Matéria de 15 de Julho de 2002 (Edivaldo pereira Biguá e Tânia Biguá, página "Onde Anda Você?", do Jornal O Estado do Maranhão).
Alzimar e Ribamar (agachado) no amistoso entre o combinado Moto/Ferroviário contra o Fluminense do Rio em 1967. O combinado perdeu por 2 a 1
Voltar a São Luis depois de 32 anos morando no Rio de Janeiro fez um bem muito grande a Ribamar ‘Racha’. Ele reviu os amigos, dentre eles vários ex-jogadores. Conversou sobre o passado e aproveitou para matar as saudades da cidade onde nasceu. Mas o mais importante foi saber que continua sendo lembrado e reverenciado como um ponta-esquerda que teve sua fase áurea no Moto Club de São Luis, que havia sido campeão em 1966. Nos anos de 1967 e 1968, participou do tricampeonato motense.
José de Ribamar Pereira Castro, 62 anos de idade, confessa-nos o seu amor à terra natal e ao time de coração, o Sampaio Corrêa Futebol Clube. Engraçado é que esse foi o clube onde poderia ter ficado mais tempo. Passou um ano e cinco meses, de 1966 a 1967. “Mesmo sendo boliviano, eu tinha uma afinidade muito grande com o Moto. No rubro-negro, conquistei importantes títulos e me firmei como profissional”, relembra.
Isso só foi acontecer na fase mais importante da carreira profissional de Ribamar. No começo de tudo, moleque acostumado às peladas na Praça Deodoro e no Seminário Santo Antônio, passou pelo Santos, da Segunda Divisão, e chegou à Primeira Divisão pelo Nacional, time ocasional, que era montado às vésperas de algum evento. Continuou como ponta-esquerda para participar do Torneio Municipal.
O pesquisador Walbert Ramos Martins “Canarinho” acrescenta nesta reportagem vários detalhes da carreira de Ribamar. Data da estreia pelo Nacional: 21 de Abril de 1963 contra o Moto. Derrota de 5 a 0. O Nacional jogava com Ivaldo (Saul); Polegada, Fatiguê, Válber (Nunes) e Kléber; Rubens (Paneirinho) e Baiano; Jurandir, Marinho (Delson), Cauby (Tim) e Ribamar.
Outro jogo importante foi a final do Torneio Início contra o Sampaio, que acabou empatada em 1 a 1 no tempo normal. O Sampaio venceu nos pênaltis. Ribamar formou a ala-esquerda com Valbinho, fez um gol e agradou. A essas alturas já ganhara o sobrenome ‘Racha’ por causa do irmão Reinaldo, meio-campista que havia jogado no Maranhão Atlético Clube. Mesmo sem gostar, o apelido pegou.
Ainda em 1963, o Moto contratou Ribamar por meio do dirigente Salomão Mattar, como bem lembra o amigo Fernando Ubirajara. “Salomão Mattar encontrou Ribamar numa pelada no Seminário Santo Antônio. Vinha encantado atrás do jeito moleque de Ribamar Racha, que estava com 23 anos. De lá mesmo os dois seguiram na lambreta do diretor do Moto para assinar contrato”. A primeira partida, um amistoso contra o Sampaio em 8 de Setembro, terminou com uma vitória por 4 a 1. No ataque estavam Zequinha, Casquinha (depois Almir), Hamilton e Ribamar. Técnico: Rinaldi Maia.
O Moto participou do Campeonato Maranhense. Chegou à decisão contra o MAC no dia 23 de Fevereiro de 1964. Ribamar estava na reserva. “Entrei no segundo tempo no lugar de Casquinha, até porque no Moto só jogava fera”. O MAC conquistou o título com uma vitória por 6 a 2.
José de Ribamar Pereira Castro, 62 anos de idade, confessa-nos o seu amor à terra natal e ao time de coração, o Sampaio Corrêa Futebol Clube. Engraçado é que esse foi o clube onde poderia ter ficado mais tempo. Passou um ano e cinco meses, de 1966 a 1967. “Mesmo sendo boliviano, eu tinha uma afinidade muito grande com o Moto. No rubro-negro, conquistei importantes títulos e me firmei como profissional”, relembra.
Isso só foi acontecer na fase mais importante da carreira profissional de Ribamar. No começo de tudo, moleque acostumado às peladas na Praça Deodoro e no Seminário Santo Antônio, passou pelo Santos, da Segunda Divisão, e chegou à Primeira Divisão pelo Nacional, time ocasional, que era montado às vésperas de algum evento. Continuou como ponta-esquerda para participar do Torneio Municipal.
