardo; Rosidin Araújo, 43 anos, que pilotava uma Harley Davidson, no páreo de 750 cc. da prova e Belarmino quina Douglas no páreo de Gomes, que pilotava uma ma. 500 cc.
Todas as vítimas, exceto Benedito Santes e Dirton Matoi, este faleceu às 13 horas 15 minutos de ontem, no HPS, sofrendo contusões e escoriações generalizadas, retirando para sua residência, fora de perigo.
SEPULTAMENTO - Benedito Santos residia & rua da Carioca, no bairro de Monte Castelo e deixe viuva a sra Santos 6 filhos. Seu enterramento verificou-se ás 9 horas de manhã de hoje, com acompanhamento de motocicletas, choferes, elementos da Imprensa e grande número de pessoas.
BANDO PRECATÓRIO - as termino da prova de ontem foi organizado um bande precatório, na praça João Lisboa, sendo recolhidos Cr 2.900,00, os quais foram entregues, ontem à tarde, a viúva de inditoso Benedito Santos.
CAUSAS DO DESASTRE COM BENEDITO SANTOS - segundo declarou a reportagem o dr. Durval Paraiso, inspetor estadual de trânsito, motivou o desastre em que perdeu a vida o motociclista Benedito Santos, a imprudência do sr. William Morais Rêgo, o qual desobedecendo a ordem que lhe fora dada pelo guarda conhecido por "Piloto" estacionou o Austin, na curva fatídica. O guarda "Piloto” declarou que advertiu o sr. William Morais Rego, mandando que o mesmo colocasse o seu carro, fora da pista, quando do rumo da Caixa Dagua, tendo aquele senhor manobrado o seu veículo, colocando-o mais adiante, não cumprindo a determinação de guarda.
SOLICITARÃO ABERTURA DE INQUÉRITO - segundo apuramos, elementos de Departamento Motorizado da Moto Clube já se articularam com o dr Mario Santos no propósito de mover uma ação contra o sr. William Morais R. Brandão, afim de que o mesmo indenize a vida do malogrado motociclista, bem como solicitarão abertura de inquérito policial afim de apurar as responsabilidades no desastre.
O DESASTRE COM DIRTON MATOS - na curva em frente da entrada da Vila Passos, inesperadamente, e corredor Raimundo Nonato Alves perdeu o equilíbrio atirando se para o lado do canteiro, da Avenida, quanto a sua máquina, uma B SA, chocou se contra os dois garotos, Virgilio e Dirton Matos, choque do qual resultou este último morrer.
O sepultamento de Dirton realizou-se na manhã de hoje.
FALA O SR. MORAIS REGO - esteve hoje, em nossa redação, o Sr. William Morais Régo Brandão, proprietário de automóvel que se achava estacionado em frente à casa residência do des. Acrizio Rebelo, na ocasião em que se verificou o desastre que equacionou a morte do motociclista Benedito Santos, o qual prestou-nos as seguintes declarações: "Absolutamente, nenhum guarda pediu-nos para retirar carro do local estava estacionado. O que houve foi o seguinte: quando passávamos em frente a Caixa d'Agua, o guarda "Piloto", estranhou que o guarda de serviço no Canto da Viração nos tivesse dado passagem, só que lhe explicamos que iriamos estacional, automóvel em frente á residencial do des. Acrisio Rebelo.
Conforme o Roteiro da prova, publicado pelo vespertino "Pacotilia — O GLOBO", em sua edição de sábado último, um local onde verificou-se o desastre não estava incluído referido no Roteiro".
O CASO DO ROTEIRO - em suas edições anteriores, e vespertino "Pacotilla — GLOBO publicou o roteiro da prova tendo o local onde se verificou o desastre com Benedito Santos, incluído no mesmo. Em virtude, porem, do desastre ocorrido, sábado pela manhã, próximo ao Galpão Municipal, motivado por uma vala ali existente, o Sr . Jorge Morais Rêgo, chefe do Departamento Motorizado do Moto Club, em companhia dos motociclistas Edson Brawn de Araújo Ernani Cavalcanti, se articularam com Inspetor de Transito e estiveram em nossa redação, juntamente com este, solicitando que publicássemos o novo roteiro determinado, sendo que os corredores desceriam pele rua do Passeio e Caminho da Boiada, para evitar a vala mencionada acima.
A tarde, porém, ja se encontrando fechada a vala, os dirigentes do Departamento Motorizado de Moto Clube deliberaram usar a pista demarcada anteriormente, cientificando fato no Inspetor de Trânsito no qual colocou inúmeros guardas naquele trecho afim de fazer policiamento necessário, tendo desde as 7 horas da manhã , o Serviço de alto falantes volantes percorrendo toda a pista, várias vezes, avisando transeuntes e motoristas acerca dos locais por onde passaria correndo.