segunda-feira, 30 de junho de 2025

Moto Club - Campeão da Zona Norte da Taça Brasil 1968 [PÔSTER]

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Sampaio Corrêa 2x1 Imperatriz - Campeonato Maranhense 1985

O Sampaio Corrêa conseguiu uma importante e difícil vitória, por 1 a 0, diante do Imperatriz, na noite do dia 27 de novembro de 1985, no Estádio do Complexo Esportivo. O resultado elimina o quadro imperatrizense da briga pelo título, mas deixa o Sampaio em condições de forçar um jogo extra com o Moto para a decisão do Campeonato Maranhense. O único gol da peleja foi marcado por intermédio de Serginho, aos 36 minutos do 1º tempo.

A partida foi muito violenta devido à fraca atuação do árbitro Edjan de Jesus, mesmo com a expulsão de três jogadores (2 do Imperatriz e 1 do Sampaio). Agora, o Sampaio terá que vencer o Maranhão, domingo, e no dia 8 o Moto, para forçar um jogo extra contra os motenses, para a decisão do título.

O JOGO - Numa partida considerada difícil, o Sampaio Corrêa ganhou do Imperatriz por 1 a 0, no Estádio do Complexo Esportivo, resultado que mantém suas esperanças de forçar uma partida extra com o Moto para a decisão do Campeonato Maranhense de 1985.

A derrota eliminou o Imperatriz, que não tem mais condições de chegar ao título máximo, embora permaneça no páreo para ser o vice-campeão de 1985, dependendo dos jogos finais.

Foi uma vitória importante para o Sampaio, numa partida como já era esperado, das mais disputadas, porque o Imperatriz não se entregou em momento algum, procurando até o fim o gol de empate.

O árbitro Edjan de Jesus não influenciou no placar, mas não teve uma boa atuação na parte disciplinar. Não soube controlar o jogo, mesmo tendo colocado para fora de campo três jogadores (dois do Imperatriz e um do Sampaio). Ele permitiu jogadas violentas de parte a parte e, quando quis tomar conta das ações, já estava envolvido e, por isso, acabou tendo um fraco desempenho. Os bandeirinhas Josenil Souza e Salomão Dantas também não foram bem, inclusive causando revolta dos imperatrizenses, que saíram reclamando bastante do trio de arbitragem. A renda somou Cr$ 23.232.000 para 2.597 pagantes.

O único gol do jogo foi marcado aos 36 minutos do 1º tempo, pelo ponteiro Serginho, que ganhou do lateral-esquerdo Jorginho para chutar sem chances para o goleiro Valter.

O Sampaio fez o gol e soube segurar, notadamente no 2º tempo, quando o Imperatriz forçou em busca do empate, sem contudo chegar ao gol de Geordano.

O melhor lance imperatrizense aconteceu aos 14 minutos do período final, com Serginho I atirando uma bola violentamente de encontro ao travessão, quando o arqueiro tricolor estava completamente vencido.

A violência foi permitida pelo árbitro até os 36 minutos da etapa final, quando Edmar Pereira, do Imperatriz, e Mateus, do Sampaio, trocaram tapas e foram expulsos de campo. Depois, aos 40 minutos, um gandula chutou a bola deliberadamente para longe e foi agredido pelo meia Serginho II, do Imperatriz, que também recebeu cartão vermelho, acabando ali qualquer tipo de reação do "Cavalo de Aço".

O Sampaio venceu e continua no páreo com: Geordano, Luis Carlos, Rosclin, Geraldo e Paulo Lifor; Zé Carlos, Meinha e Mateus; Serginho (Joãosinho), Renato e Edésio (Gil Lima). O Imperatriz deu adeus ao título com: Valter, Edmar, Mangueira, Ricardo e Jorginho; Cláudio, Biro-Biro (Ferreira) e Serginho II; Fernando, Serginho I e Valdo.

A classificação do quadrangular final apresenta: Moto com 9 pontos ganhos; Sampaio e Imperatriz com 5 pontos ganhos cada; e Maranhão com 2 pontos. Domingo jogam Sampaio e Maranhão.


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Imperatriz 1x0 Sampaio Corrêa - Campeonato Maranhense 1985

O Imperatriz, ao derrotar o Sampaio por 1 a 0, em Imperatriz, foi o único vencedor da rodada de abertura do Quadrangular decisivo do Campeonato Maranhense, disputada na noite do dia 06 de novembro de 1985.

Em outro jogo, foi registrado o empate de 1 a 1 no clássico Moto x Maranhão, em São Luís. Mangueira, de cabeça, fez o gol da vitória imperatrizense, enquanto que Daniel, para o MAC, e Caio, para o Moto, marcaram os tentos do "Maremoto".

Com o triunfo do Imperatriz e o empate de São Luís, Moto, MAC e Imperatriz são os líderes da fase final do certame.

O JOGO - O Sampaio Corrêa não fez uma feliz estreia no Quadrangular decisivo do Campeonato ao ser derrotado, , pelo Imperatriz, pelo marcador de 1 a 0, em jogo realizado no Estádio Freire Epifânio d'Abadia, na cidade de Imperatriz.

Como já era esperado, o Sampaio encontrou muitas dificuldades, principalmente com o pequeno tamanho do campo de jogo, que beneficiou o time local, mais acostumado naquela praça de esporte. Além disso, o Sampaio não teve forças para reagir no segundo tempo, voltando a cair de produção, talvez sentindo o cansaço da longa viagem, apesar de ter seguido com antecedência.

O único gol da peleja foi marcado, aos 20 minutos, pelo zagueiro Mangueira, de cabeça, depois de uma cobrança de escanteio feita por Valdo. Nesse lance, o goleiro Geordano saiu mal e a defesa não marcou certo. Ao levar o gol, o técnico Nelson Gama tentou dar maior agressividade ao Sampaio, que tinha começado o jogo com quatro homens na meia-cancha. Ele promoveu a entrada imediata de Bimbinha.

Não levou sorte, porque o "mignon" ponteiro se contundiu e passou a fazer número em campo.

Uma outra alteração foi feita no "Mais Querido": saiu Meinha e entrou Beato. Também não houve jeito de melhorar o time, que esbarrou sempre na retranca imperatrizense.

O Imperatriz fez o gol e soube tirar proveito do nervosismo do quadro sampaíno. O treinador Elício Lopes, para garantir o resultado, procedeu duas modificações reforçando a defesa: tirou Serginho II e colocou o zagueiro Jorge, e também trocou Fernando por Cláudio, conseguindo o seu intento.

O Sampaio perdeu com Geordano, Luis Carlos, Rosclin, Ivanildo e Paulo; Meinha (Beato), Zé Carlos e Mateus; Gil Lima, Renato (Bimbinha) e Edésio. O Imperatriz venceu com Valter, Edmar, Chicão, Mangueira e Ricardo; Guaxinin, Biro-Biro e Serginho II (Jorge); Fernando (Cláudio), Serginho I e Valdo.

Nacor Arouche dirigiu a contenda com laterais de Jackson da Silveira e Alfredo Filho. A renda somou apenas Cr$ 11.668.000.

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domingo, 29 de junho de 2025

Raimundinho Lopes, ídolo do Papão e no futebol equatoriano

Texto extraído do livro "Memória Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte"

Quem poderia imaginar que aquele garoto franzino e tímido, mas um verdadeiro craque com a bola nos pés, poderia alçar voos altos na carreira e se destacar como um dos maiores meias que o futebol maranhense viu nascer? Apesar da curta carreira (um problema no joelho o obrigou a abandonar precocemente os gramados), o craque e eterno ídolo da torcida motense (sobretudo pela década de 1980) conquistou fama, reconhecimento e levou o nome do nosso Estado para além fronteiras (na época, a sua venda para o Barcelona do Equador foi a maior transação do futebol maranhense). A história de vida de José Raimundo Rodrigues Lopes1 seria mais uma dentre tantos outros Raimundos espalhados pelo Maranhão. Porém, a superação e a consagração no futebol o transformaram em Raimundinho Lopes, uma verdadeira lenda viva dentro dos nossos gramados. Difícil conhecer algum torcedor (até mesmo dos rivais) que não façam rasgados elogios àquele que venceu na vida pelo esporte e escreveu o seu nome na seleção dos melhores atletas do futebol maranhense. 

