
Texto extraído do jornal O Estado do Maranhão, de 08 de maio de 2000
Em toda história do Maranhão Atlético Clube - MAC, nenhum atleta jogou tanto tempo e de forma tão brilhante quanto Riba. Um artilheiro nato que se dedicou e defendeu por 16 anos o “Demolidor de Cartazes”. Marcou, aproximadamente, 500 gols desde a partida de estréia contra o Nascimento (2 de abril de 1968), até 1984, quando parou com a bola profissionalmente, respeitado e querido porque sabia que tinha amor à camisa.
E se fosse escrever sua biografia as broncas da mãe, dona Honorata (doméstica) e os conselhos do irmão mais velho (Assunção Gomes) não iam faltar, pois Riba jamais teria se tornado o maior artilheiro do MAC sem muita disciplina. Ele fugia de casa para aproveitar suas peladas nas poucas praças do bairro do Sacavém - preferido São Luís/MA. Mas se não fosse sua habilidade, que se destacava pela facilidade nos dribles e na finalização, jamais teria chegado ao Barcelona, do Sacavém, um time conhecido na época. O Barcelona era formado por garotos do bairro, time muito bom de bola e com excelente goleiro: Verquete. Parchão, Laranjal, Dadinho, Hélio, Assis, Raimundo, dentre outros que o artilheiro hoje não lembra os nomes.
Mas os jogos ficaram registrados em sua memória. “Essa era uma rapaziada pesada! Dez Tilhões num incrível entrosamento. O bairro inteiro nos acompanhava nos jogos. Um time inesquecível!”
A excelente participação no campeonato amador fez Riba ser convocado para a seleção do bairro, que no início de 1968 enfrentaria o selecionado do Tirirical, no Estádio Nhozinho Santos, preliminar de Flamengo(RJ) 2 x 1 Moto Club(MA).
Muito ágil e com 1,65m de altura, 64 quilos de peso, ele já se destacava como centroavante, mas, modesto, não acredita que tivesse feito uma das melhores partidas.
Mesmo assim, foi visto por treinadores e diretores do time do MAC. E lá começou sua vida de atleta profissional.
Gomes, irmão de Riba, ficou tão entusiasmado que foi até a sede do clube, no bairro do Maranhão Novo, confirmar a convocação. Ele chegou a ficar mais feliz do que o próprio irmão. E tudo isso, na época, significava muito, principalmente por se tratar da profissionalização do campeonato estadual e a GARF de ficado por muitos anos nas mãos de Sampaio, Santos, Cacique, Zé Muniz Simi e outros dirigidos pelo técnico Calazans. No MAC, Riba encontrou a segurança para continuar e seguir o que o futebol mandava.
Seu grande incentivador nesse início de carreira foi o técnico Gomes. Após a saída de Gomes, Riba já estava entrosado com os demais atletas e não teve dificuldade para ser aproveitado no profissional do Maranhão Atlético Clube. Reforçou a equipe juvenil, se destacou como artilheiro e ficou esperando uma chance para jogar profissionalmente.
Ela não tardou a aparecer e no MAC foi jogar amistosamente contra o Nascimento no Anil e o nosso técnico, professor Rinaldi Maia me conheceu. O Sacavém e o Anil inteiro estavam lá, num reduzido. Fiquei no banco, o Anil temia estar em casa. Nasceu então o 2 x 1 e o “homem” não ia girar muito. A torcida era minha, para me ver e gritar meu nome, como se nossa escalação estivesse presente. Quando o MAC estava perdendo, ele me colocou e eu fiz a diferença.
Mesmo assim o “homem” não me dirigiu a palavra em nenhum momento.
No outro domingo o MAC encarou o Vitória do Mar, com Carlos Alberto como centroavante titular. E eu no banco. Carlos Alberto saiu e entrei no seu lugar. O time venceu de 3 x 0, com dois gols meus.
Rinaldi Maia me colocou Riba como titular do MAC. Riba fez dois gols e com isso fui titular absoluto até pendurar as chuteiras.
No MAC atuou por mais de 16 anos e tem mais de 500 gols na vida profissional do artilheiro foi Ginese, do Ferroviário).
Quem conviveu com Riba, no MAC, costuma afirmar que era um craque em campo e exemplo fora dele. Sempre foi muito disciplinado e um atleta admirado. Dormia cedo, não bebia, não fumava.
Sempre foi líder entre os companheiros, um líder natural, pelo jeito simples de ser, de sempre, tinha - e continua tendo - uma vida muito simples. Chegou com dificuldades, sempre com dificuldades com a vida. Perdeu o pai Saturnino Gomes com pouco mais de 10 anos de idade. A superação veio com o esporte e a vontade de crescer.
Em 1979, participou de uma grande e marcante formação: Marcelino, Mendes ou Clécio com Mendes, Santos, Tataco, Paulo Fraga e Antônio Carlos; Emerenciano ou Juarez, Riba e Naldinho no banco: Alcino, Neco, Toinho e Bira.
Em toda história do Maranhão Atlético Clube - MAC, nenhum atleta jogou tanto tempo e de forma tão brilhante quanto Riba. Um artilheiro nato que se dedicou e defendeu por 16 anos o “Demolidor de Cartazes”. Marcou, aproximadamente, 500 gols desde a partida de estréia contra o Nascimento (2 de abril de 1968), até 1984, quando parou com a bola profissionalmente, respeitado e querido porque sabia que tinha amor à camisa.
