terça-feira, 27 de agosto de 2024

Reforma do Estádio Municipal Nhozinho Santos (1978)

Informações colhidas em várias publicações de jornais da época (janeiro de 1978).

Foram definitivamente iniciadas no dia 30 de janeiro de 1978 as obras de ampliação do Estádio Municipal Nhozinho Santos. O prefeito Ivar Saldanha, acompanhado do engenheiro do DMER, do presidente da FMD, Olímpio Guimarães, do diretor da Coliseu, Antônio Vaz, acompanhou o início dos trabalhos com o acesso das máquinas, que começaram a trabalhar na construção das fundações e na demolição da antiga rampa do setor da Vila Passos.

O prefeito Ivar Saldanha disse na ocasião que se sentia satisfeito em poder dar essa contribuição aos desportistas. Ressaltou que inicialmente as obras serão feitas com recursos próprios do município, mas se houver alguma dificuldade, “recorreremos ao governo do Estado, que por certo não negará também sua contribuição”. O dr. Olímpio Guimarães ressaltou o alto significado dos trabalhos para o maior desenvolvimento do nosso futebol.

Os trabalhos devem ser concluídos dentro de sessenta dias e ser]ao realizados sob orientação da Coliseu e DMER e colaboração da CEEBLA, firma responsável pelo projeto que prevê a ampliação de mais oito mil novos lances, que substituirão a antiga rampa, sanitários, bares e uma sala onde funcionará o serviço de segurança do estádio.

Ontem (30/08) para o início dos trabalhos, algumas caçambas tiveram que entrar no gramado de jogo, o que de forma causaram alguns estragos na grama, que no momento estava sendo aparada. A administração tomou medidas para evitar ao máximo o acesso de caminhões ao campo de jogo, que severa estar pronto para a reabertura logo no domingo seguinte ao carnaval.

Durante os sessenta dias necessários para o desenvolvimento dos trabalhos, serão interditados os dois setores das rampas.

Os serviços de ampliação do Nhozinho Santos custarão cerca de Cr$ 8 milhões, dos quais Cr$ 3 milhões estão liberados. O dr. Olímpio Guimarães, dentro de mais alguns dias, vai propor à prefeitura a assinatura de um novo convênio, disciplinando o funcionamento do Nhozinho Santos quando da realização de jogos. O convênio firmado anteriormente já revê seu prazo vencido e alguns detalhes precisam ser melhor definidos e enquadrado nos novos moldes da administração da prefeitura e da FMD.

Até março de 1978, prosseguiram os trabalhos dos engenheiros da SEEBLA e das firmas construtoras das novas arquibancadas do Nhozinho Santos para acabamento das obras.

No final de março, estava sendo terminado o serviço de concretagem e ao mesmo tempo prosseguiram os exames de laboratório que darão aos engenheiros possibilidades de fornecerem um laudo técnico sobre a capacidade e utilização das arquibancadas para o jogo de reinauguração do estádio. Além disso, dois novos lances serão submetidos a rigorosos testes de resistência, com a colocação de sacos de areis pesando o que corresponderia ao peso superior ao número de espectadores previsto para cada setor. Após o encerramento destes testes e de todo ser cuidadosamente avaliado é que os engenheiros darão a palavra final sobre a liberação ou não das novas arquibancadas.

Já é certo que não terá condições de uso na rodada de reabertura os dois últimos blocos (um de cada lado) concretados nas últimas 24 horas e que ainda permanecem com escoramento e sem tempo suficiente até mesmo para os testes, pois não venceu o tempo previsto para “cura” do concreto. Assim, só deverão ser liberados cerca de um terço das novas arquibancadas.

O presidente Olímpio Guimarães, cercando-se todas as precauções, deixou os engenheiros à vontade e admitiu até a possibilidade de não inaugurar as novas arquibancadas se eles não acharem convenientes. Uma vez liberadas, as arquibancadas poderão ser utilizadas pelos torcedores sem o menor risco, pois haverá absoluta segurança.

Já estava resolvido que serão colocados à venda no domingo 8mil ingressos para a geral, 7mil arquibancadas e 860 cadeiras numeradas. A quantidade dos ingressos para os novos lances atrás dos dois gols dependerá do laudo técnico a ser fornecido até próximo da partida.

