quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Maranhão 0x0 Nacional/AM - Campeonato Brasileiro 1980

O Maranhão Atlético Clube voltou a desperdiçar gols incríveis na noite do dia 12 de março de 1980, no Estádio Nhozinho Santos, no empate de zero a zero com o Nacional, de Manaus, em jogo válido pelo Grupo D da Taça de Ouro do Campeonato Brasileiro.

O público maranhense teve a oportunidade de verificar pessoalmente a inexplicável falta de sorte do time atleticano na hora das finalizações.

Na peleja de ontem o Maranhão se não fez um primor de apresentação, pelo menos jogou o suficiente para dominar Inteiramente o seu adversário e criar grandes chances de marcar até uma goleada, dado a facilidade como chegava na área nacionalina.

No primeiro tempo, principalmente o quadro maqueano teve o arco amazonense praticamente escancarado em varias jogadas e numa delas cara a cara com o goleiro Beto o atacante Riba atirou na trave esquerda.

No final do segundo tempo da partida de ontem em um só lance Riba e Neco perderam um tento certo chutando e aparecendo ninguém sabe de onde um beque adversário para salvar. No mesmo lance no rebote a bola se ofereceu para Serginho que chutou com o arqueiro salvando milagrosamente em cima da linha, embora muita gente comente que a pelota transpôs linha fatal.

O placar de zero a zero, ontem a noite for mais uma vez injusto para o Maranhão Atlético Clube que continua sem fazer nenhum tento na Copa Brasil deste ano mesmo já tendo cinco jogos.

A equipe maqueana além da grande falta de sorte, voltou a apresentar alguns defeitos, notadamente no setor de ataque onde nem mesmo a volta de Riba resolveu o problema, uma vez que o centro avante jogou muito isolado na frente sem um companheiro para lhe ajudar na luta contra defesa adversaria.

O ponteiro direito Djaro novamente não correspondeu a expectativa e o treinador Jose Santos custou a colocar Neco em seu lugar.




FICHA DO JOGO

Maranhão 0x0 Nacional/AM
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 248.030,00
Público: 5.211 pagantes
Juiz:
Luís Vieira Vilanova/CE
Bandeirinhas: Roberval Castro e Braga Neto
Maranhão: Veludo; Mendes (Célio), Paulo Fraga, Jorge Santos e Antônio Carlos; Juarez, Tataco e Naldo; Dejaro (Neco), Riba e Serginho. Técnico: José Santos
Nacional/AM: Beto; Foguinho, Jouberth, Paulo Ricardo e Ademir; Tovar, Armando (Raul) e Nilson; Pentelaco, Sarará (Dão) e Reis. Técnico: Ernesto Guedes

River/PI 4x1 Sampaio Corrêa - Campeonato Brasileiro 1980

O Sampaio Corrêa sofreu a primeira derrota na Copa Brasil, sendo goleado na noite do dia 12 de março de 1980 em Teresina no Estádio Alberto Silva pelo River Atlético Clube por 4 tentos a 1, fazendo uma partida muito aquém de suas reais possibilidades.

O time tricolor maranhense não se encontrou em momento algum do cotejo, apresentando uma meia cancha cheia de defeitos com a fraca atuação do cearense Zé Ivan, sobrecarregando o trabalho do meia esquerda Marcelo.

O River entrou em campo desde os primeiros minutos, demonstrando muita aplicação, tendo o veterano Cima a sua principal figura, com jogadas sensacionais em cima da defesa boliviana.

No primeiro tempo do jogo, o River virou com a vantagem parcial de 2 a zero, com tentos marcados através o centro avante Edilson aos 20 minutos atirando da entrada da área sem apelação para o goleiro tricolor e por Crésio (contra).

frango dos maiores aos 26 minutos um minuto após ter feito uma defesa sensacional na cobrança de uma penalidade máxima cobrada por Carioca. No segundo gol piauiense, a bola foi cruzada da ponta esquerda pelo lateral Bitonho e o goleiro Crésio tentou tirar de murro, acabando por colocar a pelota contras as suas próprias redes.

