domingo, 10 de maio de 2015

Faleceu o historiador Manoel Raimundo do Amaral

Faleceu nessa madrugada, 10 de Maio, o historiador Manoel Raimundo do Amaral, ilustre torcedor do Sampaio e conselheiro do clube. Amaral foi uma pessoa que muito contribuiu com o memorial boliviano, doando bolas antigas, como a do título brasileiro de 1972, faixas, flâmulas, recorte de jornais, além de camisas históricas.

Piauiense da cidade de Piripiri, Manoel Raimundo do Amaral chegou ao Maranhão na década de 60, quando passou a adotar a Bolívia Querida em sua vida. Com uma vida inteira ligada ao futebol do nosso Estado, Amaral foi durante muitos anos Presidente e secretário do time tricolor, além de outros cargos pela Federação Maranhense de Futebol. Começou usa carreira de pesquisador aos 26 anos e, através de outros trabalhos, recebeu vários prêmios e comendas, tais como: "Personalidade do Futebol Brasileiro", pela Enciclopédia do Futebol Brasileiro,"Personalidade do Futebol Maranhense", pela Sociedade Esportiva Tupan, "Personalidade Desportiva Maranhense/ACLEM 2000" e "Medalha do Mérito Timbira", como Comendador, pelo Governo do Estado do Maranhão, em 2001.

Amaral também proporcionou um momento histórico nos clássicos Sampaio e Moto. Na década de 1970, o Moto Club alcançou um longo período sem derrotas frente ao Tricolor. Amaral, então, como um ferrenho boliviano que sempre foi, decidiu que só cortaria o cabelo no momento em que a Bolívia Querida quebrasse essa escrita.

O problema foi que nem ele e nem o mais pessimista dos tricolores poderia imaginar um jejum tão longo, que já perdurava por longínquos 26 jogos. Entretanto, no Campeonato Maranhense de 1975, na última partida da competição, realizada sob as vistas de mais de 14 mil motenses e bolivianos apaixonados, o Sampaio venceu o Moto Club por 1 x 0, sagrando-se campeão maranhense.

Contudo, outra marca foi quebrada: após 2 anos e 11 meses de sofrimento (tempo do jejum boliviano), Amaral desceu ao gramado, percorreu a extensão dos travessões de joelho e depois cumpriu a promessa, acabando com os longos cabelos que caíam sobre os ombros. Assim, finalmente o Raimundo do Amaral cortou os cabelos, no final do grande clássico.


2 comentários:

  1. MEU PAI FOI UM GUERREIRO, TRAVOU DURANTES EXATOS 43 DIAS UMA GUERRA PELA VIDA. UM BOM PAI, BOM ESPOSO, BOM FILHO E BOM AMIGO. FOI E SEMPRE SERÁ MEU HERÓI. TE AMO PAI…….

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  2. Amaral Neto, primeiramente meus sentimentos pelo falecimento de seu pai. Sou jornalista de MG especializado em mascotes e vi que seu pai também se interessava por este assunto. Infelizmente não contactei antes. Gostaria de um contato seu para trocar informações. Meu e-mail é jornalista07@yahoo.com.br

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