Deve ser concluída definitivamente a concretagem das novas arquibancadas do Estádio Nhozinho Santos. Nem a FMD e a administração de praças de esportes sabiam informar se os novos lances de arquibancadas seriam ou não liberados pelos engenheiros para o clássico de domingo, 02 de abril de 1978, entre Sampaio e Moto Club, pela abertura do Campeonato Nacional. Uma equipe de engenheiros chegou no dia 27 de março para fazer um levantamento técnico e dar uma palavra definitiva. Admite-se que cerca de um terço dos novos lances não serão liberados simplesmente por medida de precaução. O presidente da FMD espera o laudo técnico da SEEBLA para se decidir quando ao número de ingressos para a partida que marcará a inauguração dos melhoramentos do estádio e a abertura do campeonato em São Luís.

Os operários iniciaram no dia 29 de março os trabalhos de acabamento e limpeza da área construída, mas até o domingo algumas bilheterias ainda funcionarão em caráter precário. O acesso do torcedor será feito normalmente pelos novos portões monumentais, cuja construção está bastante adiantada. O canteiro de obras também permanecerá tomando toda a praça Catulo da Paixão Cearense, o que dificultará o movimento dos torcedores e aumentará os problemas de estacionamento.

A lotação do estádio, se toda a parte for concluída, será de aproximadamente 29.860 espectadores. Os ingressos serão confeccionados no SIOGE de acordo com convênio firmado entre a FMD e aquela empresa.

Sucessivas reuniões foram realizadas no estádio entre engenheiros, funcionários e dirigentes da FMD, assessores do prefeito Ivar Saldanha e os responsáveis pelo policiamento, a fim de ficar organizado o programa de reabertura do Nhozinho Santos. O Cel. Assis Vieira esteve no estádio acompanhado do Tenente Assis, chefe do policiamento, do diretor da Coliseu, Antônio Vaz dos Santos, do secretário de finanças do município, Dejard Martins, e do administrador Vicente Fernandes. Observaram atentamente todos os detalhes e concluíram pela necessidade de se recuperar parte do alambrado e aumentar a parte que fica atrás dos dois gols, bem como construir uma proteção junto aos bancos de reservas. Essas medidas foram solicitadas pelo Cel. Assis Vieira, preocupado com a possibilidade de o torcedor invadir o campo ou atirar pedras ou outros objetos face à vulnerabilidade no alambrado.





O policiamento será organizado de modo a dar total garantia ao juiz e aos torcedores, mas até perto do jogo o Cel. Assis Vieira não podia precisar quantos homens serão utilizados. De posse da planta do estádio, ele está elaborando com o tenente Assis todo o esquema que funcionará no domingo, 02 de abril.

O administrador Vicente Fernandes, também preocupado com a insegurança do alambrado, ficou sabendo que a Coliseu vai mandar recuperar tudo. Ele pediu também que as firmas construtoras tratem da limpeza completa da área para evitar que os torcedores encontrem com facilidade pedras nas arquibancadas. O Cel. Assis Vieira disse que por medida de segurança só será permitido no estádio rigorosamente o número de torcedores liberado pelos técnicos. O policiamento externo auxiliará o torcedor ao acesso ao estádio e tratará da segurança dos bilheteiros em virtude das bilheterias ainda improvisadas não oferecerem boas condições de trabalho. Todo o esquema de policiamento, funcionamento do estádio, distribuição de portões, bilheterias, venda de ingressos, etc., será elaborado até a véspera do jogo para ampla divulgação. A federação não se decidiu ainda se proibirá ou não a venda de cerveja no estádio, esperando o regulamento do campeonato, que seve ser enviado pela CBD para saber qual a recomendação ditada pela entidade.

Sobre a partida de reinauguração, realizada na tarde do dia 02 de abril de 1978, o Moto Club venceu o Sampaio Corrêa por 2 a 0, com dois gols de Paulo César, diante de exatos 14.227 pagantes. O Moto do treinador Raulino Medeiros venceu com Mauro; Paulinho, Gaspar, Vivico e Lúcio; Tião, Toninho (Oliveira) e Edmilson Leite; Caio, Paulo César (Amorim) e Alberto; o Sampaio Corrêa do treinador Pedrinho Rodrigues perdeu com Marcelino; Bernardino (Armando), Cabrera, Raimundo e Ferreira; Rosclin, Dadá (Armando) e Elieser; Fernando, Cabecinha e Alexandre (Bimbinha). A arbitragem ficou a cargo do potiguar Afrânio Messias, auxiliado por Renato Rodrigues e Nacor Arouche.

Tupan 1x0 Moto Club – Campeonato Maranhense 1978

O Tupan está a um passo de ganhar o título maranhense de 1978 e inscrever seu nome para disputar o próximo Campeonato Nacional, caso a CBD mantenha a decisão de garantir uma das vagas para o ganhador do cetro máximo. Vencendo no dia 05 de maio de 1979 ao Moto por 1 a 0, o quadro dirigido por Pedro Duarte deu passo decisivo para levantar o campeonato, pois assumiu a liderança isolada e vencendo ao Maranhão na rodada seguinte, ficará com o título máximo, coroando um trabalho eficiente e honesto de seu treinador.

