Uma vitória tranquila. Em nenhum momento do jogo o Sampaio chegou a ameaçar a vitória do Atlético Paranaense, que se definiu logo no primeiro tempo, quando os visitantes manobraram muito à vontade dominando as ações de meio campo e marcaram 1 a 0 depois de chutarem três bolas contra a trave de Orlando. O Sampaio começou e terminou mal e perdeu as esperanças quando Moraes foi expulso aos 9 minutos do segundo tempo.
Aos 20 minutos do primeiro tempo, o Atlético já havia chutado três bolas contra a trave, envolvendo com facilidade a retaguarda boliviana desprotegida em função da desorganização tática no meio campo, agravada pela falta de empenho, displicência e uma visível queda de produção e Sérgio Lopes e Lourival, o que acabou resultando no gol paranaense aos 37 minutos. Lourival perdeu uma bola (entre tantas outras), retardou na fogueira para Santos, que acabou dominado pelo ponteiro Bira Lopes. Na tabela, Sicupira lançou para Sérgio Galocha, que cabeceou para o gol sem chances para Orlando num lance de passe preciosos e coordenados.
O Atlético, que já fazia por merecer o gol, passou então a jogar ainda mais à vontade e tranquilo com um toque de bola rápido e objetivo da equipe rubro-negra, orientada por Valdemar Carabina e comandada em campo por Sicupira com um futebol de alto nível técnico e perfeitamente entrosado.
Na fase final, Décio Leal tentou dar mais agressividade ao time dentro daquele velho conceito “perdido por um, perdido por mil” e lançou Adelino para o lugar de Sérgio Lopes. A ordem era ir ao ataque. Se daria certo, ninguém sabe, mas pior do que estava era difícil de conseguir. A substituição perdeu o sentido, pois aos 9 minutos Moraes foi expulso quando atingiu ao ponteiro Liminha comum pontapé. Perdendo por 1 a 0 e com apenas dez homens, ninguém poderia esperar mais nada e o desespero tomou conta da equipe. Lourival teve que recuar para a defesa e o técnico sampaíno queimou a última substituição lançando Jorge Luiz no lugar de Buião. O time só cresceu um pouco quando Jorge Luiz fez algumas jogadas individuais e Djalma se esforçava mais chegando a fazer uma investida perigosa pela direita quando passou por quatro jogadores de defesa contrária e cruzou, mas a defesa desafogou para escanteio. A torcida aplaudiu demoradamente.
O Atlético Paranaense tratou de esfriar a pressão rolando a bola e inteligentemente Valdemar Carabina tirou Liminha e lançou Nilson para acompanhar os passos de Jorge Luiz. Os paranaenses tentavam ampliar a contagem nos contra-ataques apanhando a defesa quase sempre desguarnecida e por pouco não marcaram. No mais, só desespero do Sampaio desnorteado, chegando ao fim do jogo com mais uma derrota e sem ter construído nenhuma chance de gol. O placar de 1 a 0 foi muito pouco para o futebol que apresentou o Atlético e pela ruindade do time sampaíno, que se despediu causando mais uma decepção à sua torcida em uma tarde de chuva miúda.
FICHA DO JOGO
Sampaio Corrêa 0x1 Atlético Paranaense/PR
Data: 02 de junho de 1974
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 46.339,00
Público: 5.844 pagantes
Juiz: José Mário Vinhas/RJ
Gol: Sérgio Galocha aos 37 minutos do primeiro tempo
Expulsão: Morais
Sampaio Corrêa: Orlando; Marinho, Morais, Arizinho e Santos; Sérgio Lopes (Adelino) e Lourival; Buião (Jorge Luís), Djalma, Dionísio e Ailton. Técnico: Décio Leal
Atlético Paranaense/PR: Altevir; Cláudio Deodato, Almeida, Alfredo e Ladinho; Didi Duarte e Caio; Bira Lopes, Sucupira, Sérgio Galocha e Liminha (Nilson). Técnico: Valdemar Carabina
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