Trecho adaptado e resumido do livro "Memória Rubro-negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte"
Um dos maiores feitos do Moto Club (e talvez esse feito seja único no futebol brasileiro) foi chegar ao título máximo do Norte por duas oportunidades distintas: na primeira, representando a nossa Seleção Maranhense, já que o nosso representante no Campeonato Brasileiro de 1946 apresentava uma média de oito atletas motenses em seu conjunto, isto independente do técnico e massagista, também pertencentes a este clube.
O elenco motorizado que disputou a Taça Brasil daquele ano (a sua décima edição) era a mesma base das disputas do Campeonato Maranhense de 1968, onde o rubro-negro conquistou os dois primeiros turnos e era líder do terceiro. Com uma pausa de quase um mês nas disputas da fase final, o Moto Club deu início a sua participação na Taça Brasil (Zona Norte), onde encontrou pela frente, na Chave 1, o Olímpico do Amazonas e o sempre forte Paysandu de Belém do Pará, ambos campeões dos seus respectivos Estados. A formação do rubro-negro maranhense, sob o comando do recém contratado Marçal Tolentino Serra, era a mesma do estadual: Vilanova; Neguinho, Alzimar, Geraldo e Corrêa; Carlos Alberto e Santana; Djalma, Amauri, Pelezinho e Zezico. O clube da Fabril não pensava em repetir os erros do ano anterior, onde perdeu três jogos em casa, para Piauí e Paysandu.
Apesar da boa fase no Campeonato Maranhense, o Moto Club estava em descrédito. Até a imprensa acreditava em uma campanha apenas razoável do rubro-negro maranhense, visto a boa fase em que os paraenses do Paysandu atravessavam (e pela já tradicional rivalidade existente entre os dois Estados). Quando foram iniciadas as disputas da primeira fase da Taça Brasil, o Paysandu empatou com o Olímpico, em Manaus, por 1x1, com o time paraense deixando a capital manauara perto de uma goleada histórica (somente não o fez por conta da memorável apresentação do goleiro Dário, do Olímpico, que evitou um verdadeiro vexame em casa). Já na partida seguinte, em Belém, não teve jeito: o Paysandu foi arrasador, metendo um senhor 6 a 0 na conta do representante do Amazonas. Sete no total em dois jogos e a pressão em cima do Moto aumentou, já que era preciso vencer, a todo custo, o time paraense. A primeira apresentação do rubro-negro seria em São Luis, contra o fraco Olímpico. Porém, o representante amazonense ainda fez a proposta de comprar a partida de ida, realizada na capital maranhense, para ser disputada em Manaus. Inclusive o Olímpico credenciou o empresário Sizoca, para conseguir alojamento para a delegação motorizada na capital manauara. A direção motense, contudo, não aceitou a proposta.
15 de Agosto de 1968: Moto Club 2x1 Olímpico (AM) – O adversário do Moto era um mero desconhecido em São Luis, já que seria a primeira vez que o clube amazonense visitaria a nossa capital. O rubro-negro ficou concentrado no Hotel Maranhense e o Olímpico, no Hotel Miramar. O jogo, realizado no Estádio Municipal Nhozinho Santos, levou a campo as seguinte formação do Moto Club, em sua estréia na competição: Vila Nova; Neguinho, Alzimar, Geraldo e Corrêa; Carlos Alberto e Santana; Djalma, Amauri, Pelezinho e Ribamar. Ou seja, dos quatro novos contratados, Marçal lançou a campo apenas o apoiador Carlos Alberto, substituindo Ronaldo. Apesar da vitória, o rubro-negro ficou muito abaixo do que se esperava: decepcionou totalmente o Moto Club, mesmo conseguindo vencer a duras penas por 2x1, numa partida em que o bi-campeão maranhense mostrou um futebol de péssima categoria, merecendo as vaias da torcida no final do cotejo. O Moto chegou a abrir 2 a 0 no placar e quase se complicou contra um adversário fraco, que fez um gol e quase empatou no final. A saída Carlos Alberto visivelmente prejudicou o Moto Club, já que Djalma Campos nada efetuou no meio de campo. A linha de ataque apática complicava os lances, o que deixou impaciente e apreensiva a torcida, sobretudo pelo próximo desafio do rubro-negro, já no domingo, dia 18, contra o bicho Papão chamado Paysandu...