E se fosse escrever sua biografia as broncas da mãe, dona Honorata (doméstica) e os conselhos do irmão mais velho (Assunção Gomes) não iam faltar, pois Riba jamais teria se tornado o maior artilheiro do MAC sem muita disciplina. Ele fugia de casa para aproveitar suas peladas nas poucas praças do bairro do Sacavém - preferido São Luís/MA. Mas se não fosse sua habilidade, que se destacava pela facilidade nos dribles e na finalização, jamais teria chegado ao Barcelona, do Sacavém, um time conhecido na época. O Barcelona era formado por garotos do bairro, time muito bom de bola e com excelente goleiro: Verquete. Parchão, Laranjal, Dadinho, Hélio, Assis, Raimundo, dentre outros que o artilheiro hoje não lembra os nomes.
Mas os jogos ficaram registrados em sua memória. “Essa era uma rapaziada pesada! Dez Tilhões num incrível entrosamento. O bairro inteiro nos acompanhava nos jogos. Um time inesquecível!”
A excelente participação no campeonato amador fez Riba ser convocado para a seleção do bairro, que no início de 1968 enfrentaria o selecionado do Tirirical, no Estádio Nhozinho Santos, preliminar de Flamengo(RJ) 2 x 1 Moto Club(MA).
Muito ágil e com 1,65m de altura, 64 quilos de peso, ele já se destacava como centroavante, mas, modesto, não acredita que tivesse feito uma das melhores partidas.
Mesmo assim, foi visto por treinadores e diretores do time do MAC. E lá começou sua vida de atleta profissional.
Gomes, irmão de Riba, ficou tão entusiasmado que foi até a sede do clube, no bairro do Maranhão Novo, confirmar a convocação. Ele chegou a ficar mais feliz do que o próprio irmão. E tudo isso, na época, significava muito, principalmente por se tratar da profissionalização do campeonato estadual e a GARF de ficado por muitos anos nas mãos de Sampaio, Santos, Cacique, Zé Muniz Simi e outros dirigidos pelo técnico Calazans. No MAC, Riba encontrou a segurança para continuar e seguir o que o futebol mandava.
Seu grande incentivador nesse início de carreira foi o técnico Gomes. Após a saída de Gomes, Riba já estava entrosado com os demais atletas e não teve dificuldade para ser aproveitado no profissional do Maranhão Atlético Clube. Reforçou a equipe juvenil, se destacou como artilheiro e ficou esperando uma chance para jogar profissionalmente.
Ela não tardou a aparecer e no MAC foi jogar amistosamente contra o Nascimento no Anil e o nosso técnico, professor Rinaldi Maia me conheceu. O Sacavém e o Anil inteiro estavam lá, num reduzido. Fiquei no banco, o Anil temia estar em casa. Nasceu então o 2 x 1 e o “homem” não ia girar muito. A torcida era minha, para me ver e gritar meu nome, como se nossa escalação estivesse presente. Quando o MAC estava perdendo, ele me colocou e eu fiz a diferença.
Mesmo assim o “homem” não me dirigiu a palavra em nenhum momento.
No outro domingo o MAC encarou o Vitória do Mar, com Carlos Alberto como centroavante titular. E eu no banco. Carlos Alberto saiu e entrei no seu lugar. O time venceu de 3 x 0, com dois gols meus.
Rinaldi Maia me colocou Riba como titular do MAC. Riba fez dois gols e com isso fui titular absoluto até pendurar as chuteiras.
No MAC atuou por mais de 16 anos e tem mais de 500 gols na vida profissional do artilheiro foi Ginese, do Ferroviário).
Quem conviveu com Riba, no MAC, costuma afirmar que era um craque em campo e exemplo fora dele. Sempre foi muito disciplinado e um atleta admirado. Dormia cedo, não bebia, não fumava.
Sempre foi líder entre os companheiros, um líder natural, pelo jeito simples de ser, de sempre, tinha - e continua tendo - uma vida muito simples. Chegou com dificuldades, sempre com dificuldades com a vida. Perdeu o pai Saturnino Gomes com pouco mais de 10 anos de idade. A superação veio com o esporte e a vontade de crescer.
Em 1979, participou de uma grande e marcante formação: Marcelino, Mendes ou Clécio com Mendes, Santos, Tataco, Paulo Fraga e Antônio Carlos; Emerenciano ou Juarez, Riba e Naldinho no banco: Alcino, Neco, Toinho e Bira.
Nesse time conquistou o campeonato maranhense de 1979. Ele participou de todos os jogos e fez quase todos os gols nas finais.
O time foi até a cidade de Erechim/RS para enfrentar o Internacional/RS e não perderam pra ninguém na primeira fase.
Riba, quando saía de um motosseio como o MAC. Depois era só alegria. “Quando chegava em casa após uma vitória sobre o Moto, jogando no Castelão, os meus filhos me aplaudiam de pé”, conta orgulhoso.
Riba se destacou em outros clubes, mas se destacou mesmo foi no MAC. “Cronista de rádio não cansa de dizer: foi o maior artilheiro da história do clube. Não dá pra contestar. É verdade.”
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