Na etapa final, o Sampaio voltou um pouco mais acertado na sua meia cancha, mas não conseguiu diminuir o escore e aos poucos nova- mente o conjunto riverino foi novamente tomando conta das quatro linhas, chegando fácil ao arco tricolor. Edilson aos 9 minutos fez 3 a 0, recebendo extraordinário lançamento de Cima. Cima marcou o quarto tento do River aos 36 minutos, depois de uma boa jogada de Flavio que limpou o lance e passou para o seu companheiro apenas colocar.

O único gol do Sampaio aconteceu aos 40 minutos por intermédio de Jorge Travolta, escorando de cabeça uma cobrança de falta por Tereso.

A renda em Teresina somou a quantia de 396 mil 420 cruzeiros, considerada pequena para o público presente ao Estádio.

O árbitro foi o paraense Manoel Francisco de Oliveira que marcou um pênalti inexistente contra o Sampaio. Bandeirinhas de Artur Brás e Gustavo Maia.

O River venceu com: Duilio Cesar, Caucaia e Bitonho Carioca, Paulo Meinha, Cima e Ubiracy Edmar, Edilson (Flávio) e Edmilson. O Sampaio perdeu com: Crésio Terezo, Jorge Travolta, Jorge Brás e Cabrera Rosclin, Zé Ivan (Emilio) e Marcelo Riba (Valdo), Cabecinha e Glênio.

O meia Marcelo do Sampaio, foi expulso de campo no final do 2º tempo.

Divulgação do meu novo livro no programa "Sala de Entrevistas", da TV UFMA [VÍDEO]

Minha entrevista no programa "Sala de Entrevistas", da TV UFMA (dia 16 de outubro de 2024), divulgando o meu novo livro, "Almanaque do Futebol Maranhense Antigo: Pequenas Histórias".

 

Flamengo/PI 1x3 Sampaio Corrêa - Torneio Nordestão 970

Com um Sol abrasador, uma temperatura de 42 graus, e com sua torcida presente ao Lindolfo Monteiro, Sampaio Correia, alcançou espetacular triunfo diante do Flamengo, na capital Piauiense, no dia 18 de outubro de 1970.

O Triunfo do Sampaio foi recebido pela torcida do Flamengo e, pelos torcedores piauienses, como merecido, pois foi a equipe Sem campo, com um futebol coordenado, bonito, bola de pé em pé.

O espetáculo foi iniciado pelo Arbitro Fernando de Jesus prado, precisamente às 16 horas. O Mediador central tinha como auxiliares, os Srs. Waldimir Silva e Diogo Brasil, da Federação piauiense .

O primeiro tempo de Partida com um futebol igual, com duas equipes procurando deixar o tempo passar, resguardando como era natural, para segunda etapa da partida, pois aquele calor, ninguém aguentaria correr o tempo todo.

Logo nos primeiros minutos de contenda se observava que o Sampaio não se entregaria ao adversário com muita facilidade, pois a bola era corrida calculadamente, errando somente os lançamentos, mas o meio campo cumpria as determinações do técnico não soltando as bolas em profundidades, para evitar que ninguém corresse em demasia. O Flamengo jogava mais procurando o centro da área, pois os extremos quase não eram explorados e com isso a dupla de área Sampaio dominava os mafrenses, principalmente Serjão, um excelente jogador de futebol.

O primeiro a chegar ao arco contraria foi o Flamengo, logo aos 2 minutos de jogo com Sampaio cedendo escanteio e na cobrança Dudinha defendeu bem. O Sampaio somente chegou ao arco adversário aos 6 minutos numa das bolas lançadas para Raimundinho com o parteiro cruzando na área e Berôso defendendo.

Depois de alguns minutos equilibrados, o Sampaio partiu para o Campo adversário e Célio recebeu um lançamento, se livrou dos adversários, invadiu área, e notando a aproximação de Roberto, lhe soltou a bola, e este so teve o trabalho de envia – lá para de  fundo da meta de Beroso, e saia ao seu encontro. Eram decorridos 16 minutos de partida, e o primeiro gol do Sampaio, para o completo delírio de sua torcida.

