Para muitos, o Maranhão aparecia com maiores possibilidades de vencer o clássico do dia 08 de abril de 1979 (válido pelo Estadual de 1978) frente ao Sampaio Corrêa, devido aos 3 a 0 aplicados no Moto e face seu adversário não vir se apresentando bem, onde a falta de gols, fator preponderante do time, não corresponder à expectativa. Entretanto, o Mais Querido não se intimidou e mesmo com Cabrera jogando na cabeça de área porque Jorge Luís não passou nos testes de campo realizado pela manhã, aguentou o empate no primeiro tempo, e graças à mexida feita pelo técnico Antoninho no intervalo, colocando Bimbinha exclusivamente no meio-campo, o time dominou as ações e merecia ter saído de campo com o triunfo.
Os estreantes do Maranhão não chegaram a agradar, principalmente o meia-armador Stélio, apontado como craque, mas que deixou saudades do titular Soeiro, que fez enorme falta ao time maqueano. Perdendo o duelo do meio-campo na fase final, quando Bimbinha desarrumou o sistema atleticano, o Maranhão não poderia desejar outra coisa que não o empate, num bom resultado para quem jogou tão mal, não repetindo a brilhante atuação contra o Moto. Silvinho, o ponteiro-esquerdo foi outro que não agradou de maneira alguma, não passando uma vez por Zé Alberto e falhando nos cruzamentos. Ademais, um erro capital cometido pelo técnico Arizona, ia proporcionando a derrota atleticana.
Quando Walter crescia de produção, não dando margens a que Ferreira subisse para alimentar o ataque, o treinador tirou-o para colocar Noel, que estreou sem nada produzir, quando deveria ter mexido no meio-campo, com a entrada de Ferreira, que era para arrumar as coisas. E Noel, nada disse em campo, dando margens a que Ferreira se constituísse em um sexto atacante e passasse o Sampaio a insistir pela esquerda, por ai sim Bimbinha se converteu em meio-campista e como é um jogador ágil e que sabe trabalhar com a bola, era constantemente dono das maiores jogadas. E em duas bolas cruzadas por Prado, quase que o Sampaio conseguiu a vitória.
O empate foi bom resultado para o Maranhão, que no segundo tempo foi inteiramente dominado pelo adversário. Nem Émerson nem Stélio se entendiam e o Tricolor deitou e rolou, com a subida de produção de Cabrera, que se firmou na cabeça de área, deixando Rosclin mais livre ao lado de Adeilton, que deu mais potencialidade ao ataque, depois que substituiu a Beto. Tivesse o Sampaio um centroavante que soubesse marcar gols, talvez ganharia o espetáculo, porque, na verdade, Cabecinha está inteiramente fora de forma, ou com seu futebol se acabando.
FICHA DO JOGO
Maranhão 0x0 Sampaio Corrêa
Data: 08 de abril de 1979
Local: Estádio Nhozinho Santos
Público: 13.170 pagantes
Renda: Cr$ 295.460,00
Juiz: Jaime Batista/PA
Bandeirinhas: José Salgado e Raimundo Lima
Sampaio Corrêa: Crésio; Zé Alberto, Jorge Travolta, Paulinho e Ferreira; Cabrera, Rosclin e Beto (Adeilton); Prado, Cabecinha e Bimbinha. Técnico: Antoninho
Maranhão: Marcelino; Célio Rodrigues, Tataco, Cleuber e Oliveira; Emerson, Carlinhos e Stélio; Valter (Noé), Baiano e Silvino (Dario). Técnico: Arizona
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