18 de Agosto de 1968: Moto Club 3x1 Paysandu (PA) – Garra e vontade. Talvez esses fossem os mais claros adjetivos para a importante vitória do Moto Club na competição. O rubro-negro já entrou a campo jogando contra o adversário paraense e contra a própria imprensa maranhense, que cobrava (com razão) uma melhor apresentação da equipe na Taça Brasil. Foi uma vitória espetacular, justa e indiscutível, conseguida graças à superioridade apresentada pelo Moto, diferentemente do que foi exibido em campo contra o Olímpico. O conjunto rubro-negro este simplesmente espetacular: Vila Nova sem muito trabalho e seguro, o quarteto de zagueiros jogando duro e sério, Carlos Alberto e Santana em estado de graça no meio de campo, com Carlos Alberto reeditando as belas apresentações que lhe valeram o título de melhor jogador maranhense daquele ano. Na frente, Amaury com uma atuação espetacular, sendo o autor do segundo gol rubro-negro e um dos construtores direto do terceiro. Zezico e Djalma assinalaram os outros tentos. Assim perfilou o Moto na partida: Vila Nova; Neguinho, Alzimar, Geraldo e Corrêa; Carlos Alberto e Santana; Djalma, Amauri, Pelezinho e Zezico. Segundo informações1, apesar da convincente vitória do Moto em São Luis contra os bicolores do Pará, a imprensa maranhense criticou o rubro-negro, já dando como certa a vitória do Paysandu em Belém, dali a três dias. E olha que o próprio treinador do Paysandu fez rasgados elogios ao rubro-negro para a imprensa...
21 de Agosto de 1968: Paysandu (PA) 0x2 Moto Club – Bastava um simples empate para o rubro-negro conseguir a sua classificação de forma antecipada. E o Moto fez mais do que isso no Estádio da Curuzu: repetiu o excelente futebol apresentado quando da partida entre ambos em São Luis, Mais do que isso, viu um inspirado Amauri, autor de um dos gols, tomar de conta do jogo. O rubro-negro venceu uma equipe que chegou com toda a pompa e cartaz de grande Papão do futebol paraense, atual tricampeão daquele Estado, que possuía jogadores de contratos caríssimos e um técnico (Castilho) contratado a peso de ouro. Nada disso foi o bastante para o Moto Club, que garantiu a classificação antecipadamente dentro de Belém. O time da Fabril foi mais tranqüilo, melhor preparado e até com mais sorte, visto que o Paysandu teve o maior predomínio de jogo no primeiro tempo, inclusive com a trave salvando duas bolas. O momento negativo da partida ficou por conta dos torcedores bicolores, que, inconformados com a derrota, começaram a jogar pedra, garrafas e copos nos jogadores maranhenses, sendo a partida interrompida por alguns minutos, para que a polícia. Assim perfilou o Moto na capital paraense: Vilanova; Neguinho, Alzimar, Geraldo e Corrêa; Carlos Alberto e Santana; Djalma, Amauri, Pelezinho e Zezico. Após o jogo, a pequena torcida maranhense, com o apoio dos aficionados do Clube do Remo, entrou a campo para comemorar a classificação. A torcida paraense ainda bloqueou a saída dos maranhenses. A maioria dos atletas deixou a Curuzu pelos fundos, a fim de fugir da reação da torcida.