A vida de Raimundinho Lopes não foge àquela de muitos garotos nascidos em um dos Bairros mais humildes da nossa capital. Nascido a 20 de Fevereiro de 1962, desde pequeno o garoto batia bola na Liberdade, onde, aliás, nasceu, cresceu e passou boa parte da infância e adolescência (o seu irmão Beato é natural de Alcântara, mas a sua base familiar foi toda na Liberdade, já que os seus pais deixaram essa cidade em busca de melhores condições de vida e passaram a residir no bairro próximo à Camboa). Era na Liberdade, aliás, que os irmão Raimundinho e Beato participavam dos tradicionais torneios entre as Ruas Alberto de Oliveira, Rua Augusto de Lima e Rua Corrêa de Araújo, famosíssimas entre a molecada que frequenta a várzea naquele bairro. Os dois vislumbravam no futebol uma oportunidade de melhoria de vida mais rápido, apesar de que, naquela época, o futebol não era rentável. Seus pais sempre foram contra os seus filhos seguirem o caminho do futebol.

De uma infância muito humilde, muito cedo Raimundinho acabou perdendo o seu pai, José Raimundo Marques Lopes, a sua mãe, a dona Ângela Maria Rodrigues Lopes, lavadeira, teve que ser pai e mãe ao mesmo tempo e terminou de criar os seus filhos, dando-lhes a melhor educação dentro das suas possibilidades como analfabeta. Para ajudar nas despesas da casa, Raimundinho trabalhava vendendo cocada, bolinho e outros doces no Matadouro, dentro da Liberdade. Ainda na adolescência, morou por um tempo na casa do senhor Henrique “Serpa”, amigo da família, desempenhando em sua oficina a profissão de carpinteiro. Raimundinho começou a jogar muito cedo: aos 11 anos já formava no Fluminense da Liberdade (equipe de propriedade de dona Lurdes), no Olaria (do senhor Carlito) da Estrada de Ferro (perto do Oitavo Distrito, já próximo à Camboa). Ainda jogou no Flamenguinho, do seu Dico, que rivalizava com o Fluminense, também do Bairro. A sua família, em sua maioria torcedores do Moto (seu irmão, o craque Beato, era boliviano desde criança), passou a levá-lo desde cedo aos jogos do Papão, declaradamente o seu time de coração. O garoto chegou a ver desfilando pelos gramados do Nhozinho Santos verdadeiros craques do nosso futebol, como Vivico, Paulo Figueiredo, Sérgio Marreca, Neguinho, Lima, Djalma Campos, Jorge Santos, Edmilson Leite, Esquerdinha, Alzimar e outras feras.

O craque iniciou a sua carreira no Moto Club em 1974, através do paulista Silvio Rosa Barros (ex-atleta com passagem por Moto e Maranhão), na época morador da Liberdade e falecido recentemente. Barros atuou no futebol paulista e veio ao Maranhão, onde atuou pelo MAC e treinador do Moto (foi auxiliar de Marçal Tolentino Serra). Ele os via jogando nos times da Liberdade e resolveu apostar no talento dos irmãos: levou primeiro Beato, aos 15 anos (1974), aos juvenis do Moto e algum tempo depois deu a oportunidade a Raimundinho. Antes, Raimundinho passou a trabalhar como uma espécie de office  boy, levando procuração e fazendo mantados dos atletas. Paralelo a essa atividade, o futuro craque jogava pela equipe juvenil do Motinho, de propriedade do roupeiro Mariceu (apesar do nome, o Motinho não tinha nenhum tipo de vínculo com o rubro-negro da Fabril, apenas realizava jogos amistosos no campo do Moto, no Tirirical). Logo em seguida, Barros o levou, aos 14 anos, para os juvenis do Moto. Uma passagem ficou guardada para sempre na memória do ex-jogador: quando estava junto aos reservas em seu primeiro jogo pelo Papão, a jornalista e apresentadora Helena Leite, ao passar pelo banco e ver o garoto magrinho e com o uniforme alguns números acima do seu, ainda brincou: “Você trouxe essa mascote para o Moto, Barros?”. O treinador, com bom humor, respondeu que ela viria em alguns minutos esse mascote em campo. E não deu outra: o Moto venceu o Ferroviário pro 3 a 0, com um show particular do “mascote” Raimundinho Lopes. Era o primeiro jogo do craque no gramado do Nhozinho.

Aqui, abrimos um paralelo para falar um pouco sobre a curta, mas vitoriosa carreira do seu irmão Beato2, um dos grandes laterais do seu tempo e ainda hoje reconhecido e lembrado pelas torcidas de Moto e Sampaio. Quando Raimundo Beato Rodrigues Lopes, o Beato, estreou no profissional do Moto, em 1974, Raimundinho começou na base. Apesar da curtíssima diferença de cinco anos, Beato abandonou precocemente o futebol em virtude das sucessivas contusões. Esse, aliás, foi uma constante em sua carreira dos gramados: a sua primeira contusão grande ocorreu em 1979, quando atuava pelo Moto Club. O jogador sempre tratava a lesão, mas rapidamente voltava a campo e, consequentemente, a sentir a contusão (não havia um tempo correto de recuperação e a antecipação da sua volta aos gramados acelerava o desgaste). Rapidamente passou por uma cirurgia em Novembro de 1979 e em Janeiro do ano seguinte já estava a campo, para as disputas do Campeonato Brasileiro pelo Moto. Beato foi bicampeão pelo Moto Club (1981/82) e nesse meio tempo ainda atuou pelo Flamengo (PI) em 1981, onde foi emprestado ao clube piauiense com mais sete atletas motenses, como Vicentinho, Irineu e Gaspar, para as disputas do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão daquele ano. Atuou pelo Sampaio Corrêa entre 1983 e 1988, onde foi pentacampeão maranhense (1984 a 1988). No ano seguinte, transferiu-se para o São Raimundo, de Santarém, onde atou durante seis anos (três como atleta, onde foi tricampeão do Campeonato de Santarém, e três como treinador). Em virtude das sucessivas contusões, encerrou a carreira em 1991. 

Raimundo Lopes chegou a atuar pelo amador do Expressinho do Bairro da Cohab, em 1978. No ano seguinte, após uma boa passagem pela Seleção Maranhense de Juvenis, o meia foi promovido ao elenco principal do Moto por intermédio do treinador Major Murilo de Carvalho, com apenas 16 anos. Apesar da pouca idade, o seu primeiro desafio seria logo de cara o Campeonato Brasileiro daquele ano. A direção do Moto, porém, foi contra, em virtude da pouca experiência do jogador. Apesar de toda a expectativa em disputar uma competição nacional, uma lesão no braço fez com que Raimundinho fosse emprestado ao E. C. Piaui, por indicação do meia-esquerda Edmilson Leite ao Presidente Reinaldo. O jogador passou uma curta temporada de treinos na capital piauiense (caso assinasse como profissional, ficaria com o passe preso à equipe de Teresina. Instruído por Barros a não assinar, Raimundinho retornou poucos meses depois para São Luis, após uma passagem do E. C. Piaui pela nossa capital, em jogo contra o próprio Moto pelo Campeonato Brasileiro daquele ano). Apesar da sua forte ligação com o rubro-negro, Raimundinho Lopes iniciou a sua carreira profissional pela equipe do Ajax da cidade de Pindaré, em 1980 (ano da sua única participação no Campeonato Maranhense da Primeira Divisão). Quem o levou foi Nagib Heickel, que intermediou a sua ida por empréstimo à equipe mantida pelo Prefeito da cidade - e irmão de Nagib. O jogador acabou como o grande destaque da equipe. Como o Moto vendeu Edésio ao Paysandu, Marçal Tolentino Serra pediu à diretoria que trouxessem de volta ao Raimundinho rubro-negro. 

