O Moto Clube despediu-se da terceira fase do campeonato empatando por 1x1, dia 09 de dezembro de 1990. no Nhozinho Santos, com o Juventude de Caxias do Sul/RS.
O time rubro-negro fez a sua melhor partida na fase, mas não conseguiu ganhar devido ao fato do zagueiro Edinho ter desperdiçado dois pênaltis, chutando para a defesa do goleiro Beto, o que irritou a torcida.
Zé Roberto, no primeiro tempo, fez 1x0 para o Moto, enquanto Gilmar, de longa distância, numa nova falha clamorosa do goleiro Alexandre, empatou o jogo.
O JOGO - fazendo, sem dúvida, a sua melhor partida na terceira fase do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, o Moto Clube só empatou por 1x1 com o Juventude de Caxias do Sul, no Nhozinho Santos, mas teve condição de ganhar até folgadamente pelo melhor futebol apresentado.
A vitória rubro-negra não saiu porque o zagueiro Edinho perdeu duas penalidades máximas e o goleiro Alexandre, mais uma vez, falhou clamorosamente no gol do empate do quadro gaúcho.
Ninguém entendeu por que o teimoso José Dutra insistiu na escalação de Alexandre, deixando Ica no banco, como também a torcida não aceitou o fato de Edinho ser escalado para bater pênalti, depois de ter perdido um penal contra o Sport Recife, na semana passada. A teimosia ficou mais evidente ainda quando Edinho voltou a ser encarregado de bater o segundo pênalti na mesma partida, e o terceiro que acabou perdendo.
A teimosia do treinador José Dutra foi atribuída como uma declaração de que não deseja mais permanecer no comando do time do Moto e como uma forma de ser mandado embora para abocanhar a multa pela rescisão do seu contrato.
No jogo de ontem, o Moto começou tocando a bola, como nas suas grandes atuações da primeira e segunda fases, envolvendo completamente o Juventude, que se limitava a procurar bloquear a entrada da área com uma forte marcação no setor de meio-campo.
O gol motense, todavia, demorou a sair porque os seus atacantes custaram bastante a perceber que a defesa do Juventude estava marcando na chamada linha burra, o que fazia com que acontecessem impedimentos constantes, pois o meio de campo demorava para lançar e os atacantes se projetavam sempre antes da saída da bola.
O gol aconteceu aos 43 minutos do primeiro tempo, sendo um dos mais bonitos feitos pelo Moto no atual certame. A jogada começou com o próprio Zé Roberto, autor do gol. O artilheiro pegou a bola no meio de campo e fez a tabela com Márcio, Juari, Messias e Adenilton até sair o cruzamento de Márcio, que Zé Roberto mandou para o fundo do barbante.
Antes desse gol, aos 33 minutos, Edinho perdeu o primeiro pênalti do jogo. A bola tocou no braço de um dos zagueiros e o juiz cearense Joaquim Gregório dos Santos assinalou. Edinho bateu forte no canto direito para a defesa do goleiro Beto.
O Juventude voltou para o segundo tempo com Mineiro no lugar de Mastrillo. A alteração surtiu efeito, porque o Moto tirou Alfredo, machucado, para a entrada de Moacir na zaga, passando Hélio para o meio de campo.
Nos primeiros minutos, o Juventude mandou no jogo, assustando o último reduto motense. O Moto encontrava muita dificuldade para continuar tocando a bola.
O gol de empate do quadro gaúcho aconteceu aos 10 minutos, marcado por intermédio do lateral-esquerdo Gilmar com um chute de longa distância. O chute saiu cruzado e rasteiro e o goleiro Alexandre falhou clamorosamente.
Depois desse gol, o próprio Gilmar, que já não acreditava no goleiro Alexandre, tentou o segundo gol chutando outra vez de fora da área, mas para a sorte do Moto, a bola bateu no poste esquerdo depois de passar pelo goleiro.
O Moto melhorou a sua produção e conseguiu dominar novamente as ações com a entrada de Merica no lugar de Adenilton, que fez outra partida abaixo da crítica.
Com Merica em campo, o Moto passou a explorar mais as jogadas pela ponta direita, revezando os seus ataques e deixando a defesa do Juventude desorientada.
O Moto passou a criar grandes chances de passar à frente do marcador. Messias e Zé Roberto chegaram a finalizar duas bolas para o fundo do barbante, mas a arbitragem anulou os gols alegando impedimento.
Foi numa jogada de Merica, que recebeu lançamento de Paulinho Pereira, que aconteceu o segundo penal a favor do Moto. Merica cruzou e o zagueiro desviou a trajetória da bola com o braço. Joaquim Gregório, mais uma vez, marcou com precisão. Edinho, que já havia perdido o primeiro penal, voltou a se apresentar para bater o segundo, devidamente autorizado pelo técnico José Dutra. Edinho mudou o seu estilo, ao invés de cobrar forte, como de costume, tentou colocar e permitiu a defesa do goleiro Beto. A bola sobrou novamente para Edinho, que chutou forte sobre o travessão, para desespero da torcida nas arquibancadas e para a irritação de alguns dirigentes nas cadeiras.
FICHA DO JOGO
Moto Club 1x1 Juventude/RS
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 166.800,00
Público: 511 pagantes
Juiz: Joaquim Gregório dos Santos/CE
Moto Club: Alexandre; Paulinho Pereira, Edinho, Hélio e Chiquinho; Alfredo (Moacir), Adenilton (Merica) e Messias; Zé Roberto, Juari e Márcio.
Juventude/RS: Beto; Baiano, Welton, Amarildo e Gilmar; Candeia, Mastrillo (Mineiro), Nenê, Sandro e Piechetti (Dinho).
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