25 de Agosto de 1968: Olímpico (AM) 1x0 Moto Club – O jogo na capital amazonense serviria apenas como um apronto para a grande decisão da Zona Norte, já definida: Moto Club x Piauí E. C., o campeão por antecipação da Chave 2. O Moto Club perfilou assim diante do Olímpico, no Estádio Parque Amazonas: Vila Nova; Neguinho, Alzimar, Geraldo e Corrêa; Carlos Alberto e Santana; Djalma, Amauri, Pelezinho e Zezico. A derrota de 1 a 0 não chegou a representar uma dor de cabeça para os dirigentes e a torcida, uma vez que o grande foco do rubro-negro era o confronto contra os piauienses, já pela decisão. O que mais deixou os motenses mais irritados foi a manobra da CBD em marcar a primeira partida contra o E.C. Piauí a menos de uma semana da partida em Manaus. Quem vem de uma partida no Amazonas, com viagens aéreas cansativas, com apenas poucos dias para viajar de diferença de uma partida para a outra não poderia render o suficiente em campo. O Piauí, que também atuou no dia 25, jogou na capital Teresina, não sentindo assim o desgaste em ter que se deslocar a São Luis. Vale ressaltar que, antes do primeiro jogo contra o Piauí, o rubro-negro ainda realizaria uma apresentação em Santarém, no Pará, jogo que foi prontamente cancelado por conta da antecipação do compromisso rubro-negro pela Taça Brasil.
01 de Setembro de 1968: Moto Club 2x1 Piauí E. C. – O Piauí chegou à capital maranhense credenciado pela invencibilidade da competição e o primeiro lugar em uma chave com o América de Natal e a Campinense. O vencedor desse turno extra confrontará com o S. C. Bahia, vencedor da Chave 3, com CSA e S. C. Sergipe. Na partida preliminar, pelo Campeonato Maranhense, jogaram São José x Sampaio Corrêa. Na partida principal, rubro-negros e piauienses confrontaram-se, em um dos jogos mais aguardados até aquele momento pelo torcedor motorizado, que viu o seu time assim perfilar: Vila Nova; Neguinho, Alzimar, Geraldo e Corrêa; Carlos Alberto e Santana; Djalma, Amauri, Pelezinho e Zezico. Mais uma brilhante vitória conseguiu o Moto Clube na Taça Brasil, ao superar dessa vez o quadro do Piauí pelo marcador de 2x1, numa partida em que o representante maranhense não se empenhou muito para vencer, devido o time visitante ter mostrado um futebol de poucos predicados técnicos. O destaque (negativo) foi o jogador Valdivino, do representante piauiense, autor do gol contra que abriu o marcador em favor do Moto Club e do gol único do Piauí, marcado aos 39 minutos da etapa final. No primeiro tempo, aos 36 minutos, Pelezinho recebeu na intermediária, bateu a Valdivino, foi agarrado, mas soltou-se do zagueiro. Tabelou com Amaury, colocando o dianteiro carioca frente à área de Batista, surgindo então o gol de número dois do rubro-negro maranhense. Aos 41 minutos da fase inicial, Neguinho e o paraense Quincas foram expulsos após agredirem-se em campo. Porém, segundo informações2, nessa época não havia suspensão automática, o atleta foi julgado, absolvido e participou da partida de volta, em Teresina.
08 de Setembro de 1968: Piauí E. C. 1x1 Moto Club – Estádio Lindolfo Monteiro. Esse seria o local escolhido para a grande batalha entre motenses e piauienses. E “batalha” não seria força de expressão, como veremos mais adiante. Historicamente, jogador na cidade de Teresina era uma missão das mais complicadas para os clubes maranhenses, sempre configuranso-se em um ambiente pesado. Some-se a isso um jogo decisivo, valendo uma vaga para a grande decisão da Taça Brasil contra o Bahia... Motivados pela vitória em São Luis, muitos torcedores foram para a partida decisiva em Teresina. Para isso, diversos ônibus da empresa Brasiluso irão de nossa capital lotados com torcedores motenses, que na cidade verde incentivarão o nosso representante. A Empresa cobra por uma passagem 45 cruzeiros novos, incluindo café e almoço, no melhor restaurante de Teresina. Também seguiu viagem dois ônibus de Departamento da Prefeitura, com 45 funcionários da SIORGE. Vários carros particulares deixaram São Luis rumo à capital mafrense, inclusive muitos torcedores rumando de Caxias para Teresina, onde era esperado um público de mais de mil maranhenses no Lindolfo Monteiro. Dois dias antes da partida, os vôos para Teresina se esgotaram. O árbitro escalado para a grande decisão foi o carioca Idovan Silva, o que gerou certo desconforto por parte das duas equipes. Idovan, pelo que se conhecia do rádio e jornais cariocas, somente apitava partidas de equipes juvenis. Na única tentativa em arbitrar uma partida profissional, foi um completo desastre. Era o menos indicado para uma partida onde o ambiente em Teresina era muito violento e o público não perdoando uma derrota do seu time.