No ano seguinte, já reintegrado ao Papão do Norte, o jogador iniciou a sua brilhante história de craque e eterno ídolo motense. Coincidentemente, o meia estreou pelo rubro-negro em Março de 1981, na vitória do Papão por 1 a 0 contra o seu ex-clube, o E. C. Piaui, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. Nessa época, o Moto do treinador Zé Eduardo era formado por Higino; Antônio Carlos, Airton, Neguinho e Luís Carlos; Luisinho, Miquimba e Edésio; Libânio, Jorge Guilherme e Louro. Raimundinho entrou no segundo tempo e realizou o sonho de, enfim, envergar a camisa do seu clube de coração, diante de mais de 5 mil motenses apaixonados. O seu primeiro gol também ainda é lembrado: na vitória por 2 a 0 contra o fortíssimo Atlético Mineiro, no dia 28 de Abril de 1981, Raimundinho balançou as redes no jogo onde Nacor Arouche expulsou todos os atletas mineiros. O Atlético era o vice-campeão da Taça de Ouro de 1980, formado por verdadeiros craques e base da Seleção Brasileira. Sabendo das limitações da sua equipe, os dirigentes motenses foram até o hotel onde os mineiros hospedaram-se e pediram aos mandatários do Galo, por se tratar de um jogo festivo, que não derrotassem o Moto por um placar muito elástico. Porém, o Moto de Deça; Martins, Irineu, Airton e Luis Carlos Gaúcho; Emerson, Beato, Edésio e Raimundo; Pirila e Jorge Guilherme foi valente durante toda a partida. Após uma falta em dois lances, o goleiro atleticano deixou propositalmente a bola entrar por conta da irregularidade de Edésio, que chutou direto. Como Nacor confirmou o gol, os atletas mineiros passaram a fazer trocadilhos com o nome do juiz (retire o prefixo “or” do final, acrescente a última vogal do alfabeto e fique a seu critério e imaginação o que havia sido maciçamente pronunciado pelos jogadores do Atlético contra o árbitro). Nacor foi expulsando um a um, até o encerramento do conturbado amistoso.

Apesar da inexperiência, Raimundinho Lopes já arrancava aplausos da torcida pelo seu maravilhoso futebol, que muitas vezes deixavam os zagueiros perdidos em campo. Ao lado de Zé Roberto e companhia, fez parte de uma das melhores e mais saudosas formações do Moto Club de São Luis. Na grande decisão de 1981, foi um dos melhores e mais aplaudidos em campo pelos mais de 17 mil torcedores e imprensa – e um dos mais caçados pela defesa boliviana. O empate sem gols contra o Sampaio Corrêa do saudoso treinador Nelson Gama tirou o Moto do jejum de títulos e colocou Raimundinho Lopes nas graças da torcida. No ano seguinte, o bicampeonato e o gol que deu o título ao Papão, novamente contra os bolivianos. Era a consagração daquele que ainda hoje é considerado um dos maiores meias que o futebol maranhense já viu em campo. Em 1983, o tricampeonato veio coroar a boa fase do Moto Clube no início da década de 1980. Raimundinho, contudo, não participou da grande decisão, uma vez que foi expulso na penúltima partida do Papão. E nem precisava mais entrar a campo, o agora ídolo rubro-negro já havia escrito, com justo merecimento, o seu nome na galeria dos grandes craques do Moto...

Raimundinho Lopes foi o primeiro jogador no Maranhão a colocar um intermediário para cuidar dos seus assuntos com a diretoria, em 1982; era Dionor Salgado, o popular “Porquinha”, seu vizinho no Bairro da Liberdade. Na época, o então Presidente Sebastião Murad e o Diretor de Futebol Antônio Bento Cantanhede Farias chamaram o craque de mascarado, por utilizar um empresário para intermediar o seu contrato, algo impensado na época (os dirigentes motenses, seguindo uma filosofia implantada recentemente pelo Flamengo do Rio de Janeiro, somente aceitavam que os jogadores entrassem a campo mediante a renovação do contrato). Após a vitória e o baile particular do endiabrado meia sobre o Santos por 2 a 1, pela primeira fase do Campeonato Brasileiro daquele ano, Raimundinho travou uma batalha nos bastidores pela renovação do seu contrato e consequente aumento do salário. No jogo seguinte, contra o Anapolina (GO), o treinador Dutra queria tê-lo em campo, mesmo sem a renovação do seu contrato. O Presidente do Papão na época esbravejou, mas o atleta acabou escalado por Dutra para a concentração no Hotel São Francisco e jogou a partida contra os goianos (o gol da vitória motense, aliás, foi assinalado por Raimundinho, o grande destaque motense na competição).

Em sua primeira passagem pelo Papão, Raimundinho ficou no clube até o começo de 1984, antes de ser comprado ao futebol do Equador: jogou, por um salário de U$ 800 e U$ 4mil de luvas, no Barcelona Sporting Club, do então Presidente Isidro Romero Carbo, que dá nome ao estádio dos chamados Canários, como é conhecido o Barça equatoriano, time de maior torcida daquele país. Quem o levou foi o empresário Pedro Nascimento, por indicação do gaúcho Laerte Doria, ex-treinador do Sampaio Corrêa do início dos anos 80, época em que os rubro-negros venciam os bolivianos em praticamente todo jogo. Na capital equatoriana, ao passo em que Raimundinho era amado e idolatrado pela torcida (fez 12 gols na temporada de 1984), o mesmo não podia ser dito pela diretoria. Pela sua pouca idade e inexperiência de vida, o jogador enfrentou alguns problemas extra-campo, como bebida e noitadas, algo comum a muitos jogadores novos e sem juízo. Porém, sempre profissional, dentro de campo o meia arrebentava, o que aumentava o seu nome dentro do futebol daquele país. Isidro Romero, também Presidente da Industrial Mulineira, patrocinadora do Barcelona, era uma espécie de tutor de Raimundinho Lopes: ia aos treinos para avaliar o desempenho do maranhense e sempre o ajudava com algum tipo de ensino de fundamento base no futebol. Contudo, a indisciplina fora dos gramados motivou outros dirigentes do clube, liderados por Otávio Hernandez, a formalizar um dossiê sobre a vida particular do atleta. A cada questionamento dos dirigentes, Raimundinho apenas confirmava sobre as suas noitadas. Sua honestidade em assumir os erros motivou os dirigentes a dar-lhe crédito, sob as palavras do Presidente Carbo: “Eu já te admirava muito como jogador, anda mais agora como pessoa! Se você cumprir com seus compromissos, terá o melhor presidente; caso contrário, terá o pior!”.

Após uma noitada em uma boate, na companhia de alguns atletas equatorianos (J. J. Vegas, Gabriel Canto “Pajarito”) e maranhenses (Paulo César, ex-Moto Club, Newton, ponta-direita do Filanbanco, Osni, ex-MAC e atuando pelo 9 de Octubre, Luis Cláudio, ex-Botafogo-RJ) e dirigentes do Filanbanco, Raimundinho e companhia foram vistos por torcedores do Barcelona (some-se a isso o fato de o Barcelona ter ficado em quarto lugar no Campeonato do Equador e fora da Taça Libertadores). Alguns atletas ficaram na boate (inclusive na companhia de mulheres) e Raimundinho decidiu ir para casa. No dia seguinte, o grupo nem chegou a treinar e foi orientado a seguir para uma reunião com todo o elenco do clube ali perto: o médico do Barcelona, que estava no grupo da noitada, havia se envolvido em uma confusão e acusado todos, incluindo Raimundinho, de participação no ocorrido. Acusado injustamente, Raimundinho ficou encostado durante seis meses, apenas treinando. A diretoria, inclusive, rejeitou uma boa proposta do Santa Fé da Colômbia (cerca de US 50 mil), mantendo o jogador afastado. Para o seu lugar, a diretoria contratou dois grandes jogadores: Jair Gonçalves Prates, ex-Peñarol, Inter-RS e Seleção Brasileira, e Adílio, ídolo do Flamengo e que em fins de carreira atuou pelo Bacabal. Infelizmente os dois não conseguiram repetir o futebol de Raimundinho, que acabou reintegrado ao elenco em 1986, após uma breve passagem pelo Moto Club no segundo semestre de 1985. Sem Raimundinho, o Barcelona foi campeão da temporada de 1985 (após o tricampeonato do seu rival, o El Nacional) com o treinador Luis Santibañez, quando Isidro deixou o clube, assumindo Galo Rogério. Naquela época eram permitidos três jogadores com contrato de um ano e mais alguns para disputar somente a Libertadores. Para a temporada de 1986, Galo queria que Raimundinho e Luis Cláudio, por serem mais baratos, ficassem no clube. O treinador exigiu a permanência dos estrangeiros Alfredo de los Santos (uruguaio) e Toninho Vieira (ex-Santos) e Severino Vasconcelos (brasileiros), campeões em 1985. Santibañez, por perseguição, praticamente decretou a saída de Raimundinho do Barcelona...

