quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Juca Baleia, a Muralha Boliviana!

Juca Baleia em matéria no Esporte 10, da TV Mirante

Matéria com Juca Baleia no futebol Master

Matéria da Sportv, no quadro "Fora De Série", em 2010

Pesando mais de 100kg (chegou a ter 120kg) em 1,85m , Juca virou a principal atração da Copa do Brasil de 1992. Enfrentando o Palmeiras – no início da era Parmalat- em sua estreia na competição em São Luís, o goleiro fez defesas impossíveis. No jogo de volta em São Paulo, todos queriam conhecê-lo. Torci como nunca para aquele time com as cores da Bolívia e que tinha o patrocínio da CCS (marca mais alternativa que eu conheço) na camisa. Não deu, o futebol já tinha os seus abismos, e o Palmeiras fez 4 a 0 sem dó nos maranhenses. E o placar só não foi maior porque o goleirão pegou muito outra vez. Ficou de consolação a fama e a camisa do arqueiro Carlos, que jogou a Copa de 86 e na época defendia o alviverde. Na ocasião, Juca Baleia, um dos maiores ídolos do futebol maranhense, vestia a camisa do Sampaio Corrêa, e, com mais de cem quilos, foi a atração das partidas. Há quem garanta que Juca Baleia chegou a jogar com cento e vinte quilos.

Quase vinte anos depois daquele confronto, Juca continua de alguma forma ligado ao futebol e desenvolvendo um trabalho muito bacana. Ele preside a Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Maranhão, AGAP, que cuida de ex-jogadores.

Juca nasceu Juvenal Marinho dos Passos no dia 03 de maio de 1959. Iniciou no futebol como amador em times de São Luís. No profissional, passou pelo Expressinho, Maranhão Atlético Clube, Sociedade Esportiva Tupan, Bacabal Atlético Clube, Moto Clube até se consagrar com um tricampeonato maranhense (1990/9/92) pela Bolívia Querida, na época, treinado pelo amigo José Ribamar Miranda Filho (Marcial). Se aposentou em 1993. 

 Juca Baleia com a camisa do Sampaio Corrêa

Quem acompanha e conhece o futebol maranhense, sabe que quase não há revelações na posição de goleiro. Quase todos os bons goleiros que vestiram camisas de clubes maranhenses vieram de outros estados. Paulo Figueredo, Assis, Lunga, Flávio, Paulo Márcio, Salvino, Moreira para ficar apenas nesses, são alguns. Poucos nasceram no Maranhão: Clemer, Claudecir, Marcial, Bacabal, Ronilson, Flaubert e Juca Baleia. Mesmo atuando apenas em equipes do Nordeste brasileiro, Juca Baleia ficou nacionalmente conhecido quando o Sampaio Corrêa enfrentou o Palmeiras.

O espanto se tornou maior em função da inesperada agilidade e precisão na saída do gol. O segredo, segundo, ele, era o fato de praticar também Vôlei e Handebol, que ajudavam a aumentar a agilidade. Apesar de ser ídolo da torcida, não escapou do preconceito, o que o chateava. “Enfrentei muitas barreiras, mas venci todas. Era normal chegar um treinador de fora e desconfiar de mim. Mas quando eles me viam no jogo, não acreditavam. Eu fechava o gol. Aí eles apareciam para me cumprimentar”, diz.

Juca Baleia com o Sampaio Corrêa Bicampeão Maranhense 1990/91

Juca Baleia em São Paulo, durante jogo pela Copa do Brasil

Juca Baleia mantém o espírito jovem e brincalhão. Ainda pratica futebol – como goleiro – atuando na categoria Cinquentão da APAL (Associação dos Pais e Amigos do Lítero) que disputa o campeonato interno da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) de São Luís. Como presidente da AGAP-MA, Juca Baleia tem realizado inúmeros projetos, todos visando melhorar as condições de vida daqueles ex-jogadores que, por um motivo ou outro, não tiveram oportunidade de desenvolver outra atividade profissional e ainda dependem dos favores dos amigos conquistados através do futebol.

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