Depois de alguns minutos procurou  aguentar o placar, mas o Flamengo não estava de brincadeira c e numa das bolas enfiadas na profundidade, Oldacir passou por Dudinha, chocou-se na trave e na recarga, Bota enviou pela linha de fundo.

Mas, como não podia deixar passar o que o bandeirinha Valdimir andou cometendo das suas, deixando passar alguns impedimentos do ataque do Flamengo, e o Francisco Andrade marcando e com isso a torcida não gostaram.

A  primeira etapa que terminou com vitória parcial do Sampaio. O boliviano apresentou alguns lances falhos nesse tempo de jogo,  com os dois laterais e o ponteiro Raimundinho. Waldecir saiu da marcação, devido Pedrinho vir buscar o Jogo ajudando o Lateral Franklin. Romildo, tinha um Gringo inteligente que recuava e com isso deixava um vazio naquele setor para as investidas de Oldacir e Mota, mas, mesmo assim, o Sampaio tinha um centro de área muito bom . Raimundinho não disse Ο que foi fazer em campo no primeiro tempo, encontrando uma marcação segura de Carlinhos e com isso o Sampaio ficava sera pontas, pois Djalma atuava mais pelo meio.

Para a segunda etapa, saiu Pedrinho para a entrada de Júlio que foi deslocado para o meio, passando Oldacir para a ponta. Essa modificação logo no início de joga chegou a render alguma coisa, pois aos 2 minutos de jogo, Mota, aproveitou-se de uma confusão na área para fuzilar o arco de Dudinha estabelecendo o empate.

O Sampaio parece que sentia aquela reação do Flamengo que recebia o incentivo de sua torcida e partia para o ataque, mas jogava errado. O ataque não se estendia, o meio campo lançava mal. O Flamengo partiu para o gol do Sampaio, aproveitando indecisões no campo da área com Zé Preto e Serjão que estavam um pouco confusas. O Flamengo teve ainda um gol anulado pelo Juiz da Partida logo aos 3 minutos do segundo tempo, isto é, um minutos após a marcação do seu gol. Era mais um erro dos bandeiras, desta feita de Diogo Brasil, fazendo vistas grossas num impedimento de Oldacir, mas Fernando de Jesus Andrade bem colocado trilou o seu apito e o jogador continuou e o juiz não teve dúvidas em anular.

A partida continuou em ritmo normal e alguns pontos do Sampaio já apresentavam queda, motivado pelo esgotamento. Célio Costa e Djalma eram os mais atingidos. Raimundinho já atuava melhor e Zé Carlos continuava fazendo o seu grande jogo num sistema de ligação perfeito, pois não tinha marcador e podia ir buscar a bola com grande facilidade.

O Flamengo continuou tentando o seu segundo gol, mas a defesa do Sampaio já atuava melhor e numa bola na área do Tricolor. Dudinha recebeu falta de um atacante flamenguista, com a bola encaminhando-se para fundo da meta. O Juiz da partida em cima do lance assinalou a infração, com a torcida do Flamengo não gostando da marcação.

Marçal procurou consertar o time para o triunfo, colocando Haroldo em campo para a saída de Célio Costa. Com isso, a equipe ganhou maior impetuosidade, partido para a vitória. Haroldo jogando um enormidade, mostrando categoria recebeu lançamento, invadiu a área, um recebeu de tudo, mas conseguiu passar e quando sentiu Raimundinho desmarcado, deu de bico na pelota, com o ponteiro recebendo, dominando fazendo arco de Berôso. Era o segundo gol do Sampaio, e eram decorridos 19 minutos.

Nessa altura, o Sampaio era todo ataque com o Flamengo não aguentando o ritmo de jogo dos maranhenses. Haroldo deslocado pela esquerda, recebeu um lançamento bateu uma defensa do   Flamengo e invadiu a área em grande velocidade, esperou a saída de Berôso e anotou aquele que seria o terceiro gol do Sampaio, tranquilizando a torcida boliviana. Eram decorridos 20 minutos de jogo, com os torcedores do Sampaio presentes ao Lindolfo Monteiro gritando e comemorando a vitória.

A Partida continuou, o Sampaio foi dono absoluto do gramado. Marçal tirou Djalma colocando Toinho. O ataque boliviano ainda perdeu alguns gols com Haroldo desperdiçando boas oportunidades.