Como não conseguiu a renovação, o craque acabou emprestado, por U$ 30 mil, ao Audaz Octubrino, da cidade de Machala, também do Equador. Ao lado do uruguaio Waldemar Victorino, Raimundinho Lopes era um dos mais caros do elenco. Como o Presidente não cumpriu com as metas contratuais (salários), o craque retornou a São Luis após uma fracassada tentativa de se firmar em algum clube do Uruguai (naquele tempo o futebol uruguaio atravessa um momento de crise e reformulação após a pífia campanha da seleção local na Copa do Mundo de 1986 e Raimundinho sequer foi aproveitado na equipe do Peñarol). Na capital maranhense, já em 1987, o jogador conversou diretamente com o Presidente Pedro Vasconcelos, do Sampaio Corrêa, que foi até o Equador e conseguiu a sua liberação por U$ 10 mil, após um contrato inicial de três meses no clube maranhense, no final de 86. Após um problema inicial por conta de liberação, Raimundinho, decidido a não mais voltar ao Equador, pressionou a diretoria do Barcelona. Enfim o craque pertencia em definitivo ao Sampaio Corrêa.

No Tricolor, Raimundinho foi tricampeão (1986/87/88). Ainda teve uma breve passagem por Sport (1987) e Náutico (1988) antes de transferir-se em 1989 para o futebol da Bélgica (atuou por um clube da Terceira Divisão daquele país), por intermédio do empresário argentino José Rubilota, um dos grandes nomes que iniciaram a abertura do futebol maranhense ao exterior, sobretudo para a Bélgica (Luís Aírton Barroso Oliveira, o Oliverrá, começou jogando pelo Tupan e foi parar na Europa por intermédio do médico e ex-presidente Cassas de Lima e por José Rubilota). O craque passou três anos e meio naquele país, onde não encontrou nenhuma dificuldade para adaptação. Pelo contrário, o meia sempre superou as adversidades com muita dedicação e profissionalismo – Raimundinho fala fluentemente espanhol e francês por conta da sua estadia pelo exterior. 

Em 1993, após um tempo longe dos gramados, Raimundinho retornou ao Maranhão, onde foi levar Luis Carlos Guerreiro, ex-MAC, para o futebol da Tunísia e também para atuar naquele país. Após algumas contusões, o jogador voltou a São Luis e a baixa dentro dos gramados passou a ser uma constante em seu já próximo final de carreira. Porém, Raimundinho passou a descobrir talentos dos gramados e levá-los para o futebol da Tunísia, como uma espécie de representante. Em 1996, o Moto Club estava em disputa no Campeonato Brasileiro e o treinador Tata o convenceu a retornar aos gramados. Porém, o jogador não conseguiu espaço no elenco, onde o meia da equipe era o craque Abílio Rivelino, genro de Tata. As constantes presenças no banco de reservas e a desleal concorrência com um atleta em plena forma fizeram o meia abandonar novamente o futebol profissional após a histórica classificação dentro de Recife diante do Santa Cruz. Em 1998, na tentativa de ajudar o seu clube de coração, mais uma vez o craque voltou atrás na aposentadoria e vestiu a camisa do Papão do Norte, após um ano parado. Com problemas com o então Presidente do clube naquele ano, Raimundinho foi mandado embora, juntamente com o treinador Meinha, após uma derrota contra o Bacabal, pelo Campeonato Maranhense. Encerrava-se ali, definitivamente, a sua gloriosa e vitoriosa história dentro dos gramados. 

Raimundinho passou a trabalhar como intermediador de jogadores, sobretudo aqueles que iam atuar fora do Brasil, e como treinador (já teve experiência como técnico até na África, na Europa e Tunísia). Participou, no início da década de 1990, do primeiro jogo dos chamados Marabelgas, os maranhenses que atuavam pelo futebol da Bélgica, contra um combinado em São Luis. Em 2001, a sua primeira experiência como treinador de um clube local, o Boa Vontade do Presidente Manoel, ex-Tesoureiro da FMF. O BV, na época, era considerado a equipe mais indisciplinada e sem nenhum tipo de estrutura. Após mostrar à diretoria e aos atletas a sua filosofia de trabalho, em pouco tempo a equipe passou a ter o futebol mais bonito e disciplinado da competição. Isso chamou a atenção dos grandes e logo em seguida passou a treinar o seu clube do coração, o Moto, levando o Papão ao título de bicampeão. O ex-ídolo do rubro-negro ainda teve experiência como treinador do Sampaio Corrêa, Maranhão, Juventude de Caxias, 4 de Julho (PI) e River (PI). Em 2011, em sua passagem pelo São José de Ribamar, protagonizou uma cena inusitada ao afirmar que “poucos times do mundo jogam como o São José”, após o empate sem gols contra o Sampaio Corrêa. O treinador foi incompreendido, talvez pelo fato de a equipe atravessar grande dificuldade na Copa União daquele ano. A sua bagagem de quase 25 anos pelos gramados talvez tenha sido mais do que suficientes para empregar um estilo próprio como um dos grandes conhecedores de futebol do nosso Estado. Raimundinho foi, simplesmente, um dos discípulos do irretocável Marçal Tolentino Serra. Agora deu pra entender o porquê da ousadia na frase... 

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Moto Club 1x0 Catuense/BA - Campeonato Brasileiro Série B 1990

Realizando uma grande exibição, o Moto Clube derrotou novamente a Catuense por 1 a 0, desta vez ontem, no Nhozinho Santos, com gol marcado por intermédio de Juari, aos 43 minutos do primeiro tempo. O resultado reabilita totalmente o Papão e deixa o campeão maranhense em grandes condições de brigar pela classificação para a terceira fase do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão.

Com a vitória rubro-negra, os quatro integrantes do grupo G ficaram embolados com 4 pontos ganhos, faltando duas rodadas para o final da fase. O Moto joga, quarta-feira, em São Paulo, contra o Juventus, e domingo, em São Luís, decidindo a sua sorte contra o Ceará, que por sua vez recebe a Catuense na quarta-feira. O outro jogo de domingo será em Alagoinhas, entre Catuense e Juventus.

Na partida de ontem, o Moto fez a sua melhor apresentação em São Luís e teve chance até de ganhar com uma maior margem de gols. Várias oportunidades foram desperdiçadas pelo ataque maranhense.

O JOGO - Fazendo a sua melhor partida em São Luís, principalmente no segundo tempo, o Moto Clube venceu a Catuense por 1 a 0, resultado que embola o grupo G do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão e deixa o representante maranhense com excelentes possibilidades de conseguir a classificação para a terceira fase.

Foi, sem dúvida, a melhor apresentação rubro-negra no Estádio Nhozinho Santos, tanto que até a torcida maranhense, que geralmente é fria, ontem vibrou intensamente com o time, que por pouco não marcou uma vitória mais folgada frente ao representante baiano.

No primeiro tempo, o Moto deu logo sinais de que a fraca atuação do jogo passado, na derrota para o Juventus, não iria se repetir, embora a Catuense tenha equilibrado as ações ao tentar parar a força ofensiva do Papão com uma forte marcação, a partir do meio de campo, dando a impressão de que tinha vindo em busca do empate.

O gol que garantiu a vitória do nosso campeão aconteceu aos 43 minutos, feito por Zé Roberto, que ganhou uma disputa de bola com o goleiro Vanderlei, depois de um cruzamento de Messias. Zé Roberto limpou o lance e passou ao ponta Márcio, que cruzou pelo alto para encontrar Juari no segundo pau, livre de marcação. Juari só teve o trabalho de se abaixar para golpear de cabeça e fazer vibrar a galera timbira.