A equipe maranhense não se intimidou com as provocações da torcida piauiense e desde o início foi notória a sua superioridade. Para alegria da sua numerosa torcida o Piauí foi o primeiro a balançar as redes do Lindolfo Monteiro com um gol de Dunga cobrando uma falta de fora da área. Feita a barreira, Vila Nova em um canto deixando totalmente aberto outro, com que o atacante não teve trabalho em assinalar o gol, para delírio completo da torcida mafrense. Inteligentemente, Marçal trocou Zezico por Ronaldo e Carlos Alberto passou a comandar o ataque do rubro-negro. Foi ele, aliás, que deu um passe para Djalma, que com calma e categoria impressionante decretou o empate que deu a oportunidade do Moto enfrentar o Bahia. O gol de Djalma impressionou até mesmo os piauienses que não tiveram ação para uma reação. No gol de empate do Moto, a torcida piauiense deu início a uma verdadeira guerra campal no Lindolfo Monteiro, que se arrastou até o final da partida. Segundo informações7, os ônibus da torcida maranhense foram quebrados por torcedores e vândalos. Um narrador piauiense ainda incentivou os atos dos vândalos (no ano seguinte, um time do Piauí foi jogar em São Luis e esse mesmo narrador foi agraciado pela torcida motense, tendo o seu carro quebrado por alguns motenses mais exaltados).
A CBD, além de confirmar os jogos entre Bahia e Moto para os dias 22 e 29 de Setembro, ainda homologou o rubro-negro como o campeão da Taça Brasil Zona Norte. Vários ônibus foram colocados à disposição da torcida motense para a partida na capital baiana, onde o Papão enfrentaria o campeão da Zona Nordeste. Porém, a CBD voltou atrás e adiou as duas datas iniciais, devido os compromissos do campeão baiano na Taça de Prata, onde estreará diante do Atlético Mineiro, em Belo Horizonte atuando depois em São Paulo e Porto Alegre. Duas novas datas foram escolhidas: 19 e 21 de Janeiro de 1969. Com isso, o Moto Club passou a concentrar as suas forças no restante do Campeonato Maranhense, onde estava a três pontos de diferença do Ferroviário e precisando de uma vitória simples contra o rival Sampaio Corrêa para levantar o tricampeonato maranhense. Uma vitória por 1 a 0, dia 15 de Novembro contra os bolivianos, foi o bastante para o Papão chegar ao título de 1968.
Contudo, o que mais chamou a atenção do público maranhense naquele momento foi uma atitude já comum do S. C. Bahia, quando das disputas em Salvador: o time baiano ofereceu a quantia de 15 mil cruzeiros novos, livres de despesas, para que o Moto realizasse dos dois jogos em Salvador. Isto porque a ajuda financeira que a equipe esperava do estado não pôde ser fornecida, tendo os dirigentes motorizado se avistado com o Prefeito da Capital, esperando o auxílio por parte da comuna sanluizense. É interessante destacar que essa prática não era inédita por parte do clube baiano na competição: na primeira fase da Taça Brasil, o Bahia comprou, por 13 mil cruzeiros novos, o jogo do CSA, que seria realizado em Alagoas, mas foi transferido para a capital baiana. Como a ajuda não veio e o Moto gastaria cerca de 15 mil entre despesas de passagens e hospedagens e uma pernoite em Recife, a direção rubro-negra fez uma contra-proposta, desta vez de 20 mil cruzeiros novos. Dessa forma, está definitivamente acertado que o Moto Clube deverá realizar mesmo os dois jogos com o Bahia pela Taça Brasil, em Salvador, mediante compensação financeira que acabará por dar lucro à equipe tricampeã maranhense. Ainda foi oferecido ao Papão, pelo empresário Hélio Pinto, um ou dois jogos amistosos em recife, após a partida contra o Bahia. A FMD ainda tentou colocar à disposição do Moto cerca de 10 mil cruzeiros para o clube arcar com as despesas para o jogo em Salvador, mas o rubro-negro não aceitou, já que futuramente deveria pagar essa quantia à entidade maranhense e a arrecadação em nossa capital não daria sequer para cobrir as despesas do rubro-negro. A mudança não agradou ao público maranhense, em especial ao torcedor motense.
