Moto e Sampaio não poderiam mesmo sair de 0 x 0 no clássico do dia 25 de março de 1979 (válido pelo Estadual de 1978), porque jogaram para isso. Os dois times, atuaram muito preso na defesa, com medo de tomar a iniciativa do ataque e, o que se viu, foi mais um escore em branco, o que dá uma demonstração de que os dois, quando se encontram, ficam com medo um do outro e quem perde é o torcedor, que não ver gol nem ataques perigosos. Durante noventa minutos, nada de agradável se assistiu no espetáculo, a não ser as duas defensivas vencendo o duelo com as peças de ataque, por demais apáticas. A rigor, houve apenas dois lances de gol, uma, através de Rogério cobrando uma falta em favor do Moto no travessão e, a outra, pelo ataque do Sampaio Corrêa quando Cabecinha desperdiçou a chance. No mais, foram bolas chutadas de longa distância e à esmo, sem perigo algum para os dois goleiros, que foram, quase que exclusivamente, dois privilegiados espectadores em campo.
Para duas equipes que não tiveram ataques e não procuraram o gol, um placa positivo seria por demais injusto. E mais uma vez, o público deixou o Estádio frustrado, sem ver um gol em Moto X Sampaio. A renda foi de 224 mil cruzeiros e na preliminar, Tupan X São José empataram de 1 a 1, devendo agora o TJD decidir se o bicolor continuará ou não no campeonato.
José Salgado dirigiu o clássico, mostrando muita complacência, em não puxar o cartão amarelo, e às vezes até o vermelho, quando o jogo violento foi posto em prática, principalmente no segundo tempo. Nacor Arouche e Renato Rodrigues foram os auxiliares. Não houve sorteio, como ficará acertado, porque os dois clubes concordaram na indicação pura e simples de Salgado, e, com isto, quase que os juízes não entravam em campo.
FICHA DO JOGO
Sampaio Corrêa 0x0 Moto Club
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 224.000,00
Público: 12.133 pagantes
Juiz: José Salgado
Bandeirinhas: Nacor Arouche e Renato Rodrigues
Sampaio Corrêa: Crésio; Zé Alberto, Paulinho, Jorge e Nélio (Ferreira); Rosclin, Jorge Luís e Edésio; Prado, Cabecinha (Adeilton) e Bimbinha. Técnico: Antoninho
Moto Club: Zé Higino; Gonçalves, Gaspar, Vivico e Bassi; Rogério, Tião (Beato) e Edmilson Leite; Caio (Mendes), Luís Paulo e Alberto. Técnico: Marçal Tolentino Serra
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