Na segunda fase, a Catuense voltou para correr atrás do prejuízo. Tentou o gol de empate e até jogou uma bola na trave numa cobrança de falta de Ademir Lobo, aos 25 minutos.

Esse foi o único susto que o Moto levou, porque daí para a frente só deu Papão. Foram desperdiçadas muitas oportunidades cristalinas. Pedrinho (duas vezes), Zé Filho, Paulinho Pereira e Ademilton tiveram grandes chances de aumentar o marcador. A cada gol perdido, a torcida maranhense ia ao delírio, satisfeita com a grande atuação do seu time, apagando definitivamente a má impressão deixada na partida frente ao Juventus.

O técnico José Dutra ainda fez duas alterações no time do Moto. Aos 35 minutos, tirou Juari, que já estava cansado, e colocou Zé Filho, que voltou a ter grande participação na partida. Depois, aos 42 minutos do segundo tempo, apenas para ganhar tempo, tirou Zé Roberto e colocou em campo o zagueiro Moacir.

A Catuense até tentou modificar o panorama. O técnico baiano colocou Douglas no lugar de Ademir Lobo e Glêbio no posto de Mirandinha. Pela boa atuação do Moto, as modificações não surtiram efeito.

O principal destaque da partida, pelo time do Moto, foi o zagueiro Nenê, que novamente se apresentou como um gigante na defesa maranhense, jogando com raça e muita disposição. Nenê jogou por ele e por Pedrinho, quando o lateral falhou na marcação sobre o ponta Dito.

Outra grande partida foi a do meia Messias. Foi sua melhor apresentação com a camisa do Papão. O goleiro Alexandre, o ponteiro Márcio e o centroavante Zé Roberto foram outros destaques dentro de um time inteiro que jogou uma excelente partida.

A partida foi dirigida por Masilon da Silva, com os bandeirinhas Odilon Pereira da Silva e Eduardo Cirilo, todos da Federação da Paraíba. O trio teve boa atuação no comando da partida.

O Moto venceu jogando com Alexandre; Paulinho Pereira, Edinho, Nenê e Pedrinho; Alfredo, Ademilton e Messias; Zé Roberto (Moacir), Juari (Zé Filho) e Márcio.

A Catuense perdeu com Vanderlei; Tarantini, Lameu, Moisés e Donizete; Zé Lito, Ademir Lobo (Douglas) e Rivelino; Dito, Mirandinha (Glêbio) e Luís Carlos.


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Caxiense 1x1 Maranhão - Campeonato Maranhense 1990

A Caxiense perdeu a chance de continuar líder do primeiro turno do campeonato ao empatar, em casa, com o Maranhão, na tarde do dia 06 de maio de 1990, em 1 a 1, no Estádio Duque de Caxias.

A equipe local começou a partida dando a impressão de que iria conseguir uma vitória fácil, mas o Maranhão logo equilibrou as ações e mostrou que não foi a Caxias apenas para cumprir tabela.

O Maranhão surpreendeu e marcou 1 a 0, aos 16 minutos, através de Elzo, aproveitando uma bola rebatida na defesa na cobrança de um escanteio.

Depois do gol, o Maranhão passou a administrar a vantagem, enquanto que a Caxiense, surpreendida, não conseguia se reencontrar.

Só na etapa final é que a Caxiense voltou mais disposta e conseguiu o gol de empate, aos 13 minutos, por intermédio de Marco Antônio, num bonito chute da entrada da área.

O resultado de 1 a 1, ao final dos noventa minutos, foi justo pelo que apresentaram os dois times dentro de campo, embora tenha acontecido um lance em que Joãozinho Néri meteu a bola para o fundo do barbante, com o árbitro Raimundo Lima invalidando, marcando jogo perigoso, para reclamação de todo o time caxiense.

Raimundo Lima, na direção da partida, foi auxiliado por Valter Nascimento e Paulo Afonso. A arrecadação em Caxias foi a melhor verificada até agora naquela cidade. Somou Cr$ 154.1540,00 para 1.890 torcedores.

A Caxiense atuou com Zé Ricardo; Serginho (Nascimento), Uberaba, Eduardo e Newton; Gilmar, Deca e Vander; Joãozinho, César (Edilson) e Marco Antônio. O Maranhão jogou com João Batista; Reginaldo, Wellington, Renato e Neto Martins; Batista (Neto Costa), Elzo e Chita; Newtinho, Cláudio e Chiquinho (Duda).

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Bacabal 0x0 Pinheiro - Campeonato Maranhense 1990

Numa partida nervosa e muito equilibrada, Bacabal e Pinheiro empataram de 0 a 0, na tarde do dia 06 de maio de 1990, no Estádio José Corrêa, em Bacabal.

O resultado não foi bom para o Bacabal, que estava contando com a vitória para continuar na liderança do primeiro turno do campeonato. O empate deixou o BEC a um ponto do Sampaio, com o mesmo número de jogos realizados.

Para o Pinheiro, o empate também não foi bom, apesar de ter sido alcançado fora de casa. O quadro pinheirense fica praticamente fora da briga pelo título, mas a sua campanha, para um time novato, está sendo considerada até surpreendente.

No jogo de ontem, Manoel Galeno esteve na direção.

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Imperatriz 7x0 Tupan - Campeonato Maranhense 1990

No Estádio Frei Epifânio, o Imperatriz venceu fácil o Tupan por 7 a 0, na maior goleada, até agora, no primeiro turno do campeonato maranhense de 1990. Com o triunfo, o Cavalo de Aço passa para 8 pontos ganhos, com dois jogos a menos em relação ao líder Sampaio, que já tem 12 pontos ganhos.

No jogo, disputado no dia 06 de maio de 1990, o Tupan não ofereceu nenhuma resistência. O seu time, cansado da noite viajando em um desconfortável ônibus de carreira (semi leito), entrou em campo apenas para cumprir a tabela e fugir de uma punição rigorosa da Federação, que, inclusive, teve que ajudar no pagamento das despesas de transporte.

Logo aos 10 minutos, Mirabôr fez 1 a 0. Jacozinho, aos 35 minutos, aumentou para 2 a 0. Na segunda fase, mais cansado ainda, o Tupan assistiu à chuva de gols do Imperatriz. Aos 17 minutos, James fez 3 a 0; aos 20 minutos, Jacozinho aumentou para 4 a 0; aos 22 minutos, Mirabôr fez 5 a 0; aos 23 minutos, Alagoano marcou 6 a 0; e aos 28 minutos, Valber fechou a goleada fazendo 7 a 0.

O jogo foi dirigido por Alfredo Filho, com laterais de Jackson da Silveira e José Anselmo.

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Pinheiro 1x1 Sampaio Corrêa - Campeonato Maranhense 1990

Quem for ao Estádio Costa Rodrigues hoje à tarde, além do importante jogo entre Pinheiro x Sampaio, às 16 horas, ainda de quebra se deliciará com a presença da estonteante cantora Gretchen, a rainha do bumbum, que será levada ao estádio pelo apresentador do Maranhão-TV, radialista José Raimundo Rodrigues.

O jogo está sendo aguardado como um dos mais importantes do campeonato. O Pinheiro tentará quebrar a invencibilidade do Sampaio, que, por seu turno, estará defendendo a liderança isolada do campeonato.

Pela importância da partida, a Ceaf não divulgou o nome do árbitro, mas provavelmente o escolhido será o imperatrizense Jackson da Silveira. Também não foram antecipados os nomes dos bandeirinhas.

Há previsão de quebra de recorde de público e de renda na cidade de Pinheiro, principalmente pela presença de um grande número de torcedores do Sampaio que seguiram em caravana para a Princesa da Baixada Maranhense.
Mudado

O time do Sampaio vai mudado, em relação ao jogo passado, quando empatou com o Bacabal por 0 a 0. O centroavante Bacabal, expulso de campo, cumprirá suspensão automática.

