Gegeca
Matéria extraída do Jornal O Estado do Maranhão, na década de 70
O Estádio Municipal Nhozinho Santos, na década de 40, constantemente estava lotado. Nas suas dependências estavam torcedores com sua bandeira de seu clube. Chegado o domingo, antes das 14 horas aquele estádio já estava repleto de torcedores para assistir ao Superclássico Sampaio x Moto. Aos 32 minutos da fase inicial, os radialistas gritam: “Gol de Gegeca!”. A torcida motorizada se contorce de alegrias, foguetes cruzam de um lado a outro. A alegria é geral, é gol de Gegeca.
Aos 17 anos, Gegeca, sem a menor pretensão em se tornar um profissional, foi jogar no juvenil do Santa Cruz de Recife. O próprio técnico daquela equipe juvenil reconhecia a malícia que Gegeca tinha para o futebol e sempre o alertava para o profissionalismo. Mesmo no juvenil do Santa Cruz, os pais de Gegeca sonhavam em vê-lo no time principal. Todo o incentivo era dado ao garoto, o que mais influenciou na sua carreira futebolística. Depois de dois anos, o time do IBES empregou-o na sua fábrica de tecelagem. O salário era de 23 mil réis e 50 mil réis de bicho por semana. Dava para pagar o aluguel de uma casinha na Vila Tecelagem, local onde todos moravam os jogadores do time. “Quando o nosso time entrava em campo, parecia uma equipe aristocrática”, dizia Gegeca para seu filho mais novo, relembrando o seu passado de glória.
O Presidente do Moto Club, César Aboud, tinha pretensões no passe do grande jogador Gegeca. O Flamengo do Rio enviara um telegrama, convidando o craque para se integrar na equipe rubro-negra carioca. Um pouco tristonho, ele recorda aquela data: ‘Só depois de vários dias é que soube do telegrama do Flamengo. Segundo ele, o futebol é um improviso dentro do campo, tendo em vista as jogadas feitas pelo atleta, diferente das ordens do técnico que em campo é observada. “Faz muito tempo que não assisto um jogo. Não dá vontade. Aqui em São Luis tem uns jogadores bons como o Jorge Travolta, apesar de sua maciez. O Cabreira também é um excelente jogado, assim como o goleiro Marcelino”.
Gegeca, na época, era tido com a grande atração do futebol maranhense. A sua camisa de número 11, ponta-esquerda, era desejada pelos torcedores logo após o término da partida. Ele já fora tricampeão pelo Moto Club, time onde encerrou a sua carreira, hoje nem vai ao campo assistir uma partida no Nhozinho Santos face ao mau futebol apresentado. “No meu tempo era diferente. Nós jogávamos pro amor à camisa do time e sua torcida. 90 minutos eram jogados com muita raça, garra. Se o jogador pegasse um chute de cabeça, na perna ou em qualquer outra parte do corpo, o calor da torcida, o delírio dos torcedores faziam ele voltar a campo. Hoje é diferente, nem bem o seu Zico pega um leve chute, ele sai de campo e não volta mais, mesmo sabendo da salta que vai fazer à equipe”.
Aos 17 anos, Gegeca, sem a menor pretensão em se tornar um profissional, foi jogar no juvenil do Santa Cruz de Recife. O próprio técnico daquela equipe juvenil reconhecia a malícia que Gegeca tinha para o futebol e sempre o alertava para o profissionalismo. Mesmo no juvenil do Santa Cruz, os pais de Gegeca sonhavam em vê-lo no time principal. Todo o incentivo era dado ao garoto, o que mais influenciou na sua carreira futebolística. Depois de dois anos, o time do IBES empregou-o na sua fábrica de tecelagem. O salário era de 23 mil réis e 50 mil réis de bicho por semana. Dava para pagar o aluguel de uma casinha na Vila Tecelagem, local onde todos moravam os jogadores do time. “Quando o nosso time entrava em campo, parecia uma equipe aristocrática”, dizia Gegeca para seu filho mais novo, relembrando o seu passado de glória.
O Presidente do Moto Club, César Aboud, tinha pretensões no passe do grande jogador Gegeca. O Flamengo do Rio enviara um telegrama, convidando o craque para se integrar na equipe rubro-negra carioca. Um pouco tristonho, ele recorda aquela data: ‘Só depois de vários dias é que soube do telegrama do Flamengo. Segundo ele, o futebol é um improviso dentro do campo, tendo em vista as jogadas feitas pelo atleta, diferente das ordens do técnico que em campo é observada. “Faz muito tempo que não assisto um jogo. Não dá vontade. Aqui em São Luis tem uns jogadores bons como o Jorge Travolta, apesar de sua maciez. O Cabreira também é um excelente jogado, assim como o goleiro Marcelino”.
Gegeca, na época, era tido com a grande atração do futebol maranhense. A sua camisa de número 11, ponta-esquerda, era desejada pelos torcedores logo após o término da partida. Ele já fora tricampeão pelo Moto Club, time onde encerrou a sua carreira, hoje nem vai ao campo assistir uma partida no Nhozinho Santos face ao mau futebol apresentado. “No meu tempo era diferente. Nós jogávamos pro amor à camisa do time e sua torcida. 90 minutos eram jogados com muita raça, garra. Se o jogador pegasse um chute de cabeça, na perna ou em qualquer outra parte do corpo, o calor da torcida, o delírio dos torcedores faziam ele voltar a campo. Hoje é diferente, nem bem o seu Zico pega um leve chute, ele sai de campo e não volta mais, mesmo sabendo da salta que vai fazer à equipe”.