O Moto entrou em campo como time grande, parecendo que havia vencido o jogo antes dos eu movimento, e o que se viu foi ima disposição enorme do time do Tupan, fechando todos os caminhos com que o rubro-negro pudesse chegar ao triunfo. Atacando mais pela ponta-direita, com Bassi e Caio, o Tupan teve que fechar este setor motorizado com Claudionor dando o primeiro combate e deixando sobra para Tom, e o Moto não realizou quase nada de positivo e na primeira etapa acabou não criando situações de gol.

Na fase complementar, com o mesmo diapasão, o rubro-negro poderia ter se resguardado melhor, porque o empate lhe era favorável, mas acabou soltando-se para o ataque e se deu mal. Aos 38 minutos, na cobrança de falta pro Gonçalves, o goleiro Caxias mostrou que é ruim e passou um frango. Deixou a bola passar, esta tocou no travessão, proporcionando a entrada do ponteiro Sterfeson para marcar o gol do triunfo. Tentou o Moto acordar, mas já era tarde.

A saída de Beato antes, para presença de Galego no meio-campo, fórmula que Marçal queria empregar há muito tempo, não deu certo, e a entrada de Euzébio foi uma tentativa de ajeitar o meio-campo, saindo Luís Paulo, p único centroavante do Brasil que não marca gol.







FICHA DO JOGO

Tupan 1x0 Moto Club
Loca:
Estádio Municipal Nhozinho Santos
Renda e Público: não divulgados
Juiz: Roberto Castro
Bandeirinhas: Francisco Sousa e Salomão Dantas
Gol: Sterfeson aos 38 minutos do segundo tempo
Tupan: Jailson; Armando, Jorge Luís, Gonçalves e Tomé; Ivo Nascimento e Claudionor; Sterfeson, Pedro e Airton
Moto Club: Caxias; Bassi, Irineu, Vivico e Beno; Tião e Edmilson Leite; Caio, Beato (Alberto), Luís Paulo (Euzébio) e Galego

Sampaio Corrêa 0x0 Paysandu/PA – Campeonato Brasileiro 1978

Um bom resultado conseguiu o Sampaio na noite do dia 23 de fevereiro de 1978 ao empatar em 0 a 0 com o Paysandu de Belém. A equipe sampaína, formada de última hora sem qualquer coletivo, mostrou muito espírito de luta, fazendo com que sua torcida saísse satisfeita do Estádio Municipal Nhozinho Santos.

A partida foi igual, tanto na primeira fase como na segunda, onde as duas equipes procuraram apresentar um futebol equivalente com suas atuais fases. O Paysandu, que vinha de duas derrotas em Teresina, chegou disposto a uma reabilitação e o empate serviu para sanar uma possível crise devido às fracas atuações anteriores. Já o Sampaio também ficou satisfeito, pois iniciou o ano sem perder, o que já é um bom negócio se levarmos em consideração a formação do time às pressas pra esse jogo.

Com o movimento registrado na primeira promoção do Bolão Milionário da Sorte, que foi o jogo entre Sampaio e Paysandu, com o Estádio Municipal totalmente lotado e mais de 10 mil torcedores assistiram o jogo de graça, tem-se a conclusão que a torcida está disposta a apoiar a equipe na presente temporada. É bom lembrar que nem a metade daqueles que pagaram a primeira mensalidade até o dia de ontem foram apanhar o ingresso gratuito, já que preferiram pagar o ingresso para ajudar ainda mais a agremiação. Mesmo assim, o setor geral estava totalmente lotado, justamente o setor para onde foram destinados os ingressos da promoção.


FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 0x0 Paysandu/PA
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 112.850,00
Público: 6.878 pagantes    
Juiz: José  Salgado
Bandeirinhas:
Claudionor Lopes e Roberval Castro
Sampaio Corrêa: Crésio; Cabrera (Zé Alberto), Pernambuco (Cabrera), Raimundo e Ferreira; Rosclin e Paulinho; Itamar, Hamilton, Cabecinha e Bimbinha. Técnico: Paraíba
Paysandu/PA: Reginaldo (Jorge); Carlinhos I, Hélido, Albano e Zeca; Carlinhos II e Bacuri; Fefeu, Tuíca, Patrulheiro e Nilson (Chico Alves)

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Sampaio Corrêa 0x0 Maranhão - Campeonato Maranhense 1978