FICHA DO JOGO

Flamengo/PI 1x3 Sampaio Corrêa
Local:
Estádio Lindolfo Monteiro (Teresina)
Renda: Cr$ 12.000,00
Público: não divulgado
Juiz: Fernando Jesus Andrade/PA
Bandeirinhas: Waldimir Silva e Diogo Brasil/PI
Gols: Roberto aos 16 minutos do primeiro tempo; Mota aos 2, Raimundinho aos 20 e Harcido aos 19 minutos do segundo tempo
Flamengo/PI: Berôso; (J. Alves) Dias, Carlinhos Matintim e Franklim, Eliezer e Déco Costa; Gringo, Mota, Oldacir e Pedrinho (Júlio).
Sampaio Corrêa: Dudinha; Waldecir, Zé Preto, Serjão e Rondo; Adalberto e Roberto; Djalma (Tainho), Célio Costa (Haroldo) Zé Carlos e Raimundinho.

Maranhão Atlético Clube - Campeão Maranhense 1994 [PÔSTER]


Maranhão 0x0 Sampaio Corrêa - Final do Campeonato Maranhense 1994

O empate de 0 a 0 com o Sampaio, na noite do dia 18 de dezembro de 1994, no Castelão, foi o suficiente para garantir ao Maranhão Atlético Clube o bicampeonato maranhense. O jogo não foi bom, pois o MAC entrou preocupado em administrar a vantagem do empate. O Sampaio, que dominou a fase complementar, não teve forças para vencer e adiar a decisão para uma quarta partida. O árbitro do Samará, Antônio Domingos Macedo expulsou de campo o meia Ica, que ainda tentou agredi-lo. A renda somou a quantia de R$ 4.589,00 para 1.382 pagantes.

Ao final do jogo, a torcida atleticana invadiu o campo para fazer a festa junto com os jogadores, dirigentes e comissão técnica. Esse foi o segundo bicampeonato do MAC e o 11º título conquistado pelo seu time em toda a história. O Sampaio terminou como vice-campeão.

O empate de 0 a 0 com o Sampaio Corrêa, na noite de ontem, no Estádio Castelão, foi o suficiente para conquistar o título de para o Maranhão atlético clube conquistar o título de bicampeão maranhense. O time atleticano entrou em campo para jogar nos erros do adversário e para administrar a vantagem de poder empatar o clássico e fazer a festa do título. Por isso, o jogo não foi dos melhores, já que o Sampaio, embora jogando com muita valentia, não teve forças para furar o bloqueio defensivo dos maqueanos, embora tenha tido uma grande chance, aos 36 minutos, do segundo tempo, quando Piti chutou para fora um presente dado por Oliveira Lima numa cobrança errada de um tiro de meta.

O time atleticano também teve boas oportunidades de fazer, jogando sempre na base dos contra-ataques. Álvaro escapou duas vezes e perdeu o gol. Na primeira, Ronilson fez boa defesa, enquanto que na segunda, já no tempo final, o atacante atleticano atirou para fora.

O Samará de ontem, o terceiro da melhor de quatro pontos, foi o jogo mais fraco dessa decisão. O Maranhão entrou em campo para defender a vantagem do empate, enquanto que o Sampaio nervoso por ter que ganhar a decisão, acabou não fazendo a mesma atuação das partidas anteriores.

Mesmo o jogo não sendo um primor de técnica, pelo fator um decisivo, entretanto, foi uma da catimbada e cheia de muitas faltas, algumas mais violentas, obrigando o árbitro Antônio Domingos Macêdo a se desdobrar para manter foi disciplina do clássico. O juiz forçado a colocar para fora de campo o meia  e ainda tentou agredi-lo, após que levar o cartão vermelho, aos 42 minutos, do período final.

No primeiro tempo, o Maranhão, mesmo jogando na base do contra-ataque e muito preocupa do em garantir o empate, foi melhor e esteve mais perto de mar car. O Sampaio, todavia, voltou para o segundo tempo com Clayton em lugar de Evandro. O time boliviano cresceu de produção. O treinador Izoni Carvalho colocou em campo, também, o atacante Piti no posto de Carlinhos, com intenção de aumentar a força ofensiva da equipe. As alterações empurraram o tricolor para frente, mas o time, apesar de ter tido maior volume de jogo na fase complementar, não chegou ao time reduto atleticano.