19 de janeiro de 1969: Moto Club 0x5 E.C. Bahia – Irreconhecível! Esse foi o Papão do Norte na sua primeira partida na “maranhense” Salvador. Escalado assim pelo treinador Ananias Silva, o Moto Club entrou a campanha para a maior vergonha de 1968: Brito; Neguinho, Alzimar, Osvaldo e Corrêa; Carlos Alberto e Santana; Djalma, Pelezinho, Paulo e Ribamar. Segundo consta13, o “mistão” do Moto entrou a campo com um time confuso, com o goleiro Brito totalmente fora de forma e Paulo, lateral-direito, deslocado de forma improvisada para a cabeça de área, onde acabou sendo um verdadeiro fracasso nessa nova posição. Sob uma suspeita arbitragem do sempre polêmico Armando Marques, o Moto sequer demonstrou poder de reação em nenhum momento da partida e somente não saiu de campo com um placar ainda maior por um milagre. De acordo com informações12, após a goleada por 5 a 0, César Abou seque ficou para a partida de volta, dali a dois dias; voltou em seguida a São Luís. Em seu lugar, destinou Alexandre Aboud para cuidar da comitiva rubro-negra. Por conta do confuso esquema utilizado por César na primeira partida, os jogadores, junto com o treinador Ananias, se reuniram e chamaram Alexandre, avisando que, para a segunda partida, eles jogariam com a formação que vinha disputando as partidas anteriores, e não essa escalação imposta pelo Conselheiro do Moto.
21 de janeiro de 1969: E.C. Bahia 1x0 Moto Club – Com o reforço de Amauri, que havia chegado à capital baiana para o segundo jogo, o Moto Club foi uma equipe totalmente diferente da primeira partida, com o seu elenco praticamente titular. Assim perfilou o rubro-negro: Brito; Paulo, Neguinho, Alzimar e Corrêa; Carlos Alberto e Santana; Pestana, Amaury, Pelezinho e Ribamar. A falta de ritmo, comum a um elenco que voltava das férias, ainda permanecia, mas as diferenças foram sensíveis no jogo da volta, tanto é que o Moto foi derrotado pelo escore mínimo, diferentemente do que ocorreu no primeiro jogo. O clube maranhense ainda foi prejudicado pelo árbitro, que anulou dois tentos do Moto. Um dos gols, de acordo com informações14, foi marcado pelo lateral Paulo. Zezico, em posição de impedimento, não participava do lance e o gol foi erroneamente anulado pelo juiz Armando Marques. O Bahia nem reclamou no momento do gol, apenas o juiz viu irregularidade. Na época, a imprensa baiana disse que o Moto foi “garfado” pelo juiz. Nessa época, não havia a diferença no saldo de gols; em caso de uma vitória por qualquer placar das equipes, haveria a necessidade de um terceiro jogo. Com a classificação, o Bahia credenciou-se a decidir o título geral da Zona Norte-Nordeste com o Fortaleza, que ficou com o título. Os dirigentes do tricolor baiano ainda tentaram comprar o mando de campo da partida de volta, na capital cearense, mas o técnico Caiçara, do Fortaleza, e a torcida se revoltaram, impedindo essa manobra do Bahia.
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