Para muitos, o Maranhão aparecia com maiores possibilidades de vencer o clássico de ontem frente ao Sampaio, devido os 3 a 0 aplicados no Moto e diante seu adversário, não vir se apresentando bem, onde a falta de gols fator preponderante do time não corresponder a expectativa. Entretanto o "Mais Querido" não se intimidou, e mesmo com Cabrera jogando na cabeça da área porque Jorge Luís não passou nos testes de campo realizado pela manhã aguentou-o empate no primeiro tempo, e graças a mexida feita pelo técnico Antoninho no intervalo colocando Bimbinha exclusivamente no meio-campo, o time dominou as ações, e merecia ter saído de campo com o triunfo.

Os estreantes do Maranhão não chegaram a agradar, principalmente o meia-armador Stélio, apontado como craque, mas que deixou saudades do titular Soeiro, que fez enorme falta ao time maqueano. Perdendo o duelo do meio-campo na fase final, quando Bimbinha desarrumou o sistema atleticano, o Maranhão não poderia desejar outra coisa que não o empate, num bom resultado, para quem jogou tão mal, não repetindo a brilhante atuação da última quarta-feira. Silvinho, o ponteiro-esquerdo foi outro que não agradou de maneira alguma, não passando uma vez sequer por Zé Alberto e falhando nos cruzamentos. Ademais, um erro capital cometido pelo técnico Arizona, ia proporcionando a derrota atleticana.

Quando Walter crescia de produção, não dando margens a que Ferreira subisse para alimentar o ataque, o treinador tirou-o para colocar Noel, que estreou sem nada produzir, quando deveria ter mexido no meio-campo, com a entrada de Ferreira, que era para arrumar as coisas. E Noel, nada disse em campo, dando margens a que Ferreira se constituísse em um sexto atacante, e passasse o Sampaio a insistir pela esquerda, porque aí sim, Bimbinha se converteu em meio-campista e como é um jogador ágil e que sabe trabalhar com a bola, era constantemente dono das maiores jogadas. E em duas bolas cruzadas por Prado, quase que o Sampaio conseguia a vitória.

O empate, foi bom resultado para o Maranhão, que no segundo tempo, foi inteiramente dominado pelo adversário. Nem Emerson nem Stélio se entendiam, e o Tricolor deitou e rolou, com a subida de produção de Cabrera, que se firmou na cabeça de área, deixando Rosclin mais livre ao lado de Adeilton, que deu mais potencialidade ao ataque, depois que substituiu Beto. Tivesse o Sampaio um centroavante que soubesse marcar gols, e talvez ganharia o espetáculo, porque, na verdade, Cabecinha está inteiramente fora de forma, ou com seu futebol se acabando.







FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 0x0 Maranhão
Data:
08 de abril de 1979
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 295.460,00
Público: 13.160 pagantes
Juiz: Jaime Batista/PA
Bandeirinhas: José Salgado e Raimundo Lima
Sampaio Corrêa: Crésio; Zé Alberto, Jorge Travolta, Paulinho e Ferreira; Cabrera, Rosclin e Beto (Adeilton); Prado, Cabecinha e Bimbinha. Técnico: Antoninho
Maranhão: Marcelino; Célio Rodrigues, Tataco, Cleuber e Oliveira; Emerson, Carlinhos e Stélio; Valter (Noé), Baiano e Silvino (Dario). Técnico: Arizona

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Sampaio Corrêa 1x1 Ceará Sporting/CE – Jogo Amistoso (entrega de faixas) 1981

O Sampaio Corrêa promoveu, aproveitando o feriado nacional, a sua festa de entrega de faixas alusivas à conquista do campeonato maranhense de 1980, jogando amistosamente contra o Ceará Sporting, campeão alencarino. Os Tricolores exigiam a presença da sua grande torcida no jogo realizado à tarde no Municipal como sinal de reconhecimento pelo trabalho executado pela direção do clube para a conquista de mais um título máximo do nosso futebol.

A vinda do Ceará Sporting foi decidida pela presidência do Sampaio para a festa do dia 21, quase que a pedido dos torcedores, principalmente aqueles que integram a grande colônia cearense radicada em São Luís.

A programação elaborada pela direção do Mais Querido maranhense começa às 15h00, com o jogo envolvendo os times do Ceará e Fortaleza formado exclusivamente pelos torcedores dessas duas tradicionais equipes da terra de Iracema que residem em nossa capital. Depois da preliminar, às 16h30 os jogadores do Ceará entregarão aos atletas as faixas pela conquista do certame de 1980, enquanto que os dirigentes e conselheiros paralelamente receberão as suas faixas das mãos das autoridades convidadas para o evento.