O Maranhão, preocupado com o resultado, fez mudança na fase final. Zé Roberto entrou na vaga de Dindô, para puxar contra-ataques, e Marlon teve que sair de campo com suspeita de fratura na perna esquerda danças surtiram efeito positivo era não levar gol.

O bicampeonato do Maranhão teve, além do placar de Danilo no jogo final, outra em relação ao ano que passou Em 93, o MAC contratou o técnico José Dutra dos Santos, que foi campeão dirigindo o time na quatro partidas finais. Este ano o treinador, até a penúltima par tida do segundo turno, era o veterano Zé Carlos, que tinha sido campeão do primeiro turno.

A má performance do time no segundo turno forçou a diretoria do Maranhão a contratar um novo técnico, logo após a de rota de 20 para o Moto, quando o título do returno já estava perdido. O escolhido para substitui Zé Carlos foi o pernambucano Luciano Sabino, que assumiu time e logo na sua estreia goleou o Sampaio por 6 a 1, dando a nítida impressão de que a providência tinha dado certo.

Luciano Sabino, um pernambucano, que já tinha sido campeão pelo Náutico, dirigiu o Maranhão em quatro partidas, todas contra o Sampaio Corrêa, Ganhou duas e empatou duas. Não perdeu nenhuma. Sob seu comando, o MAC fez 7 gols e sofreu apenas 1. Seu saldo positivo é de 2 vitórias e 6 gols.

Junto com Luciano Sabino o Maranhão contratou o zagueiro Lúcio Surubim, que acertou a defesa do time. O jogador foi muito importante no título pela experiência e liderança que impôs dentro de campo.

O ano de 1994 entra para a história do Maranhão Atlético Clube como uma temporada altamente positiva. O time do Parque Valério Monteiro, com a conquista do bicampeonato, no empate de 0 a 0 com o Sampaio, no último domingo, repetiu o que já tinha sido feito pela equipe de juniores do "Glorioso", que, também, tinha conquistado o bicampeonato da categoria, depois de uma expressiva vitória de 5 a 2 sobre o Tupan, no jogo decisivo.

Com o título dos profissionais, o MAC, que ano passado tinha quebrado um jejum de treze anos, também acabou definitivamente com o tabu de não ser campeão em ano ímpar, já que o único campeonato conquistado, dos onze ganhos pelo MAC, em ano com terminação ímpar, foi o bicampeonato de 70.

Por coincidência, o resultado do jogo que deu o bicampeão ao Maranhão, também foi de 0 a 0, o mesmo placar registrado ano passado quando da tumultuada final com o Imperatriz. Em 93, o Maranhão jogando pelo empate, soube administrar a vantagem, mas o jogo foi encerrado faltando dois minutos para o tempo normal, porque o Imperatriz aproveitou a invasão de campo dos torcedores para sair do gramado. O título só foi confirmado com Tribunal de Justiça Desportiva.

Este ano, na final com o Sampaio, o Maranhão soube novamente administrar a vantagem do empate. O placar de 0 a 0 lhe garantiu o importante bicampeonato.

O MAC conquistou a vantagem de jogar pelo empate ao vencer o Sampaio por 1 a 0, gol de Jackson, na última sexta-feira. Na melhor de quatro pontos, o Sampaio entrou podendo empatar quatro partidas e já tinha conseguido empatar a primeira, terça-feira passada, de 0 a 0.

Com a vitória e com o empate do primeiro jogo, o Maranhão tinha 3 pontos ganhos e o Sampaio apenas 1 ponto. Com o empate de domingo que passou, o Maranhão somou 4 pontos ganhos e o Sampaio 2 pontos positivos.