Seleção Maranhense em 1952. Em pé: Zequinha (técnico), Henrique, Galego, Batista, Mozart e Guilherme; Agachados: Dico, Sandoval, Rui, Carapuça, Gegeca e Merci
Argemiro Martins Rodrigues (Gegeca), nascia em 27 de Junho de 1920 em Pernambuco. Até os 16 anos, ainda estudava. No horário de folga, ele batia a famosa pelada do juvenil. Gegeca conseguiu evoluir com as suas jogadas rápidas caindo no agrado do técnico-amador do time. Agora ele estava no quadro amador. Nesta época, a situação financeira de Gegeca não era das melhores face à humildade em que viviam seus pais. Ele teriam que procurar um emprego para ajudar no sustento da casa.
Naquela data, mais precisamente em 1943, Gegeca começava a voltar o pensamento para a sobrevivência do futebol e o único meio era conseguir através de esforço, uma vaga no time titular. Com o ordenado de 44 mil réis, ele jogava na ponta-esquerda do time profissional do Santa Cruz. Deixou o plantel e foi à procura de um emprego. Trabalhando no escritório da usina Catengue, ele fora convidado para jogar no time do IBES, equipe formada por empregados de uma fábrica de tecelagem.
Após a morte dos seus pais, a situação piorou cada vez mais para aquele jogador que naquela data teve que enfrentar tudo sozinho. Sem hesitar, pensando no seu futuro, Gegeca arrumou as malas e veio a São Luis, em 1947. O Sampaio Corrêa estava precisando de bons jogadores, uma vez que o Moto Club era o campeão todos os anos. Os oito jogadores vindo do IBES tornaram-se sampaínos. A equipe boliviana que a cada campeonato só tinha como troféu a lanterna, no primeiro certame maranhense ela classificou-se como vice-campeã do torneio, principalmente com os gols do ponta-esquerda Gegeca. O jogador ganhava a quantia de 900 mil réis por mês.
Como o Moto Club ofereceu um salário bem remunerado, Gegeca aceitou jogar pela equipe motorizada. No Moto, ele foi tricampeão. O Bahia Esporte Clube, ao saber que no Maranhão havia um craque com o nome Gegeca, quis leva-lo para Salvador. O Moto Club não poderia vender o seu melhor e mais caro jogador, o médio volante que tramava as jogadas e se seus cruzamentos era que saiam os gols.
Em 1951 o Moto fez uma excursão pelo Norte e Nordeste, sagrando-se campeão nas duas regiões. Aquele título realizou Gegeca como jogador de futebol, fora as partidas pela Seleção Maranhense em outros Estados. Aos 40 anos de idade, Gegeca deixou o futebol. E a torcida ficou inconformada ao saber da notícia.
Naquela data, mais precisamente em 1943, Gegeca começava a voltar o pensamento para a sobrevivência do futebol e o único meio era conseguir através de esforço, uma vaga no time titular. Com o ordenado de 44 mil réis, ele jogava na ponta-esquerda do time profissional do Santa Cruz. Deixou o plantel e foi à procura de um emprego. Trabalhando no escritório da usina Catengue, ele fora convidado para jogar no time do IBES, equipe formada por empregados de uma fábrica de tecelagem.
Após a morte dos seus pais, a situação piorou cada vez mais para aquele jogador que naquela data teve que enfrentar tudo sozinho. Sem hesitar, pensando no seu futuro, Gegeca arrumou as malas e veio a São Luis, em 1947. O Sampaio Corrêa estava precisando de bons jogadores, uma vez que o Moto Club era o campeão todos os anos. Os oito jogadores vindo do IBES tornaram-se sampaínos. A equipe boliviana que a cada campeonato só tinha como troféu a lanterna, no primeiro certame maranhense ela classificou-se como vice-campeã do torneio, principalmente com os gols do ponta-esquerda Gegeca. O jogador ganhava a quantia de 900 mil réis por mês.
Como o Moto Club ofereceu um salário bem remunerado, Gegeca aceitou jogar pela equipe motorizada. No Moto, ele foi tricampeão. O Bahia Esporte Clube, ao saber que no Maranhão havia um craque com o nome Gegeca, quis leva-lo para Salvador. O Moto Club não poderia vender o seu melhor e mais caro jogador, o médio volante que tramava as jogadas e se seus cruzamentos era que saiam os gols.
Em 1951 o Moto fez uma excursão pelo Norte e Nordeste, sagrando-se campeão nas duas regiões. Aquele título realizou Gegeca como jogador de futebol, fora as partidas pela Seleção Maranhense em outros Estados. Aos 40 anos de idade, Gegeca deixou o futebol. E a torcida ficou inconformada ao saber da notícia.
Meu pai era um craque, agradeço a vcs q fizeram lembrar as glória q meu pai passou aqui no Maranhão, com todas as torcidas pelos clubes que ele passou, tanto aqui como em Pernambuco que era a terra da nossa família.
ResponderExcluirObrigado de coração,,
ResponderExcluirDa família de Argelino Rodrigues fulgo gegeca.
Ary, Airton, Airon, Ariosto, Arilessa e ariston.
Boa tarde esse gegeca do do papão é o que moro aqui no recanto Fialho ou não
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