Dos jogadores que foram o elenco atual do Sampaio, bem poucos são remanescentes do time que conquistou o titulo de 1980. A maioria já trocou de clube e até mesmo o treinador não é mais o mesmo. O técnico que levou o time ao título foi Nelson Gama, hoje no Tocantins de Imperatriz.

Dos antigos integrantes do time de 1980, permanecem na Bolívia apenas o zagueiro Cabrera, os meias Pablito Maia e Rosclin e os atacantes Cabecinha e Bimbinha, além dos juvenis Ivanildo e Vander, hoje titulares da equipe. Os demais já não pertencem ao Tricolor. Riba faleceu recentemente e vai ser homenageado postumamente.

O jogo entre Sampaio e Ceará começará às 17h00, sob a direção de Josenil Sousa contando com as laterais de Leopoldo Botão e José Monteiro. Os ingressos para a festa desde a véspera do jogo começaram a ser vendidos na secretaria do Sampaio e  partir das 8 horas do dia do jogo eram encontrados em quatro postos colocados à disposição da torcida: em frente à JC na Praça João Lisboa; na sede do Bolão Milionário, na rua Humberto de Campos; na Praça Ivar Saldanha no João Paulo e defronte do Confiança na Cohab, todos aos preço de CR$ 250,00 (cadeira), Cr$ 150,00 (arquibancada) e Cr$ 100,00 (geral e popular).

O JOGO – o Sampaio Corrêa empatou em 1 a 1 com o Ceará Sporting na tarde do dia 21 de abril de 1981, no Municipal, depois de estar vencendo parcialmente no primeiro tempo por 1 a 0.

O quadro boliviano apresentou um primeiro tempo muito bom e com merecimento chegou ao gol de abertura do placar aos 13 minutos por intermédio de Ricardo na cobrança de uma falta. No lance que originou a falta, Bimbinha foi lançado nas costas do lateral e ia penetrar na área quando foi atropelado pelo grandalhão Lula. Na cobrança da infração, Geraldo José passou pela bola e Ricardo colocou na última gaveta, sem possibilidades de defesa para Lulinha.

Com a vantagem de 1 a 0, o Sampaio se resguardou um pouco mais na defesa, ficando agredindo o Ceará nos contra-ataques, sempre começando por Bimbinha, que reapareceu com muita vontade.

No período final, o Ceará mexeu na sua formação, colocando Jorge Luís na ponta-direita em lugar de Getúlio e Lúcio Santarém no comando no posto de Marciano. As alterações surtiram efeitos porque Jorge Luís procurou cair sempre pelo meio e passou a tomar a iniciativa da marcação das jogadas. O time do Sampaio cansou e cedeu terreno.

Dominando no meio de campo, o Ceará tomou as rédeas da peleja e atacando sempre com muito perigo forçou o goleiro Nemera a ser uma das principais figuras em campo e praticar grandes defesas. O comandante Lucio Santarém, de tanto ser lançado, conseguiu o empate aos 27 minutos, aproveitando um cruzamento de Monteiro pelo setor esquerdo.

O empate de 1 a 1 acabou sendo um resultado justo para os dois times, dentro de um jogo que apresentou duas fases distintas: a primeira do Sampaio e a segunda do Ceará.



FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x1 Ceará Sporting/CE
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 373.950,00
Público: 3.164 pagantes
Juiz: Josenil Sousa
Bandeirinhas: José Lima Oliveira e Leopoldo Botão
Gols: Ricardo aos 11 minutos do primeiro tempo; Lúcio Santarém aos 27 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Memera; Ivanildo (Cabrera), Darci Munique, Darci Ceará e Mendes; Rosclin, Geraldo José e Vander (Pablito); Ricardo, Cabecinha e Bimbinha. Técnico: Juan Cely
Ceará Sporting/CE: Lulinha; Waldemir, Marcelo (Hamilton), Lula e Bezerra; Alves, Zé Eduardo e Josué; Getúlio (Jorge Luís); Marciano (Lúcio Santarém) e Monteiro. Técnico: não informado

Moto Club tricampeão maranhense em 1983

 Belo registro do Papão do Norte tricampeão maranhense em 1981/82/83.

Moto Club 0x0 Expressinho – Jogo Amistoso 1981

Com uma renda de Cr$ 103.550,00 e um público de 1.457 pagantes, Moto e Expressinho empataram em 0 a 0 na noite do dia 04 de junho de 1981, no Nhozinho Santos, em partida amistosa, que não chegou a corresponder à expectativa.

