Um jogo bom, muita movimentação e alegria geral pela boa exibição do Moto Clube que só não ganhou por falta de um ou dois jogadores de maior categoria que soubessem, dar uma coordenação a equipe capaz de segurar o marcador que lhe favorável. O Moto esteve por duas vezes à frente do marcador e não soube segurar o placar já que faltou um líder capaz de comandar o time.
As duas equipes iniciaram o Jogo do dia 07 de abril de 1978 em estudos e o Moto por pouco não se deixava envolver pelo toque de bola do adversário. Aos poucos o time da casa foi se encontrando no gramado e passou a pressionar o Botafogo com pontadas perigosas, principalmente por parte de Paulo Cezar que na realidade é o melhor atacante da equipe maranhense.
A equipe do Moto teve contra si a contusão de Lucio Sabiá logo no início obrigando ao técnico queimar uma substituição precipitada com a entrada de Neguinho que de lateral nada tem mesmo assim o Moto chegou ao gol adversário por intermédio de Oliveira Ceará que numa perfeita coordenação conseguiu tocar de bico por baixo de Aguilera. Após o gol, o Moto tentou segurar o marcador e fez de maneira errada pois recuou todo o time, nessa que aproveitou o time visitante para empatar a partida por intermédio de Cesar aproveitando uma bola cruzada da esquerda que passou por toda a defesa, numa falha coletiva.
O placar de 1 a 1 foi um resultado justo no primeiro tempo, já que com a saída de Lucio e a entrada de Neguinho, a lateral esquerda passou a ser uma avenida por onde Terto fazia o que queria. Para a segunda etapa o treinador Raunilo Medeiros se preocupou em proteger Neguinho que passou a ter ajuda direta de Edmilson Leite e até mesmo de Tião. E o Moto subiu de produção já que o Botafogo não conseguia repetir as jogadas do primeiro tempo pela direita e o Moto passou a movimentar mais o jogador Caio com deslocamentos constantes envolvendo por completo a defesa adversária. Numa dessas arrancadas tuminantes do Moto Clube comandada por Paulo Cezar, este recebeu pênalti não marcado pelo juiz. Em seguida o Moto voltava a atacar e em uma jogada normal o atacante Paulo Cezar caiu na área adversária e o arbitro marcou a penalidade máxima para a cobrança de Caio que voltou a estabelecer a vantagem do Moto Clube no marcador para alegria de sua torcida.
O Moto ainda perdeu outras excelentes oportunidades de gols. Uma por intermédio de Oliveira Ceará e outra através de Paulo Cezar que após vencer o zagueiro Manoel chutou contra o corpo do goleiro Aguilera. O placar se definiu aos 39 minutos em outra falha da defesa do Moto que deixou o zagueiro Manoel escorar de cabeça a cobrança de um escanteio. Pelo que apresentou nesta etapa de jogo o Moto merecia vencer e só não fez devido o desespero de seus jogadores que ao sentirem o peso de um triunfo dessa envergadura recuaram na tentativa de segurar o marcador favorecendo a equipe visitante já que era uma equipe mais coordenada em campo e não se perturbou mesmo estando inferiorizada. Uma equipe de veteranos e que tem a coordenação de Lorico, além da categoria de Socrates no seu meio campo.
FICHA DO JOGO
Moto Club 2x2 Botafogo/SP
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 269.509,00
Público: 10.204 pagantes
Juiz: Hélio Ferreira Campos/PE
Bandeirinhas: Gildasio Lelis e Roberval Castro
Gols: Oliveira Ceará (contra) aos 27 e César aos 37 minutos do primeiro tempo; Caio (pênalti) aos 12 e Manoel aos 39 minutos do segundo tempo
Moto Club: Mauro; Paulinho, Gaspar, Vivico e Lúcio (Neguinho); Tião, Toninho e Oliveira Ceará; Caio, Paulo César e Edmilson Leite. Técnico: Raulino Medeiros
Botafogo/SP: Aguillera; Wilson Campos, Nei, Manoel e Ângelo; Lorico, Sócrates, Osmarzinho (Motoca); Terto, César (Arlindo) e Genal. Técnico: Antoninho
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