O pesquisador Walbert Ramos Martins “Canarinho” acrescenta nesta reportagem vários detalhes da carreira de Ribamar. Data da estreia pelo Nacional: 21 de Abril de 1963 contra o Moto. Derrota de 5 a 0. O Nacional jogava com Ivaldo (Saul); Polegada, Fatiguê, Válber (Nunes) e Kléber; Rubens (Paneirinho) e Baiano; Jurandir, Marinho (Delson), Cauby (Tim) e Ribamar.
Outro jogo importante foi a final do Torneio Início contra o Sampaio, que acabou empatada em 1 a 1 no tempo normal. O Sampaio venceu nos pênaltis. Ribamar formou a ala-esquerda com Valbinho, fez um gol e agradou. A essas alturas já ganhara o sobrenome ‘Racha’ por causa do irmão Reinaldo, meio-campista que havia jogado no Maranhão Atlético Clube. Mesmo sem gostar, o apelido pegou.
Ainda em 1963, o Moto contratou Ribamar por meio do dirigente Salomão Mattar, como bem lembra o amigo Fernando Ubirajara. “Salomão Mattar encontrou Ribamar numa pelada no Seminário Santo Antônio. Vinha encantado atrás do jeito moleque de Ribamar Racha, que estava com 23 anos. De lá mesmo os dois seguiram na lambreta do diretor do Moto para assinar contrato”. A primeira partida, um amistoso contra o Sampaio em 8 de Setembro, terminou com uma vitória por 4 a 1. No ataque estavam Zequinha, Casquinha (depois Almir), Hamilton e Ribamar. Técnico: Rinaldi Maia.
O Moto participou do Campeonato Maranhense. Chegou à decisão contra o MAC no dia 23 de Fevereiro de 1964. Ribamar estava na reserva. “Entrei no segundo tempo no lugar de Casquinha, até porque no Moto só jogava fera”. O MAC conquistou o título com uma vitória por 6 a 2.
Festa de entrega de faixas ao Moto, bicampeão em 1966/67. Em pé: Vilanova, Baezinho, Alzimar, Paulo, Geraldo, Zezico, Santana, Alvim da Guia, Inácio, Correia, Pelezinho, Ronaldo, Ribamar “Racha”, Bacabal, Baezão (como massagista), Lola (enfermeiro), César Aboud e Alan Kardec (dirigente)
Depois dessa fase, veio o Paysandu de Belém. “Fiquei por três meses. Voltei por causa da saudade de São Luis”. Em 5 de Julho, nova estreia pelo Moto, justamente contra o Nacional, que o havia lançado. O rubro-negro aplicou uma goleada histórica de 15 a 0, maior placar das últimas décadas. Ainda nesse ano, jogou a última partida no 27º aniversário do Moto, em 13 de Setembro contra o Remo do Pará. Perdeu por 3 a 0.
Outra passagens rápidas por vários clubes vieram. O MAC em Novembro, dois jogos contra Remo e Paysandu. Entrou no lugar de Alencar. Em Abril de 1965, no Ícaro, formou ala-esquerda com Nabor, que derrotou um time misto do Moto por 2 a 1. Saiu em Setembro após uma grande derrota para o MAC por 6 a 0 pela Taça Cidade de São Luis.
A oportunidade de jogar no Sampaio surgiu em 1966. Em 15 de Fevereiro, estreou com uma vitória sobre o Ícaro por 3 a 1, substituindo Sabará e formando a ala-esquerda com Jarbas sob a direção do Presidente do clube e técnico interino, Antônio Bento Cantanhede Faria. “O Sampaio era formado em sua maioria por jogadores vindos de outros Estados, que tinha obrigação de jogar. Como eu ficava na reserva, muitas das vezes reforçava o time aspirante, que fazia a preliminar. Só entrava no rateio do “bicho”.
No Sampaio, Ribamar teve como companheiros Valfredo, Pompeu, Nivaldo, Valfredo Carioca, Maneco, Chico, Antônio Chulipa, Jarbas e Toinho, treinador por Alfredo Pereira. Na despedida da Bolívia Querida, ele enfrentou o Piauí Esporte Clube, dia 9 de Julho de 1967, e empatou em 1 a 1.
Treze dias depois, já estava de volta ao Moto, que buscava o bicampeonato Estadual. O ataque formava com Zezico, Isaac, Hamilton e Ribamar, que atravessava uma de suas melhores fases. Tinha como principais características o drible fácil em velocidade e os cruzamentos precisos. Os mais antigos, que viram Canhoteiro jogar, dizem que os dois possuíam muita semelhança em campo. Quem gostava era o torcedor, que, do alambrado do Estádio Nhozinho Santos, gritava ‘olé’ quando os zagueiros adversários ficavam para trás em seus contra-ataques. No dia 20 de Dezembro de 1967, veio a importante conquista do título estadual, 3 a 0 contra o Ferroviário. O Moto, a essas alturas bicampeão maranhense, jogava com Vilanova; Paulo Silva, Alzimar, Geraldo e Correia; Ronaldo e Santana (Almir Pernambucano); Zezico, Isaac, Pelezinho e Ribamar.