Por causa da má apresentação passada, o técnico Ercy Rosa foi dispensado. O fisicultor Sandow Feques dirige a equipe.

Além de Bacabal, outra mexida pode acontecer no meio de campo com a entrada de Vamberto no lugar de Carlinhos, que não jogou bem. O time viajou ontem.

A provável escalação será esta: Flávio, Luís Carlos, Armando, Ivanildo e Izaias; Zé Carlos, Orlando e Carlinhos (Vamberto); Valter, Fuzuê e Lamartine.

O Pinheiro não se abateu pela derrota para o Tocantins, em Imperatriz. O treinador Almir Ramos acredita na ampla reabilitação do time e que não irá ocorrer o que aconteceu no jogo com o Moto. O PAC quer ganhar do tricolor.

O JOGO - ao agredir o ponta Careca, do Pinheiro, o lateral esquerdo Izaias, do Sampaio, além de ter sido expulso de campo, ainda causou a paralisação da partida por quase dez minutos, devido ao grande tumulto que se formou no Estádio Costa Rodrigues, na tarde do dia 29 de abril de 1990, em Pinheiro, pela natural reação de torcedores, dirigentes e companheiros do atingido. O jogo foi válido pelo primeiro turno do campeonato maranhense, terminando com o empate de 1 a 1. Raimundinho, no primeiro tempo, fez 1 a 0 para o Pinheiro e Orlando, no segundo tempo, empatou marcando o gol do Sampaio.

Em São Luís, o Maranhão perdeu para o Imperatriz por 1 a 0, gol de James, no segundo tempo. Em Caxias, a Caxiense venceu o Boa Vontade por 2 a 0. Em Bacabal, o BEC passou pelo Vitória do Mar por 2 a 0. E em Imperatriz, o Tocantins ganhou do Expressinho por 1 a 0. Com esses resultados, Sampaio, BEC e Caxiense passam a dividir a liderança do primeiro turno, agora com 10 pontos ganhos.

Num jogo de final tumultuado, devido à agressão cometida pelo lateral esquerdo Izaias contra o ponteiro direito Careca, Pinheiro e Sampaio Corrêa empataram de 1 a 1, ontem à tarde, no Estádio Costa Rodrigues, na cidade de Pinheiro.

Empolgado e com o apoio maciço da sua torcida, o time de Pinheiro entrou em campo disposto a não perder a partida, aguentando firme a pressão exercida pelo Sampaio nos primeiros movimentos de jogo.

O PAC, depois do sufoco inicial, equilibrou a peleja e teve a sorte de fazer o seu gol aos 14 minutos do primeiro tempo, num chute longo do meia Raimundinho, que resvalou no zagueiro Ivanildo, surpreendendo o goleiro Flávio, que estava mal colocado.

O Sampaio sentiu o gol, caindo de produção. O seu meio de campo errava constantemente os passes e no ataque só o atacante Fuzuê tentava, como sempre, resolver a parada, pois Valter e Lamartine, novamente, não corresponderam.

Mesmo jogando mal e sem nenhuma criatividade, o Sampaio, na fase inicial, ainda meteu uma bola na trave na cobrança de uma falta através de Izaias.

O Pinheiro, por sua vez, tentava administrar a vantagem de 1 a 0, exercendo uma forte marcação no meio de campo e chegando junto na defesa, onde foram escalados três zagueiros de área para dificultar a vida do ataque boliviano.

Com o triunfo parcial pinheirense, terminou o primeiro tempo.

Para a etapa final, o Sampaio voltou com Vamberto no lugar de Valter, numa tentativa da comissão técnica, a cargo de Sandow Feques e Meinha, de melhorar a coordenação no setor de meio de campo.

A alteração melhorou um pouco no meio de campo, mas o ataque perdeu mais ainda o poder de fogo, facilitando o trabalho da zaga adversária. Ainda assim, Fuzuê perdeu grande chance novamente, carimbando a trave do goleiro Nenê, que se constituía na grande figura do jogo.

O Sampaio não acertava, embora pressionasse, e o Pinheiro foi se empolgando, jogando na base dos contra-ataques, até que o técnico Almir Ramos, inexplicavelmente, resolveu tirar o zagueiro Miranda para colocar em campo o atacante Pafuca.

A alteração abriu a defesa do Pinheiro e o Sampaio empatou o jogo aos 31 minutos por intermédio de Orlando, num lance muito contestado pelos pinheirenses, que alegaram impedimento e até toque do jogador boliviano. As reclamações interromperam a partida por sete minutos, mas o árbitro Jackson da Silveira, apesar de bastante pressionado, confirmou o gol.

Nova paralisação, cinco minutos depois, voltou a acontecer. Foi quando o lateral esquerdo Izaias, do Sampaio, agrediu o ponteiro Careca, do Pinheiro, com um soco, provocando a ira dos torcedores pinheirenses, do restante do time e de alguns dirigentes. Foi um drama para que Izaias saísse de campo, forçando o policiamento a abrir luta contra alguns integrantes da galera local. Izaias foi expulso de campo e ainda levou uns petelecos dos pinheirenses.

O jogo também estava ameaçado de não terminar por falta de bola. Ficou parado por três minutos e só acabou por causa da advertência feita pelos dirigentes da FMD de que o Pinheiro poderia perder os pontos se a torcida não devolvesse as bolas para o reinício do espetáculo.

O tumultuado jogo foi dirigido por Jackson da Silveira, com laterais de Verandy Fontes e Marcelo Filho. A renda não foi fornecida, mas a previsão é de quebra de recorde pelo fato do Estádio Costa Rodrigues ter apanhado um público numeroso.

O Pinheiro jogou com Nenê, Miranda, Mozaniel, Oliveira, Palmenas e Charles; Careca, Raimundinho e Topó; Valbinho (Tadeu Buiuna) e Pachêco. O Sampaio atuou com Flávio; Luís Carlos, Armando, Ivanildo e Izaias; Zé Carlos, Orlando e Carlinhos (Marcos Esteves); Valter (Vamberto), Fuzuê e Lamartine.

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Moto Club 1x0 Imperatriz - Campeonato Maranhense 1990

Superando as deficiências técnicas com uma rara disposição, o time do Moto ganhou do Imperatriz por 1 a 0, na noite do dia 16 de maio de 1990, no Estádio Nhozinho Santos, e assumiu a liderança isolada do primeiro turno do campeonato, agora com 13 pontos ganhos.

O único gol da partida foi marcado aos 11 minutos do segundo tempo, através de Chita, que já havia metido uma bola na trave imperatrizense no período inicial.

Foi justa a vitória rubro-negra, pois o Imperatriz, apesar de ter exigido com uma marcação forte, não chegou a ameaçar a vantagem motense, a não ser no final do primeiro tempo, quando o goleiro Ica falhou, largando uma bola na pequena área e criando uma situação de muito perigo para o Papão.

No segundo tempo, depois de fazer o gol, o Moto teve ainda uma outra grande oportunidade para ampliar o placar quando Messias foi lançado entre os beques e chutou para fora, cara a cara com o goleiro.

A partida foi dirigida por Renato Rodrigues, que reapareceu no apito. Manoel Galeno e Braga Neto foram os bandeirinhas.

A renda somou a quantia de Cr$ 265.100,00 para 2.494 pagantes.

O Moto venceu com Ica; Paulinho Pereira, Edinho, Moacir e Pedrinho; Alfredo, Messias e Marcos Piauí; Chita, Zé Roberto (Anderson) e Márcio (Zequinha). O Imperatriz perdeu com João Carlos; Tim Maia, Marcelo, Duílio e Djalma; Ari, Valber (Carioca) e James; Jacozinho, Mirabor e Alagoano (Paulo César).

A FMD, ontem à noite, anunciou o adiamento do jogo Sampaio x Tupan, em virtude da greve dos motoristas.

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sábado, 28 de junho de 2025

Sampaio Corrêa 2x1 Tocantins - Campeonato Maranhense 1985

Com dois jogos a menos, a vitória do Sampaio por 2 a 1 sobre o Tocantins colocou o time tricolor bem perto do Maranhão e do Moto Clube, que, na contagem geral, são os dois melhores do Campeonato de 1985.