O Maranhão conquistou o bi- campeonato jogando dentro do regulamento, o que é uma demonstração de que o título foi muito mais projetado fora do que dentro de campo. Os méritos são muito mais dos dirigentes do que propriamente do time. Comparando a campanha feita pelo MAC, em relação a Sampaio e Moto, os outros dois grandes, fica muito claro que a diretoria trabalhou em cima das regras do jogo, ou seja, foi para o pódio se utilizando dos atalhos permitidos pelo que o regulamento da competição permitia. No geral, o bicampeão fez uma campanha inferior ao Sampaio, que foi o vice-campeão, e principalmente ao Moto, que, de longe, teve um aproveitamento fantástico, mas ficou apenas em terceiro lugar sem ganhar sequer um dos turnos.

O MAC terminou o campeonato com um total de 23 pontos ganhos em 40 pontos disputados, o que quer dizer que perdeu 17 pontos. Fez 29 gols e sofreu 17, ficando com um saldo positivo de 12 gols. Esses números são inferiores aos conseguidos pelo Sam- paio, que terminou com 24 pontos em 40 pontos disputados (perdeu 16 pontos). Fez 33 gols e sofreu 20, ficando com um saldo de 13. O Sampaio, dessa forma, ganhou 1 ponto a mais que o MAC, no geral, marcou 4 gols a mais que o "Glorioso", sofreu 3 a mais que o rival e terminou com um saldo positivo de 1 gol a mais.

O mais incrível e absurdo, porém, fica por conta da campanha do Moto, que foi apenas e tão-somente o terceiro colocado. O Moto, mesmo com três jogos a menos que o Maranhão e Sampaio, ainda assim, foi o time de melhor campanha, disparadamente. O Moto ganhou 27 dos 34 pontos que disputou. Isso representa 4 pontos a mais que o MAC, que foi o campeão, e 3 pontos a mais que o Sampaio, que foi o vice- campeão. O Moto fez 35 gols e sofreu 13, ficando com um fantástico saldo de 13 gols a favor.

Foram 6 gols a menos que o MAC e7a menos que o Sampaio. Mesmo jogando três partidas a menos, o Moto teve 12 vitórias, três a mais que o Maranhão e três a mais que o Sampaio. O Papão perdeu apenas 2 partidas, justamente as duas que não podia perder (uma para o MAC e outra para o Sampaio, ambas de 4 a 2). Enquanto o Моto perdeu só duas, o Maranhão perdeu 6 e o Sampaio foi derrotado 5 vezes. Mais uma vez, pelo visto, prevaleceu aquela velha frase: no futebol, nem sempre ganha o melhor, mas o que foi mais inteligente.

O Maranhão, na verdade, não tem culpa das disparidades dessa "pérola" que foi o regulamento do campeonato. Ao contrário, o quadro atleticano tem mais é que ser exaltado pelo fato de ter se adequado à letra fria da lei para ganhar o título em cima do que estava escrito, do que estava sendo disputado. Aí, nesse ponto, é que a direção do club trabalhou com os pés no chão Perdeu quando podia perder. Teve frieza para se reforçar e ganha quando precisava vencer para se o campeão, ou melhor, o grande bicampeão. Parabéns aos maqueanos pelo título e, sobretudo pela inteligência.

Dos onze jogadores titulares , que começaram a partida de domingo, oito são maranhenses, o que confirma a tradição de que o Maranhão só ganha título quando tem a maioria de jogadores considerados pratas de casa.

Da formação que entrou em campo, apenas Lúcio Surubim, Álvaro e Dindô não são maranhenses. Os outros oito jogadores nasceram em nosso Estado: Raimundão (Codó), Marcos (de São Luís), Oliveira Lima (da baixada), Carlinhos (de Codó), Reginaldo (de Bacabal, de Anajatuba), Marlon (de São Luís), César (de Pinheiro), Jackson (de Codó). Depois entraram, Zé Roberto, há dez anos radicado em nosso futebol, e Léo, de Pernambuco.

Além dos oito maranhenses utilizados ontem, o MAC contou ao longo do campeonato com Chita, Henrique e Gilson, também, maranhenses, entre outros.

A retomada da política da valorização da prata de casa aconteceu, há dois anos, quando o jovem França Dias assumiu a presidência do clube em lugar de Olímpio Guimarães, que, mais uma vez, renunciou ao comando atleticano. França, apoiado integralmente pelo presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Mendes, que nos últimos anos tem sido o principal responsável pela manutenção do clube, voltou a adotar a política do time caseiro acreditando no sucesso da rapaziada feita em casa.