Na decisão do título do ano seguinte, o do tricampeonato no dia 15 de Setembro de 1968, o Moto venceu o Sampaio por 1 a 0, jogando com Campos; Neguinho, Alzimar (Paulo), Geraldo e Correia; Buliado (Zezico) e Santana; Djalma, Amaury, Pelezinho e Ribamar, sob o comando de Marçal Tolentino Serra.
O ponta-esquerda participou de muitos jogos importantes e amistosos pelo Moto. Encerrou a carreira no clube no dia 7 de Dezembro de 1969, com uma vitória por 5 a 0 sobre o MAC. “A diretoria não ligava mais para o time. Como minha família já estava morando no Rio, resolvi ir embora também”. Não por muito tempo. Aceitou o convite do dirigente Evandro Ferreira e em 29 de Julho de 1970 estava jogando novamente em São Luis pelo Ferroviário, que perdeu por 2 a 1 para o MAC. Formou a ala-esquerda com Cândido. Encerrou a carreira de vez em 11 de Outubro, após derrota por 1 a 0 para o Sampaio. “Eu já estava em fim de carreira aos 20 anos de idade. Voltei para o Rio e fui estudar e trabalhar”.
Outra passagens rápidas por vários clubes vieram. O MAC em Novembro, dois jogos contra Remo e Paysandu. Entrou no lugar de Alencar. Em Abril de 1965, no Ícaro, formou ala-esquerda com Nabor, que derrotou um time misto do Moto por 2 a 1. Saiu em Setembro após uma grande derrota para o MAC por 6 a 0 pela Taça Cidade de São Luis.
A oportunidade de jogar no Sampaio surgiu em 1966. Em 15 de Fevereiro, estreou com uma vitória sobre o Ícaro por 3 a 1, substituindo Sabará e formando a ala-esquerda com Jarbas sob a direção do Presidente do clube e técnico interino, Antônio Bento Cantanhede Faria. “O Sampaio era formado em sua maioria por jogadores vindos de outros Estados, que tinha obrigação de jogar. Como eu ficava na reserva, muitas das vezes reforçava o time aspirante, que fazia a preliminar. Só entrava no rateio do “bicho”.
No Sampaio, Ribamar teve como companheiros Valfredo, Pompeu, Nivaldo, Valfredo Carioca, Maneco, Chico, Antônio Chulipa, Jarbas e Toinho, treinador por Alfredo Pereira. Na despedida da Bolívia Querida, ele enfrentou o Piauí Esporte Clube, dia 9 de Julho de 1967, e empatou em 1 a 1.
Treze dias depois, já estava de volta ao Moto, que buscava o bicampeonato Estadual. O ataque formava com Zezico, Isaac, Hamilton e Ribamar, que atravessava uma de suas melhores fases. Tinha como principais características o drible fácil em velocidade e os cruzamentos precisos. Os mais antigos, que viram Canhoteiro jogar, dizem que os dois possuíam muita semelhança em campo. Quem gostava era o torcedor, que, do alambrado do Estádio Nhozinho Santos, gritava ‘olé’ quando os zagueiros adversários ficavam para trás em seus contra-ataques. No dia 20 de Dezembro de 1967, veio a importante conquista do título estadual, 3 a 0 contra o Ferroviário. O Moto, a essas alturas bicampeão maranhense, jogava com Vilanova; Paulo Silva, Alzimar, Geraldo e Correia; Ronaldo e Santana (Almir Pernambucano); Zezico, Isaac, Pelezinho e Ribamar.
Na decisão do título do ano seguinte, o do tricampeonato no dia 15 de Setembro de 1968, o Moto venceu o Sampaio por 1 a 0, jogando com Campos; Neguinho, Alzimar (Paulo), Geraldo e Correia; Buliado (Zezico) e Santana; Djalma, Amaury, Pelezinho e Ribamar, sob o comando de Marçal Tolentino Serra.
O ponta-esquerda participou de muitos jogos importantes e amistosos pelo Moto. Encerrou a carreira no clube no dia 7 de Dezembro de 1969, com uma vitória por 5 a 0 sobre o MAC. “A diretoria não ligava mais para o time. Como minha família já estava morando no Rio, resolvi ir embora também”. Não por muito tempo. Aceitou o convite do dirigente Evandro Ferreira e em 29 de Julho de 1970 estava jogando novamente em São Luis pelo Ferroviário, que perdeu por 2 a 1 para o MAC. Formou a ala-esquerda com Cândido. Encerrou a carreira de vez em 11 de Outubro, após derrota por 1 a 0 para o Sampaio. “Eu já estava em fim de carreira aos 20 anos de idade. Voltei para o Rio e fui estudar e trabalhar”.
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