O "Mais Querido" já se encontra a apenas um ponto dos dois adversários. A dupla "Maremoto" soma 19, e o Sampaio alcançou o seu 18º ponto positivo, incluindo todas as fases.

Em número de vitórias, o Sampaio ficou igual ao Moto, com sete vitórias, e está a apenas uma vitória do Maranhão, que tem oito, e por isso tem a melhor campanha de todos os concorrentes.

Nos saldos de gols, que é outro ponto importante, o tricolor ultrapassou o Maranhão e ficou perto do Moto, embora tenha feito o mesmo número de gols dos rubro-negros. O Moto tem 10 gols de saldo, o Sampaio 9 e o Maranhão 8.

Com os dois gols que fez no domingo, Renato, do Sampaio, aumentou a sua diferença na artilharia em relação aos seus principais perseguidores, que são Bacabal, do Maranhão, e Zé Roberto, do Moto.

Renato aumentou a sua marca para 11 gols, enquanto Bacabal permanece com 8 e Zé Roberto com 7. É bom frisar que o artilheiro sampaíno começou a jogar no campeonato somente na última partida da primeira fase do 1º turno, pela desclassificação boliviana, o que faz aumentar os seus méritos.

O JOGO - na difícil vitória do Sampaio, no domingo, 30 de novembro de 1985, sobre o Tocantins por 2x1, dois fatos contrariaram a expectativa. Primeiro foi a renda, que não chegou a Cr$ 20 milhões, e segundo foi a estreia dos novos jogadores tricolores, que não chegaram a impressionar a torcida.

A renda esperada pelos dirigentes era na base de Cr$ 50 milhões, com base em promessa dos próprios torcedores, que passaram a semana inteira prometendo ultrapassar, só nessa partida, toda a arrecadação do quadrangular decisivo do 2º turno, que não contou com a presença boliviana.

Os dirigentes e os próprios líderes de torcida atribuíram a não confirmação da renda esperada aos festejos de São José de Ribamar e ao início da festa da Juçara, que levaram muita gente a Ribamar e Maracanã, respectivamente.

Todavia, em relação às rendas do próprio quadrangular, que ficaram com média de pouco mais de Cr$ 5 milhões, os sampaínos acharam que os mais de Cr$ 19 milhões de domingo já dão uma demonstração da força da galera "Mais Querida".

Quanto à apresentação dos novos jogadores, a torcida saiu frustrada porque esperava muito mais do time e dos reforços, que fizeram o primeiro jogo. Segundo os torcedores, nenhum deles chegou a impressionar, e até foram feitos coros pedindo a volta dos antigos jogadores.

A vitória sobre o Tocantins foi das mais difíceis, devido à fraca apresentação do time durante os 90 minutos, e só foi conseguida graças ao faro de gol do artilheiro Renato que, em duas finalizações, de forma oportunista, matou o time imperatrizense.

O primeiro gol da peleja aconteceu aos 46 minutos do 1º tempo, na fase dos acréscimos. A bola foi lançada em direção à área do Tocantins e a defesa falhou clamorosamente para Renato se aproveitar e fazer. O lance suscitou dúvida e até gerou muita reclamação dos tocantinos, mas, na realidade, não houve o impedimento pedido.

O que aconteceu foi que a defesa falhou e até parou na jogada. Renato, vindo de trás, não cochilou e só fez desviar a bola para o fundo da rede.

No 2º tempo, o Sampaio sofreu pressão logo nos primeiros minutos, mas, novamente, Renato mostrou por que é o principal artilheiro. Da entrada da área, chutou para vencer o arqueiro Assis, aos 10 minutos, fazendo 2x0.

Esse gol parecia que iria tranquilizar o tricolor, mas o Tocantins reagiu em cima da hora. Diminuiu o marcador aos 13 minutos, num chute do atacante Hulk, que ainda bateu na trave antes de vencer o goleiro Geordano.

O treinador Paraíba, depois do gol do Tocantins, sentindo que o Sampaio perdia terreno, tratou de garantir o resultado, reforçando a meia-cancha com a entrada de Meinha para ajudar no combate.

O Tocantins continuou atacando perigosamente, mas o Sampaio soube garantir a difícil vitória de 2x1, o que coloca o seu time na liderança do 3º turno, logo na largada.

O Sampaio jogou com Geordano; Nestor, Geraldo, Eduardo e Humberto; Zé Carlos, Mateus e Edésio; Beato, Serginho (Meinha), Renato e Gil Lima. O Tocantins com Assis; Serginho, Tonhão, Ari e Bispo; James, Justino e Rui; Roosevelt, Gabriel, Hulk e Miron (Serginho II).

Josenil Souza dirigiu a contenda, com laterais de Manoel Mendes e Braga Neto.

A redução das bilheterias e portões do Estádio do Complexo Esportivo vem causando problemas aos torcedores em alguns jogos, como o de domingo. Os torcedores são obrigados a fazer filas, tanto para comprar os ingressos como para entrar no estádio. Domingo, a fila para entrar no setor 1 era grande e muitos só conseguiram entrar com 15 minutos de jogo.


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Sampaio Corrêa 2x0 Moto Club - Campeonato Maranhense 1990

Como era esperado pela torcida, o Sampaio confirmou o seu favoritismo ao vencer o Moto por 2 a 0 na tarde do dia 16 de dezembro de 1990, no Castelão, pelo 3º turno do Campeonato Maranhense, com gols de Orlando e Fuzuê no segundo tempo.

Mesmo com a vitória e a diferença de sete pontos sobre o próprio Moto, o Sampaio não teve condição de comemorar o título de campeão maranhense, pois faltam quatro jogos para o rubro-negro, que ainda tem condições matemáticas de vencer o turno e provocar uma melhor de cinco pontos com o tricolor para a decisão do campeonato.

A partir de hoje, os jogadores estão de férias e só voltam a jogar depois do dia 15 de janeiro do próximo ano. A FMD não terá como marcar os jogos do Moto contra Caxiense, Imperatriz e Bacabal, pois esses times vão ser desfeitos neste final de temporada.

Pelo rumo dos acontecimentos, o ano de 1990 tende a ficar sem campeão maranhense, mesmo a entidade tendo prorrogado os jogos até o último dia de atividades profissionais.

O JOGO - Confirmando o seu amplo e total favoritismo, o Sampaio Corrêa não teve o menor trabalho para derrotar o Moto Clube por 2x0 no último jogo do ano da temporada de 1990, disputado na tarde-noite do a 16 de dezembro, no Castelão.

Com a vitória, o Sampaio fica mais próximo ainda da conquista do título de campeão, mas a sua torcida, infelizmente, saiu um tanto quanto frustrada do estádio, sem poder comemorar mais um campeonato.

No jogo de ontem, o Moto entrou em campo apenas para se defender e não perder de muito. Com um time cansado, desgastado e sensivelmente desfalcado, o Papão não teve muitas aspirações.

A vitória sampaína era apenas uma questão de tempo. Embora o primeiro tempo tenha terminado com o placar em branco, ninguém tinha dúvida de que o Sampaio ganharia o jogo até com relativa facilidade.

O gol só não saiu no primeiro tempo devido à falta de maior aplicação do time boliviano. O domínio tricolor foi absoluto, com uma grande atuação do meia Orlando, seu principal destaque nos noventa minutos.

No primeiro tempo, o Sampaio jogou os 45 minutos no campo motense, já que raramente os rubro-negros se aventuravam a atacar. No Papão, somente Juari e Messias procuravam levar o time para frente, sem sucesso.

Estava desenhada a vitória boliviana. O time voltou para a fase final de forma arrasadora. Logo aos 5 minutos, Bacabal e Fuzuê perderam grande chance.

Aos 13 minutos saiu, enfim, o primeiro gol. Foi marcado por Orlando numa jogada que começou com o centroavante Bacabal. O atacante ganhou de Hélio e Chiquinho e rolou a bola, na área, para Fuzuê, que, de calcanhar, passou na bandeja para Orlando, que vinha na corrida e só teve o trabalho de chutar rasteiro para o fundo do barbante.