O Moto promoveu a estreia do centroavante Zé Roberto, que entrou no lugar de Jorge Guilherme, na etapa final. Ele agradou aos torcedores, pois foi ainda quem tentou levar o seu time à vitória, mas não teve apoio da meia-cancha, que não fez um lançamento sequer durante todo o transcorrer do espetáculo. O Expressinho, por seu turno, novamente utilizou a retranca como principal arma, procurando explorar os contra-ataques, mas não encontrou falha nos defensores motenses.

Sampaio Corrêa 1x1 Maranhão – Campeonato Maranhense 1981

O placar de 1 a 1, em jogo realizado no dia 10 de maio de 1981, não retrata o que foi a superioridade do Sampaio Corrêa diante do maranhão, embora tenha garantido a conquista do Torneio João Castelo ao quadro Tricolor. O time boliviano foi bem mais organizado taticamente durante todos os 90 minutos e o empate acabou sendo injusto para as suas cores, em virtude das inúmeras oportunidades perdidas. O quadro maqueano deixou muito a desejar e mais uma vez provou que precisa melhorar urgentemente caso queria aspirar alguma coisa no campeonato de 1981.

Foi tamanha a supremacia de Mais Querido que se a partida tivesse terminado com uma goleada a seu favor, não seria nenhum exagero, mas o empate terminou por ser um castigo aos seus atacantes, que pecaram bastante nas finalizações.

Além da falta de sorte na hora de fazer gols, o goleiro João Batista se configurou na maior figura em campo realizando defesas milagrosas e evitando que o MAC saísse das quatro linhas amargando um revés contundente.

Apesar do alto domínio sampaíno, foi o Maranhão que, por acidente, saiu na frente do marcador, aos 34 minutos: o capitão Rosclin, numa infelicidade a toda prova, furou, deixando o atacante Bacabal de cara com Nemera. O goleiro ainda tentou salvar, mas foi deslocado. Na saída da bola, Bimbinha chutou violento com a bola chorando-se contra o travessão e parecia que nada ia dar certo para os Tricolores.

Aos 37 minutos do primeiro tempo, numa cobrança pela ponta direita Cabecinha na frente de Paulo Fraga amorteceu no peito e deu ainda um lençol no zagueiro atleticano dentro da área. O artilheiro chutou fraco, mas fez o gol de empate. No lance, ficou evidenciada mais uma vez a fragilidade da retaguarda maqueana, principalmente o miolo da zaga.

No período final, Bimbinha, Cabecinha, Geraldo José e Vander perderam grandes chances, enquanto que o ataque atleticano não chegou nenhuma vez ao gol de Nemera.




FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x1 Maranhão
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 207.290,00
Público: 2.824 pagantes
Juiz: Sérgio Faray
Bandeirinhas: Francisco Sousa e Braga Neto
Gols: Bacabal aos 34 e Cabecinha aos 37 minutos do primeiro tempo
Expulsão: Newton aos 35 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Nemera; Mendes, Cabrera, Rosclin e Celso Silva; Magela, Geraldo José e Vander; Ricardo (Pablito), Cabecinha e Bimbinha. Técnico: Juan Celly
Maranhão: João Batista; Mendes, Paulo Fraga, Tataco e Newton; Zé Krol, Riba e Soeiro; Naldo, Bacabal  e Tica (Neto). Técnico: Eliéser Ramos

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Programa Dentro Da Área (TV Assembleia) - Entrevista com o Prof. Hugo Saraiva [VÍDEO]

Na última segunda (20 de agosto) foi ao ar uma matéria que gravei para o programa "Dentro Da Área", da TV Assembleia aqui de São Luís, falando sobre os clubes de futebol da nossa capital e também destacando sobre o meu próximo livro ("Almanaque do Futebol Maranhense Antigo: Pequenas Histórias"), que será lançado em breve.

 

Sampaio Corrêa 1x1 Moto Club – Campeonato Maranhense 1978

Sampaio Corrêa e Moto Club realizaram um bom espetáculo de futebol na tarde do dia 13 de maio de 1979, no Estádio Municipal Nhozinho Santos, agradando ao público que lá compareceu, embora fazendo com que esse mesmo público saísse frustrado, já que esperava ver o final do campeonato de 1978 com a saída de um campeão, o que não aconteceu. A partida começou com um certo nervosismo por parte dos dois litigantes, mas o Moto Club com um melhor trabalho no meio de campo demonstrava maior perseverança em campo e o Sampaio mostrava uma defesa bastante desorganizada. Mesmo assim, aos 19 minutos, através de uma cobrança de falta pela meia-esquerda por intermédio de Jorge Luís, o Sampaio fez a sua torcida vibrar, já que a cobrança bem efetuada fez com que a bola fosse se aninhar no ângulo direito do goleiro Caxias – era o primeiro gol do Superclássico.

