Confirmando as previsões de um jogo muito difícil, o Vitória deu um verdadeiro sufoco no time do Sampaio, que teve que se contentar com o empate de 1 a 1, pois o seu time, apesar de ter perdido um pênalti, não mereceu melhor resultado. A defesa sampaína, jogando desfalcada de três titulares, complicou bastante e quase decretou a derrota da sua equipe com sucessivas falhas, deixando-se envolver facilmente pelo ataque vitoriense. Alberto, aos 19 minutos do segundo tempo, colocou o Vitória em vantagem. O Sampaio só empatou aos 46 minutos, já nos descontos, por intermédio de Fernando Lassálvia, que fez o seu primeiro gol com a camisa tricolor.
Os 1.765 pagantes proporcionaram, ontem, no Nhozinho Santos, a arrecadação de Cz$ 285.050,00. Raimundinho perdeu um pênalti, aos 30 minutos do segundo tempo, chutando para a defesa de João Batista. Ademir, do Vitória, foi expulso de campo por reclamação.
Na preliminar, o Tupan derrotou o Tocantins por 1 a 0, gol de Marcos. No outro jogo da rodada de abertura do segundo turno, em Imperatriz, o Imperatriz, com gol de Lamartine, nos descontos, venceu o Americano por 1 a 0.
O JOGO - Confirmando as previsões, o Vitória foi um adversário dos mais difíceis para o Sampaio, que quase saiu amargando uma derrota no Nhozinho Santos, na tarde-noite do ia 12 de junho de 1988, tendo que se contentar com o empate de 1 a 1, resultado até considerado além do que mereceu o tricolor, devido aos problemas na sua defesa e no ataque, onde até Raimundinho perdeu uma penalidade máxima, quando o marcador apontava 1 a 0 para o time vitoriense.
Desfalcado de Luís Carlos, Paulo César e Ivanildo, a defesa foi sempre a principal preocupação dos sampaínos e o Vitória, se soubesse jogar com tranquilidade e em cima dos erros do adversário, bem que poderia ter saído com o triunfo, fazendo muito mais do que o gol que marcou, principalmente quando o quadro boliviano se descontrolou emocionalmente e passou a jogar na base do desespero, abrindo buracos muito grandes no seu sistema defensivo, facilmente envolvido pela velocidade incrível dos atacantes alvinegros, inclusive o veterano Alberto, que fez o gol do seu time e acabou o jogo dando inacreditáveis piques de trinta e quarenta metros, apesar dos seus muitos anos de futebol.
O primeiro tempo da peleja terminou com a igualdade de 0 x 0. Foi uma etapa igual onde os dois times se contentaram em tocar a bola no setor de meio de campo sem muita objetividade, tanto que os dois goleiros se transformaram em dois espectadores privilegiados.
No segundo tempo, entretanto, o jogo esquentou, com o Sampaio tomando a iniciativa do ataque, mas perdendo duas grandes chances através do centroavante Fernando Lassálvia, o que o Vitória respondeu com o gol de Alberto, aos 19 minutos, num cochilo da zaga tricolor. A bola foi lançada para a área e a defesa falhou no combate ao meia Claudionor, que recebeu e atirou cruzado para a bola se chocar com a trave esquerda depois de vencer ao goleiro Alexandre, que ficou completamente perdido na jogada. Na volta da bola, Alberto pegou a sobra e chutou para o fundo do barbante.
O gol levou o Sampaio ao desespero, mas o time foi para frente mesmo correndo o risco de levar mais gols no contra-ataque, só que o Vitória não soube tirar proveito e perdeu grandes oportunidades, como numa jogada de Joaquim, que cara a cara com Alexandre colocou fora.
Num lance de completo impedimento, aos 30 minutos, Raimundinho meteu a bola para Fernando Lassálvia, que, adiantado, perdeu o gol, só que no rebote da defesa de João Batista, a bola sobrou para Beto, que tinha entrado no lugar de Joãozinho, obrigando o arqueiro a cometer a penalidade máxima.
Devido ao clamoroso impedimento não marcado pelo bandeirinha Alfredo Filho, que quase complicou a atuação, até então excelente, do árbitro Josenil Souza, o time do Vitória inteiro reclamou, não do pênalti, mas do impedimento, que se tivesse sido marcado teria evitado a falta do goleiro e toda a confusão. Nas reclamações, o capitão Ademir se excedeu e provocou o cartão vermelho, o que condenou o Vitória a terminar a partida com apenas 10 elementos. Também foram expulsos do banco o treinador Marçal, o zagueiro Gaspar e o goleiro Paulão, igualmente revoltados com a não marcação do impedimento.
O pênalti demorou cinco minutos para ser batido e Raimundinho, na hora da cobrança, o fez de forma até certo ponto displicente, o que possibilitou a defesa do goleiro João Batista. Nessa defesa, o goleiro vitoriense se adiantou, se mexendo antes da bola partir, chutada por Raimundinho, só que Josenil Souza não mandou repetir a cobrança, talvez levado pelo clima que se formou em torno dessa marcação.
O Vitória continuou jogando no contra-ataque, mas a ausência de um zagueiro acabou por permitir ao Sampaio a marcação do gol de empate numa jogada tramada por Beato e Raimundinho para a complementação de Fernando Lassálvia, aos 46 minutos, já na fase dos descontos. Foi o primeiro gol do centroavante com a camisa do tricolor, quando nem mesmo a torcida esperava que a equipe conseguisse fugir da derrota.
A renda somou a quantia de Cz$ 285.050,00 para 1.765 pagantes. Josenil Souza dirigiu a contenda com laterais de Alfredo Filho e Leopoldo Botão. Os dois bandeirinhas tiveram os maiores erros da arbitragem. O primeiro foi numa jogada de Antônio Carlos que driblou a zaga e entrou com a bola dominada com Leopoldo Botão marcando impedimento, só que o apitador não confirmou e deixou o lance seguir terminando com falta de Alexandre. O segundo foi o lance do impedimento que terminou no pênalti a favor do Sampaio não marcado pelo bandeirinha Alfredo Filho, complicando a atuação do apitador central.
O Vitória empatou com João Batista; Newton, Ademir, Moacir e Pachêco; Joaquim, Reinaldo e Claudionor (Antônio Carlos); Carlinhos (Guguta), Osvaldo e Alberto. O Sampaio empatou com Alexandre, Serginho, Rosclin, Chiquinho e Neto; Dias Pereira, Beato e Raimundinho; Joãozinho (Beto), Fernando Lassálvia e Marco Antônio.
Na partida preliminar, pelo grupo B, do segundo turno, o Tupan, com um gol de Marcos, aos 38 minutos do segundo tempo, ganhou do Tocantins por 1 a 0. O Tocantins terminou com apenas 10 elementos devido à expulsão do meia Djavan, aos 25 minutos do segundo tempo, por excesso de reclamação. O árbitro foi Paulo Sérgio Goulart, com laterais de Pedro Paulo e Manoel Galeno. O Tupan venceu com João Marçal, Marcos, Dejarde, Mano e Reginaldo; Mazinho, Neto e Jorge; Batista, Vavá (Jefferson) e Adail (Dutra). O Tocantins perdeu com Dino, Alves, Cloves, Rubinho e Claudionor; Guaxinir, Djavan e Jorge; Ronaldo, Casagrande e Gerson (Dutra).
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