Apesar de abatido, o Moto teve a chance do empate aos 16 minutos, numa sensacional arrancada de Juari, que driblou três adversários e serviu na medida, na área, para Messias marcar. Só que o meio-campista, cansado, ao driblar o goleiro Flávio, ficou sem pernas para o arremate, permitindo a recuperação do próprio goleiro. Foi essa a única jogada perigosa do time motense em toda a partida.

O técnico José Dutra, do Moto, que já havia errado na escalação de Merica na ponta-direita, expondo o Moto a um superado 4-3-3, piorou mais ainda o time ao trocar Messias por Ronaldo. Mesmo cansado, Messias não deveria ter saído, principalmente para a entrada de Ronaldo, o pior jogador da temporada. Na substituição de Adenilton, o técnico acertou, pois colocou Zé Filho em seu lugar.

Enquanto Dutra, no Moto, errava, Meinha, no Sampaio, na expectativa de colocar sangue novo no meio de campo, tirou Caio, que já estava cansado, e colocou Oliveira. O Sampaio subiu de produção.

1 a 0, realmente, era pouco, e o Sampaio queria e fazia por merecer mais. Aos 45 minutos, Fuzuê, de forma espetacular, fez 2x0. A jogada, novamente, foi de Bacabal, que cruzou da direita para a esquerda. A bola, lançada pelo alto, nem caiu, com Fuzuê pegando de primeira e mandando para o fundo da rede de Alexandre.

O jogo foi dirigido por Marcelo Filho, árbitro da nova geração de apitadores da FMD. Marcelo, que já foi escolhido como a principal revelação do ano, teve uma excelente atuação. Os bandeirinhas Verandy Fontes e Marcelo Barbosa também trabalharam bem.



FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 2x0 Moto Club
Local:
Estádio Castelão    
Renda: não divulgada
Público: 3.615 pagantes
Juiz: Marcelo Filho
Bandeirinhas: Verandy Fontes e Marcelo Barbosa 
Gols: Orlando aos 13 e Fuzuê aos 45 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Flávio; Luís Carlos, Armando, Paulo César e Carlão; Zé Carlos, Orlando e Caio (Oliveira); Ismael, Bacabal (Valério) e Lamartine. Técnico: Meinha
Moto Club: Alexandre; Paulinho Pereira, Moacir, Hélio e Chiquinho; Alfredo, Adenilton (Zé Filho) e Messias (Ronaldo); Merica, Juari e Márcio. Técnico: José Dutra

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Moto Club 1x1 Juventude/RS - Campeonato Brasileiro Série B 1990

O Moto Clube despediu-se da terceira fase do campeonato empatando por 1x1, dia 09 de dezembro de 1990. no Nhozinho Santos, com o Juventude de Caxias do Sul/RS.

O time rubro-negro fez a sua melhor partida na fase, mas não conseguiu ganhar devido ao fato do zagueiro Edinho ter desperdiçado dois pênaltis, chutando para a defesa do goleiro Beto, o que irritou a torcida.

Zé Roberto, no primeiro tempo, fez 1x0 para o Moto, enquanto Gilmar, de longa distância, numa nova falha clamorosa do goleiro Alexandre, empatou o jogo.

O JOGO - fazendo, sem dúvida, a sua melhor partida na terceira fase do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, o Moto Clube só empatou por 1x1 com o Juventude de Caxias do Sul, no Nhozinho Santos, mas teve condição de ganhar até folgadamente pelo melhor futebol apresentado.

A vitória rubro-negra não saiu porque o zagueiro Edinho perdeu duas penalidades máximas e o goleiro Alexandre, mais uma vez, falhou clamorosamente no gol do empate do quadro gaúcho.

Ninguém entendeu por que o teimoso José Dutra insistiu na escalação de Alexandre, deixando Ica no banco, como também a torcida não aceitou o fato de Edinho ser escalado para bater pênalti, depois de ter perdido um penal contra o Sport Recife, na semana passada. A teimosia ficou mais evidente ainda quando Edinho voltou a ser encarregado de bater o segundo pênalti na mesma partida, e o terceiro que acabou perdendo.

A teimosia do treinador José Dutra foi atribuída como uma declaração de que não deseja mais permanecer no comando do time do Moto e como uma forma de ser mandado embora para abocanhar a multa pela rescisão do seu contrato.

No jogo de ontem, o Moto começou tocando a bola, como nas suas grandes atuações da primeira e segunda fases, envolvendo completamente o Juventude, que se limitava a procurar bloquear a entrada da área com uma forte marcação no setor de meio-campo.

O gol motense, todavia, demorou a sair porque os seus atacantes custaram bastante a perceber que a defesa do Juventude estava marcando na chamada linha burra, o que fazia com que acontecessem impedimentos constantes, pois o meio de campo demorava para lançar e os atacantes se projetavam sempre antes da saída da bola.

O gol aconteceu aos 43 minutos do primeiro tempo, sendo um dos mais bonitos feitos pelo Moto no atual certame. A jogada começou com o próprio Zé Roberto, autor do gol. O artilheiro pegou a bola no meio de campo e fez a tabela com Márcio, Juari, Messias e Adenilton até sair o cruzamento de Márcio, que Zé Roberto mandou para o fundo do barbante.

Antes desse gol, aos 33 minutos, Edinho perdeu o primeiro pênalti do jogo. A bola tocou no braço de um dos zagueiros e o juiz cearense Joaquim Gregório dos Santos assinalou. Edinho bateu forte no canto direito para a defesa do goleiro Beto.

O Juventude voltou para o segundo tempo com Mineiro no lugar de Mastrillo. A alteração surtiu efeito, porque o Moto tirou Alfredo, machucado, para a entrada de Moacir na zaga, passando Hélio para o meio de campo.

Nos primeiros minutos, o Juventude mandou no jogo, assustando o último reduto motense. O Moto encontrava muita dificuldade para continuar tocando a bola.

O gol de empate do quadro gaúcho aconteceu aos 10 minutos, marcado por intermédio do lateral-esquerdo Gilmar com um chute de longa distância. O chute saiu cruzado e rasteiro e o goleiro Alexandre falhou clamorosamente.

Depois desse gol, o próprio Gilmar, que já não acreditava no goleiro Alexandre, tentou o segundo gol chutando outra vez de fora da área, mas para a sorte do Moto, a bola bateu no poste esquerdo depois de passar pelo goleiro.

O Moto melhorou a sua produção e conseguiu dominar novamente as ações com a entrada de Merica no lugar de Adenilton, que fez outra partida abaixo da crítica.

Com Merica em campo, o Moto passou a explorar mais as jogadas pela ponta direita, revezando os seus ataques e deixando a defesa do Juventude desorientada.

O Moto passou a criar grandes chances de passar à frente do marcador. Messias e Zé Roberto chegaram a finalizar duas bolas para o fundo do barbante, mas a arbitragem anulou os gols alegando impedimento.

Foi numa jogada de Merica, que recebeu lançamento de Paulinho Pereira, que aconteceu o segundo penal a favor do Moto. Merica cruzou e o zagueiro desviou a trajetória da bola com o braço. Joaquim Gregório, mais uma vez, marcou com precisão. Edinho, que já havia perdido o primeiro penal, voltou a se apresentar para bater o segundo, devidamente autorizado pelo técnico José Dutra. Edinho mudou o seu estilo, ao invés de cobrar forte, como de costume, tentou colocar e permitiu a defesa do goleiro Beto. A bola sobrou novamente para Edinho, que chutou forte sobre o travessão, para desespero da torcida nas arquibancadas e para a irritação de alguns dirigentes nas cadeiras.



FICHA DO JOGO

Moto Club 1x1 Juventude/RS
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 166.800,00
Público: 511 pagantes
Juiz: Joaquim Gregório dos Santos/CE
Moto Club: Alexandre; Paulinho Pereira, Edinho, Hélio e Chiquinho; Alfredo (Moacir), Adenilton (Merica) e Messias; Zé Roberto, Juari e Márcio. 
Juventude/RS: Beto; Baiano, Welton, Amarildo e Gilmar; Candeia, Mastrillo (Mineiro), Nenê, Sandro e Piechetti (Dinho).

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