Depois de sofrer o gol, o Moto se lançou ao ataque com mais vontade e aos 32 minutos acontecia o segundo gol do espetáculo, através de Carlos Alberto, que, se aproveitando de uma falha do guardião Crésio, cabeceou para o fundo da cidadela boliviana. A jogada começou com uma cobrança de uma falta pela direita de ataque do time rubro-negro, quando Bassi suspendeu a bola para a área e o goleiro sampaíno ficou esperando dentro da sai cidadela, do que se aproveitou Luís Paulo para testar, o goleiro defendeu parcialmente deixando a bola na cabeça de Carlos, que não teve trabalho para empatar a partida. Tendo conseguido o empate o Moto aumentou o sei ataque, buscando o desempate, que não saiu, terminando o primeiro tempo com a igualdade no marcador.

Na etapa de complemento, o Sampaio voltou mais agressivo, fustigando bastante o reduto adversário, já que o meio-campista motense já não produzia o mesmo do início do jogo, levando-se em consideração que já havia perdido Beato e, posteriormente, Galego, que entrara em seu lugar. Euzébio, que estava no setor, não rendia o suficiente e com isto na altura dos 32 minutos já se notava claramente a queda de produção do time comandado por Marçal, sendo que o Tricolor, embora atacando mais, não traduzia a sua superioridade em gols e o empate permaneceu até o final do espetáculo.

Com esse resultado, entraram no páreo em igualdade de condições as equipes do maranhão e Tupan, que juntamente com Sampaio e Moto vão disputar agora um super turno para que seja conhecido o campeão de 1978. 



FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x1 Moto Club
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: não divulgada
Público: 14.214 pagantes
Juiz: Roberval Castro
Bandeirinhas: José Salgado e Nacor Arouche
Gols: Jorge Luís aos 20 e Alberto aos 30 minutos do primeiro tempo
Sampaio Corrêa: Crésio; Cabrera, Paulinho, Jorge e Ferreira; Rosclin, Jorge Luís e Edésio; Prado (Adeilton), Cabecinha e Bimbinha. Técnico: Paraíba
Moto Club: Caxias; Bassi, Irineu, Vivico e Gonçalves; Tião, Beato (Galego) (Eusébio) e Edmilson Leite; Caio, Luís Paulo e Alberto. Técnico: Marçal Tolentino Serra

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Tuna Luso/PA 5x3 Moto Club - Campeonato Brasileiro Série B 1997 [TEXTO E VÍDEO]

Jogando um futebol que decepcionou até mesmo a torcida paraense, o Moto Club foi goleado pela Tuna Luso, no Estádio Mangueirão, por 5 a 3, na tarde do dia 13 de agosto de 1997. A equipe voltou a apresentar sucessivas falhas na sua peça defensiva, principalmente onde Luciano foi a pior figura, pois além e falhar na marcação, ainda cometeu dois pênaltis desnecessários e acabou sendo expulso de campo no segundo tempo. Além disso, no geral o time foi outra vezem desmotivado e errando demasiadamente os passes.

Logo aos 7 minutos, a Tuna abriu o marcador, aproveitando uma falha clamorosa do zagueiro Flávio, que furou espetacularmente, do que se aproveitou Amauri para fazer 1 a 0. As falhas se repetiram e aos 27 minutos o zagueiro Luciano derrubou o ponta-direita Amauri dentro da área. Pênalti marcado e convertido com categoria por Júnior, estabelecendo 2 a 0. O Moto seguiu jogando mal, com o meio-campo repetindo os mesmos erros e a defesa pedindo para tomar mais gols. Aos 43 minutos, o quarto-zagueiro Isaías foi expulso de campo, mas mesmo inferiorizado numericamente em campo a Tuna fez 3 a 0, com Júnior cobrando falta aos 28 minutos.

No segundo tempo o técnico Ari Mantovani voltou com Marcelo Vidal no lugar de Renato no setor de meio-campo. O time cresceu e aos 3 minutos Luciano, de cabeça, diminuiu para 4 a 1. Mas a zaga do Moto continuava falhando e aos 12 minutos outra vez Luciano fez pênalti em Amauri. Júnior bateu e converteu, fazendo 5ª 1. Um minuto depois Vagner Paulista recebeu de Mael e diminuiu para 5 a 2. A estas alturas o time motense já equilibrava as ações e depois de algumas oportunidades criadas pela direita com Mael, Cléber, que entrou no lugar de Vagner Paulista, diminuiu para 5 a 3, aos 43 minutos.