Nem todos os jogadores titulares do MAC, entretanto, foram feitos no Parque Valério Monteiro, através de suas divisões de base. A maioria veio do interior do Estado, embora tenha sido no Maranhão que ganharam oportunidade e projeção.

A decisão de formar um time caseiro deu certo logo no primeiro ano, porque a base de 92 foi mantida para a conquista do campeonato de 93, o que não ocorria desde 79, quando o Maranhão tinha sido campeão pela última vez.

Quebrado o jejum de treze anos, o Maranhão tomou o gostinho de ser campeão e papou o bi- campeonato em 94 jogando com o regulamento na mão.

O começo foi difícil para o MAC. O time emprestou quase todos os seus campeões para outras equipes brasileiras. Jackson foi para o Mogi-Mirim-SP, César e Marcos para O Paissandu-PA, Carlinhos, Raimundão e Reginaldo para o Foraleza-CE. Esses empréstimos comprometeram a formação do time, pois o que restou para iniciar o campeonato quase coloca o título fora, tanto que na primeira fase do primeiro turno, o Maranhão não passou de um saco-de-pancada não conseguiu ganhar um clássico sequer.

Com o retorno dos emprestados, o MAC recuperou a confiança que estava abalada. Os primeiros a voltar foram Raimundão, Carlinhos e Reginaldo, que o Fortaleza não teve dinheiro para comprar. Jackson, também, foi devolvido pelo Mogi Mirim, mas se machucou e ficou mais de um mês parado. Os últimos a retornar foram César e Marcos, que chegaram apenas para as finais.

Com o time refeito, o Maranhão ganhou o primeiro turno, título que acomodou a equipe, que teve mais momentos do segundo turno. Na melhor de quatro pontos, novamente, a equipe cresceu e bastou uma vitória, nas três partidas que fez com o Sampaio, para assegurar o almejado bicampeonato.

FICHA DO JOGO

Maranhão 0x0 Sampaio Corrêa
Local:
Estádio Castelão
Renda: R$ 4.589,00
Público: 1.382 pagantes
Juiz: Antônio Macedo
Bandeirinhas: José Ribamar P. Campos e Simas Jr.
Cartão vermelho: Ica
Maranhão: Raimundão, Marcos, Carlinhos, Oliveira Lima e Reginaldo; Lúcio Surubim, Álvaro e Marlon (Léo); Jackson, César e Dindô (Zé Roberto). Treinador: Luciano Sabino
Sampaio Corrêa: Ronilson, Carlinhos (Piti), Ragner, Paulo César e Filho; Evandro (Kleiton), Ica e Baíca; Mael, Valdo e Robertinho. Treinador: Izone Carvalho

Sampaio Corrêa 2x1 Tupan - Campeonato Maranhense 1994

O Tupan deu muito trabalho ao Sampaio Corrêa no sábado, 18 de setembro de 1994, na abertura do octogonal decisivo do primeiro turno do campeonato maranhense. O time boliviano, com alguma dificuldade, só conseguiu vencer de 2 a 1, com dois gols de Neto, com Adão, de pênalti, descontando para o quadro indígena.

A estreia do ponta Mael, ex-MAC e Náutico/PE, foi considerada apenas regular. O jogador não teve uma grande atuação, sentindo muito os problemas do campo de jogo e a falta de entrosamento com seus novos companheiros.

O próprio Mael reconheceu isso, mas está prometendo melhorar seu rendimento nas próximas partidas, quando já estiver mais adaptado ao tricolor.

A partida foi dirigida por Rui Frazão, que expulsou de campo Riba, do Tupan, no primeiro tempo, e Nilson, do Sampaio, na fase complementar.

A renda do jogo, que foi disputado no Estádio Nhozinho Santos, somou a quantia de R$ 193,00 para apenas 159 pagantes.

O Sampaio venceu com Ronilson; Júlio César (Roi), Café, Nilson e Filho; Ricardo, Robertinho (Clayton) e Valdo; Mael, Neto e Piti.