FICHA DO JOGO

Tuna Luso/PA 5x3 Moto Club
Local:
Estádio Mangueirão (Belém/PA)
Renda: R$ 1.107,00
Público: 343 pagantes
Juiz: não informado
Tuna Luso/PA: Marcos Garça; Júnior, Sérgio, Isaías e Paulinho; Arnaldo, Joel, Oberdan e Luís Carlos; Amauri e William
Moto Club: Ruy; Josias, Luciano, Flávio e Admilson; Hélio, Touro, Capixaba e Renato (Marcelo Vidal); Mael e Vagner Paulista (Cléber)

VÍDEO / GLOBO ESPORTE

 

Sampaio Corrêa 1x1 Moto Club – Campeonato Maranhense 1981

Sampaio e Moto empataram em 1 a 1 na tarde do dia 12 de abril de 1981, no Estádio Municipal, encerrando a primeira fase do Torneio João Castelo, numa partida que se não foi um primo de técnica, pelo menos apresentou um futebol franco com os dois times procurando sempre o caminho do gol.

O Moto teve melhor presença dentro de campo, mas provou novamente que o ataque precisa melhorar urgentemente, principalmente no tocante ao chamado homem-gol. Mentor, que jogou de centroavante, perdeu boas chances como no período inicial, em dois lançamentos feitos por Edésio e Beato.

O Sampaio Corrêa cedeu terreno ao adversário, notadamente na etapa final, quando foi forçado a mexer na formação de ataque. Como não tem nenhum reserva para o setor ofensivo, o técnico teve que colocar Pablito na ponta-direita e aí o time perdeu força, pois Cabecinha passou a jogar muito isolado.

Ganhando o duelo no meio de campo com boa atuação de Beato e Edésio contando com o apoio de Raimundinho, que entrou como falso ponta-esquerda, o moto se fez mais presente no campo ofensivo, dando um trabalho dobrado ao sistema defensivo do Tricolor.

Depois de uma verdadeira novela de muitos capítulos, o ponteiro-direito Pirila finalmente acabou fazendo a estreia. Jogou o futebol de sempre, se bem que tenha recebido poucas bolas, já que os novos companheiros ainda se deram conta que o time agora possui um ponta nato: quando pegou na bola, demonstrou excelentes qualidades.

A nova meia cancha do Sampaio com Rosclin, Magela e Vander deu mostras de que precisa de mais jogos. O time ganhou com a entrada de Vander, que encostou bem amis com o centroavante Cabecinha. Quando foram feitas as mexidas numa emergência, perdeu um pouquinho do ritmo.

O placar de 1 a 1, a rigor, acabou sendo justo, porque de longe de ser uma virtude, perder gols é um dos maiores pecados do futebol e por isso os motenses não podem reclamar do resultado.

FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x1 Moto Club
Local:
Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 151.410,00
Público: 1.2711 pagantes
Juiz: Lercílio Estrela
Bandeirinhas: José Salgado e Francisco Sousa
Gols: Cabecinha aos 15 minutos do primeiro tempo; Edésio aos 10 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Memera; Ivanildo, Darci Munique, Darci Ceará e Mendes; Rosclin, Vander e Magela (Toninho); Ricardo (Prado), Cabecinha e Pacheco. Técnico: Valquirio Barbosa
Moto Club: Bessa; Martins, Airton, Irineu (Luís Carlos) e Luís Carlos (Zequinha); Emerson, Beato e Edésio; Pirila, Mentor (Alberto) e Raimundinho. Técnico: Sílvio Barros

Entrevista com Marçal Tolentino Serra - Rádio Mirante AM 2014 [ÁUDIO]

 
Deixamos neste post um belo registro da entrevista com o eterno campeão Marçal Tolentino Serra no programa Panorama Esportivo, da Rádio Mirante AM, dia 18 de setembro de 2014. Marçal foi um dos técnico mais vitoriosos do futebol maranhense. Foi campeão maranhense pelo MAC (1970), Ferroviário (1971), Sampaio Corrêa (1972) e Moto Club (1974, 1981 e 1983). Também foi campeão piauiense pelo Tiradentes (1973). Sua principal conquista foi o Brasileiro (antigo Brasileirinho) em 1972 e do Torneio Maranhão-Pará (1972) pelo Sampaio Corrêa. Marçal faleceu no dia 01 e abril de 2014, aos 86 anos. Ele estava internado em um hospital particular de São Luís e não conseguiu resistir a complicações de uma cirurgia cardíaca.